Viktor Petrov
—Do que você precisa que tem no seu celular? —Eu tenho família e amigos, eles acham que estou em lua de mel e não sendo uma prisioneira e como os conhece, com certeza sabe como a minha família é, não posso ficar muito tempo sem dar notícias a eles. —Eu não posso confiar em você, já que nem mesmo o meu irmão foi fiel a mim. —Eu não sou o Lucas, e pensei que já fosse digna da sua confiança, não consegue ver que eu estou apaixonada por você? Eu poderia ter fugido com o seu irmão, deixado que ele atirasse em você, mas não fiz isso, o que eu preciso fazer para que possa confiar em mim? Quando Helena pede seu celular de volta, sinto uma pontada de incerteza.A deixo sozinha e vou até o meu escritório, pego o celular dela e levo até ela e o entrego. — Não faça me arrepender disso, caso contrário eu vou fazer com que o primeiro a sofrer seja o seu irmão Adrian.—digo mantendo minha expressão impassível, enquanto observo seus movimentos com cautela. —A sua vingança deve ser apenas para me ferir, já que me tem tão facilmente aqui, como sua prisioneira, então não ouse machucar ninguém da minha família, continue me ferindo, que eu continuarei me machucando por você, mas não fira quem eu amo, assim como eu não deixei que o seu irmão o ferisse, pois seria doloroso demais para mim. Suas palavras cortam como uma faca afiada, seu tom desafiador me lembra das incertezas que ainda existem entre nós. Eu sei que ela tem contatos externos, mas permitir-lhe acesso irrestrito ao mundo exterior é um risco que irei correr. Seu apelo por confiança é tentador, mas a memória das traições passadas ainda ecoa em minha mente. Eu queria acreditar nela, queria confiar em seu amor por mim, mas as cicatrizes do passado são difíceis de ignorar. Estou preso entre a esperança e a desconfiança, sem saber qual caminho seguir, apesar de meu desejo de vingança ser forte o suficiente para destruir os Mancini, talvez ela fosse a única que eu não desejasse mais machucar. Vou até a cozinha e preparo para ela o jantar, em seguida levo até ela e dou cada colher em sua boca. —Vai ficar me alimentando? Eu consigo comer sozinha, o meu braço direito está bem, consigo segurar uma colher. — Deixe que eu cuide de você, nunca tive a oportunidade de ser carinhoso com alguém e eu estou me esforçando para isso com você e por você. —Está se sentindo culpado por eu ter levado o tiro no seu lugar? —Na verdade, faz muito tempo que não me sinto assim, amado por alguém, a única mulher que já me amou, foi morta quando eu tinha apenas dez anos, ela me deixou em um acampamento,com a esperança de que no final dele, ela me buscaria, mas ela a nunca mais voltou, demorei muito para descobrir que ela havia sido morta, fiquei por cinco anos em um orfanato até o meu pai biológico me levar para morar com sua esposa e filhos. Ela segura na minha mão e nos olhamos por um momento, pela primeira vez me senti vulnerável, mas também confiante em revelar uma parte da minha dor a ela. —Eu sinto muito pela perda que você enfrentou quando era criança. Ninguém deveria passar por algo assim. Perder alguém que amamos é uma dor que nunca desaparece completamente.Não há nada que eu possa dizer para amenizar a sua dor, mas agradeço por revelar uma de suas dores a mim. Helena aperta suavemente a minha mão, transmitindo seu apoio, eu apenas saio para fora e fico um tempo lá até voltar e ouvir ela ao telefone no jardim. —Antony, finalmente consegui atender. Desculpe por não ter respondido antes, mas as coisas estão difíceis aqui. Estou sendo mantida como prisioneira, em uma situação realmente que foi assustadora. Não quero que se preocupe demais agora, mas precisava que soubesse, você é o meu melhor amigo e não quero que se preocupe comigo. Por favor, não faça nada por enquanto, estou tentando encontrar uma saída. Ouço atentamente cada palavra de Helena enquanto ela fala ao telefone. Estou prestes a intervir quando ela continua, dizendo: —Eu não quero ir embora, ele é o meu esposo e preciso descobrir o quanto o homem que me conquistou pode me amar, então não me procure ou se preocupe comigo, apenas contei a verdade por ser o meu melhor amigo e sei que se eu mentisse, você descobriria. Fico perplexo, tentando entender a complexidade da situação enquanto Helena revela seus sentimentos mais profundos, o quanto ela realmente estaria sendo sincera? Ela estava jogando comigo ou realmente estava apaixonada por mim. —Saia daí Viktor, preciso que me ajude a colocar o meu pijama.