Helena Mancini
Toda a minha vida estava em completa harmonia, eu tornei-me uma juíza com uma reputação exemplar em Sicília, apesar de a minha família ser composta por uma geração de mafiosos, os ajudava, apesar de me manter distante das negociações deles, exceto pelo fato de ter ensinado ao meu pai toda a nossa herança que só aumenta com empresas e negócios que pareciam legais pela lei, para a sociedade. Toda a minha história parecia ter sido escrita nos mínimos detalhes, sem erros e com cautela, até eu conhecer o Viktor, numa convenção de advogados, onde eu palestrei em um dos Workshops daquele final de semana. Ele chamou a minha atenção desde que o meu olhar encontrou o corpo dele, mas pensei que fosse apenas uma atração intensa, até ele me procurar no final da noite com um enorme buquê de rosas vermelhas e uma declaração de que eu era a única mulher que ele queria e que iria conquistar-me e torná-la a sua esposa. Nunca fui de deixar um homem ter o controle da minha vida, mas ele tornou-se como um vício que eu desejo ter, passados dois meses com as suas surpresas românticas e encontros marcantes, eu aceitei namorar ele, mas sempre sentia a necessidade de tê-lo por completo. Ele sempre fazia com que eu sentisse a falta dele e quando completamos seis meses de namoro sem sequer termos um ao outro entre os lençóis, ele pediu-me em casamento, eu não ousei sequer pensar e aceitei. E agora estou aqui diante do espelho, com um vestido de noiva, prestes a casar-me com o meu homem, um advogado Russo, que chama a atenção por onde ele passa, eu estava ansiosa para tê-lo na nossa lua de mel, seria a nossa primeira noite, desde que iniciamos nosso namoro, ele se manteve seguro, com o único desejo em mente, de fazermos amor apenas após nosso casamento, no começo duvidei que ele fosse capaz de esperar, mas depois percebi que ele estava apenas me prendendo a ele, para que o dia de hoje fosse concretizado, e eu, fosse totalmente dele. Ouço batidas na porta e logo o Antony entra, ele fica em silêncio por um breve momento me olhando e logo digo: —Você não vai dizer nada? — Você não precisa de elogios, sabe que a admiro e te acho a mulher mais linda e ousada de toda a Sicília. — Antony, sabe que somos melhores amigos, e você é minha pessoa favorita, vou sentir sua falta.—digo e abraço ele. — Parece que está se despedindo de mim, você está prestes a casar, não morrendo, mas eu vim até aqui para ter certeza se é isso que você quer, se casar com um homem que conheceu a pouco tempo, o meu carro está nos fundos, posso te tirar daqui rapidamente sem que ninguém note. —Antony, eu amo o Viktor, sei que está preocupado comigo, mas eu estou bem, estou feliz. —Eu só quero que saiba que te amo e faço o que for preciso por você.—ele diz, me olhando com intensidade, enquanto segura as minhas mãos. —Também te amo amigo, agora deixa eu retocar minha maquiagem.—digo enxugando minhas lágrima com o gesto de carinho e amor do Antony, que sempesteve sempre igo por tanto tempo, sendo meu confidente e o meu melhor amigo por muito tempo. Meus pais entram e após retocar a minha maquiagem, saímos, toda a minha família estava me aguardando no extenso jardim arrumado para o meu casamento naquela manhã de sábado. O padre já me aguardava com o Viktor, Enquanto caminhava pelo jardim em direção ao altar, senti uma mistura de nervosismo e felicidade inundando o meu meu ser. O sol brilhava suavemente entre as árvores, criando um cenário único para o momento mais importante da minha vida. Ao chegar ao altar, ornamentado de flores com tapete vermelho e encontrei o olhar amoroso do meu noivo, e soube que estava prestes a começar uma nova jornada ao seu lado. Os convidados sorriram enquanto o celebrante iniciava a cerimônia, e eu me senti envolta por uma onda de calor e amor. Após nosso casamento, tiramos algumas fotos com os