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Capítulo 5: Confissões

Klaus a olhou sem saber o que dizer diante de Clarice que chorava sem parar após gozar pela segunda vez no sofá da sala de seus pais. Várias perguntas passavam em sua cabeça.

Ele havia a machucado?

Ela achava que havia sido estuprada?

Ela achava que ele estava a usando?

Ele olhou para ela, secou o seu rosto tão lindo e sensível e a beijou gentilmente. Clarice foi se acalmando e o beijo foi se tornando cada vez mais apaixonado e quente, mas de repente, todos aqueles sentimentos ficaram confusos de novo.

- Klaus, assim não. Disse o afastando.

- Olha para mim e diz o que está acontecendo. Pediu olhando para ela calmamente. - O que foi?

- Não vai dar certo. Disse de uma só vez.

- Vai sim! Disse sorrindo.

- Você vai embora daqui a alguns poucos meses. Disse evitando que ele a beijasse. - Elas falaram que sou uma esperta que quer o seu dinheiro. Disse ao esconder o rosto.

- Elas quem? Perguntou sentindo o ódio crescer dentro dele.

- Eu não sei quem elas são. Mas eu as reconhecia se as visse novamente. Disse ainda chorosa.

- Eu lhe machuquei? Perguntou sentindo um pouco mais calmo.

- Não, mas me assustou. Confessou envergonhada.

- Eu nunca senti nada assim e a gente nem estava perto de algo assim quando ficamos distantes. Disse escondendo o rosto ao puxar a camisa dele.

- Eu sinto muito tesão por você. Disse em voz baixa. - Eu nunca senti nada assim, Clarice. Eu nunca namorei ninguém.

- Não? Perguntou sem conseguir acreditar

- A minha primeira vez com quinze e a garota era três anos mais velha e quis me ensinar. Era uma safada. Você é a primeira namorada. Disse a chegando perto do pescoço.

- Eu acho que ainda não estou pronta para transar. Disse o fazendo rir.

- Acredite em mim. Você está pronta. Só está com medo. Disse deitando ao lado dela.

- Eu preciso ir devagar. É tudo muito novo para mim. Disse o fazendo compreender.

- Você diz isso porque gosta de controlar tudo a sua volta. Precisa relaxar mais. Disse olhando para ela. - Preciso ir no banheiro.

- Primeira porta a direita. Disse se mantendo deitada.

- Que horas seus pais voltam? Perguntou diante do corredor.

- Tarde. Disse sem saber o que dizer.

- Vai me apresentar o seu quarto ou vai me manter na sala?

- Na sala por enquanto. Você já é bem assanhadinho. Disse sorrindo de olhos fechados enquanto pensava no que tinha acontecido.

- Hum... Eu espero. Disse lavando as mãos no espelho.

- Espera? Perguntou assim que ele voltou para a sala sem camisa e descalço.

- Sim, mas não me faça esperar muito, Clarice. Disse ao se deitar ao seu lado. - Eu sou perigo muito ansioso.

- Seus pais sabem que veio aqui? Perguntou deitando sobre o seu peito.

- Não. Eles viajaram e só voltam na próxima semana. Quando quiser me visitar e mostrar a lingerie... Sugeriu ao olhar para o sutiã branco de bolinhas pretas.

- Ela é tão sem graça. Disse ajeitando o vestido.

- Deixe eu ver então. Sou um ótimo avaliador. Disse ao puxar a gola de seu vestido.

- Eu teria que tirar o vestido, Klaus. Comebtou.

- Tudo bem. Eu me sento aqui e você tira. Aposto que a visão seria muito boa. Tentou fazer um acordo.

- Acho o meu corpo tão sem graça. Um outro dia, quem sabe? Disse o fazendo puxá-la para o seu colo.

- Tem medo de mim? Quis saber.

- Um pouco. Eu nunca deixei ninguém me tocar e parece que você faz o que quer. Avaliou o fazendo sorrir.

- Acredite em mim. Não faço. Disse de beijá-la novamente enquanto deitava sobre ela.

.

NOS DIAS DE HOJE

.

Quando essas palavras ecoaram em sua cabeça debaixo do chuveiro aberto para sufocar o choro descontrolado que não conseguia parar, teve vontade de voltar ao quarto e sufocar o homem adormecido em sua cama.

A raiva queimava seus olhos. O seu espírito parecia em fúria e clamava por vingança, mas não faria nada por enquanto.

Tomou um banho demorado, secou-se, vestiu-se e deitou na cama com cuidado para não acordá-lo.

Quando desceu para o café da manhã, o encontrou lendo tranquilamente o jornal depois de levar os três filhos para a escola. Ela parou diante dele e sorriu.

- Gostaria de um café da manhã? Perguntou delicadamente.

- Estou sem fome. Respondeu mantendo os olhos fixos no jornal.

- Quer que eu suba primeiro? Hoje é quarta-feira. Perguntou enquanto sentia vontade de esganá-lo.

- Eu não me sinto muito bem hoje. Podemos deixar para outro dia? Disse a fazendo imaginar o que ele havia feito no dia anterior.

- O que você tem? Ela perguntou caminhando até a cozinha.

- Muita dor de cabeça. Respondeu a fazendo sorrir.

