Duas amigas a levaram para o hospital mais próximo depois que Clarice caiu da escada e torceu o tornozelo. Klaus as encontrou logo na entrada e pareceu preocupado quando a viu chorando de dor.- Ela torceu o tornozelo. Acho que não quebrou, mas ela está com muita dor.- Eu vou levá-la para exames.- Doutor, não tem mais cadeiras de rodas.- Clarice, eu vou lhe pegar no colo.- Não me deixe cair, por favor.- Não vou deixar. Klaus a pegou no colo chamando atenção das pessoas ao redor. Ele era um homem grande e forte, com quase um metro e noventa de altura, muito bem vestido naquele uniforme branco muito bem passado. As amigas de Clarice os olhavam surpresas. Clarice nunca lhes disse nada a respeito dele.No elevador, Clarice acabou por encostar a cabeça no peito dele, sentindo, apesar da dor, o coração dele bater mais rápido. - Não faz assim, Clarice. Disse esfregando o rosto na cabeça dela. - Dói muito. Disse baixinho, quase num sussurro.- Eu sei, querida Clarice. Fique calma! Dis
As enfermeiras se entreolharam quando viram Klaus beijar Clarice no rosto na entrada do hospital. Ela trazia uma cesta de piquenique às duas horas da madrugada e ele começava arrastá-la para o refeitório dos médicos onde alguns já aguardavam ansiosos pelo cardápio delicioso de cada vez.A chegada de Clarice e de sua cesta foi muito bem comemorada e alguns comentários a deixavam sem graça pelo pouco tempo de namoro.- Então, Clarice, o namoro já foi formalizado? Quis saber uma médica sorrindo para Klaus.- Foi. Respondeu Klaus de maneira precisa.- Então teremos um casamento em breve? Insistiu a mulher.- Clarice é única! Declarou Klaus de boca cheia de sanduíche. - Casamos assim que eu voltar. Declarou deixando Clarice envergonhada. - Quatro anos é mais do que suficiente para se planejar um casamento como Norma Klein sonhou.- Então, querida Clarice, não é todo mundo que é aceita pela Sra. Klein. Comentou um outro médico de plantão. - Isso é um pouco embaraçoso para mim. Não faz um m
Clarice estava reclusa após as tentativas frustradas que Klaus fez para vê-la. Norma tentou persuadi-la, mas não conseguiu. Quando a estudante se trancava, não havia nada que a tirava de dentro do quarto.- Clarice, por quanto tempo vai ficar trancada neste quarto? Perguntou Esther ao entrar no seu quarto.- Eu não sei. Estou de férias. Respondeu colocando as pernas esticadas para cima.- Que bom que lembrou disso. Eu estou exausta e quero ir para a praia na sexta. Arrume as suas coisas. Saímos assim que o seu pai chegar. Não quero ouvir uma única palavra. Declarou.- Você planejou algo com a Norma? Perguntou achando que poderia ser uma armadilha.- Nadinha. Ela liga todos os dias querendo saber o que houve. Eu digo que não sei. Então ela me conta que Klaus está atrás de quem a colocou contra ele.- Mãe, eu sou um bibelot. Declarou olhando para a mãe. - Ele só está furioso porque perdeu os lanches da madrugada. Logo ele se joga em cima de outra.- Não vai contar o que houve? Perguntou
Klaus a olhou sem saber o que dizer diante de Clarice que chorava sem parar após gozar pela segunda vez no sofá da sala de seus pais. Várias perguntas passavam em sua cabeça. Ele havia a machucado?Ela achava que havia sido estuprada?Ela achava que ele estava a usando?Ele olhou para ela, secou o seu rosto tão lindo e sensível e a beijou gentilmente. Clarice foi se acalmando e o beijo foi se tornando cada vez mais apaixonado e quente, mas de repente, todos aqueles sentimentos ficaram confusos de novo.- Klaus, assim não. Disse o afastando.- Olha para mim e diz o que está acontecendo. Pediu olhando para ela calmamente. - O que foi?- Não vai dar certo. Disse de uma só vez.- Vai sim! Disse sorrindo.- Você vai embora daqui a alguns poucos meses. Disse evitando que ele a beijasse. - Elas falaram que sou uma esperta que quer o seu dinheiro. Disse ao esconder o rosto.- Elas quem? Perguntou sentindo o ódio crescer dentro dele.- Eu não sei quem elas são. Mas eu as reconhecia se as viss
