Viktor PetrovEu estava no meu escritório, envolvido em pilhas de relatórios e documentos, quando a porta se abriu abruptamente. Levantei os olhos, já sentindo um nó se formar no meu estômago, e vi Antony entrar. A audácia daquele homem era inacreditável. Mal consegui conter a irritação que subiu à superfície.—Veio se ajoelhar pra mim também?— perguntei, o sarcasmo pingando de cada palavra. Esperava vê-lo recuar, talvez até pedir desculpas, mas sua expressão permaneceu firme.—Não vim aqui para me desculpar.— ele respondeu com uma calma que só aumentou a minha frustração.—Vim para dizer que a Helena ama você. E você precisa merecer o amor dela.As palavras dele me atingiram como um soco no estômago. Helena... Claro que eu sabia dos sentimentos dela, mas ouvir Antony falar sobre isso, afirmar que eu precisava ser digno desse amor, era outra história. Meus pensamentos ficaram em turbilhão, a raiva e a dúvida lutando pelo controle. Precisava processar aquilo, entender o que realmente s
Helena ManciniViktor secou minhas lágrimas e, de mãos dadas, entramos juntos no consultório quando meu nome foi chamado no corredor. A obstetra pediu que eu deitasse, levantei minha blusa e logo ela começou o exame de ultrassom. Olhei para Viktor e vi sua ansiedade refletida em seu sorriso e seu olhar fixo na tela. Quando a doutora realizou o ultrassom e por um instante escutamos o som dos corações dos nossos bebês, sentimos um misto de emoções, o vi chorar e fiquei surpresa.—Você está chorando Viktor?—digo com um sorriso no rosto.—Eu te amo Helena—diz ele e me beija, acabo cedendo aos seus beijos. Passado determinado tempo a doutora conseguiu ver o sexo de um dos bebês e ela anunciou que um deles era uma menina e em seguida continuou com a ultra e logo disse que o outro era um menino. Foi um momento mais incrível e emocionante da minha vida.Viktor saiu da sala, deixando-me um pouco confusa. Logo, ele retornou com duas caixas de presentes e um buquê de flores, seu rosto ir
Viktor PetrovAcordei com a luz suave do amanhecer invadindo o quarto. Ao abrir os olhos, a primeira coisa que vi foi Helena ao meu lado. Ela estava acordada, mas ainda deitada, perdida em pensamentos. Por um momento, fiquei apenas observando-a, sentindo-me grato por tê-la ao meu lado.—Bom dia!—murmurei, minha voz rouca pela manhã.—Bom dia—ela respondeu, mas havia uma hesitação na sua voz que não passou despercebida por mim.—Você dormiu bem?—perguntei, tentando afastar a preocupação que começava a crescer dentro de mim.—Sim, dormi— ela respondeu, mas algo em seu tom me dizia que havia mais por trás de suas palavras.—Mas, Viktor, preciso falar com você sobre uma coisa.Seu pedido para conversar me deixou preocupado.após escutar atentamente o que a afligia, fiquei em silêncio e decidi que deveria esperar o melhor momento, para que ela pudesse se sentir confortável ao meu lado.Embora as suas palavras tenham sido difíceis de ouvir, entendi a necessidade dela.Ela me agradeceu e dep
Viktor PetrovSete semanas se passaram desde a noite em que Helena me convidou para dormir ao seu lado novamente. A cada dia, nosso vínculo parecia se fortalecer mais, e a chegada dos nossos bebês se aproximava rapidamente. Estávamos preparados, com os quartos prontos, tudo que eles precisariam, pelo menos, era o que pensávamos.Era uma madrugada tranquila quando senti um toque suave me acordando. Abri os olhos e vi Helena, seu rosto uma mistura de medo e urgência.—Viktor!—ela disse, sua voz trêmula. —Minha bolsa estourou. Precisamos ir para o hospital.Por um momento, fiquei paralisado, o pânico se instalando em mim. Em seguida, saltei da cama, ajudando-a a se levantar.—Tudo bem, vai ficar tudo bem.—disse, tentando acalmar a mim mesmo tanto quanto a ela. Peguei a mala que já tínhamos preparado e ajudei-a a descer as escadas com cuidado.No carro, minha mente estava a mil. A cada gemido de dor de Helena, meu coração apertava. Ela apertava minha mão com força, e eu fazia o possível
