Após ser aceita em uma renomada universidade localizada no norte do estado de Nova York, Rose Campbell, uma estudante de artes visuais inicia sua vida acadêmica. Junto com o mais novo grupo de amigos, que passa a ser sua família, ela está disposta a começar sua nova jornada como adulta e enfrentar todos os desafios que surgem em seu caminho. Quando Christian Davis, um misterioso estudante de Química entra de maneira inesperada em sua vida, Rose descobre uma nova fonte de inspiração para seus dias, e principalmente, que amor e ódio são separados por uma tênue linha.
Ler maisChristian— Você ouviu o discurso do Liam? — Rose perguntou.Virei minha cabeça para o lado para observá-la, ela estava sentada no chão ao lado da cama, vestindo apenas a minha boxer enquanto fazia um desenho em um bloco. Ninguém tinha voltado para casa ainda e nós estávamos aproveitando o silêncio.Eu me sentia exausto depois de tudo o que tinha acontecido nos últimos dias, não podia acreditar que aquele pesadelo finalmente tinha chegado ao fim. Depois de chegar em casa e tomar um banho demorado com a Rose, a única coisa que consegui fazer foi me deitar e ficar olhando para o teto do meu quarto, imaginando como tudo aconteceria dali pra frente.— Teria como não ouvir? — eu ironizei.— Você acha que ele falou sério sobre a visão dele de futuro? — ela virou o rosto para me observar.— Eu não sei, talvez. Mas…Eu me calei, pensando no que exatamente eu iria falar. Porque cada vez mais todo o cenário que ele descreveu ganhava vida em minha mente, e a cada segundo eu o considerava mais ag
ChristianEu me sentei, pegando a garrafa de cerveja da minha irmã, tomando um gole antes que ela pegasse a garrafa da minha mão, acertando um tapa na minha cabeça.— O seu sogro garantiu que vai vencer o Bobby e o Otto na sinuca, eles nunca perderam no bar — Meu pai apontou para a mesa onde Rose e Jack se preparavam para começar o jogo.— Meu sogro é… um pouco competitivo. Rose puxou isso dele — eu comentei.— Um pouco? Isso é piada né. da última vez os dois acabaram em uma corrida na neve só para desempatar uma série de jogos de tabuleiro — Cam revirou os olhos.— Corrida na neve? — Minha mãe ergueu ambas as sobrancelhas.— Enquanto tiravam as roupas — Theo completou.— Tiravam as roupas? — Amber engasgou ao meu lado.— Tinha uma série de jogos de acertar ao alvo no meio do percurso, cada vez que erravam tinham que tirar uma peça. No fim da corrida ele estava apenas de bermuda e botas e ela de top de ginástica, short e botas — eu expliquei, pegando a garrafa de cerveja do meu pai, s
ChristianParei a moto em uma vaga na frente do bar onde Rose encontrou Josh no início do ano. Eu franzi o cenho, ao ver todos descerem das motos ali. Aquele lugar não estava entre os meus preferidos e Rose devia saber disso, já que não tínhamos voltado ali desde que tudo aconteceu.Ela desceu antes de mim, tirando o capacete, passando os dedos no cabelo para ajustá-lo se colocando ao meu lado ao notar minha hesitação em descer da moto.— Vamos, já está na hora da gente dar uma segunda chance a esse lugar — ela piscou para mim — vamos aproveitar como deveríamos ter feito aquele dia. Aquilo foi o suficiente para me convencer, eu tirei o capacete, descendo da moto. Dali podíamos ouvir uma banda tocando um cover de aerosmith. Todos começaram a entrar no local, não se importando em me esperar. Eu respirei fundo, passando o braço pelo ombro de Rose, começando a seguir em direção à entrada do lugar. Tanto Rose quanto eu acabamos com as costas da mão carimbadas indicando que éramos menores
ChristianEstava deitado na cama, observando a luz do pôr do sol que entrava pela pequena janela no corredor de frente para a cela que eu ocupava. A minha cela era a única ocupada na delegacia, e aquilo não era uma surpresa. Em uma cidade tão pacata quanto Grayfox Mills, era difícil ter algum movimento na delegacia durante a semana, quando todos os universitários estavam ocupados com suas aulas.Tudo o que eu gostaria. Me ocupar com minhas aulas sem ter que lidar com nenhum babaca que resolveu brincar com a minha garota! Mas aquele babaca tornou isso impossível.Eu já estava ali há mais de vinte e quatro horas, e tinha sido tempo suficiente para acalmar minha mente, pelo menos no que se diz respeito ao Jax. Mas, apesar de ter tirado alguns cochilos durante o dia, eu não conseguia parar de imaginar como Rose estava, a expressão de seu rosto enquanto eu era algemado não saia de minha mente, e eu apenas queria a oportunidade de falar com minha namorada e garantir que ela estava bem.Minh
