— Conseguiram descobrir quem estava ajudando Theobaldo com essas informações? Claramente alguém daqui de dentro está envolvido com isso, Theobaldo não conseguiria essas informações morando tão longe.— Matteo perguntou seriamente para o irmão.
— Não irmão, não descobrimos quem estava o ajudando, mas o que sabemos é que essa pessoa que estava compartilhando as informações com Theobaldo, é a dona do pen drive. Theobaldo recebia o pen drive com as informações e mandava por e-mail para alguém da Sicília.— Gabriel disse firmemente. Olhei para Gabriel, como ele conseguia mentir tão bem? Obviamente ele era o aliado de Theobaldo, e Matteo estava confiando na única pessoa em que não podia confiar. — O que disseram para a imprensa e para a polícia, sobre a morte de Theobaldo?— Matteo perguntou para o irmão. — Que foi suicídio, recebemos uma ajudinha dos policiais com o caso e tudo foi encoberto. Fique tranquilo.— Gabriel disse suavemente. — Ótimo, arrumem suas coisas, vamos para Sicília amanhã.— Matteo disse para mim e Gabriel, logo se retirou rapidamente. Quando Matteo sumiu pelos corredores, puxei Gabriel no canto. — O que resolveu com meu pai?— perguntei apreenssiva. — Não importa, o que importa é que já está tudo resolvido. Aliás, o que fazia com Matteo? — Ele teve que resolver algumas coisas, e não quis me deixar sozinha aqui, pois graças a conversa que escutamos de Theobaldo, ele sabe que tem alguém na família que é um traidor.— disse sarcasticamente. Gabriel sorriu, acho que nem ele acreditava que o plano estava dando certo e que Matteo de certa forma estava sendo um idiota. — É bom você se aproximar dele, assim sabemos os seus passos. Bom trabalho.— Gabriel disse e se retirou com um sorriso convencido. Subi para o meu quarto pensando no que eu estava fazendo, eu parecia só mais uma peça desse joguinho, onde eu era constantemente manipulada para fazer as vontades de meu pai. No dia seguinte acordei com uma silhueta estranha me observando, Matteo estava apoiado na porta, provavelmente me esperando acordar. Me sentei rapidamente na cama, e ele se aproximou. — Pedi para alguns dos meus homens comprar algumas roupas para você, e meus empregados já fizeram as suas malas. Se arrume, daqui a pouco vamos ir pegar o trem.— Matteo disse gentilmente. Olhei para Matteo, ele parecia mais calmo que ontem e estava sendo minimamente gentil. — Obrigada.— agradeci. — Sem problemas.— Matteo disse e se retirou do quarto. Me arrumei e desci para tomar café. Depois do café o carro nos levou até a estação de trem e fomos para Sicília. A viagem durou cerca de 5 horas, e assim que chegamos na Sicília um carro já estava a espera. Entramos no carro, e o motorista nos levou para uma casa muito luxuosa. Provavelmente era uma das propriedades de Matteo. Entramos na casa e alguns empregados surgiram, levando nossas coisas para cima. — Bela casa!— Gabriel exclamou maravilhado com a propriedade. Olhei em volta, a casa era muito grande e bonita. Tudo estava perfeitamente decorado em tons pastéis, o que não fazia o estilo de Matteo. — Comprei ela para termos aonde ficar, pelo jeito vamos passar um tempo aqui.— Matteo disse olhando para o irmão, que deu um sorriso de aprovação. — Muito bem irmão! Muito bem...— Gabriel disse batendo no ombro do irmão, e subindo as escadas para o andar de cima. Assim que Gabriel subiu, Matteo se aproximou de mim. — Tem certeza que quer ajudar a encontrar Milena? É muito perigoso e eu não me responsabilizo caso te aconteça algo.— Matteo disse seriamente. — Tenho, preciso provar para você que eu não tenho nada haver com o sumiço dela, para que assim você me deixe ir embora.— disse olhando nos olhos de Matteo. — Certo. Amanhã, iremos até o endereço que Gabriel descobriu, descanse.