Mistérios e Verdades - 11

O homem me olhou e senti calafrios. Matteo cerrou os punhos e desviou o olhar, logo depois me olhou novamente e balançou a cabeça positivamente, como se fosse um pedido para eu confiar nele. Sorri gentilmente para Matteo e depois olhei o moço, como se estivesse contente com a proposta.

— Você vai adorar, ela é muito boa no que faz.— Matteo disse rapidamente.

— Que ótimo!— o homem disse me olhando mais uma vez.— me acompanhem.

O homem subiu pelas escadas e nós o seguimos, logo a escada levou a uma porta, onde um segurança estava vigiando. Ele a abriu e nós três entramos. Tinha um enorme corredor que dava para uma sala gigantesca e muito luxuosa. Na sala tinha diversas poltronas, onde alguns homens estavam sentados observando três mulheres dançando em barras de pole dance, enquanto os outros observavam o movimento no andar de baixo por um grande vidro que cobria a parede inteira. Algumas moças seminuas passeavam pelo local distribuindo drogas e bebidas, enquanto os homens as apalpavam toda vez que passavam.

— Senhores, deem boas vindas para o senhor?— o homem perguntou, notando que até aquele momento não sabia o nome do Matteo.

— George, George Milano.— Matteo respondeu rapidamente, com um grande sorriso no rosto.— E o seu?

— Luccas.

Logo algumas mulheres se aproximaram e levaram Matteo para uma poltrona.

— Tratem ele bem meninas!— Luccas disse sorridente.

Logo se retirou da sala e seguiu pelo corredor até pararmos em frente a um quarto. Ele abriu com uma chave que estava em seu bolso e entrou. O segui e entrei no quarto também, logo ele fechou a porta, mas por descuido, não passou o trinco, a qualquer momento eu poderia fugir dali. O quarto era muito chique, tinha uma cama enorme de casal e era toda decorada em tons quentes. Em um movimento rápido, o homem me prensou contra a parede e me olhou nos olhos.

— Você é uma delícia sabia? Me fez ficar de pau duro desde a hora que te vi.— o homem sussurrou.

Olhei para ele tentando controlar a respiração e não demonstrar medo, pois tinha que aparentar já está acostumada com esses tipos de pessoas.

— Sua carinha de inocente, me deixa ainda mais excitado.— ele sussurrou em meu ouvido.

O homem então beijou minha orelha e desceu beijando o meu pescoço até chegar na entrada do decote do vestido, enquanto eu fiquei paralisada, rezando para que aquilo terminasse. Subitamente senti o homem sendo arrancado de cima de mim e jogado na cama que havia no quarto.

— Filho da puta!— ouvi alguém gritar.

Olhei para frente e vi Matteo, não sabia explicar o alívio que senti. Corri para fechar a porta e Matteo sacou uma arma e apontou para o homem.

— Que merda é essa?— Luccas perguntou se pondo de pé e levantando as mãos.

Matteo o encarou furioso, dava para ver a raiva nos olhos de Matteo. Logo ele me olhou e vi sua expressão mudar.

— Está tudo bem?— Matteo perguntou preocupado.

Em um movimento rápido, o homem foi para cima de Matteo que caiu no chão e deixou a arma cair. O homem sentou sob Matteo e começou a desferir socos constantes nele.

— Matteo!— gritei apavorada.

Olhei em volta e vi a arma no chão, logo corri e a peguei. Apontei para o homem e ele me encarou.

— Há bonequinha, você nem sabe usar essa arma, larga logo isso!— Luccas disse com um sorriso sarcástico, enquanto Matteo estava tentando se recompor dos socos.

Olhei para ele e engatilhei a arma.

— Faz mais algum movimento, pra você ver se a bonequinha aqui, não estoura a sua cara.— disse seriamente apontando a arma para o homem.

— Opa!— Luccas sussurrou com um sorriso sarcástico no rosto, ele colocou as mãos para cima e me olhou nos olhos.

— Levanta!— disse calmamente.— Levanta, porra!— gritei.

Luccas se pôs de pé e se afastou de Matteo, que ainda estava deitado no chão atordoado.

— Eu não ligo se seus homens acabarem escutando o tiro, mas eu te garanto que se você se mexer, eu te mato. Não me teste. — disse rapidamente.

Matteo finalmente se colocou de pé e me olhou surpreso. Consegui ver um sorriso no canto da sua boca, ele olhou para o homem e o encarou.

