A Segunda Esposa do CEO
A Segunda Esposa do CEO
Por: J. C. Rodrigues Alves
Capítulo 1

     Sentada num banco de trás de um táxi, questionava o motivo pelo qual havia decidido me mudar para Janeau, Alasca. O  lugar mais frio do mundo.

      A resposta surgiu com uma dolorosa e amarga lembrança, anexado com apenas dois nomes.

       O fato de estar ali, não significava que não gostava de sol. Até que gostava. Entretanto, dias chuvosos e até mesmo a neve, sempre tinha um lugar no meu coração.

–  Mais um dia abaixo de zero – O motorista comenta, esfregando as mãos, quando o sinal fecha.

        Começará a nevar e as ruas já estavam cobertas de neve.

         Era início de dezembro, o que significava neve densa pelas próximas semanas e dias com cada vez menos luz solar.

        O táxi estaciona pouco tempo depois em frente a uma casa larga, bege, de dois andares.

        As luzes acesas, denunciava que ainda havia pessoas acordadas.

–  Obrigado – O motorista agradece, quando pago a corrida e deixa minhas malas ao meu lado na calçada.

        Respirando fundo, as pego, andando em direção da porta. Toco a campainha hesitante, me perguntando novamente se estava tomando a decisão certa.

       Uma senhora de cabelos pretos, preso num coque firme, abre a porta.

–  Boa noite – digo sem jeito sob seu olhar – Sou a Grace Jones. Nos falamos por telefone.

–  Ah. Claro. Entre – Ela dá um passo para o lado, permitindo que pendurasse meu casaco no vestíbulo.

        O interior da casa era como nas fotos: paredes pintadas de branco, carpete creme e móveis antigos.

        Não havia quadros de pessoas mortas pendurados, o que para mim foi um alívio e  nem uma dúzia de gatos famintos.

        Era apenas uma modesta pensão.

–  Vou levar você até seu quarto – diz Sra. Bailey, pegando uma das minhas malas.

        A medida que nos aproximamos do segundo andar, vozes femininas nos envolve.

        Animadas e estridentes.

        Sra. Bailey suspira, fechando a porta de dois quartos.

–  Aqui está. Como queria – diz ao abrir uma portanto final do corredor – Sem colega de quarto.

        Olho às paredes cinzas em contraste com a cama de cabeceira branca e cortinas da mesma cor.

         Havia uma escrivaninha ao lado da porta e duas prateleiras sobre a mesma.

–  O closet não é muito espaçoso – comenta – Não acho que terá problemas com isso – diz olhando para minhas únicas duas malas – Qualquer coisa, estou lá em baixo.

         Assinto, ouvindo a porta se fechar em minhas costas.

         Coloco as malas sobre a cama, decidida em arrumar as roupas no closet.

         Havia roupas ali, que tinha certeza que não usaria, por não ter tempo futuramente.

         Mesmo sabendo disso, as levei, caso surgisse algum imprevisto.

         No fundo de uma das malas, tiro um suéter verde– musgo com a letra D estampada, um porta– retrato e um chaveiro de ursinho.

         Por alguns instantes, encaro a fotografia, antes de tomar coragem para deixá– la na escrivaninha.

         Cheiro o suéter, inalando profundamente o perfume. Revivendo e desbloqueado memórias em minha mente.

          Procurando meu porto seguro.

          Aperto o chaveiro em minha mão, reprimindo ondas de emoções. As juntando rapidamente e colocando de volta na caixa.

          Havia me tornado boa em escondê– las.

          Termino de desfazer as malas, sem conseguir não prestar atenção nas vozes vindo do lado de fora do quarto.

          O cheiro misto de perfumes, dizia claramente que estavam prestes a aproveitar a noite.

          E o que eu faria a respeito disso?

          Meus olhos vão até o closet.

          Naquela momento tinha tempo livre e poderia usar um dos meus vestidos.

          Era um bom jeito de começar em uma cidade nova.

          Com o pé direito.

          Entro novamente no closet, pegando um vestido roxo– escuro de mangas compridas.

           Discreto e nem um pouco sensual.

          Enquanto me arrumava, não sabia aonde iria ano que faria exatamente.

           Só sabia que uma parte de mim gritava  desesperadamente para algum tipo de socialização.

           Contato físico.

           O que me levava a outra questão, não muito importante: sexo.

          Já fazia algum tempo que estava afastada dos homens e já começará a me sentir enferrujada.

         Foi então que diante do espelho, decidi que iria desfrutar da companhia e do corpo de um homem naquela noite.

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