CAPÍTULO 60

AZRAEL

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O silêncio da madrugada parecia zombar de mim. Depois daquele sonho horroroso, eu fiquei ali, no escuro, sozinho com meus pensamentos, ou melhor, com a bagunça que eles se tornaram.

Fechei os olhos, mas era inútil. A imagem daquela cabine, daquele homem dormindo tão despreocupadamente no chão enquanto Ayla repousava na cama, não saía da minha cabeça.

"Quem diabos ele pensa que é?"

Pensei pela milésima vez. E pior, por que isso me importava tanto? Era como se algo primal dentro de mim gritasse que aquele homem estava violando um território que não lhe pertencia. Mas eu sabia que essa ideia era absurda. Ayla não era minha, e talvez nunca fosse. Ainda assim, a raiva queimava como fogo nas minhas veias.

Eu rolei na cama, tentando ignorar o peso no meu peito, mas a tentativa foi inútil. O resto da madrugada passou como um borrão, com meus pensamentos repetindo a mesma cena, os mesmos flashes e as mesmas perguntas.

Quando o sol começou a nascer, eu estava exausto, mas não de
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