- Enxaqueca? Já foi ao médico, Klaus? Issopode ser é sério.

- Já marquei uma consulta. Disse Klaus ao se levantar e caminhar até a cozinha

- Olha, por que não descansa um pouco? Eu cuido das crianças.

- Isso seria muito bom. Declarou ao beijar a cabeca dela e ir para o quarto onde foi deitar um pouco.

Antes que ele desaparecesse perguntou algo que poderia deixá-lo em maus lençóis.

- Posso lhe fazer aquela massagem com toalhas quentes e óleo perfumado.

- Deixe para outro dia, Clarice. Disse com a voz embargada, se espreguiçando.

Ele tinha algo a esconder e ela faria de tudo para provocá-lo. Ela sorriu e não era um sorriso comum e ele sabia disso.

- O que foi, Clarice? Perguntou preocupado.

- Nada. Respondeu tentando disfarçar.

- Eu a conheço muito bem Clarice. Voltou para a sala. - O que houve?

- Talvez eu não seja mais tão jovem e sensual como antes. Disse mudando de assunto.

- Está brincando? Clarice, olhe para mim. Só de pensar no seu corpo eu já fico excitado. Disse a puxando para ele.

- Sério? Eu tenho dormido a noite inteira faz tanto tempo... Lamentou o deixando atordoado.

- Isso é uma reclamação? Está querendo reivindicar mais atenção? Tenho tempo livre esta semana. Poderíamos nos encontrar em algum lugar... Só nos dois. Disse a fazendo se aproximar dele como a gata que o fazia gelar.

- Eu queria hoje. Agora. Insistiu.

- Clarice, amor, aconteceu algo? Tentou mudar de assunto.

- Eu não tenho certeza... Disse ao empurrá-lo para o sofá.

- Fiz alguma coisa errada? Perguntou enquanto ela desabotoava a sua camisa.

- Eu não sei. Você fez? Disse o beijando o peito musculoso.

- Não gosto quando fala com perguntas. Declarou se segurando.

- Não gosto quando me esconde coisas. Disse se segurando no sofá para não enlouquecer.

- Como o quê? Perguntou fechando os olhos.

- Eu não sei, mas o carro está com um cheiro estranho. Disse antes de mordê-lo o fazendo gemer. - Acho que tem algo podre dentro dele. Deveria limpá-lo melhor. Aconselhou abrindo o fecho de sua calça.

- Vou ver. Algo mais? Perguntou sentindo a sua mão tocar-lhe sobre a cueca.

- Você ficou de comprar preservativos para o Guilherme, mas não o fez. O que houve? Quis saber o deixando sem graça.

- Eu me esqueci. Disse sentindo a sua excitação ir embora.

- Mas tem uma grande no porta luvas. Disse o impedindo de sair do sofá.

- É? Esqueci de dar então. Declarou nervoso.

- Aberta? Questionou Clarice sorrindo de um jeíto que o fez sentir medo.

- Os meninos devem ter mexido. Usou os fihos como desculpa.

- Provavelmente. Concordou o soltando de uma vez sem que ele a entendessem.

- Sabe, Klaus, sua cabeça não anda muito boa. Um dia pode começar a falar enquanto dorme. Dizem que as pessoas são bem sinceras nestas ocasiões. Dizem tudo. São capazes de falar tudo o que lhe é perguntado. Ainda bem que não tem segredos. Ela o deixou desesperado.

- É... Concordou.

- Vai fazer o quê? Perguntou para ele que se mantinha no sofá.

- Me deitar um pouco. Disse incerto. - Se importa se eu der uma saída enquanto toma o seu café?

- Não. Clarice disse o vendo sair desesperado.

Klaus se aproximou, beijou-a na testa e saiu. Clarice sorriu. Ele provavelmente iria levar o carro para limpar e encontraria mais coisas do que deveria.

No lava a jato ficou doido quando o lavador tirou as poltronas e tapetes.

- O seu filho deu uma festa? O homem perguntou ao ver os objetos amontoados.

- Provavelmente. Respondeu boquiaberto.

- Se a Dona Clarice visse isso poderia pensar que levou uma puta para o carro. Ou várias pela quantidade de calcinha e preservativo. Sua mulher é ciumenta? Perguntou o fazendo gelar.

- Nunca dei motivos. Disse rispidamente.

- A minha ex-mulher era calada, sempre sorrindo. Eu fui dar uns pega na minha vizinha e ela me tampou a faca. Duas vezes. Disse mostrando a cicatriz.

- O que aconteceu depois? Ele o questionou.

- Eu saí de casa e fui morar com a vizinha. O problema é que sinto falta da ex. Ela era gostosa. Agora ela se casou com cara bem mais novo, todo musculoso. Sua mulher é bonitona. Ela mexe bem uma faca? Perguntou observando o nervosismo de Klaus.

- Não, mas atira muito bem. Disse o dando calafrios.

- É morte na certa, Doutor. Ela arranja um advogado bom e fica livre, viúva e com dinheiro. Cuidado...

Klaus ficou calado. Viu o carro ser limpo enquanto pensava no que estava acontecendo em sua vida.

Qual seria a atitude de Clarice se ela descobrisse o seu caso? Divórcio? Homicídio? Vingança? Qualquer das opções seria demais para ele.

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