Brenda Um som distante me puxou de um doce sonho. Eu sonhava que reencontrava Anúbis, o deus egípcio que eu acreditei ter conhecido na ilha. Mas, logo que a consciência despertou total eu percebi que não era um sonho. Eu sentia dores por todo o corpo também, principalmente na região abdominal. É muita sede. Esse desconforto me trazia mais rápido para a realidade. Eu de fato estava em um lugar totalmente desconhecido. Eu não estava no hotel. “ Meu Deus, Jasm deve estar desesperada sem notícias minhas” pensei. Eu não estava em nenhum lugar que eu deveria lembrar. Ao sentar na cama macia e enorme, me deparei por olhos familiares e famintos me fitando. Então ele se aproximou de mim e se ajoelhou no chão, soltando os lençóis que me envolviam as pernas me deixou somente com uma vestimenta confortável de linho. Sem dizer nada me enlaçou pela cintura e me puxou para borda da cama. Ele me envolveu em um abraço apertado. Seu longo cabelo caía por todos os lados e braços fortes m
— Por favor, me coloca no chão. — Brenda pediu assim que se distanciaram da sala de cura. Sem questionar, Anúbis fez o que Brenda pediu.Ele assentiu e se virou, indo em frente. Brenda sentia o cheiro bom de mirra em seu corpo, o perfume suave e relaxante. A mirra é muito usada no submundo para várias situações e ritual. O embalsamamento, por exemplo.Certamente Anúbis usava para fins terapêuticos. Eles caminharam por vários corredores e nenhum era o caminho que ela tinha passado antes. Por fim, chegam ao quarto. Dando passagem para Brenda entrar, seguiu logo atrás dela e fechou a porta atrás dele. Parando na ante sala do local, Anúbis parou próximo a Brenda onde havia um sofá e o pufe largo, encostando-se em uma parede, olhou-a intensamente. Ela que analisava a antessala com curiosidade até fixar em uma tela. — Gosta do que vê? — Ele murmurou. — Parece comigo, mas não sou eu. — Claro que não — Você é única — Sim.. Brenda tentava falar o que pensava, mas tudo era confuso. Ela ol
Enquanto Brenda se vestia, Anúbis contou-lhe como seria a vida dela a partir de agora. Quando ele chegou à parte sobre ela ficar permanente em seu mundo, Brenda protestou veementemente, no entanto, ela se sentou tentando se acalmar. — Você não pode me manter presa aqui?— Eu planejei tê-la aqui em algum momento, para que pudéssemos ficar juntos. Porém, nunca imaginei que iríamos tão longe, sua condição é incomum. Os primeiros de nós comentou que isso ocorreu no princípio quando os homens e deuses viviam juntos, mas fomos divididos entre mundo humano e o mundo dos deuses. Em nosso mundo, o submundo, somos responsáveis por guiar o homem para: Horion, o mundo da punição e caos ou para Elon, o mundo da paz e satisfação. Como um deus não posso propor um elo de ouro com uma humana, como os deuses fazem, teremos uma aliança de maneira condizente com sua posição. — Brenda nessa hora saltou da cama e muito irritada disse fria.— Não me importo sobre isso, tenho condições de cuidar de mim e do
Eu esfreguei os olhos que as lágrimas teimaram em descer por meu rosto já inchado de tanto chorar. Com o rosto nas mãos, quieta, esperando que um milagre acontecesse e eu me livrasse desse pesadelo. Mas eu sabia que nada seria tão fácil assim. Mais uma manhã se iniciava e eu já me desesperava sem saber o que fazer com aquela certeza de que não teria meu filho comigo caso vivesse em meu mundo. Nada de datas comemorativas com meus pais ou primeiro dia de aula, primeiro dentinhos, risadas com Jasm ou brincadeiras com meu gatinho. O problema não dava trégua e eu rezava ardentemente para que algo de bom ocorresse, que alguma solução aparecesse. Tentei me acalmar. Tudo ali dependia de mim e eu não podia me entregar à exaustão. Precisava pensar e encontrar uma saída. O meu prazo se esgotava rapidamente. Faziam quatro meses que eu tinha voltado para casa. Fingindo voltar a minha vida, meu apartamento, com minha rotina. Assim que cheguei fui ver meus pais e não tive coragem de dize