— Matteo disse seriamente e eu subi para o quarto. O quarto onde as minhas coisas estavam, era muito chique e ao me deitar na cama, adormeci rapidamente. No dia seguinte, acordei bem cedo e fiz minhas necessidades. Logo me troquei e desci para o hall. Matteo já estava acordado, e pronto, provavelmente mal dormiu de ansiedade. Gabriel desceu as escadas logo depois, e fomos tomar café. — Está tudo pronto?— Matteo perguntou, encarando o irmão. — Sim... — Perfeito. O resto do café da manhã foi em total silêncio, e em seguida fomos para o carro que nos aguardava no lado de fora. Gabriel estava dirigindo, e Matteo estava no banco da frente. Eu fui no banco de trás, apenas sentindo o clima tenso do carro. O carro deu partida, e em alguns longos minutos depois, paramos em frente a uma casa. A casa ficava em um bairro humilde da Sicília, e pela janela pudemos ver uma mulher. Ela tinha cabelos negros, e pele branca, seu semblante transmitia calma e serenidade, era difícil acreditar que ela estava envolvida nesse jogo. — É ela?— Matteo perguntou para o irmão, que confirmou com a cabeça. Ao ver a confirmação do irmão, Matteo sacou uma arma da cintura e a deixou carregada. — Vai matar a moça?— perguntei olhando para a arma. — Se ela decidir falar, eu não mato.— Matteo disse seriamente, colocando a arma na cintura novamente. — Matteo, vai com calma irmão...— Gabriel disse firmemente. Matteo olhou para o irmão e desceu do carro sem dizer nada, logo eu e Gabriel o seguimos. Matteo bateu na porta e a moça veio abrir. Ao abrir, a moça abriu um enorme sorriso e olhou para Matteo. — Pois não?— ela perguntou gentilmente. — Para o seu bem, é melhor não gritar e nos deixar entrar.— Matteo sussurrou, levantando um pouco sua camisa para mostrar a arma em sua cintura. A mulher olhou para Matteo e abriu espaço para a gente entrar. A mulher parecia ter cerca de 17 anos, tinha a aparência de uma adolescente ingênua, mas suas olheiras estavam tão fundas, que era perceptível seu cansaço. A moça fechou a porta, e Matteo sacou a arma apontando para ela. — Senta.— Matteo disse seriamente. A mulher sentou na cadeira, e seus olhos se encheram de lágrimas, por um momento eu senti pena. — O que sabe sobre a Milena?— Matteo perguntou para a moça. — Não sei de nada...— a mulher sussurrou. Gabriel se aproximou de Matteo, e encarou a mulher. — Não sabe de nada? Nem de alguns e-mails que enviavam para você?— Gabriel perguntou. — Não...— a mulher disse desesperada, enquanto algumas lágrimas percorriam o seu rosto pálido. — Não me faça atirar em você, pois você é tão linda... seria um desperdício de balas.— Gabriel disse segurando o queixo da garota que chorava. — Eu não sei de nada.... Eu não sei!— ela gritou em prantos. Gabriel então levantou suas mãos, e em um movimento rápido deu um tapa na garota. — Já cansei! Diga o que você sabe... diga agora!— Gabriel gritou. Matteo olhou para o irmão, enquanto eu ficava recuada no canto do cômodo inconscientemente tremendo. Eu sempre odiei brigas, o que é bem sarcástico, contando que meu pai é o chefe de uma das máfias mais perigosas de toda Itália. Quando eu era menor, ouvia gritos, murmúrios e tiros de mulheres que eram espancadas, ou até mesmo executadas, por não seguirem os planos da máfia, ou dizerem algo que não deveriam. De certa forma, ouvir o grito delas, ficou impregnando na minha cabeça, e ver Gabriel batendo nessa moça, me trouxe lembranças que eu preferia ter deixado no passado. — Mamãe?— ouvimos alguém dizer. Olhamos para o corredor da casa, e vimos uma garotinha que tinha cerca de 2 anos. — Volta para o quarto meu amor, tá tudo bem.— a mulher disse em prantos. Matteo olhou para a garotinha, e vi seu semblante mudar. A garotinha nos encarou e voltou para o quarto. A mulher olhou para Matteo ainda em prantos, vi Matteo venerável. — Por favor, não machuque ela, ela não tem nada haver com isso. Eu conto o que eu sei, mas não machuquem a minha filha.— a mulher implorou. Matteo abaixou a arma e Gabriel se afastou.