Helena ManciniA cerimônia de formatura estava em seu clímax. Eu estava sentada na primeira fila ao lado de Viktor, meu marido, sentindo uma mistura de orgulho e nostalgia. Parecia que foi ontem que segurei Adriano e Alice pela primeira vez em meus braços. Cada passo dessa longa trajetória estava vivo em minha memória, como se tivesse acontecido há poucos momentos.Lembro-me das primeiras palavras de Adriano, que foram: "papai", e de Alice, que teimava em dizer "mamãe" primeiro. Era como se já desde cedo eles demonstrassem suas personalidades. Alice era determinada, teimosa, sempre disposta a enfrentar qualquer obstáculo, uma verdadeira réplica minha. Adriano, por outro lado, tinha a destemida bravura de seu pai. Nunca temeu nada, nem mesmo ao cair várias vezes ao aprender a andar,a pedalar ou qualquer esporte que ele participava, sempre se dedicava a ser o melhor em tudo.O reitor anunciou os nomes de Adriano e Alice, e eu senti meu coração quase explodir de emoção. Viktor apertou a
Alice Mancini PetrovA formatura havia sido perfeita. Josh estava ao meu lado, compartilhando cada momento de felicidade comigo. Quando ele me pediu em casamento, senti como se meu coração fosse explodir de alegria. No dia seguinte à formatura, ficaríamos noivos oficialmente. Era o começo de uma nova fase em nossas vidas, e eu mal podia esperar.Depois da festa, voltamos para casa. Deitei na cama, mas a excitação do dia me impediu de dormir. Depois de alguns minutos, decidi que precisava falar com Adriano. Peguei o pote de sorvete de menta com chocolate, o favorito dele, e fui até o quarto do meu irmão.Bati levemente na porta e entrei sem esperar resposta. Adriano estava sentado na cama, olhando pensativo pela janela.—Ei, trouxe seu sorvete favorito.— disse, mostrando o pote.Ele sorriu e fez um gesto para que eu me sentasse ao lado dele.—Obrigado, Alice.—Por que você ficou tão distante na festa?— perguntei, entregando-lhe uma colher. —Parecia que estava em outro mundo.Adriano su
Adriano Mancini PetrovDepois de uma longa e tumultuada viagem, finalmente aterrissamos no Brasil. O voo foi uma mistura de emoções, mas a presença de Mônica, a aeromoça brasileira, deixou tudo mais interessante. Assim que o avião parou e os passageiros começaram a desembarcar, avistei Mônica se preparando para sair. Senti uma onda de coragem e decidi não deixar essa oportunidade escapar.— Mônica, antes de você ir, eu gostaria de me desculpar pelo comportamento no avião e agradecer por toda a ajuda. Foi um voo agitado, mas você lidou com tudo de uma maneira impressionante.Ela sorriu gentilmente, mostrando que havia deixado qualquer mágoa para trás.— Está tudo bem. Foi um voo e tanto, mas faz parte do trabalho.— Eu sei que provavelmente você está cansada, mas se não for pedir muito, eu gostaria de convidá-la para jantar comigo. Gostaria de conhecer mais sobre você e, quem sabe, começar nossa interação de forma mais amigável desta vez.Mônica hesitou por um momento, mas parecia con
Adriano Mancini PetrovNosso beijo se transformou em uma dança de carícias. As mãos de Mônica percorriam meu corpo com urgência, e eu explorava cada centímetro dela, como se precisasse memorizar cada detalhe. A paixão que nos envolvia era avassaladora, e não demorou para que nos entregássemos completamente.Enquanto o sol do Rio de Janeiro brilhava intensamente lá fora, dentro daquela casa, tudo estava em fogo. Suas mãos puxaram minha camisa, seus dedos ágeis desabotoando cada botão com destreza. Eu a ajudei a se livrar de suas roupas, admirando cada curva, cada linha de seu corpo. Ela era perfeita.Nosso desejo não permitia que esperássemos. A levantei nos braços e a levei até o quarto, onde a deitei com cuidado na cama. O calor do sol no Brasil parecia intensificar o calor entre nós. Sem palavras, apenas com olhares e toques, nos comunicávamos. Cada movimento era uma declaração de desejo, cada suspiro uma promessa de prazer.Fizemos amor com uma intensidade que nunca havia experimen