NOITE ANTERIOR AO SEQUESTRO DE THAYLA, ANTES DO PAI DE BRUNA LIGAR PARA G4:ThaylaDesde que voltamos do Espírito Santo, Gabriel e eu estamos tendo uma relação muito boa e tranquila, uma paz na qual eu sempre quis, mas jamais pude imaginar que teríamos algum dia.Ele está se mostrando muito disposto a fazer dar certo, e eu também, é claro. Além do sentimento que temos um pelo outro, temos uma química surreal, é algo que eu nunca imaginei viver com alguém. Só em me tocar, ele já me deixa em chamas, e, quando ele não passa as noites comigo, eu fico quase louca. Estamos tão próximos e conectados depois dessa volta, que é como se meu corpo precisasse do dele para se manter vivo. Nem sei se isso é saudável, só sei que é o que acontece, assim como vejo a necessidade que ele tem de estar comigo também.Nosso retorno para o Rio de Janeiro foi simplesmente incrível. Eu nunca tinha viajado de helicóptero, e foi uma experiência incrível, uma emoção à flor da pele, pois as alturas provocam medo e
BrunaEu não tinha nada a perder quando coloquei o boa-noite Cinderela na bebida do Gabriel e, já que ele não queria ficar comigo, com aquela pobretona, ele também não ficaria.A gente ia ter um filho, cara... Mas parece que ele esqueceu tudo o que vivemos...No dia em que fui na boca falar com ele e contar sobre o filho que saí carregando em meu ventre quando fui embora do Brasil, eu esperava, pelo menos, que ele demonstrasse algum interesse. Mas não, ele sequer fez algum questionamento, não quis saber nenhum detalhe, nada; muito pelo contrário, ele, inclusive, duvidou que eu realmente estivesse esperando um filho dele.Gabriel me desprezou, me tratou com indiferença e eu saí daquela favela arrasada, humilhada, me sentindo um lixo, e tudo por causa daquela sonsa pobretona com quem ele está se relacionando. Ela é só mais uma entre tantas que ele já teve, e sei que não vai durar muito; e, quando essa historinha acabar, eu volto com tudo.Então, retornei lá decidida a acabar com o conto
ANTES DE BRUNA IR PARA A ARGENTINA:BrunaMeu pai fica com o olhar perdido, como se estivesse viajando no tempo antes de me responder.— É... digamos que eram pessoas da minha família. Mas eu só preciso que você entenda que esse Carioca é um homem muito perigoso, e toda a família dele também é. Preciso que você fique longe deles, entendeu Bruna?Quem da família dele teria sido morto pelo Carioca? Um irmão, um tio, seu pai talvez?Ele falava de um jeito muito estranho e aquilo estava me dando medo.Eu nunca soube nada da família do meu pai, o que sempre me fez praticamente ter certeza de que ele se metia em negócios ilícitos. — E agora você decidiu abrir mão dessa vingança? — pergunto, cautelosa.— Jamais! — Sua resposta foi repleta de ódio. — Eles não perdem por esperar, eles vão pagar! A família do Turco anseia por vingança há quase 20 anos e eu há mais tempo que isso. Todos os planos que eu e outras pessoas tentamos, falharam. Mas, dessa vez, não falhará.— O que você pretende faze
Thayla Após aquele sexo maravilhoso no banho e algumas frases desconexas, Gabriel dormiu um pouco. Ele estava visivelmente cansado e apenas duas horas de sono não foram suficientes para repor suas energias. Mas ele disse que estava resolvendo algo importante e, no meio da madrugada, mesmo contra minha vontade, ele saiu. Antes de ele ir, trocamos um beijo carinhoso, acompanhado de muitas declarações de amor. Hoje, no intervalo de uma das aulas, fui rapidamente até a biblioteca. Minha faculdade tem uma biblioteca enorme, cheia de computadores e afins, porém, eu ainda prefiro fazer pesquisas no modo tradicional, em livros físicos. Demorei um pouco, mas com a ajuda da bibliotecária, encontrei aquele que eu procurava. Aproveito para mandar mensagem para o Gabriel, mas ele não está online e também não responde. Uma sensação estranha me acomete. Ele anda tão estranho de uns dias para cá... Assim que chegar na Penha vou até a boca procurá-lo. Passo no balcão com o livro para fazer o