— Alguns homens do norte da Sicília... me contrataram para receber informações e repassar para eles. Eu aceitei pois precisava do dinheiro para sustentar minha filha e por alguns meses repassei todas as informações que eu recebia por mensagem para um número desconhecido.— a mulher disse entre soluços.— Eu não sei mais de nada... Só isso. — E você tem o número que repassava essas informações?— Matteo perguntou seriamente. — Os homens me entregaram um celular e eu só podia usar ele para passar essas informações.— a moça disse quase que em um sussurro. — E como você foi contratada?— Gabriel perguntou para a moça que o encarou. — Eu trabalhei por alguns meses numa boate para conseguir mais dinheiro e eles fizeram essa proposta, a única condição era não contar nada para ninguém.— ela respondeu. — E você aceitou assim, tão facilmente?— Gabriel perguntou novamente. — Preciso sustentar minha filha... Eles disseram que era um trabal
Olhei para a bagunça no chão, tinha cacos de vidros por todo lado e alguns sujos de sangue. A mulher sobreveio em minha mente, o jeito que ela implorou assombraram meus pensamentos. Alguns minutos depois, Matteo chegou no meu quarto com um doutor. Eles se aproximaram de mim e o doutor abaixou para examinar meu pé. Ele tirou o pano ensanguentado e me examinou. — Vai precisar de alguns pontos...— o doutor sussurrou. — Vou te deixar com ela e chamar algum empregado para limpar essa bagunça.— Matteo disse e se retirou rapidamente. Eu poderia pedir para o doutor avisar alguma autoridade sobre o meu sequestro, mas com certeza era mais um da máfia de Matteo e não iria adiantar de nada. O doutor abriu uma bolsa, preparou seus equipamentos e começou a fazer os pontos no meu pé. Eu gemia de dor cada vez que ele enfiava a agulha no meu pé, mas ele sorria e falava que já estava terminando. Antes do doutor finalizar, dois empregados entraram no quarto e arrumaram tudo rapidamente. Por p
No dia seguinte acordei com Gabriel na porta do meu quarto, provavelmente queria saber sobre ontem. — Bom dia...— Gabriel disse se aproximando de mim. Me sentei na cama e ele se sentou também. — Bom dia. — Você é esperta, conseguiu seduzir meu irmão, estou impressionado.— Gabriel sussurrou. Olhei para Gabriel confusa, ele provavelmente achava que aquilo fazia parte do plano. — É...— concordei.— você falou com ele? — Falei. — E o que ele disse?— perguntei. — Que foi um erro... Que você estava sensível por causa da morte da moça e que teve um crise de pânico. Ele te ajudou e acabaram se deixando levar pelo momento. Mas não passou disso.— Gabriel disse seriamente, enquanto me olhava nos olhos. Olhei para Gabriel, então tinha sido só um erro? É... Talvez eu tenha me deixado levar pelo momento. Talvez ele não me quisesse tanto como aparentava... — Matteo pediu para eu lhe avisar para estar pronta às 20:00, vamos visitar uma boate.— Gabriel disse calmamente e
O homem me olhou e senti calafrios. Matteo cerrou os punhos e desviou o olhar, logo depois me olhou novamente e balançou a cabeça positivamente, como se fosse um pedido para eu confiar nele. Sorri gentilmente para Matteo e depois olhei o moço, como se estivesse contente com a proposta. — Você vai adorar, ela é muito boa no que faz.— Matteo disse rapidamente. — Que ótimo!— o homem disse me olhando mais uma vez.— me acompanhem. O homem subiu pelas escadas e nós o seguimos, logo a escada levou a uma porta, onde um segurança estava vigiando. Ele a abriu e nós três entramos. Tinha um enorme corredor que dava para uma sala gigantesca e muito luxuosa. Na sala tinha diversas poltronas, onde alguns homens estavam sentados observando três mulheres dançando em barras de pole dance, enquanto os outros observavam o movimento no andar de baixo por um grande vidro que cobria a parede inteira. Algumas moças seminuas passeavam pelo local distribuindo drogas e bebidas, enquanto os homens as apalpava
