A cura

O silêncio da noite envolvia tudo ao nosso redor, quebrado apenas pelo som distante do vento e pelo estalar das brasas. Stella dormia agora, a expressão suavizada pelo cansaço. Eu, porém, não conseguia fechar os olhos. O peso daquela promessa era como uma pedra sobre o meu peito.

A cada vez que eu olhava para ela, tão frágil e ao mesmo tempo tão resiliente, sentia minha determinação se reforçar. Mas o que eu não podia ignorar era a realidade implacável que nos cercava. O mundo não era gentil com aqueles que fugiam.

Levantei-me devagar, tentando não perturbá-la. A dor atravessou meu lado como uma lâmina quente, mas eu a ignorei. Caminhei até a beira da clareira e olhei para a floresta adiante. Ela parecia infinita, cheia de segredos e perigos. Se havia algum lugar onde poderíamos estar seguros, ele ainda estava muito além do que podíamos ver.

Lembrei-me das palavras de um velho viajante que encontramos meses atrás: "O norte guarda mais do que gelo e neve. Guarda segredos antigos,
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