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G4Ouvir aquele cara dizer que era a vida Bruna em troca da vida da Thayla, me levou para uma realidade paralela. Eu saí de mim naquele instante.Minha visão ficou turva, minhas pernas pareciam ter perdido o entendimento que sua função principal é me manter firme no chão e em pé.Não enxerguei mais nada na minha frente, o ódio multiplicado em centenas de milhares de vezes por cada célula do meu corpo, e por cada gota de sangue que corre em minhas veias.Eu voei na direção da Bruna. Bati tanto nela que não sei como ela suportou. A filha da putä apanhou pelo que me fez, pelo que pensou em fazer, mas acima de tudo, apanhou por ser filha daquele desgraçado. Cada täpa, cada soco, cada chute que ela recebia, era como se eu estivesse batendo no infeliz do pai dela.Minutos depois, ela não aguentou mais e desmaiou, mas eu queria ela viva, porque morrer, ela só ia morrer na frente dele...O cara quer terror? Então vai ter!Leco se encarregou de sumir com a infeliz da minha frente por um tempo,
G4— Quer dizer então que o desgraçado que tá com a Thayla é genro desse tal Barreto, que prendeu e tentou matar o tio Carioca no passado? É isso mesmo, G4? — Leco pergunta, após um breve resumo que fiz a ele sobre tudo o que meu pai relatou e que julgava ser importante.— Na verdade, foi genro, né? Não é mais! O cara era noivo da filha desse Barreto que meu pai e o seu, mataram. Daí ele ficou neurótico pela morte dela. Mas vai vendo: mataram ela porque esse Barreto matou o nosso avô. Foi uma consequência das atitudes dele mesmo, pô! Olho por olho, dente por dente! — respondo, sem olhar para o Leco. Apenas mexo no celular da Bruna, numa tentativa de o pai dela estar com o celular ligado e atender à minha milésima tentativa de ligação. Mas nada, só dá caixa postal.— Pode crê, o cara é maluco mesmo! Todo esse tempo e ainda não desistiu, a vida toda com vingança na mente!— Esse Barreto aí tinha ódio do nosso avô desde a juventude e os carai, Leco! E depois passou a odiar o meu pai, ass
ThaylaHoras intermináveis dentro daquele cubículo fechado e horripilante, cada segundo que se passava, era cada vez mais assustador estar ali, e com a sensação de que nada daquilo terminaria bem.Seria um pressentimento? Um mau presságio?Meu corpo implora pelo Gabriel, assim como um sedento implora por água no deserto. O medo de nunca mais vê-lo me invade, porque não tenho qualquer perspectiva de que ele, ou outra pessoa, me encontre.— Isso é pra você aprender a não ser mulher de bandido! — O homem dizia enquanto me dava täpas. — É pra você levar como lembrança, porque, certamente, aquele traficante nojento está fazendo o mesmo com a minha filha! — disse ele, antes de me acertar um soco que me fez perder os sentidos segundos depois.Acordo perdida, desorientada e com dor.Que pessoa é essa, tão descontrolada e maldosa? Não! Não posso acreditar que esse homem seja o pai do meu irmão. Embora as semelhanças físicas sejam evidentes e os trejeitos praticamente iguais, prefiro pensar que
PRÓLOGOAponto meu fuzil na cara dele, não tem pra onde ele correr, tiro e bomba pra todo lado, está encurralado. Esse momento é a glória pra mim.Meu companheiro também tem a mira apontada pra ele.— Demorou mas chegou tua hora! — falo na cara dele.Sujeito ruim, ele me encara sem demonstrar sentir medo algum da morte.Movimento o dedo pra apertar o gatilho. Meu telefone toca, atendo sem tirar os olhos dele.Do outro lado da linha, aquela voz tão familiar:— Você não pode matar ele!A porta se abre, me viro e ele aponta a arma pra mim, volto a atenção para a ligação novamente.– Ah não? Por quê? — Pergunto rindo, mas a resposta não foi nada engraçada.DIAS ATUAISSEGUE O MOMENTO EM QUE FERNANDA LÊ A MENSAGEM NO CELULAR DE FELIPE DURANTE A COMEMORAÇÃO DO CASAMENTO.FernandaDurante a tarde, precisei subir até o quarto para colocar o meu celular para carregar e na escrivaninha da cabeceira, o celular pessoal do Felipe que estava lá, vibrou algumas vezes. Não sei se por curiosidade ou i