— Mas?— Matteo disse confuso olhando para mim e depois para o homem caído no chão ensanguentado.— Ele já estava morto de qualquer forma!— disse seriamente, enquanto encarava Luccas caído no chão.Se Luccas tivesse dito alguma coisa, quem estaria morta naquele momento seria eu, numa guerra, os mais fortes sobrevivem.— Temos que sair daqui, agora!— Alguém disse aparentemente aflito.Nos viramos e vimos Gabriel. Ele entrou no quarto e fechou a porta.— Alguns homens estão vindo para ver que barulho foi aquele. Tive que apagar o segurança da entrada, mas são muitos vindo pra cá. Temos que ir, agora!— Gabriel disse rapidamente, aparentemente muito preocupado.Saímos do quarto rapidamente e seguimos pelo corredor, dessa vez não fomos pelo mesmo lado que entramos, mas seguimos até chegar em uma outra escada que dava para um espécie de porão, onde estavam guardadas bebidas e drogas. No canto do cômodo havia uma porta e nos aproximamos dela rapidamente. Matteo tentou abrir a porta, mas
— Que amigo?— perguntei olhando a casa pela janela.— Um doutor que era amigo do meu pai, ele vai ajudar.— Gabriel disse rapidamente saindo do carro.Gabriel me ajudou a tirar Matteo do carro, que estava fraco e fechou na porta. — Quem é?— o doutor perguntou pelo interfone.— Gabriel, Gabriel Adsa.— Gabriel disse me ajudando a segurar o irmão.O portão então se abriu entramos com Matteo. Subimos as escadas e logo um senhor apareceu desconfiado.— Que droga aconteceu com vocês?— o senhor perguntou.Matteo já estava quase inconsciente, seus olhos estavam quase fechando.— Tem como ajudar? Ele precisa de ajuda, por favor!— implorei apavorada.— Tragam ele aqui para cima.— o doutor disse rapidamente entrando em uma sala.Levamos Matteo para a sala e logo vimos uma mulher o ajudando a se preparar para o que seria uma cirurgia de emergência.— O deitem na maca e saiam.— o doutor ordenou e obedecemos.Saímos da sala e uma mulher
— Queria falar comigo?— perguntei me sentando na cama.— Sim, ontem aconteceu algo ontem que me deixou intrigado.— Matteo disse me olhando nos olhos, com sua voz fraca.— O que?— Você atirou em Luccas e ele iria dizer algo ao seu respeito... disse que te conhecia.— Matteo disse seriamente enquanto me encarava.— Atirei pois de qualquer forma ele morreria e poderiam fazer pior. Ele disse sim que me conhecia, mas, de onde ele pode me conhecer Matteo? Eu trabalhava em uma escola como professora e nunca nem se quer vim para Sicília. Ele disse aquilo para nos distrair...— menti.Matteo me encarou por alguns minutos e concordou com a cabeça.— Você tem razão...— Matteo concordou.Me levantei com um sorriso fraco e saí do quarto. Me dirigi ao meu quarto, estava pensando no quanto essas mentiras estavam indo longe demais, mas ao entrar no meu quarto, levei um susto.— Gosta dele?— ouvi um voz me perguntando.O
Matteo me beijou ferozmente, como se estivesse aguardando esse momento a vida inteira. Ele percorria suas mãos pelo meu corpo, enquanto eu deixava escapar tímidos gemidos durante o beijo, eu o desejava. Matteo pausou o beijo e me olhou nos olhos, notei que não só eu mas como nós dois, estávamos ofegantes. Ele se levantou por um segundo e desabotoou sua blusa a jogando no chão, deixando seu abdômen perfeitamente definido a vista. Pude ver o curativo do machucado de Matteo e só então me dei conta que ele estava se recuperando ainda.— O seu machucado?— disse o olhando.— Que se foda.Ele se aproximou de mim e ajoelhou ao meus pés. Com muita habilidade começou a beijar o interior das minhas coxas, enquanto ia retirando meu shorts de dormir. Ainda sentada sob a cama, eu ia me contorcendo quando percebia que ele estava chegando na minha vagina. Minhas mãos apertavam os lençóis enquanto a outra puxava o cabelo dele, ansiando que ele me chupasse logo.— Matteo...—