O homem me olhou e senti calafrios. Matteo cerrou os punhos e desviou o olhar, logo depois me olhou novamente e balançou a cabeça positivamente, como se fosse um pedido para eu confiar nele. Sorri gentilmente para Matteo e depois olhei o moço, como se estivesse contente com a proposta.
— Você vai adorar, ela é muito boa no que faz.— Matteo disse rapidamente. — Que ótimo!— o homem disse me olhando mais uma vez.— me acompanhem. O homem subiu pelas escadas e nós o seguimos, logo a escada levou a uma porta, onde um segurança estava vigiando. Ele a abriu e nós três entramos. Tinha um enorme corredor que dava para uma sala gigantesca e muito luxuosa. Na sala tinha diversas poltronas, onde alguns homens estavam sentados observando três mulheres dançando em barras de pole dance, enquanto os outros observavam o movimento no andar de baixo por um grande vidro que cobria a parede inteira. Algumas moças seminuas passeavam pelo local distribuindo drogas e bebidas, enquanto os homens as apalpavam toda vez que passavam. — Senhores, deem boas vindas para o senhor?— o homem perguntou, notando que até aquele momento não sabia o nome do Matteo. — George, George Milano.— Matteo respondeu rapidamente, com um grande sorriso no rosto.— E o seu? — Luccas. Logo algumas mulheres se aproximaram e levaram Matteo para uma poltrona. — Tratem ele bem meninas!— Luccas disse sorridente. Logo se retirou da sala e seguiu pelo corredor até pararmos em frente a um quarto. Ele abriu com uma chave que estava em seu bolso e entrou. O segui e entrei no quarto também, logo ele fechou a porta, mas por descuido, não passou o trinco, a qualquer momento eu poderia fugir dali. O quarto era muito chique, tinha uma cama enorme de casal e era toda decorada em tons quentes. Em um movimento rápido, o homem me prensou contra a parede e me olhou nos olhos. — Você é uma delícia sabia? Me fez ficar de pau duro desde a hora que te vi.— o homem sussurrou. Olhei para ele tentando controlar a respiração e não demonstrar medo, pois tinha que aparentar já está acostumada com esses tipos de pessoas. — Sua carinha de inocente, me deixa ainda mais excitado.— ele sussurrou em meu ouvido. O homem então beijou minha orelha e desceu beijando o meu pescoço até chegar na entrada do decote do vestido, enquanto eu fiquei paralisada, rezando para que aquilo terminasse. Subitamente senti o homem sendo arrancado de cima de mim e jogado na cama que havia no quarto. — Filho da puta!— ouvi alguém gritar. Olhei para frente e vi Matteo, não sabia explicar o alívio que senti. Corri para fechar a porta e Matteo sacou uma arma e apontou para o homem. — Que merda é essa?— Luccas perguntou se pondo de pé e levantando as mãos. Matteo o encarou furioso, dava para ver a raiva nos olhos de Matteo. Logo ele me olhou e vi sua expressão mudar. — Está tudo bem?— Matteo perguntou preocupado. Em um movimento rápido, o homem foi para cima de Matteo que caiu no chão e deixou a arma cair. O homem sentou sob Matteo e começou a desferir socos constantes nele. — Matteo!— gritei apavorada. Olhei em volta e vi a arma no chão, logo corri e a peguei. Apontei para o homem e ele me encarou. — Há bonequinha, você nem sabe usar essa arma, larga logo isso!— Luccas disse com um sorriso sarcástico, enquanto Matteo estava tentando se recompor dos socos. Olhei para ele e engatilhei a arma. — Faz mais algum movimento, pra você ver se a bonequinha aqui, não estoura a sua cara.— disse seriamente apontando a arma para o homem. — Opa!— Luccas sussurrou com um sorriso sarcástico no rosto, ele colocou as mãos para cima e me olhou nos olhos. — Levanta!— disse calmamente.— Levanta, porra!— gritei. Luccas se pôs de pé e se afastou de Matteo, que ainda estava deitado no chão atordoado. — Eu não ligo se seus homens acabarem escutando o tiro, mas eu te garanto que se você se mexer, eu te mato. Não me teste. — disse rapidamente. Matteo finalmente se colocou de pé e me olhou surpreso. Consegui ver um sorriso no canto da sua boca, ele olhou para o homem e o encarou. — Vocês estavam recebendo endereços de uma garotinha, minha filha. Quero saber para que queriam essas informações e para quem você trabalha.