FernandaEle me olha perplexo, não sei se era porque eu já sabia da criança ou porque eu estava gritando. Ele vira de costas bufando e passando as mãos no cabelo. — Fala, Felipe! Com qual vagabund* você transou sem ter o mínimo de descendia de se prevenir? Arriscando me passar alguma doença, você é um escroto mesmo!— Não fala besteira, Fernanda! — Falou se virando para mim.— Ah, besteira? — eu ri ironicamente.— É besteira sim! Você acha o quê? Que eu saio comendo essas vagabund*s por aí sem me cuidar? Tá maluca?Nessa hora eu gargalhei alto.— Ah claro, você usa camisinha mas uma piranha engravidou de você, tá certo. — bati palmas. Eu estava impressionada negativamente comigo mesma, nunca fui uma pessoa que resolve as coisas gritando ou falando palavrões.— Eu te amo, caralh*! Põe isso nessa sua cabeça. A única pessoa com quem eu transo é você. – ele encheu um copo de whisky e tomou puro, sem gelo.— Nem você acredita nessa mentira que está tentando contar. A prova disso é essa cr
FernandaFui indo em direção a garagem, coloquei minha mala no carro e abri a porta do carona para entrar, mas ele a bate com força me impedindo.— Para de agir feito criança, caralh*!Olhei para ele incrédula. Felipe estava com os olhos vermelhos, não sei se por não ter dormido ou por ter usado alguma coisa.— Criança, eu? — falei um tanto debochada enquanto cruzei os braços e me escorei no carro. É, talvez eu estivesse sendo um pouco infantil mesmo, mas eu estava com muita raiva dele, então acho eu que tinha esse direito.— Você sai transando com todas as mulheres que aparecem pela frente sem se prevenir, mas eu é quem sou criança? Tá bom! — ri debochada no final.— Não fala o que você não sabe! — ele respondeu.— Felipe, vamos fingir que esse circo que você montou aqui ontem, não aconteceu, tá legal? Agora eu entendi, você fez esse teatro todo de casamento para que eu não descobrisse sobre seu “outro filho”. — falei com aspas porque estou com muito ódio e ele pegou meu braço com fo
FernandaNesta hora eu fiquei estarrecida com o que ouvi, nos olhamos alguns segundos e apertei firme a mão dela para que ela entendesse que poderia se abrir comigo, se ela se sentisse confortável para isso.— Fernanda, os primeiros anos do meu casamento foram de total infelicidade. Desde que conheci o Jorge, ele ficava com várias mulheres, mas eu me apaixonei perdidamente por ele e engravidei tão novinha que precisei casar, ou melhor, morar junto, pois sendo menor de idade eu precisaria de autorização dos meus pais e isso não era possível. Eu morava na pista com eles, não éramos ricos, mas tínhamos uma vida confortável e quando meu pai soube da gravidez, descobrindo ser de um traficante, me expulsou de casa e eu não tive outra opção, a não ser morar no morro com o Jorge.— Meu Deus, Ângela! E como o Jorge reagiu?— Ele ficou muito feliz com a gravidez, é claro, desde o começo dizia ser um menino, me levou para viver com ele no Jacarezinho e aí começou o inferno que foi o início da no
DANI LEMBRANDO E CONTANDO AOS AMIGOS:Já virei um tapa na cara dela e segurei ela de costas, pressionando a cara da desgraçada na parede de uma casa. O que me ajudava era que ali não ficava no campo de visão de nenhum soldado.— Escuta aqui, sua piranha, você vai me acompanhar até meu carro sim! Caso contrário, meu soldado que está lá do outro da rua da casa azul, ao lado do Bar do Tuca, vai atravessar e meter uma bala na cabeça da sua titia Lourdes. — A casa azul era a casa onde ela morava com Lourdes, a mulher que a criou. Primeiro me informei sobre a vida dela, não havia nenhum soldado vigiando a sua casa, mas ela não precisava saber disso.Ela se calou e me acompanhou, entrando no meu carro e eu dirigi acelerada até um local mais afastado, próximo de onde sei que fica o campo da desova. A princípio, hoje ninguém seria cobrado, então estaria limpo.Lá estacionei e dei uma surra nela, mesmo estando grávida bati muito, arranquei o mega que ela tinha acabado de colocar e após ela esta