Convite

— Benim ... – Murmurou. Parecia que o tempo tinha parado ali, no modo como olhou para mim, penetrante, quase desejoso, como que com saudades. Não entendi aquilo. Não entendia aquele homem. Tive vontade de gritar com ele, pedir que parasse de me olhar como se me quisesse, quando mal falou comigo todos esses dias. — Oi. – Acenei a cabeça. Disfarcei o modo como mexia comigo, como me desestabilizava. Passei ao seu lado e me afastei logo, sem poder impedir meu corpo de reagir ao dele. Fui invadida por diversas sensações, saudade do seu toque, a vontade de ficar ao seu lado, por tudo aquilo que ele despertava em mim desde a primeira vez em que meus olhos se fixaram nos dele. Não quis pensar em tudo aquilo. O fato era que ele era um homem sombrio, que ocultava muita coisa.

Devia me deixar em paz, pelo menos isso! E Não me olhar daquele modo pidão, parecendo sempre prestes a me falar algo. Eu simplesmente não queria mais nada. Ponto final. Mesmo assim, não consegui fazer o percurso sem estar
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