Alguns dias antes…Meu nome é Evelyn, tenho vinte e cinco anos, casada com o Paul e estamos juntos há oito anos. Nós nos conhecemos no ensino médio e não nos desgrudamos mais! Temos um filho de quatro aninhos que se chama Thomas. Ele é um amorzinho e muito ciumento. Paul é um excelente pai e um ótimo marido. Está sempre inovando para que o nosso casamento não caia na rotina e, claro, para conseguirmos ter um tempo para nós dois, pois Thom não deixa. Acabamos de deixar Thom com os pais de Paul e ele me disse que será surpresa para onde vamos. Entramos no carro e ele liga o som começando a tocar uma música linda. Ele pega a minha mão que está na minha perna. Olho para ele que a beija e sinto meu coração disparar, como acontecia quando éramos namorados no colégio. Chegamos na reserva e entramos com a caminhonete por um caminho escuro. Começamos a subir por uma estrada e, depois de um tempo, Paul estaciona em cima de uma montanha. A vista daqui é linda! Conseguimos avis
Acordo suando e, quando olho para o relógio, vejo que já são 7 h da manhã e Paul ainda dorme ao meu lado. Me sento na cama e passo as mãos pelo meu rosto e aquela sensação de morte não sai de mim, o que aconteceu com aquela moça mexeu muito comigo. Me levanto e vou para o banheiro, tiro minha camisola e a jogo no cesto de roupa suja, entro no box ligando o chuveiro e entro sem esperar a água esquentar, para ver se essa sensação ruim sai de mim. Mas depois de um tempo tomo consciência de que isto que estou sentindo, essa sensação de aperto no peito, o sufocamento é o mesmo que aquela moça sentiu e começo a chorar. Imaginando o quão desesperador deve ter sido para aquela mulher e me assusto com as mãos de Paul em minha cintura. — Amor, você está bem? Por que está chorando? — Ele me vira e me abraça, choro em seus braços e nem sei o porquê, mas essa sensação está me sufocando. Depois de um tempo, ele desliga o chuveiro e me tira dali, coloca o roupão em mim e ele está com o pijama todo
Algum Tempos Depois…Dias atuais.Hoje faz um mês que Ayumi nos deixou e estou encabulado com algo que me disseram no departamento e preocupado com o Kaléo. Ele não está bem e não sei mais o que fazer para tirá-lo de dentro daquela cobertura, mas vou tentar mais uma vez. Pego o meu celular e ligo para ele, que já atende no primeiro toque. — Alô! — E aí, cara, como você está? — Estou vivendo um dia de cada vez, cara! Alguma novidade? Encontraram o desgraçado? — Ainda não, o cara parece que tomou chá de sumiço. Ele simplesmente evaporou. — Ele não foi para nenhum outro planeta, Mayke. Ele está por aí e irei encontrá-lo! Já tenho um pessoal nisso. — Imaginava isso, mas te liguei porque descobri algo e preciso te contar. Te espero no Cafe Royale. — Mayke! Eu não estou a fim de sair daqui nem hoje, nem nunca. — Estarei te esperando lá e sem desculpas. Você precisa sair um pouco. Existe um mundo lá fora, Coleman. — Ele respira fundo e sei que ele está irritado. — Ok, estarei lá em
Já faz um tempo que não saio desse apartamento, quer dizer, desde que ela foi tirada de mim. Nem para a minha empresa fui. Pedi para a Senhorita Stuart vir da sede de Nova York para San Diego, para poder ficar um tempo em casa. Chamei também a Anelize, que trabalha na minha filial em New York, para me ajudar, porque preciso desse tempo. Aliás, nem sei o tempo determinado deste afastamento e nem estou a fim de saber. Estou no escritório do meu apartamento atolado de contratos enviados pela Srt.ª Stuart, para que eu possa assinar e, claro, acompanhado desde daquele dia com o meu bom e velho amigo Whisky Chivas Royal Salute vinte e um anos vermelho. O meu celular toca, olho para ele e não quero atendê-lo. Mas o Mayke insiste e não tenho outra opção senão atendê-lo. Atendo e ele me diz que não tem notícias do canalha, mas que é para nos encontrarmos no café Royale. E não estou a fim de ir, mas ele me diz que tem algo a me contar e a minha curiosidade aguça. Então resolvo ir. Saio do meu e