convidados e a minha família e depois partimos para nossa viagem de lua de mel, numa mansão em Moscou, na Rússia. Dentro do avião, bebi uma taça de vinho com o meu esposo e acabei adormecendo. Lucas Petrov Eu me chamo Lucas Petrov, apesar de que durante meses, eu conquistei Helena, usando o nome do meu irmão Viktor, mesmo sabendo que ela nunca foi realmente minha. Ela era a esposa de meu irmão, Viktor Petrov. Mas Viktor me pediu um favor que eu não pude negar, eu devia a minha vida a ele e mesmo que conquistar a Helena fosse um desejo dele que foi difícil para mim, eu fiz o meu melhor. Enquanto estávamos a caminho de Moscou, Helena reclamou de enjoos devido ao voo. Compreensivo, ofereci-lhe uma taça de vinho para ajudar a relaxar. Ela aceitou, mas acrescentou que também tomava um comprimido para dormir em voos longos. Helena logo adormeceu, e eu me perguntei se ela sonhava com o nosso futuro, que tinha sido tão curto, para nós. Era estranho, mas eu estava atraído a ela, que não era realmente minha, mas eu não podia negar a mim mesmo que ela nunca me pertenceu, já que eu apenas fui a peça do jogo do meu irmão que arquitetou cada detalhe para conquistar ela. Enquanto olhava para Helena adormecida, prometi a mim mesmo que faria tudo o que estivesse ao meu alcance para que o meu irmão a fizesse feliz, mesmo que isso significasse sacrificar-me por ela. Chegando em Moscou, Helena acorda revigorada do seu sono no avião. Nossos olhares se encontram e, por um momento, eu me pego perdido na profundidade dos seus olhos azuis. Juntos, caminhamos até a mansão do meu irmão , onde fomos recebidos com toda a pompa e luxo característicos do lugar. Enquanto Helena se ocupa com as formalidades de boas-vindas, com todos empregados da mansão, o meu telefone toca. É Viktor. Sua voz firme e autoritária ecoa pelo receptor do meu celular. —Lucas, obrigado, mas agora preciso que a leve até o meu quarto e mostre a ela o closet, deixe que ela escolha a lingerie, peça que ela tome um banho e desça vestida para jantar, após jantarem, peça a ela que o espere na cama e então você pode ir para o hotel, fique lá por uma semana.—diz Viktor com sua voz firme. Respiro fundo, tentando conter a onda de emoções conflitantes que me assaltam. Mesmo sabendo que este era o acordo, não consigo evitar um aperto no peito ao pensar em deixá-la tão abruptamente. No entanto, eu prometi a Viktor que faria o que ele pediu. Com um sorriso forçado, guiei Helena até o seu quarto, o mordomo sobe conosco, ajudando-a com a bagagem. Mostro a ela o quarto e o seu closet, ela fica admirada com tantas peças de roupas para todas ocasiões, jóias, bolsas, sapatos e lingeries, me abraça e me beija de forma intensa, esse definitivamente seria o nosso último beijo. —Escolha uma dessas lingeries e depois vista um dos vestidos e desça para jantarmos. Ela sorri para mim e me agradece por pensar em cada detalhe, eu forço um sorriso no rosto e desço, sento na mesa e a espero por quase meia hora, assim que ela desce e senta na mesa de jantar, por um breve momento penso em levá-la comigo, mas logo os seguranças do Viktor fariam com que eu me arrependesse. —Depois do jantar, quero que suba até o quarto e me espere na cama apenas usando a lingerie.—digo em tom sério. —Eu não poderei fazer o que está me pedindo—ela diz sussurrando em meu ouvido.