Rose Meu olhar percorreu aquele cenario infernal sem saber o que fazer. Tudo se desenvolveu em camera lenta à minha frente. Em um lado, Jax estava caído, gemendo de dor em uma poça do proprio sangue, sendo amparado por um garçom. Seus amigos estavam do outro lado, mantendo certa distancia com uma expressão que variava da surpresa ao medo, mantendo a maior distancia possível de Christian, que estava ao meu lado com ambas as mãos erguidas em um sinal de rendição depois de entregar as chaves da moto para Theo. A calçada do lado de fora estava começando a encher também, varias pessoas se aglomeravam perto da vidraça vendo o que estava acontecendo, algumas tirando fotos ou filmando com o celular enquanto os policiais se aproximavam de nós. — Pai, faz alguma coisa — Eu implorei por uma solução magica, uma que impedisse que meu namorado fosse levado por aqueles homens — Chris… Eu tentei abaixar uma das suas mãos para puxá-lo para mim, mas ele se manteve firme, olhando para o outro lado e
Christian— Chris, você ouviu o reitor, ele provavelmente será expulso… CHRIS! — Rose ergueu a voz quando eu me levantei, seguindo em direção à saida.— Qual o problema dele? — Que droga, Christian, volta aqui! — ouvi Rose chamar antes de entrar no elevador que estava parado no andar, não esperando que ela chegasse para apertar o botão para fechar as portas.Eu chequei o horario em meu relogio, ótimo, está bem no horario de almoço, eu vou encontrar esse bastardo e acabar com ele onde ele estiver. Decidindo não perder tempo, subi na moto, dirigindo dentro do campus, indo em direção ao refeitorio principal. Parei a Harley de qualquer jeito na entrada do refeitorio, ignorando os olhares que estava atraindo, eu abri a porta sem cuidado algum, olhando em volta em busca do meu alvo. Mas para meu descontentamento, o filho da puta não estava em lugar algum.— Chris, o que você está fazendo aqui? — Ouvi a voz de Sky se aproximando.Eu me virei em direção à sua voz, encontrando ela ao lado de
ChristianSavannah e suas amigas se levantaram, parecendo satisfeitas com o resultado daquela pequena reunião. Tudo o que elas queriam era garantir que não seriam envolvidas naquela situação e conseguiram. — E então? Podem começar — Rose respirou fundo com os braços cruzados. — Nós vamos falar em uma reunião com o reitor — Savannah afirmou.— Isso não foi o combinado — Addison apontou.— Nós ainda não combinamos nada, senhora Miller, e estamos apenas garantindo que não seremos envolvidas em nada disso — ela devolveu.Foi nesse momento que Jack decidiu se envolver, parecendo não concordar com a proposta.— Nós não vamos garantir nada disso sem saber o que vocês tem a dizer.— Nós podemos garantir que Alicia e Audrey são as responsaveis por tudo, daremos os nomes de todos os envolvidos e contaremos em detalhes tudo o que descobrimos. — Savannah afirmou — temos inclusive troca de mensagens para provar.Todos consideraram aquela informação por um segundo antes de Rose decidir se manifes
ChristianDesci as escadas apressado, indo até a cozinha, encontrando Jack e Addison em um silêncio desconfortável. O olhar de ambos recaiu sobre mim assim que passei pela porta, fazendo com que eu estancasse em meu lugar.— O que foi?— Vocês estavam discutindo? — Addison perguntou.— Ahhh não… Rose só está frustrada com a situação, eu sugeri que ela pintasse um pouco para se distrair — eu expliquei — eu fiquei de levar o café da manhã pra ela no atelier.— Eu faço isso — Addison se prontificou, se levantando.Eu não discuti com a mulher, me sentando no mesmo lugar de antes, aceitando o muffin que Jack me entregou em seguida. Nós ficamos ali, comendo em silencio por alguns minutos, até que o som da campainha nos interrompeu. Jack sinalizou para que eu continuasse em meu lugar, se levantando para ir atender a porta.Franzindo o cenho, eu fiquei em silencio, tentando ouvir alguma coisa para descobrir quem estava na porta, mas ou estavam falando muito baixo, ou não estavam falando nada.
ChristianEu me virei em minha cama, observando o rosto de Rose, que dormia ao meu lado, encolhida em posição fetal. Meu quarto era pequeno e nós não costumávamos dormir ali, mas Rose não pode suportar a ideia de dormir em seu quarto naquela noite e eu não podia culpá-la. Minha namorada naquele dia não demonstrava toda a tranquilidade de sempre ao dormir, que as vezes, me deixava em duvida se ela tinha ou não morrido subitamente durante o sono. Pelo contrário, ela passou a noite inteira agitada, e sequer estava dormindo de bruços como sempre.O silêncio do lado de fora do quarto, mostrava que nossos colegas provavelmente já tinham ido para a aula, apenas nós dois ficamos para trás, presos em nosso inferno particular. Decidindo deixá-la descansar um pouco mais, eu me levantei, indo me vestir e escovar os dentes antes de descer.A casa em si parecia deserta, o silêncio dominava o andar superior, olhei para a porta aberta do quarto do Theo, onde Jack acabou dividindo a cama com a Addison