Alguns dias antesNão sei onde estou, mas quero dormir mais. Estou cansada, tudo dói, e o bip chato não para de tocar. De repente, sinto alguém pegar na minha mão. Fico com medo e não vejo nada. Grito muito e tento me soltar da mão estranha. O bip fica mais rápido junto com meu coração. — Chame um médico! Ela está nervosa! — Um homem fala alto. — O que será que deu nela? — Uma mulher pergunta, sem saber. — Não sei. Eu só peguei na mão dela e ela ficou assim. — Escuto um barulho e passos correndo. Depois, fica tudo quieto, sem som nenhum. De novo, durmo no escuro, sem saber de nada, enquanto minha cabeça fica confusa.Evelyn WilliamsDias atuais.Desde que trouxemos “minha irmã” para o hospital, não sabemos o que vai acontecer. Ela fica nervosa quando pegamos na mão dela, como se tivesse medo de alguma coisa. Ela ficou um mês aqui, e ontem à noite, pararam de dar o remédio que a fazia dormir. Ficamos felizes quando os médicos disseram que o inchaço no cérebro dela havia sumido, mas
— Sim, todos me chamam assim. — Respondo, retribuindo o sorriso. Sinto que posso confiar nela.— Vou lhe contar tudo o que aconteceu, mas agora só falarei o necessário. Estamos aqui para te ajudar. Meu nome é Evelyn. Desde que te trouxemos para o hospital, estamos ao seu lado. Encontramos você em uma situação muito delicada, e não tínhamos como interná-la sem identificação. Então, na recepção, disse que você era minha irmã desaparecida, tivemos que esconder e inventar algumas coisas para o seu bem. Peço desculpas, mas foi necessário. Agora, a única coisa que importa é que você se recupere.Logo em seguida, uma enfermeira adentra o quarto, com um sorriso acolhedor no rosto. Ela informa que me ajudará a tomar um banho adequado. Evelyn e Paul me auxiliam a levantar da cama, oferecendo suporte enquanto caminhamos até o banheiro. Paramos na porta, e eu me viro em direção ao médico.— Doutor, por favor, não se esqueça de ligar para aquele número.— Não irei me esquecer. — Assegura o médico,
Acordo com um carinho suave no rosto e, ao abrir os olhos, deparo-me com um lindo menininho que parece um anjo. Seus olhinhos verdes brilham e seu cabelo castanho contrasta com sua pele branquinha. Sorrio para ele, encantada com sua presença.— Mama, a titia acordou! Olá, titia, meu nome é Thom. Você é tão bonita, parece minha bisvovó. — Diz ele com um sorriso inocente.Sorrio com a forma como ele se expressa. — Prazer, Thom. Me chamo Ayumi e obrigada pelo elogio. Você também é muito bonito. — Respondo, admirando suas covinhas que aparecem quando ele sorri. Evelyn se aproxima, bagunçando carinhosamente os cabelos do Thom, fazendo-o rir.— Ele estava ansioso para ver a tia bela adormecida dele. — Comenta Evelyn, sorrindo.O pequeno Thom se deita ao meu lado, acariciando gentilmente meus cabelos. É um gesto tão reconfortante e agradável. Nesse momento, a porta se abre e um casal de idosos entra no quarto. Eles sorriem para mim, aproximando-se da cama. Evelyn se adianta para as apresent
Alguns dias depois…Estou saindo do hospital com o Kaléo, um homem de semblante acolhedor. Embora eu não me lembre dele, sinto uma inexplicável familiaridade e confiança nele. É como se fosse um laço forte que transcende a memória, e confio plenamente nele, mesmo sem compreender o porquê.— Estamos indo para a casa de praia, todos estão ansiosos para te ver — diz ele, com um sorriso caloroso no rosto, enquanto dá a partida no carro. — Você sempre amou aquela casa. Quando éramos crianças, costumava correr pelos corredores, encantada com cada canto, e passava horas no penhasco admirando o pôr do sol. Minha mãe ficava apreensiva, com medo de que você pudesse cair a qualquer momento. — Ele revela, e as memórias começam a se materializar em minha mente. Sorrio para ele, sentindo uma faísca de reconhecimento em meu coração.— Sim, eu me lembro. Lembro da mamis Havah correndo atrás de mim, tentando me proteger, ou às vezes ela apenas se sentava ao meu lado, compartilhando o encanto do pôr do