Eu não sou um monstro...

Helena Mancini

Acordo com o Viktor ao telefone dentro do quarto do hospital, sinto uma dor leve no meu braço que estava enfaixado.

Olho ao redor do quarto do hospital, que estava com vários buquês de rosas e balões, em seguida tento alcançar a garrafa de água que estava ao meu lado, o Viktor vira-se e olha para mim.

Ele desliga a sua chamada e vem rapidamente até mim, coloca o copo de água na minha boca, para que eu possa beber.

Em seguida, olho para ele e pergunto:

—O que são esses balões e rosas?

—São apenas rosas e balões, o que foi ?Eu não sou o monstro que costuma chamar-me.

—Então vai continuar me mantendo como sua prisioneira?—pergunto a ele.

Viktor parece surpreso com a minha p, a suata, sua expressão suaviza antes de me responder:

—Helena, eu não quero te manter como prisioneira. Só que você é minha e não cederei tão fácil.

Viktor suspira, olhando para mim com uma mistura de determinação e preocupação.

— Até você estar completamente recuperada, irei cuidar de você. Prometo que farei o possível para tornar a sua estadia o mais confortável possível. Se precisar de algo, é só pedir. Até você se recuperar, eu mostrarei que sou o melhor esposo que poderia ter.

—Posso lhe pedir algo?—pergunto a ele, enquanto o mesmo parece se sentir culpado por eu ter o salvo da bala que seria para ele.

—O que você quiser, exceto te deixar ir.—diz ele me encarando seriamente, esperando que eu diga o que preciso.

—Todo esse trabalho que teve para que eu fosse a sua esposa, é por qual motivo?Como você me conhece e que obsessão é essa por mim?

— Como estou em dívida com você, direi o motivo, eu conheci-a enquanto estava na universidade, foi quando eu comecei a observá-la, não diria que sou obsessivo, mas obstinado a ter tudo o que eu quero ou desejo.

Ouvir Viktor revelar o seu motivo deixa-me perplexa. Como assim ele me observava desde a universidade? A sensação de estar sendo observada por tanto tempo me deixa desconfortável, quase como se eu tivesse sido manipulada sem sequer perceber. Respirando fundo, tento processar as suas palavras enquanto o meu coração b**e mais rápido.

 É perturbador perceber que alguém estava tão determinado a me ter. Mas agora, aqui estou eu, em sua proteção, ou melhor, em sua prisão, enquanto tento entender o que isso significa para mim e como devo lidar com essa revelação.

— Eu levei um tiro por um homem obcecado por mim a anos, você não parou para pensar que isso é doentio?

— Doentio? Como levar um tiro por um homem que te aprisiona e te engana?—ele me pergunta, curioso.

—Talvez eu tenha adquirido a síndrome de estocolmo, isso explicaria o fato de não querer que se machuque e principalmente por estar apaixonada por você.

Olho para Viktor, tentando decifrar os seus olhos em busca de qualquer sinal de arrependimento ou remorso, mas tudo o que vejo é uma expressão fria e determinada.

Ele não parece se importar com o impacto das minhas palavras ou declaração.

Um nó se forma na minha garganta, misturando-se com a dor física que ainda sinto no meu braço.

 Por um momento, me sinto vulnerável e impotente diante da situação. Mas então, uma chama de determinação surge dentro de mim.

 Se Viktor pensa que pode me controlar assim tão facilmente, ele está enganado. Eu não serei apenas mais uma peça em seu jogo. É hora de eu recuperar o controle da minha vida, custe o que custar.

Levanto-me e cubro-me com o lençol, em seguida ando em direção a porta.

—O que pensa que está fazendo?—diz ele diante de mim.

—Quero ir para nossa casa, não me sinto confortável em uma cama de hospital e o médico já removeu a bala, posso continuar me cuidando de forma confortável fora daqui.

Ele pega-me nos seus braços e leva-me até fora do hospital, me soltando apenas dentro do carro e em seguida o vejo dirigir.

Ficamos em silêncio por um tempo até chegarmos na entrada da mansão, quando ele me olha e diz:

—Não esperava que seria tão fácil conquistá-la, estou surpreso, confesso que pensei que não se apaixonaria por mim.

Penso em responder algo, mas decido ficar em silêncio, eu não estava apaixonada por ele, apenas estava a jogar com ele e vê-lo ali diante de mim, vulnerável, me fazia entender que eu estava sendo bem convincente.Uma parte de mim queria gritar que não era verdade, que eu não estava apaixonada por ele. Mas eu me segurei.

 Ficar em silêncio parecia ser a melhor estratégia naquele momento. Eu não podia dar a ele a satisfação de saber que suas tentativas de manipulação estavam funcionando. Então, quando ele me beijou, eu mantive minha fachada, mesmo que por dentro eu estivesse gritando de revolta e determinação para sair dessa situação.

Ele me beijou, o beijo de Viktor é intenso e cheio de desejo, mas para mim, é apenas mais uma peça em meu jogo de manipulação. Enquanto nossos lábios se encontram, mantenho a minha mente focada em um único objetivo:

Ganhar a confiança de Viktor o suficiente para encontrar uma maneira de escapar. Embora minhas emoções estejam confusas, eu sei que não posso me deixar levar pela ilusão de romance que ele tenta criar. Assim que o beijo termina, me afasto, mantendo uma expressão neutra enquanto aguardo o próximo movimento de Viktor.

Ele sai do carro, me pega em seus braços e me leva até dentro, me deixando na cama e logo eu digo:

—Preciso do meu celular.

Continua...

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