G4Ouvir aquele cara dizer que era a vida Bruna em troca da vida da Thayla, me levou para uma realidade paralela. Eu saí de mim naquele instante.Minha visão ficou turva, minhas pernas pareciam ter perdido o entendimento que sua função principal é me manter firme no chão e em pé.Não enxerguei mais nada na minha frente, o ódio multiplicado em centenas de milhares de vezes por cada célula do meu corpo, e por cada gota de sangue que corre em minhas veias.Eu voei na direção da Bruna. Bati tanto nela que não sei como ela suportou. A filha da putä apanhou pelo que me fez, pelo que pensou em fazer, mas acima de tudo, apanhou por ser filha daquele desgraçado. Cada täpa, cada soco, cada chute que ela recebia, era como se eu estivesse batendo no infeliz do pai dela.Minutos depois, ela não aguentou mais e desmaiou, mas eu queria ela viva, porque morrer, ela só ia morrer na frente dele...O cara quer terror? Então vai ter!Leco se encarregou de sumir com a infeliz da minha frente por um tempo,
G4— Quer dizer então que o desgraçado que tá com a Thayla é genro desse tal Barreto, que prendeu e tentou matar o tio Carioca no passado? É isso mesmo, G4? — Leco pergunta, após um breve resumo que fiz a ele sobre tudo o que meu pai relatou e que julgava ser importante.— Na verdade, foi genro, né? Não é mais! O cara era noivo da filha desse Barreto que meu pai e o seu, mataram. Daí ele ficou neurótico pela morte dela. Mas vai vendo: mataram ela porque esse Barreto matou o nosso avô. Foi uma consequência das atitudes dele mesmo, pô! Olho por olho, dente por dente! — respondo, sem olhar para o Leco. Apenas mexo no celular da Bruna, numa tentativa de o pai dela estar com o celular ligado e atender à minha milésima tentativa de ligação. Mas nada, só dá caixa postal.— Pode crê, o cara é maluco mesmo! Todo esse tempo e ainda não desistiu, a vida toda com vingança na mente!— Esse Barreto aí tinha ódio do nosso avô desde a juventude e os carai, Leco! E depois passou a odiar o meu pai, ass
PRÓLOGOAponto meu fuzil na cara dele, não tem pra onde ele correr, tiro e bomba pra todo lado, está encurralado. Esse momento é a glória pra mim.Meu companheiro também tem a mira apontada pra ele.— Demorou mas chegou tua hora! — falo na cara dele.Sujeito ruim, ele me encara sem demonstrar sentir medo algum da morte.Movimento o dedo pra apertar o gatilho. Meu telefone toca, atendo sem tirar os olhos dele.Do outro lado da linha, aquela voz tão familiar:— Você não pode matar ele!A porta se abre, me viro e ele aponta a arma pra mim, volto a atenção para a ligação novamente.– Ah não? Por quê? — Pergunto rindo, mas a resposta não foi nada engraçada.DIAS ATUAISSEGUE O MOMENTO EM QUE FERNANDA LÊ A MENSAGEM NO CELULAR DE FELIPE DURANTE A COMEMORAÇÃO DO CASAMENTO.FernandaDurante a tarde, precisei subir até o quarto para colocar o meu celular para carregar e na escrivaninha da cabeceira, o celular pessoal do Felipe que estava lá, vibrou algumas vezes. Não sei se por curiosidade ou i
FernandaEle me olha perplexo, não sei se era porque eu já sabia da criança ou porque eu estava gritando. Ele vira de costas bufando e passando as mãos no cabelo. — Fala, Felipe! Com qual vagabund* você transou sem ter o mínimo de descendia de se prevenir? Arriscando me passar alguma doença, você é um escroto mesmo!— Não fala besteira, Fernanda! — Falou se virando para mim.— Ah, besteira? — eu ri ironicamente.— É besteira sim! Você acha o quê? Que eu saio comendo essas vagabund*s por aí sem me cuidar? Tá maluca?Nessa hora eu gargalhei alto.— Ah claro, você usa camisinha mas uma piranha engravidou de você, tá certo. — bati palmas. Eu estava impressionada negativamente comigo mesma, nunca fui uma pessoa que resolve as coisas gritando ou falando palavrões.— Eu te amo, caralh*! Põe isso nessa sua cabeça. A única pessoa com quem eu transo é você. – ele encheu um copo de whisky e tomou puro, sem gelo.— Nem você acredita nessa mentira que está tentando contar. A prova disso é essa cr