— Vocês estavam recebendo endereços de uma garotinha, minha filha. Quero saber para que queriam essas informações e para quem você trabalha.— Matteo perguntou.

— Há, então é isso.— Luccas riu.— Infelizmente, eu não sei nada sobre a menina.

Matteo se aproximou do homem e deu um murro em sua cara, que o deixou atordoado.

— Ela é uma criança seu filho da puta, cadê ela?— Matteo gritou.

O homem começou a rir, como se estivesse gostando dos socos.

Olhei para Matteo, o homem não iria dizer nada, mas como presságio, o celular de Luccas tocou, olhei para Matteo e ele me encarou de volta, logo voltou sua atenção para Luccas.

— Atende.— Matteo ordenou.

Luccas olhou confuso para Matteo e depois me olhou em seguida. Me aproximei de Luccas com a arma engatilhada e encostei ela em sua cabeça.

— Atende e coloque o celular no viva voz. Finja que está tudo bem, haja normalmente.— Matteo disse suavemente.

Luccas enfiou a mão no bolso e atendeu o celular.

— Sim, senhor?— Luccas disse rapidamente.

— Luccas... Gostaria de saber se você já resolveu o problema com a boate.— a outra voz do telefone disse seriamente.

— Ainda não senhor, infelizmente eles estão aprendendo toda mercadoria que está sendo enviada para cá.— Luccas disse olhando para Matteo.

— É melhor resolver isso, não gostaria de ter que acabar com você. Meus convidados já estão reclamando sobre a limitação de mercadoria e não queremos nossos convidados chateados, não é mesmo?— a voz no telefone perguntou.

Matteo me olhou e eu o olhei nervosa, sabia que era papai.

— Claro, senhor.— Luccas concordou.

— Muito bem, não me decepcione. Preciso que dê um jeito nos policiais antes do baile, porque irei fazer uma reunião com meus convidados na boate, depois da festa.— A voz disse seriamente.

— Claro, senhor.

Em segundos o celular desligou, Luccas parecia irritado.

— De que baile o homem estava falando?— Matteo perguntou.

Luccas encarou Matteo, ele sabia que poderia morrer a qualquer momento.

— Do baile de negócios, o meu chefe faz isso para celebrar seus novos contratos e aliados.— Luccas disse encarando Matteo.

— Qual é o nome dele?

Luccas desviou o olhar e suspirou.

— Eu sei que vai me matar, assim que eu disser tudo o que sei, então por que eu diria algo a você?— Luccas perguntou.

Matteo olhou para o homem e ajoelhou até o chão, retirou uma faca de sua cintura e prensou na garganta de Luccas.

— Presta atenção, isso não é um jogo, ou algo do tipo, se você não começar a falar, eu vou te machucar, vou ver você sangrar e gritar de dor e vou adorar fazer isso. Vou ter o prazer de te dar um morte dolorosa, só para você se lembrar do meu rosto no inferno. Lembrar que foi morto por mim.— Matteo sussurrou para o homem escutar.

— Trabalho para Marco Mikazia, chefe da máfia Mikazia.— Luccas disse quase que em sussurro, como se estivesse com medo de alguém escutar.

Matteo então levantou do chão e me olhou como se não acreditasse no que havia acabado de ouvir.

— Marco?— Matteo se perguntou.

Luccas então me encarou confuso e Matteo voltou a sua atenção para Luccas.

— Que dia irá ocorrer o baile?— Matteo perguntou.

— Daqui a duas semanas.— Luccas respondeu rapidamente.— Por favor, não me mate.

Matteo nem deu muita atenção para a súplica do homem, estava confuso. O homem me olhou de novo, dessa vez com um olhar de interrogação.

— Tenho a sensação de já ter te visto...— Luccas sussurrou.

Olhei para Luccas, ele parecia saber do meu segredo, saber que... Eu sou filha de Marco.

— Não, você deve estar enganado. Nunca vim para Sicília.— disse rapidamente.

— Você não é a...

Antes que Lucas terminasse a frase, atirei. O tiro acertou sua cabeça e ele caiu no chão rapidamente.

— Que merda você fez Yhelena?— Matteo perguntou olhando para Luccas caído no chão.

— Fiz um favor para ele...— sussurrei olhando Luccas sangrando no chão.

......

Olá meu caros leitores, eu gostaria de saber o que vocês estão achando até o momento e qual horário seria o melhor para a atualização dos capítulos. Conto com o comentário de vocês e até o próximo capítulo!

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