—Eu não estou usando nada abaixo deste vestido—ela diz me fazendo engoli seco o gole da taça de vinho. Enquanto ela come, fico a observando, logo jantamos e sussurro um breve adeus, antes de partir silenciosamente, como uma sombra na noite, rumo ao meu destino solitário. Continua...Viktor PetrovAo chegar à mansão, uma sensação de urgência me envolve, Helena definitivamente era minha, assim como toda sua família iria sentir a minha fúria, ela seria a minha primeira peça do tabuleiro da minha sede de vingança contra os Mancini. Sem hesitar, me dirijo diretamente ao quarto, mas antes que eu possa alcançar a maçaneta, as luzes da mansão são apagadas, mergulhando tudo na escuridão, de acordo com o que eu havia pedido a um dos meus funcionários.A escuridão não me impede. Com a determinação de um predador, abro a porta do quarto com um movimento rápido e preciso. Helena está lá, na cama, uma silhueta na penumbra. Sua voz, melodiosa e preocupada, corta o silêncio quando ela pergunta o que está acontecendo com as luzes.Sem dizer uma palavra, avanço rapidamente na direção dela. Minha presença a domina, como uma sombra sinistra que se aproxima. Ao me aproximar, sinto o calor do seu corpo, e meus desejos mais primitivos despertam.Sem hesitar, coloco minha boca nos seus
Viktor PetrovHelena sorriu para mim, o que me deixou intrigado com o que se passava em sua mente. Assim que nos sentamos, a governanta apareceu, perguntando se íamos tomar café da manhã. Eu a encarei por um momento antes de me dirigir a Helena.—Vamos tomar nosso café da manhã, querida esposa?— sugeri, oferecendo-lhe um sorriso, jogando o mesmo jogo que ela.Ela se levantou e caminhou comigo até a sala de estar, enquanto Lucas nos acompanhava e se sentava à mesa conosco.—Terei que comer ao lado do meu falso e verdadeiro esposo? Sou obrigada a isso?— Helena perguntou, sua expressão uma mistura de desafio e curiosidade.—Claro que não.—respondi rapidamente, querendo dissipar qualquer desconforto que ela pudesse estar sentindo.Eu enfrentei Lucas com firmeza, olhando diretamente em seus olhos.—Lucas, eu aprecio sua visita, mas é hora de você partir. Não volte até que Helena sinta que é certo tê-lo por perto.Lucas pareceu surpreso, mas assentiu, aceitando minha decisão com relutância.
Helena ManciniEu o encaro, sentindo a raiva e a frustração borbulhando dentro de mim.—Existe algo que deseja tocar em mim?— pergunto, o desafiando, encarando os seus olhos intensos. Ele olha-me por um momento, sua expressão indecifrável, e então os seus olhos caem para os meus lábios.Antes que eu possa reagir, ele me beija, pegando-me de surpresa. Por um momento, fico atordoada, mas então me entrego ao beijo, deixando-me levar pela intensidade do momento.Ele retira as algemas, libertando-me, e eu subo sobre ele, continuando o beijo com paixão e desejo. Em meio ao calor do momento, toda a raiva e mágoa se transforma no meu jogo de sedução. Estamos unidos não apenas pelo casamento, mas por um plano de vingança dele que preciso descobrir o motivo.Ele parecia notar que eu estava jogando com ele e logo que terminamos de transar ele diz:—Não caio nos seus jogos esposa, mas obrigado por satisfazer meus desejos carnais, mas da próxima vez, espero que seja mais ousada, nossa noite de n
Helena ManciniAcordo com o Viktor ao telefone dentro do quarto do hospital, sinto uma dor leve no meu braço que estava enfaixado.Olho ao redor do quarto do hospital, que estava com vários buquês de rosas e balões, em seguida tento alcançar a garrafa de água que estava ao meu lado, o Viktor vira-se e olha para mim.Ele desliga a sua chamada e vem rapidamente até mim, coloca o copo de água na minha boca, para que eu possa beber.Em seguida, olho para ele e pergunto:—O que são esses balões e rosas?—São apenas rosas e balões, o que foi ?Eu não sou o monstro que costuma chamar-me.—Então vai continuar me mantendo como sua prisioneira?—pergunto a ele.Viktor parece surpreso com a minha p, a suata, sua expressão suaviza antes de me responder:—Helena, eu não quero te manter como prisioneira. Só que você é minha e não cederei tão fácil.Viktor suspira, olhando para mim com uma mistura de determinação e preocupação.— Até você estar completamente recuperada, irei cuidar de você. Prometo