— Matteo perguntou. — Há, então é isso.— Luccas riu.— Infelizmente, eu não sei nada sobre a menina. Matteo se aproximou do homem e deu um murro em sua cara, que o deixou atordoado. — Ela é uma criança seu filho da puta, cadê ela?— Matteo gritou. O homem começou a rir, como se estivesse gostando dos socos. Olhei para Matteo, o homem não iria dizer nada, mas como presságio, o celular de Luccas tocou, olhei para Matteo e ele me encarou de volta, logo voltou sua atenção para Luccas. — Atende.— Matteo ordenou. Luccas olhou confuso para Matteo e depois me olhou em seguida. Me aproximei de Luccas com a arma engatilhada e encostei ela em sua cabeça. — Atende e coloque o celular no viva voz. Finja que está tudo bem, haja normalmente.— Matteo disse suavemente. Luccas enfiou a mão no bolso e atendeu o celular. — Sim, senhor?— Luccas disse rapidamente. — Luccas... Gostaria de saber se você já resolveu o problema com a boate.— a outra voz do telefone disse seriamente. — Ainda não senhor, infelizmente eles estão aprendendo toda mercadoria que está sendo enviada para cá.— Luccas disse olhando para Matteo. — É melhor resolver isso, não gostaria de ter que acabar com você. Meus convidados já estão reclamando sobre a limitação de mercadoria e não queremos nossos convidados chateados, não é mesmo?— a voz no telefone perguntou. Matteo me olhou e eu o olhei nervosa, sabia que era papai. — Claro, senhor.— Luccas concordou. — Muito bem, não me decepcione. Preciso que dê um jeito nos policiais antes do baile, porque irei fazer uma reunião com meus convidados na boate, depois da festa.— A voz disse seriamente. — Claro, senhor. Em segundos o celular desligou, Luccas parecia irritado. — De que baile o homem estava falando?— Matteo perguntou. Luccas encarou Matteo, ele sabia que poderia morrer a qualquer momento. — Do baile de negócios, o meu chefe faz isso para celebrar seus novos contratos e aliados.— Luccas disse encarando Matteo. — Qual é o nome dele? Luccas desviou o olhar e suspirou. — Eu sei que vai me matar, assim que eu disser tudo o que sei, então por que eu diria algo a você?— Luccas perguntou. Matteo olhou para o homem e ajoelhou até o chão, retirou uma faca de sua cintura e prensou na garganta de Luccas. — Presta atenção, isso não é um jogo, ou algo do tipo, se você não começar a falar, eu vou te machucar, vou ver você sangrar e gritar de dor e vou adorar fazer isso. Vou ter o prazer de te dar um morte dolorosa, só para você se lembrar do meu rosto no inferno. Lembrar que foi morto por mim.— Matteo sussurrou para o homem escutar. — Trabalho para Marco Mikazia, chefe da máfia Mikazia.— Luccas disse quase que em sussurro, como se estivesse com medo de alguém escutar. Matteo então levantou do chão e me olhou como se não acreditasse no que havia acabado de ouvir. — Marco?— Matteo se perguntou. Luccas então me encarou confuso e Matteo voltou a sua atenção para Luccas. — Que dia irá ocorrer o baile?— Matteo perguntou. — Daqui a duas semanas.— Luccas respondeu rapidamente.— Por favor, não me mate. Matteo nem deu muita atenção para a súplica do homem, estava confuso. O homem me olhou de novo, dessa vez com um olhar de interrogação. — Tenho a sensação de já ter te visto...— Luccas sussurrou. Olhei para Luccas, ele parecia saber do meu segredo, saber que... Eu sou filha de Marco. — Não, você deve estar enganado. Nunca vim para Sicília.— disse rapidamente. — Você não é a... Antes que Lucas terminasse a frase, atirei. O tiro acertou sua cabeça e ele caiu no chão rapidamente. — Que merda você fez Yhelena?— Matteo perguntou olhando para Luccas caído no chão. — Fiz um favor para ele...