Clarice não era uma mulher de ficar catando papéis em bolsos, mas quando ela recuou de um beijo de Klaus, ele soube que havia algo diferente. - Vai sair?- Vou. Algum problema?- Hoje é quarta-feira. - Qual é o problema? Na semana passada estava cansado demais e eu lhe deixei descansar. - Poxa, Clarice! É o nosso dia de ficarmos juntos.- Arranje outro. O que fez na terça-feira? - Cirurgia.- Sério? - O que foi, Clarice? Está acontecendo alguma coisa?- É que eu fui no hospital com a Catarina falar com o Felipe e o outro médico perguntou se você melhorou da gripe. Eu nem sabia que estava doente.- Você não disse que eu estava em cirurgia?- Digamos que ninguém sabia que estava em cirurgia. Que desorganização, não é mesmo? - Evidente. Eu não sei o que houve, Ruiva, mas vou resolver isso.- Eu tenho que ir. Estou atrasada.- Onde vai?- Vai começar com a palhaçada de novo? Vai voltar a querer controlar os meus passos? - Eu fico preocupado.Klaus ficou parado no meio da sala sem c
Clarice chegou no salão na hora marcada e se sentou para aguardar ser atendida sem olhar para as outras mulheres que aguardavam. Folheava uma revista quando sentiu um cheiro conhecido. Ergueu um pouco a cabeça e a viu. Estava mudando a cor dos cabelos para ruivo."Ela estava tentando me imitar?"- Boa tarde, querida. Eu já estou terminando. O cabelo dela é muito resistente.- As pessoas acham que ser ruiva é fácil. - Você faz o cabelo dela? - Eu não posso dizer que sim. Clarice é ruiva natural. Assim como a mãe, a avó, os dois filhos. - O seu cabelo nunca vai chegar ao tom do cabelo dela. Eu já tirei até uma amostra do cabelo dela. Nunca consegui. Por quê quer tanto ser ruiva?- Para mudar.- É por causa de homem. Pode apostar.- Por quê tem tanta certeza?- Seu desespero está evidente em seu rosto.- Acha que estou errada?- Acho.- Uma mulher não deve se sujeitar a certas coisas por causa de um homem. Aposto que ele é casado.- Ele vai se separar. - Por vontade própria ou por qu
É claro que os filhos perceberam que havia algo errado quando viram o pai na frente da escola para buscá-los. Rebecca sorriu largamente, mas Levi fechou a cara e ao entrar no carro perguntou o que o pai havia feito.- Nada! Respondeu de cara fechada o olhando pelo retrovisor.- Duvido! Você aprontou o que? Insistiu Levi dando um tapinha no ombro.- Por que acha que eu aprontei algo, Levi? Quis saber o doutor ao parar no sinal vermelho.- A mamãe sempre chega antes e encontra a gente com um sorriso deslumbrante mesmo que ela queira matar a cidade inteira. Você está com a barba por fazer e está com a testa franzida. A mamãe obrigou a vir. Enumerou Levi.- Você pretende ser advogado, Levi? Perguntou Klaus ao ver que o filho era bem detalhista como a mãe. - Com certeza. Levi já leu parte dos livros da mamãe. Declarou Rebecca beijando o irmão. - Vocês brigaram por quê? Quis saber Guilherme finalmente.- Sua mãe descobriu algo que eu fiz e quer o divórcio. Disse o pai fazendo Levy rir.-
Clarice desembarcou no Recife por volta das duas da tarde e chegou ao hotel pouco tempo tempo depois. Não queria um carro de aluguel, mas não queria ficar pegando vários táxis diferentes. Perguntou na recepção se alguém poderia lhe servir de motorista e não se importava se fosse uma mulher. Não disponibilizam este tipo de serviço.- A senhora faz questão de um carro chique?- Não, mas também não queria algo caindo aos pedaços.- Olha, o meu turno termina daqui a pouco e eu só volto no sábado. Tenho um carro simples e cor de rosa.- Cor de rosa?- É um carrinho muito famoso. Tem até cílios. Eu uso para eventos, mas o movimento anda fraco.- Eu preciso ver esse carro, garota.- Eu saio daqui a uma hora. Eu a espero do lado de fora do hotel e eu a levo onde quiser. Por cortesia.- Eu quero.Clarice chegou no quarto e se jogou na cama enorme e macia. Tirou a roupa, tomou um banho vestiu uma lingerie bem sensual e tirou uma foto bem provocante.- Filha da puta! Gritou Klaus ao olhar a foto