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Capítulo 6: Evento de caridade

Clarice não era uma mulher de ficar catando papéis em bolsos, mas quando ela recuou de um beijo de Klaus, ele soube que havia algo diferente.

- Vai sair?

- Vou. Algum problema?

- Hoje é quarta-feira.

- Qual é o problema? Na semana passada estava cansado demais e eu lhe deixei descansar.

- Poxa, Clarice! É o nosso dia de ficarmos juntos.

- Arranje outro. O que fez na terça-feira?

- Cirurgia.

- Sério?

- O que foi, Clarice? Está acontecendo alguma coisa?

- É que eu fui no hospital com a Catarina falar com o Felipe e o outro médico perguntou se você melhorou da gripe. Eu nem sabia que estava doente.

- Você não disse que eu estava em cirurgia?

- Digamos que ninguém sabia que estava em cirurgia. Que desorganização, não é mesmo?

- Evidente. Eu não sei o que houve, Ruiva, mas vou resolver isso.

- Eu tenho que ir. Estou atrasada.

- Onde vai?

- Vai começar com a palhaçada de novo? Vai voltar a querer controlar os meus passos?

- Eu fico preocupado.

Klaus ficou parado no meio da sala sem conseguir dizer nada enquanto Clarice batia a porta da sala levando apenas sua bolsa e seus olhos escuros dentro de um vestido azul claro e sapatos da mesma cor como uma personagem fictícia de um romance.

Faltava-lhe luvas porque para Klaus, mulheres como Clarice deveriam usar luvas brancas em todas as ocasiões na altura do punho no dia a dia. As longas luvas pretas cintilantes deveriam ser usadas em noites de gala e as vermelhas nos dias de luxúria.

Ele nunca havia pensado até o casamento. Klaus ficou boquiaberto quando viu Clarice com longas luvas brancas parecendo uma rainha com aqueles longos cabelos vermelhos presos num coque alto e fabuloso. Teve que pensar no perfume da tia velha sentada ao lado de sua mãe para não ter uma ereção.

- O que foi?

- Tô excitado.

Clarice balançou a cabeça tentando não rir e olhou para o rabino imaginando o que o futuro marido aprontaria naquela noite ainda. O motorista da limusine teve que parar no hotel por uma hora antes de irem para recepção só para Klaus ter um pequeno vislumbre do que teria que ter durante todas as suas noites até embarcar para o exterior novamente.

Sozinho Klaus pensou em todas às vezes em que fizera amor com Clarice naquela casa e socou a mesa da cozinha e a porta do armário com tanta força que cortou a mão. Clarice estava tendo um caso?

Klaus tirou a roupa e foi tomar banho. Tomou e se deitou nu na cama onde adormeceu olhando para o teto. Quando acordou, viu Clarice vestida com um espartilho vermelho em renda, maquiada e procurando algo dentro do guarda-roupa. Não pensou em mais nada. Ele a pegou no colo e a jogou na cama, deitando sobre ela.

- Ficou maluco, Doutor?

- Completamente.

- Temos um evento de caridade. Vai estragar a maquiagem.

- Evento de caridade com essa roupa? Não mesmo.

- Klaus Ernest Klein, temos que ir.

- Só depois que eu gozar dentro de você.

- Eu tenho uma idéia, mas vai ter que esperar até às nove e meia.

- Ficou maluca, mulher? Olhe para mim! Não posso desfazer algo assim só com um banho.

- Tudo bem. Eu tenho uma ideia, mas não pode mexer no meu cabelo. Nem me apertar nos braços. Tire o roupão e se deite na cama.

- Você está de brincadeira?

- Você acha que estou de brincadeira?

- Clarice... Você está muito gostosa. - O que está fazendo?

- Colocando algo e tirando outro. Disse aparecendo de luvas longas e vermelhas, tirando a calcinha em renda.

- Clarice, não me provoca.

- Gosta do que vê?

- Muito e você nem imagina quanto. Cancela o evento, Clarice.

- Não!

- Clarice, eu não vou conseguir me controlar com você assim.

- Faça um esforço.

- Clarice! Você está me deixando maluco.

- É isso que você queria?

- Sim! Sim! Sim!

- Mas você é um menino tão mal...

- Clarice, o que está... Meu Deus! Clarice... Ah! Eu não vou... Clarice! Não me olha assim. Clarice, você é muito má. Gostosa!

- Pare de gritar, Klaus!

- Clarice, eu amo você. Eu amo! Eu sou completamente louco por você. Dane-se o cabelo, Clarice! Você é minha! Gritou antes fazer com que ela inverte-se de posição e ele voltasse a ficar sobre ela.

O velho Klaus estava de volta. Queria ver a cara dele quando chegassem ao evento atrasados e se deparasse com os convidados completamente destruído. Clarice acabou dirigindo para que ele dormisse um pouco.

- Que cara é essa, Klaus?

- Clarice acabou comigo. Essa mulher deve estar possuída.

- Não era o que você queria?

- Eu nunca imaginei uma Clarice assim.

- Foi muito ruim?