— sussurrei olhando Luccas sangrando no chão. ...... Olá meu caros leitores, eu gostaria de saber o que vocês estão achando até o momento e qual horário seria o melhor para a atualização dos capítulos. Conto com o comentário de vocês e até o próximo capítulo!— Mas?— Matteo disse confuso olhando para mim e depois para o homem caído no chão ensanguentado.— Ele já estava morto de qualquer forma!— disse seriamente, enquanto encarava Luccas caído no chão.Se Luccas tivesse dito alguma coisa, quem estaria morta naquele momento seria eu, numa guerra, os mais fortes sobrevivem.— Temos que sair daqui, agora!— Alguém disse aparentemente aflito.Nos viramos e vimos Gabriel. Ele entrou no quarto e fechou a porta.— Alguns homens estão vindo para ver que barulho foi aquele. Tive que apagar o segurança da entrada, mas são muitos vindo pra cá. Temos que ir, agora!— Gabriel disse rapidamente, aparentemente muito preocupado.Saímos do quarto rapidamente e seguimos pelo corredor, dessa vez não fomos pelo mesmo lado que entramos, mas seguimos até chegar em uma outra escada que dava para um espécie de porão, onde estavam guardadas bebidas e drogas. No canto do cômodo havia uma porta e nos aproximamos dela rapidamente. Matteo tentou abrir a porta, mas
— Que amigo?— perguntei olhando a casa pela janela.— Um doutor que era amigo do meu pai, ele vai ajudar.— Gabriel disse rapidamente saindo do carro.Gabriel me ajudou a tirar Matteo do carro, que estava fraco e fechou na porta. — Quem é?— o doutor perguntou pelo interfone.— Gabriel, Gabriel Adsa.— Gabriel disse me ajudando a segurar o irmão.O portão então se abriu entramos com Matteo. Subimos as escadas e logo um senhor apareceu desconfiado.— Que droga aconteceu com vocês?— o senhor perguntou.Matteo já estava quase inconsciente, seus olhos estavam quase fechando.— Tem como ajudar? Ele precisa de ajuda, por favor!— implorei apavorada.— Tragam ele aqui para cima.— o doutor disse rapidamente entrando em uma sala.Levamos Matteo para a sala e logo vimos uma mulher o ajudando a se preparar para o que seria uma cirurgia de emergência.— O deitem na maca e saiam.— o doutor ordenou e obedecemos.Saímos da sala e uma mulher
— Queria falar comigo?— perguntei me sentando na cama.— Sim, ontem aconteceu algo ontem que me deixou intrigado.— Matteo disse me olhando nos olhos, com sua voz fraca.— O que?— Você atirou em Luccas e ele iria dizer algo ao seu respeito... disse que te conhecia.— Matteo disse seriamente enquanto me encarava.— Atirei pois de qualquer forma ele morreria e poderiam fazer pior. Ele disse sim que me conhecia, mas, de onde ele pode me conhecer Matteo? Eu trabalhava em uma escola como professora e nunca nem se quer vim para Sicília. Ele disse aquilo para nos distrair...— menti.Matteo me encarou por alguns minutos e concordou com a cabeça.— Você tem razão...— Matteo concordou.Me levantei com um sorriso fraco e saí do quarto. Me dirigi ao meu quarto, estava pensando no quanto essas mentiras estavam indo longe demais, mas ao entrar no meu quarto, levei um susto.— Gosta dele?— ouvi um voz me perguntando.O
Matteo me beijou ferozmente, como se estivesse aguardando esse momento a vida inteira. Ele percorria suas mãos pelo meu corpo, enquanto eu deixava escapar tímidos gemidos durante o beijo, eu o desejava. Matteo pausou o beijo e me olhou nos olhos, notei que não só eu mas como nós dois, estávamos ofegantes. Ele se levantou por um segundo e desabotoou sua blusa a jogando no chão, deixando seu abdômen perfeitamente definido a vista. Pude ver o curativo do machucado de Matteo e só então me dei conta que ele estava se recuperando ainda.— O seu machucado?— disse o olhando.— Que se foda.Ele se aproximou de mim e ajoelhou ao meus pés. Com muita habilidade começou a beijar o interior das minhas coxas, enquanto ia retirando meu shorts de dormir. Ainda sentada sob a cama, eu ia me contorcendo quando percebia que ele estava chegando na minha vagina. Minhas mãos apertavam os lençóis enquanto a outra puxava o cabelo dele, ansiando que ele me chupasse logo.— Matteo...—
