Helena ManciniMeses se passaram e Viktor me tratava como uma desconhecida, me tornei invisível e digna de desprezo para ele, rejeitada e grávida, eu estava obstinada a fugir de Moscou, e naquela noite eu teria a minha liberdade.A escuridão da noite envolvia a mansão de Viktor como um manto espesso e silencioso. Escondida atrás de uma cortina pesada na biblioteca, observei os movimentos dos capangas no pátio através de uma fresta na janela. Antony e Linda, meus aliados fiéis, estavam escondidos nas sombras do jardim, prontos para executar o plano cuidadosamente traçado.Vi Antony dar um sinal sutil e Linda, com uma precisão impecável, acionou um pequeno dispositivo em suas mãos. De repente, uma série de explosões estrondosas ecoaram pelo terreno da mansão. Luzes brilhantes e fumaça se espalharam, criando uma cena de caos controlado. Os capangas, surpreendidos e desorientados, correram em direção ao portão principal, na tentativa de identificar a fonte da confusão.Aproveitei o momen
VIKtor PetrovSimon saiu e continuei por horas ali no escritório da empresa, estava sentado, olhando para o copo de whisky à minha frente. A bebida dourada refletia a luz suave do abajur, e eu me perguntei quantas vezes já tinha me encontrado assim, perdido em pensamentos de vingança e dor. Mas hoje, algo estava diferente. As palavras de Simon ainda ecoavam na minha mente, e pela primeira vez, considerei um futuro diferente.Terminei o whisky e me levantei, decidido. Peguei minhas chaves e saí, dirigindo até a loja de artigos para bebês. Não sabia se Helena esperava um menino ou uma menina, ainda estava cedo para descobrir, mas eu queria ter dito a ela quando revelou que estava grávida o quanto eu estava feliz por se tornar pai do bebê que ela estava esperando.Então comprei um par de sapatinhos azuis e outro rosa. Segurei os pequenos calçados na mão, sentindo uma onda de emoção que nunca tinha experimentado antes.Em seguida, fui até uma floricultura e escolhi um buquê de flores fr
Viktor PetrovNa noite marcada, Carlo ficou próximo à casa de Adrian Mancini, esperando o momento certo. A cozinheira fez seu trabalho com precisão na manhã seguinte. Minutos depois de a esposa de Adrian comer, ela começou a apresentar os sintomas esperados. O caos tomou conta da casa, exatamente como previ.Usando a confusão como cobertura, Carlo me deu informações até que o Adrian a levasse ao hospital. Esperei o momento certo para ligar para ele, e finalmente com o celular da Helena que havia deixado na casa quando ela fugiu, ele atendeu e eu disse:—Olá Cunhado, como se sente sabendo que a mulher que ama está a poucas horas da morte por sua causa?—Do que você está falando?—perguntou ele.—Talvez não reconheça a minha voz já que eu sou o verdadeiro Victor petrov, esposo da sua irmã.Você matou anos atrás a minha irmã Mariane e eu estive por anos esperando o momento certo para fazer com que alguém que você ama sofra e pague pelo que fez, mas como não sou a favor de deixar seu fi
Helena ManciniAcordo no dia seguinte com fome, tomo um banho e assim que abro a porta o Viktor estava dormindo, sentado, na porta do quarto.Ele acaba despertando assim que passo e segura a minha mão direita.—Você dormiu bem?Está sentindo enjôo?Olho para ele e apenas retiro sua mão da minha e continuo andando, desço as escadas e vou até a cozinha, a senhora já havia preparado todo o café da manhã.Sento na mesa da sala de estar e bebo um copo de suco de laranja, como algumas torradas com geleia de morango e continuo comendo um iogurte com frutas, granola e mel, tudo parecia tão delicioso.Assim que me viro para sair da mesa, o Viktor estava me encarando a um tempo, mas não havia notado a sua presença.Saio da sala de estar e me dirijo ao jardim. O ar fresco e o aroma das flores me ajudam a clarear a mente. Caminho devagar pelo caminho de pedras até chegar ao banco de madeira próximo à fonte. Sento-me e pego o celular no bolso, discando rapidamente o número de Linda.Ela atende no s
