CAPÍTULO 54

AYLA

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A porta da cabine se fechou atrás de mim, e o som da tranca girando ecoou em meus ouvidos como um alívio desesperado. Finalmente sozinha. Minhas mãos tremiam enquanto eu me encostava na madeira fria, deslizando até o chão. Meu corpo estava pesado, minha alma esgotada.

Olhei para mim mesma, para as roupas rasgadas que mal cobriam minha pele. O tecido pendia em fiapos inúteis, expondo partes de mim que eu nunca permitira que ninguém visse.

Meus seios estavam à mostra, um lembrete cruel do que tinha acabado de acontecer. Meu coração apertava ao pensar nas mãos daquele homem imundo, nos sussurros ásperos, nos olhares repulsivos.

Um nó se formou em minha garganta, e as lágrimas finalmente vieram, quentes e implacáveis.

— Onde você está?

Murmurei entre soluços, minha voz embargada pela dor.

— Azrael, por favor... onde você está?

Meus choros ecoaram pela cabine, preenchendo o espaço vazio com minha angústia. Cada soluço parecia arrancar algo de dentro de mim, como se eu estivess
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