Assim que Matteo saiu, olhei para o quarto, ele estava tão quieto, a não ser pelos meus pensamentos ecoando pela dimensão das paredes. Me levantei ainda em prantos, eu não acreditava no que Matteo havia acabado de falar. Me troquei rapidamente e Gabriel bateu na porta novamente. Limpei as lágrimas e tentei disfarçar o máximo que pude.— Entre.— disse quase que em um sussurro.— Só informando que o vestido que irá usar no baile já está pronto, comprei nos tons da sua família, para nos misturarmos. Seu pai colocou nosso nome na lista e está tudo conforme o plano. Ele queria que soubesse.— Gabriel disse seriamente.Olhei para Gabriel e assenti com a cabeça. — Obrigada, você...— Não Yhelena, não disse nada sobre Matteo.— Gabriel disse firmemente.Em seguida Gabriel se retirou rapidamente e eu voltei a deitar na cama, perdida nos meus pensamentos, enquanto minhas lágrimas molhavam o travesseiro....Dias já haviam
Era inevitável sentir arrepios ao ver que eu estava chegando perto da minha casa, comecei a suar frio e a tremer. Meu peito doía de angústia, mas ao mesmo tempo de alívio, ao lembrar que isso tudo iria terminar. Terminar... — Não nos chamaremos pelos nomes essa noite, você será Lorenzo.— Gabriel disse firmemente.Olhei para Gabriel, deixando meus pensamentos de lado.Matteo olhou Gabriel, mas logo voltou a atenção para a estrada apenas assentindo com a cabeça.— Você é um vendedor de drogas, então se alguém quiser fechar um acordo, desvia o assunto.— Gabriel continuou seriamente.Olhei para Gabriel pelo retrovisor e ele colocou a sua máscara azul escura.— Se quiserem se comunicar comigo, me chamem de Tomaso. Eles acham que eu sou seu ajudante nos negócios Matteo, então provavelmente irão falar comigo primeiro.— E eu?— perguntei.Matteo me encarou pelo retrovisor, senti meu corpo arrepiar.— Gabrielle.— Gabriel afirmou.— Tu é esposa de
— E o que você vai fazer?— perguntei.Matteo me pegou pelo pulso e andou entre a multidão disfarçadamente, até encontrar um longo corredor que dava para uma segunda sala. Aquele era o caminho mais longo para o segundo andar, contando que o caminho mais rápido, estava impedido por causa do palco. Andamos pelo longo corredor, onde dava para a minha sala de estar e lá estava a escada. Não havia ninguém vigiando e tudo na medida do possível, estava em silêncio, apenas uns ruídos ao fundo vindos do hall, onde estava acontecendo a festa.— Não tem ninguém... Todos estão na festa agora, para quê colocar um vigia, se estão entre família?! Esse é o erro de Marco.— Matteo sussurrou, como se estivesse conversando com ele mesmo.Subimos as escadas rapidamente e andamos pelo corredor, abrindo porta por porta atrás de Milena. Quando chegamos no último corredor, vimos um guarda na porta e rapidamente Matteo me fez escorar na parede para o guarda não nos ver. O guarda olhou em
Meu coração apertou e as lágrimas que antes eram tímidas, agora eram constantes e geladas.— Tudo isso era uma emboscada?— Gabriel perguntou.Matteo concordou com a cabeça.— Eles querem poder e para isso sequestraram minha filha... Estavam pedindo poder em troca dela. Mas, descobri que eu estava com uma Mikazia, essa filha da puta! MENTIU PARA MIM, ISSO TUDO ERA UM JOGO YHELENA?!— Matteo gritou me olhando pelo retrovisor.— Não! No começo sim, mas eu... Eu me apaixonei por você.— disse em prantos.— Se apaixonou?— Matteo riu.— Eu confiei em você Yhelena, eu cheguei a...— as palavras de Matteo sumiram, eu vi a decepção em seu rosto.— Por isso disse que não podíamos ficar juntos...— Porque você estava mentindo pra mim? Fazia tudo parte do plano, Yhelena?— Matteo gritou.— Então tudo era encenação? Você nunca... Sentiu nada por mim. Nunca se importou de verdade? Nunca...— a voz sumiu em sua garganta.— Matteo...