As semanas passaram, e a rotina da matilha voltou a um ritmo natural, embora com uma energia renovada. Stella já não era vista como uma forasteira; ela era a Luna, um pilar de força e inspiração para todos. A cada amanhecer, ela saía comigo para patrulhar os limites do território. Apesar de ainda estar aprendendo, sua intuição era impressionante. Durante uma dessas patrulhas, paramos para observar a floresta ao redor. — Parece tão tranquilo agora — Stella comentou, o olhar perdido na linha do horizonte. — Mas eu sei que essa calma é apenas temporária. — Sempre é — concordei. — Mas isso não significa que devemos viver com medo. Estamos prontos para o que vier. Ela assentiu, respirando fundo. — É estranho, sabe? Antes de te conhecer, minha vida era tão diferente. E agora... é como se eu tivesse encontrado meu lugar. Eu a observei por um momento, percebendo como ela havia mudado. Stella não era mais a mulher assustada que conheci; ela havia se transformado em alguém forte, conf
Stella Os sonhos ficavam cada dia mais frequentes, pareciam sonhos lúcidos, aqueles em que eu me lembrava da maior parte dos acontecimentos, eu não entendi o que estava acontecendo, mas sabia que teria um significado e provável que profundo. Sempre as mesmas sensações: os cabelos de um homem musculoso e grande roçando meu rosto e seios, suas mãos fortes e tão seguras de si explorando tantas partes do meu corpo... Mas quando chegava perto de finalmente eu olhar seu rosto acordava. E de certa forma frustrada passava meu dia. O despertador tocara pelo o que considerava ser a 4° vez seguida. Merda merda merda, atrasada de novo. Decido que me arrumar era a prioridade principal, decido por uma calça jeans, blusa cinza e jogo por cima um blazer. No rosto apenas um hidratante facial e labial, não tinha tempo o suficiente para fazer uma produção glamourosa, eu era jornalista afinal, meu trabalho exigia que eu ficasse horas demais revisando palavras, eu estava descente o suficiente. O café
LukeE ela vem com seus longos cabelos negros esvoaçantes, seu corpo esbelto implora pelo meu toque. E de repente, somos um emaranhado de corpos, ansiosos pelo toque, explorando partes intocadas, com faíscas elétricas percorrendo, até que estou prestes a ver seu rosto... No minuto seguinte, estou acordado.Já estou no meu escritório resolvendo assuntos relacionados a matilha, devo ter cochilado, não sei o por que, mas não consegui dormir bem nos últimos dias, uma ansiedade recorrente, uma falta de algo.Reforçando a segurança após a quase invasão de lobos desertores. Não podemos bobear. Outros alfas estão nos observando e eu sei que nenhum hesitaria em questionar meu domínio sob a matilha.A vida se desenrola como se todos os dias fossem o mesmo: Ida ao escritório, resolver pendências da matilha, vezes afastam as pretendentes, mas não achei ninguém tão interessante ainda.- Alfa, tenho um assunto que precisamos discutir - Disse ele, David meu beta um homem loiro, de pele clara com est
Stella Adentrando na floresta nebulosa com ar amedrontador, um forte cheiro familiar invadiu-me: cheiro amadeirado com toque cítrico, ignorei, afinal minha mente parecia estar me lançando pegadinhas ultimamente. Eu era filha das matas, consciente que a floresta era um ser pulsante, tão vivo quanto os animais que nela habitavam: seu vento era como sua respiração, a terra, como seu extenso corpo, a água dos rios e lagos como uma corrente sanguínea e a folhagem e árvores como seu pêlo. Caminhando pela vegetação e árvores era como estar finalmente em casa, não poderia viver lá, obviamente considerando as implicações disso, mas, quando tinha a chance, não hesitava em vir apreciar e quem sabia realizar um pouco que sabia de magia. Ser mágico, era o que eu me considero atualmente e sentindo a energia de muitos outros sei que me sinto acolhida e entendida aqui, não era a estranha ou aberração, aqui sou simplesmente eu. Depois de andar com alguns minutos na mata fechada, encontro uma