—diz ela subindo as escadas. Subo a seguindo e logo coloco um pijama de seda nela, com cuidado, ela me olha e após agradecer me diz: —Eu não podia esconder do Antony a verdade, se você me perseguiu por anos, sabe que o Antony é meu melhor amigo e ele perceberia se eu mentisse e seria capaz de mover o mundo até me encontrar. —Ele é apaixonado por você desde a época em que fizeram o curso juntos, talvez você nao tenha notado, ou ele tenha escolhido permanecer apenas como o seu amigo para não perder você, caso ele revelasse o que sente. —Acho que você é muito obsessivo, o Antony é apenas o meu melhor amigo, então não precisa sentir ciúmes. —Eu não preciso sentir ciúmes dele, você é minha e eu a conquistei, ao contrário dele que preferiu não arriscar.—digo tocando nos seios dela sob o pijama de seda. A beijo e dou mordidas na sua orelha, enquanto a deito lentamente na cama, ela geme baixo com dor no braço e eu pego a sua medicação que estava ao lado da cama e dou a ela com um pouco de água, depois vou para o banheiro e tomo um banho gelado. Assim que saio apenas de toalha, ela me olha e depois fixa seu olhar no celular, tiro-o das mãos dela e ela puxa minha toalha me deixando nu. —Me entrega o celular—diz ela encarando o meu corpo nu. —Tem certeza de que é o celular que você quer?—pergunto me aproximando dela. Continua...Viktor Petrov—Eu estou sentindo dor no braço, então não ouse subir em cima de mim—diz ela desviando o seu olhar de mim.—Não tocarei no seu braço.—digo descendo seu short de seda e a sua calcinha.Abro as pernas dela e a mesma força, fechando, eu dou um beijo em sua boca e sussurro dizendo, irei abrir suas pernas novamente então não feche-as, eu sei que você quer o prazer que só eu posso lhe dar.Desço beijando o seu corpo, explorando cada centímetro com desejo. Abro delicadamente suas pernas e começo a beijar sua intimidade, sentindo-a tremer sob meus toques. Ela geme suavemente, implorando por mais, enquanto me entrego ao prazer de lhe proporcionar o êxtase que só eu sei como dar, continuo sugando a sua intimidade, ela geme e implora para que eu continue.Enquanto nossos corpos se moviam em um ritmo frenético de desejo e paixão, o celular de Helena começou a vibrar no criado-mudo ao lado da cama.Eu senti a tensão em seu corpo quando ela tentava ignorá-lo, mas logo se transformou
Helena ManciniAs semanas passam rapidamente, após um mês ao lado do Viktor, sinto que ele parece confiar em mim, começamos a sair, a ir a jantares, eventos sociais das empresas dele.Uma parte de mim estava feliz por cada momento ao lado dele, mas a maior parte, buscava desvendar o verdadeiro motivo pelo qual ele queria vingança com a minha família.Eu estava tendo a ajuda do Antony, que não aceitava o meu interesse em permanecer com o Viktor, mas ele entendia que eu não suportava o fato de não descobrir a verdade que parecia misteriosa, mas não impossível de desvendar.Tinha chegado do hospital, após a consulta de retorno, o meu braço estava bem, apenas com a marca que eu levaria comigo por um bom tempo.Ele entra no quarto com uma caixa e coloca um colar em meu pescoço, olho para ele e pergunto o motivo de estar ganhando um presente tão caro e extravagante.O colar era delicado, com uma pedra de esmeralda, dentro de um formato de coração, digno de uso para uma rainha com o brilho e
Viktor PetrovSaí da mansão, deixando Helena para trás. Dirigi-me a um dos meus hotéis e me instalei em uma das suítes. Despejei um copo de whisky em minha garganta e me afundei em reflexões Helena havia me pedido para abandonar minha busca por vingança. Como poderia amar alguém que exigia que eu renunciasse à minha própria dor? Eu não sou um homem de perdão, passei por sacrifícios desde novo e continuei cada dia enfrentando cada dor contida dentro de mim, até este momento. Minha vida foi forjada na solidão da minha dor, alimentada pela sede de vingança. Foi isso que me moldou até hoje, não me orgulho de ter criado dentro de mim um monstro que não consigo aniquilar.Movido pela raiva, bebo a segunda garrafa de Whisky em menos de vinte minutos.Meu celular toca e era um dos meus capangas, atendo e digo:—Está feito?—Sim, o seu irmão já está no avião para a Alemanha, precisa de algo Chefe?—diz ele.—Quero que aumente a segurança da mansão, e deixe que Helena saia se ela quiser sair,