Viktor Petrov —Do que você precisa que tem no seu celular? —Eu tenho família e amigos, eles acham que estou em lua de mel e não sendo uma prisioneira e como os conhece, com certeza sabe como a minha família é, não posso ficar muito tempo sem dar notícias a eles. —Eu não posso confiar em você, já que nem mesmo o meu irmão foi fiel a mim. —Eu não sou o Lucas, e pensei que já fosse digna da sua confiança, não consegue ver que eu estou apaixonada por você? Eu poderia ter fugido com o seu irmão, deixado que ele atirasse em você, mas não fiz isso, o que eu preciso fazer para que possa confiar em mim? Quando Helena pede seu celular de volta, sinto uma pontada de incerteza.A deixo sozinha e vou até o meu escritório, pego o celular dela e levo até ela e o entrego. — Não faça me arrepender disso, caso contrário eu vou fazer com que o primeiro a sofrer seja o seu irmão Adrian.—digo mantendo minha expressão impassível, enquanto observo seus movimentos com cautela. —A sua vingança deve ser
Viktor Petrov—Eu estou sentindo dor no braço, então não ouse subir em cima de mim—diz ela desviando o seu olhar de mim.—Não tocarei no seu braço.—digo descendo seu short de seda e a sua calcinha.Abro as pernas dela e a mesma força, fechando, eu dou um beijo em sua boca e sussurro dizendo, irei abrir suas pernas novamente então não feche-as, eu sei que você quer o prazer que só eu posso lhe dar.Desço beijando o seu corpo, explorando cada centímetro com desejo. Abro delicadamente suas pernas e começo a beijar sua intimidade, sentindo-a tremer sob meus toques. Ela geme suavemente, implorando por mais, enquanto me entrego ao prazer de lhe proporcionar o êxtase que só eu sei como dar, continuo sugando a sua intimidade, ela geme e implora para que eu continue.Enquanto nossos corpos se moviam em um ritmo frenético de desejo e paixão, o celular de Helena começou a vibrar no criado-mudo ao lado da cama.Eu senti a tensão em seu corpo quando ela tentava ignorá-lo, mas logo se transformou
Helena ManciniAs semanas passam rapidamente, após um mês ao lado do Viktor, sinto que ele parece confiar em mim, começamos a sair, a ir a jantares, eventos sociais das empresas dele.Uma parte de mim estava feliz por cada momento ao lado dele, mas a maior parte, buscava desvendar o verdadeiro motivo pelo qual ele queria vingança com a minha família.Eu estava tendo a ajuda do Antony, que não aceitava o meu interesse em permanecer com o Viktor, mas ele entendia que eu não suportava o fato de não descobrir a verdade que parecia misteriosa, mas não impossível de desvendar.Tinha chegado do hospital, após a consulta de retorno, o meu braço estava bem, apenas com a marca que eu levaria comigo por um bom tempo.Ele entra no quarto com uma caixa e coloca um colar em meu pescoço, olho para ele e pergunto o motivo de estar ganhando um presente tão caro e extravagante.O colar era delicado, com uma pedra de esmeralda, dentro de um formato de coração, digno de uso para uma rainha com o brilho e
Viktor PetrovSaí da mansão, deixando Helena para trás. Dirigi-me a um dos meus hotéis e me instalei em uma das suítes. Despejei um copo de whisky em minha garganta e me afundei em reflexões Helena havia me pedido para abandonar minha busca por vingança. Como poderia amar alguém que exigia que eu renunciasse à minha própria dor? Eu não sou um homem de perdão, passei por sacrifícios desde novo e continuei cada dia enfrentando cada dor contida dentro de mim, até este momento. Minha vida foi forjada na solidão da minha dor, alimentada pela sede de vingança. Foi isso que me moldou até hoje, não me orgulho de ter criado dentro de mim um monstro que não consigo aniquilar.Movido pela raiva, bebo a segunda garrafa de Whisky em menos de vinte minutos.Meu celular toca e era um dos meus capangas, atendo e digo:—Está feito?—Sim, o seu irmão já está no avião para a Alemanha, precisa de algo Chefe?—diz ele.—Quero que aumente a segurança da mansão, e deixe que Helena saia se ela quiser sair,