- Foi como estar no paraíso do sexo. Têm ideia do esforço que estou fazendo nessa merda? Eu queria ficar em casa fudendo a noite inteira. Porra! Eu fico maluco quando ela usa vermelho.

- Então ela está toda de vermelho?

- Toda... Eu não faco ideia de quanto ela gastou nessa produção toda, mas valeu cada centavo. Quem diria, a melhor foda sempre foi com a minha mulher. Comentou sem o menor pudor.

- Puta merda, Klaus! Você não imagina quem chegou para o evento.

- Quem? Quis saber olhando para os lados.

- Sua aluna de medicina favorita. Respondeu vendo Klaus empalidecer.

- Eu estou fudido! Declarou desesperado. - Clarice armou isso. Caralho! Eu estou muito fudido. Ela vai me matar.

O evento parecia ocorrer tranquilamente. Clarice parecia calma e muito falante, enquanto o marido cada vez mais nervoso. A mulher mencionada se encontrava numa mesa de solteiros e pessoas aleatórias que haviam comprado ingressos para o evento. Ele tentava não olhar.

- Aconteceu alguma coisa, Klaus? Clarice perguntou suavemente, mexendo no cabelo dele. - Parece nervoso. Disse baixinho perto de seu ouvido.

- Estou cansado, Clarice. Você acabou comigo. Disse olhando para ela com um sorriso malicioso.

- Sério? Achei que teríamos uma segunda rodada quando chegassemos em casa.

- Está falando sério? Perguntou fazendo o seu corpo começar a despertar.

- Comprei um vermelho em couro com calcinha fio dental. Disse olhando para ele como se

- Você só pode estar brincando. Disse olhando para ela de forma que ele não se conteve a beijou no pescoço.

- Comprei até uma máscara de renda como naquele filme. Disse o fazendo passar a mão pelo rosto nervoso.

- Você é uma mulher muito má, Clarice. Disse o fazendo beber uma dose de whisky puro de uma só vez. - Se eu pudesse rasgava todo esse vestido agora.

- Então este é Grande Monstro que o Dr. Klaus se transforma quando ninguém está vendo? Aquela pergunta o fez gelar.

.

Ela sabia ou não?

.

Klaus sentiu o coração bater lentamente como se estivesse em um grande risco. Ele se levantou com a desculpa de ir ao banheiro e a beijou suavemente na frente de todos. Klaus gostava do fato que muitos o invejava pela mulher linda que tinha. Mas, quando Klaus sumiu, Clarice observou atentamente a estudante o tempo todo. Levou apenas dez minutos para que se levantasse e o seguisse. Catarina do outro lado sorriu para ela.

- Você ficou louca? A minha mulher está me vigiando.

- Ela não parece estar lhe vigiando. Ela está conversando animadamente com aquela senhora.

- A minha mãe. Saia daqui!

- Isso não lhe excita? Saber que sua mulher está lá fora enquanto a gente...

- Clarice tem uma arma dentro da bolsa, sua maluca. Ela gosta de mirar nas minhas bolas quando está com raiva. Quando ela está furiosa ela veste vermelho e fala suave. O sexo é o melhor. Mas quando eu penso que está tudo bem...

- Tem alguém aí? Viu não tem ninguém.

- Você é maluca! Vir conversar no banheiro masculino?

- A gente não pode arriscar. Acha que ele sabe de algo?

- Não faço ideia, mas ele gostou do espartilho.

- Você não presta, Clarice!

- Você é casada com um santo. Felipe é maravilhoso! Mas Klaus, aquilo é o diabo. Estou toda roxa. Acho que ele faz de propósito. Ele me belisca o tempo todo.

- O que acha que ele faria se soubesse o que você fez hoje?

- Ele surtaria, mas ficou com tanto tesão quando me viu com o espartilho, luvas e sem calcinha que a única coisa que queria era transar até ficar exausto.

- Você precisa dizer que está sendo seguida.

- Eu estou armada, Clarice. Klaus trabalha tanto. Além disso, eu já falei. O Klaus não pode me defender. Vou mirar na cabeça. Essa história de mirar na perna é bobagem.

- E se pedir ajuda ao professor?

- Ele é muito bonito, Catarina. Um homem e tanto, mas ele tem trinta e cinco anos. Ele pode achar que estou inventando coisas para ter sua atenção.

- Mas se Klaus soubesse...

- Eu tenho as minhas dúvidas. Às vezes ele chega em casa com as roupas cheirando a perfume barato... Acho que ele anda pagando prostituta na rua. Daquelas bem baixo nível, mas que faz sexo anal sorrindo porque já está acostumada.

- Clarice...

- Isso seria bem a cara dele. Arranjar uma puta de rua para comer o rabo. E eu que me defenda.

- Acha que Klaus tem uma amante?

- Eu não duvido de nada.

- Pediria o divórcio, Clarice.

- Eu não sei. Acho que eu seria uma viúva linda.

- Você é muito má, Clarice.

- Ainda seria capaz de ir no enterro dele com aquele vestido justo de decote v no enterro.

Klaus abriu a porta da divisória sentindo-se a ponto de desmaiar. Ele saiu do banheiro sozinho e tonto, deixando para trás a mulher jovem ameaçada. Clarice iria matá-la.

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