Helena ManciniApós algumas horas com a Linda, a ajudando na sua pequena e charmosa cafeteria, eu a levo para casa, com a promessa de no dia seguinte ajudá-la.Assim que chego em casa, as luzes estavam apagadas, acendo e o Viktor estava sentado na poltrona, me encarando com um uma garrafa de Whisky em sua mão.—Se quer tanto trabalhar, eu compro um escritório de advocacia para você.—diz ele me olhando.—Eu não preciso de um escritório de advocacia já tenho vários.—Prefere então servir café aqui em Moscou?O que está fazendo Helena?É assim que quer aproveitar um pouco da sua liberdade diária que tenho deixado ter?—O que eu faço com as minhas horas livres não diz respeito a você, afinal não pergunto o que faz durante o seu dia e nem o que fez no decorrer destes últimos dias, acha que eu não o vi lá no hospital?Sei que seus capangas estão me seguindo, então o que você quer?—Eu quero você e fiquei preocupado de que tivesse acontecido algo, por isso fui até o hospital, pensei que estives
Helena ManciniMeses se passaram e Viktor me tratava como uma desconhecida, me tornei invisível e digna de desprezo para ele, rejeitada e grávida, eu estava obstinada a fugir de Moscou, e naquela noite eu teria a minha liberdade.A escuridão da noite envolvia a mansão de Viktor como um manto espesso e silencioso. Escondida atrás de uma cortina pesada na biblioteca, observei os movimentos dos capangas no pátio através de uma fresta na janela. Antony e Linda, meus aliados fiéis, estavam escondidos nas sombras do jardim, prontos para executar o plano cuidadosamente traçado.Vi Antony dar um sinal sutil e Linda, com uma precisão impecável, acionou um pequeno dispositivo em suas mãos. De repente, uma série de explosões estrondosas ecoaram pelo terreno da mansão. Luzes brilhantes e fumaça se espalharam, criando uma cena de caos controlado. Os capangas, surpreendidos e desorientados, correram em direção ao portão principal, na tentativa de identificar a fonte da confusão.Aproveitei o momen
VIKtor PetrovSimon saiu e continuei por horas ali no escritório da empresa, estava sentado, olhando para o copo de whisky à minha frente. A bebida dourada refletia a luz suave do abajur, e eu me perguntei quantas vezes já tinha me encontrado assim, perdido em pensamentos de vingança e dor. Mas hoje, algo estava diferente. As palavras de Simon ainda ecoavam na minha mente, e pela primeira vez, considerei um futuro diferente.Terminei o whisky e me levantei, decidido. Peguei minhas chaves e saí, dirigindo até a loja de artigos para bebês. Não sabia se Helena esperava um menino ou uma menina, ainda estava cedo para descobrir, mas eu queria ter dito a ela quando revelou que estava grávida o quanto eu estava feliz por se tornar pai do bebê que ela estava esperando.Então comprei um par de sapatinhos azuis e outro rosa. Segurei os pequenos calçados na mão, sentindo uma onda de emoção que nunca tinha experimentado antes.Em seguida, fui até uma floricultura e escolhi um buquê de flores fr
Viktor PetrovNa noite marcada, Carlo ficou próximo à casa de Adrian Mancini, esperando o momento certo. A cozinheira fez seu trabalho com precisão na manhã seguinte. Minutos depois de a esposa de Adrian comer, ela começou a apresentar os sintomas esperados. O caos tomou conta da casa, exatamente como previ.Usando a confusão como cobertura, Carlo me deu informações até que o Adrian a levasse ao hospital. Esperei o momento certo para ligar para ele, e finalmente com o celular da Helena que havia deixado na casa quando ela fugiu, ele atendeu e eu disse:—Olá Cunhado, como se sente sabendo que a mulher que ama está a poucas horas da morte por sua causa?—Do que você está falando?—perguntou ele.—Talvez não reconheça a minha voz já que eu sou o verdadeiro Victor petrov, esposo da sua irmã.Você matou anos atrás a minha irmã Mariane e eu estive por anos esperando o momento certo para fazer com que alguém que você ama sofra e pague pelo que fez, mas como não sou a favor de deixar seu fi
Helena ManciniAcordo no dia seguinte com fome, tomo um banho e assim que abro a porta o Viktor estava dormindo, sentado, na porta do quarto.Ele acaba despertando assim que passo e segura a minha mão direita.—Você dormiu bem?Está sentindo enjôo?Olho para ele e apenas retiro sua mão da minha e continuo andando, desço as escadas e vou até a cozinha, a senhora já havia preparado todo o café da manhã.Sento na mesa da sala de estar e bebo um copo de suco de laranja, como algumas torradas com geleia de morango e continuo comendo um iogurte com frutas, granola e mel, tudo parecia tão delicioso.Assim que me viro para sair da mesa, o Viktor estava me encarando a um tempo, mas não havia notado a sua presença.Saio da sala de estar e me dirijo ao jardim. O ar fresco e o aroma das flores me ajudam a clarear a mente. Caminho devagar pelo caminho de pedras até chegar ao banco de madeira próximo à fonte. Sento-me e pego o celular no bolso, discando rapidamente o número de Linda.Ela atende no s