Presos

Analia narrando

O chalé estava iluminado por uma luz suave e quente, proporcionada pelas velas que decoravam cada canto do espaço. Elos de galhos secos e folhas de pinheiro estavam pendurados nas janelas e portas, enquanto um grande tapete, com desenhos que lembravam antigas runas, cobria quase todo o piso. Havia um contraste estranho e incômodo entre a beleza da decoração e a presença imponente e sombria de Krampus. Ele havia trancado a porta à chave, e eu vi claramente quando ele colocou os cadeados na grade de ferro que cobria a entrada principal. A chave foi arremessada pela janela, desaparecendo na imensidão branca da neve lá fora.

Eu sabia que não havia como escapar.

Krampus se virou lentamente para mim, sua figura era ainda mais ameaçadora à luz tremeluzente das velas. Os chifres se curvavam majestosamente para trás, e sua pele era uma mistura de pelo negro e couro avermelhado. Seus olhos, brilhando como brasas, cravaram-se em mim com uma intensidade que parecia queimar. Eu baa
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