Cheiros cítricos e amadeirados invadem o quarto que estou. Encho os pulmões de ar quando percebo que o cheiro está vindo da coberta branca que estou enrolada.Abro os olhos enquanto subitamente um feiche de luz vindo das grandes janelas atingem meus olhos, me forçando a piscar para ajustar a luminosidade repentina. As memórias voltam, intensas.- Onde estou ? - Pergunto a jovem com cabelos loiros perfeitamente arrumados em um coque que está vestida com blusa e calças brancas, enfermeira suponho, que está próxima de mim, ajustando meu soro apoiado ao meu lado, pelo latejar do meu braço, receio que recém instalado- Está no quarto do Alpha, ele vira em breve A porta subitamente se abre revelando uma figura alta e forte, com cabelos negros penteados para trás, calças sociais e camisa social branca claramente apertada nos braços.- Deixe-nos a sós - Diz ele se dirigindo a jovem que se dirige rapidamente a saída - Então, qual o seu plano? - Diz ele com olhar desafiador - O que está fala
Após horas de tédio absoluto e um bom tempo imersa no conforto daquela cama absurdamente aconchegante, decido que é hora de agir. Preciso sair daqui. Antes que pudesse formular um plano decente, movimentos estranhos do lado de fora me chamam a atenção. Pela janela, vejo vários homens indo e vindo, como lobos em patrulha.O que eles querem comigo? Realmente acreditam que vou me comportar como uma donzela resgatada, grata pelo "cativeiro"? Mal sabem que estão lidando com a vilã desta história.Tateando pela sala à procura de algo que pudesse me ajudar, meus dedos tropeçam em um livro na estante. Ao puxá-lo, o inesperado acontece: uma passagem secreta se revela. Meu coração dispara. É a oportunidade perfeita. Mas, antes que eu possa sequer pisar no corredor oculto, o som de passos pesados ecoa do lado de fora.O som dos passos faz meu coração disparar. Meu corpo congela por instinto, como se cada célula gritasse para eu me esconder. A adrenalina toma conta de mim, e por um momento, tudo
A noite estava inquieta, como se o próprio ar ao meu redor soubesse que algo ruim estava para acontecer. Eu me mexia na cama, o coração acelerado, planejando cada movimento. O Alpha e seus lobos estavam em algum lugar do lado de fora, mas eu não podia esperar mais.Minha chance de escapar estava na passagem secreta que havia descoberto. Com passos cuidadosos, levantei-me e caminhei até a estante. Meu dedo encontrou o livro certo, e com um clique suave, a passagem se abriu novamente. Um frio percorreu minha espinha enquanto eu olhava para o túnel escuro à frente, mas hesitar não era uma opção.Entrei, fechando a entrada atrás de mim. A escuridão era opressora, e o cheiro de pedra úmida me enchia os pulmões. O túnel era silencioso demais, o tipo de silêncio que fazia minha pele arrepiar. Mesmo assim, continuei.Cada passo que eu dava parecia ressoar no túnel, como se o próprio ambiente estivesse me denunciando. Minhas mãos deslizavam pelas paredes frias e ásperas, guiando-me na escuridã
Eu mal conseguia acreditar onde estava. O salão ao meu redor era imenso, sombrio e impregnado de um poder que fazia minha pele formigar. A luz das runas nas paredes pulsava como se estivessem vivas, acompanhando o ritmo irregular do meu coração.O Rei das Bruxas caminhava em minha direção com uma tranquilidade irritante, o som de suas botas ecoando pelo chão de pedra.— Não se preocupe, Stella. Em breve, tudo fará sentido.Eu me encolhi, mas forcei minha voz a sair firme.— Não sei do que você está falando, mas não sou o que você pensa.Ele parou à minha frente, abaixando-se até ficar no meu nível. Seus olhos me analisaram como se procurassem algo escondido dentro de mim.— Ah, você sabe exatamente o que é. Apenas ainda não aceitou.Eu desviei o olhar, meu coração batendo forte. Ele não estava mentindo, mas eu não podia admitir aquilo. Não agora.— Me deixe ir embora — pedi, tentando manter a calma.Ele riu, um som baixo e cheio de desdém.— Ir embora? Você acha que eles, os lobos, po