Helena ManciniViktor dá um passo à frente, a expressão determinada em seu rosto.As palavras dele pairam no ar, e sinto um nó se formar no meu estômago. A proposta parece razoável, mas também significa prolongar a incerteza que sinto. Respiro fundo, tentando organizar meus pensamentos.— Viktor, eu... — começo, mas ele me interrompe, sua expressão suavizando um pouco.— Helena, eu sei que peço muito. Mas eu preciso dessa chance. Quero estar aqui para você e para nossos filhos. Se, depois de tudo, você ainda sentir que não pode ficar, eu prometo que vou respeitar sua decisão — ele diz, os olhos implorando por uma resposta.Olho para ele, vendo a sinceridade em seu olhar. Sei que ele realmente quer fazer isso dar certo, mas também sei que preciso ser honesta comigo mesma.— Tudo bem, Viktor. Eu fico até os bebês nascerem. Mas você tem que entender que isso não garante nada além desse tempo. Precisamos encontrar uma maneira de coexistir sem forçar nada — digo, tentando deixar claro minh
Viktor PetrovA noite já havia caído quando retornamos para casa, a lua alta no céu clareando o caminho sinuoso até a entrada da mansão.O jantar no restaurante foi agradável, um pouco mais descontraído que o almoço, mas ainda assim, a presença de Helena era uma constante incógnita para mim. Ela falava mais, seus olhos brilhando à luz das velas, mas ainda havia um muro invisível que eu não conseguia ultrapassar, criado por ela, devido a tudo que a fiz passar, desde o casamento.Entramos na casa em silêncio, a atmosfera quase solene. Helena murmurou algo sobre tomar um banho e subiu as escadas. Eu a segui com o olhar até que ela desapareceu no andar de cima, o som suave dos seus passos ecoando no corredor.Decidi tomar um banho no quarto de visitas ao lado do nosso, dando-lhe um espaço que parecia necessário. A água quente ajudou a relaxar os músculos tensos, mas não conseguiu afastar os pensamentos que giravam incessantemente na minha mente. Helena e sua indiferença. Helena e seu olha
Helena ManciniLevanto-me da cadeira e saio, deixando o Viktor sozinho na mesa, ele sorri e diz:—Se precisar de ajuda com o banho, eu posso ser seu sabonete.—É uma proposta tentadora, mas prefiro Sabonetes líquidos, é menos escorregadios e mais seguros.Subo com um sorriso no rosto, assim que entro no quarto, respiro profundamente, e tiro minha roupa e deixo a água do chuveiro cair sobre o meu corpo.Depois de tomar um banho quente, desci a grande escadaria da mansão sentindo-me renovada. Meus cabelos ainda estavam úmidos, e o perfume suave de lavanda envolvia-me, trazendo uma sensação de paz. Ao chegar ao saguão, meu coração saltou ao ver rostos familiares me esperando.—Eloise! Antony!—exclamei, o alívio e a felicidade estampados no meu rosto. Eloise, a tia carinhosa, que na verdade era tia de Viktor, já que era a irmã gêmea da Caterina, correu para me abraçar, e senti uma onda de conforto em seus braços.—Querida Helena, que bom ver você!— disse ela, seus olhos brilhando com cari
Viktor PetrovEu estava no meu escritório, envolvido em pilhas de relatórios e documentos, quando a porta se abriu abruptamente. Levantei os olhos, já sentindo um nó se formar no meu estômago, e vi Antony entrar. A audácia daquele homem era inacreditável. Mal consegui conter a irritação que subiu à superfície.—Veio se ajoelhar pra mim também?— perguntei, o sarcasmo pingando de cada palavra. Esperava vê-lo recuar, talvez até pedir desculpas, mas sua expressão permaneceu firme.—Não vim aqui para me desculpar.— ele respondeu com uma calma que só aumentou a minha frustração.—Vim para dizer que a Helena ama você. E você precisa merecer o amor dela.As palavras dele me atingiram como um soco no estômago. Helena... Claro que eu sabia dos sentimentos dela, mas ouvir Antony falar sobre isso, afirmar que eu precisava ser digno desse amor, era outra história. Meus pensamentos ficaram em turbilhão, a raiva e a dúvida lutando pelo controle. Precisava processar aquilo, entender o que realmente s