Brenda foi despertada por um barulho. Percebeu que ou havia desmaiado ou caído no sono. Amon ou melhor Anúbis a carregava para seu quarto. Ela respirou o seu cheiro maravilhoso e seu calor a envolveu em seu redor, tão firmes eram seus braços. Ele rosnou suavemente. — Você não pode ficar sozinha, e nem aqui nesse mundo. Seu corpo e minha descendência precisam de cuidados e você aqui escondida de todos não ajuda muito. Tentei ficar afastado, mas meu filho chamou por mim agora. Brenda o olhava atônita ainda acolhida em seu colo. — Eu…— foi interrompida com a chegada de um senhor bem baixinho e grisalho. — Sim, você o conhece. — o senhor apenas assentiu com a cabeça. Colocando uma maleta em couro no chão, olhou para Anúbis em um semblante apreensivo. — Estamos prontos. — seu olhar mudou para Brenda que imediatamente mudou o semblante. Seu rosto de repente ficou pálido, e ela engasgou. Os braços de Anúbis se afrouxaram e ele depositou ela sobre a cama. Brenda tentou segurar-se
Um grito de recém-nascido ecoou pelo ar.Aron não conseguia acreditar no que ouvia, um grito estridente vindo dos braços de Thorne o deus da cura, quase caiu de alívio pelo som maravilhoso que ouviu.Um dos sacerdote se inclinou para pegar o cordão umbilical e cortá-lo.O bebê chorou e se mexeu no colo do cuidador. Ele realmente parecia saudável e de tamanho normal, ou até um pouco maior. Aron olhava embasbacado para seu filho com uma humana nos braços de Thorne, que aceitava outra toalha de um dos sacerdote para enxugar o bebê, que parou de chorar, mas continuou a se mexer e chutar com suas pernas gordinhas.Thorne e Aron se olharam e ambos abriu um grande sorriso cúmplice um para o outro enquanto enrolava o bebê em um lençol, segurando-o de pé.– Ele parece bem. – Thorne riu, abrindo um sorriso enorme. — Muito saudável também. Sua cor é perfeita, ele respira como um campeão, tem dez dedos nos pés e nas mãos e é forte.O cuidador seguiu para Aron com seu filho no colo, que hesitou e
A árvore de Natal brilhava no canto da grande sala. As crianças tinham decidido tudo sobre esse Natal: local, decoração e presentes. Grandes bolas brilhavam penduradas de todos os ramos, lembrando uma árvore frutífera. Brenda procurava com olhar seu primogênito, agora com quatro anos, brincando com sua mãe. Ela mostrava a Nosh como amarrar uma fita em um ramo. Essa era a visão que ela sempre quis, a família. E agora tinha. No entanto, algo estava faltando. Aron não estaria ali, sua mãe, de todas na sala, a pegou olhando e sorriu. — Eu ainda não posso acreditar que tenho um neto lindo assim. — Fica bajulando que sua outra filha lhe mata. Quando Noah pegou o arco e correu para porta da sala para mostrar a alguém que chegava, Brenda o viu. Aron encontrou o pequeno no meio do caminho e seguiu para ela. — Eu não queria ficar mais dias sem você, você sabe. Também não queria ficar longe desse garotão aqui. — Sim. — Concordou com lágrimas a derramar. — Olha papai, a árv
Atravessando a multidão, ao mesmo tempo que puxando a mala levemente pesada com rodinhas, penso se todos em Boston tinham decidido voar hoje. Quando finalmente cheguei ao guichê da US Airways, o atendente do check-in gentilmente fez seu trabalho, etiquetou minha bagagem e me entregou o cartão de embarque. — Obrigado, Srta. Back. Já fiz seu check-in para Male. Tenha uma boa viagem. Enfiei meu cartão de embarque na bolsa e virei para me despedir de minha irmã e cunhado. — Obrigada por me trazer. — Eu acompanho você, Brenda. — Não precisa — falei, balançando a cabeça.— Tudo bem então, mas liga se precisar de ajuda. — disse minha irmã, fingindo cara de brava. — Calma, será somente quinze dias — afirmei.Com um novo beijo na bochecha ela foi embora.Já no portão, fiz minha última conferida nos documentos e segui para o embarque. Segui pelo corredor estreito até meu assento na primeira classe. Preferi ficar na janela, e então afivelei meu cinto de segurança ao lado de uma Sra. Simpáti