O segundo livro será publicado na plataforma laranja. Encontro vocês lá. Até breve... <3
LOREHoje meu dia foi como todos os outros. A única diferença é que a noite irei para o evento da empresa com os meus pais. Aqueles que todos os empresários e sócios passam horas dando palestras. Confesso que odeio ter que comparecer, pois não suporto ficar sentada apenas ouvindo eles tagarelarem. Costumo fugir toda vez, dizendo que preciso ir ao banheiro, mas, na verdade, corro para o jardim. O cheiro das flores é de acalmar qualquer pessoa, e por isso, prefiro ficar por ali, porque o cheiro me acalma.Costumo chamar minhas amigas, na esperança que elas não me deixem passar por essa tortura sozinha, mas elas recusam todas às vezes. A Ariel costuma ir devido à família. O seu pai é um dos sócios da empresa. A Loren e a Sydney não gostam, pelo simples fato de não terem paciência. De tanto me ouvirem reclamar do quanto esses eventos são irritantes, as duas não têm nenhum interesse ou vontade. A Anne me prometeu que iria um dia, e desde então, ando cobrando isso dela, mas a morena sempre
— Não... Está tudo bem! Eu já estou indo. — respondi. — Admito que hoje está fazendo mais frio do que os outros dias. — fiz careta. Será que já estamos no inverno? — Mas, obrigada mesmo assim. — sorri. — Tenho que voltar, e por mais que aqui esteja muito melhor do que lá dentro, ainda preciso voltar e aguentar a tortura que é ouvir esses homens falando. — rolei os olhos, e o Shawn assentiu rindo. O cheiro de nicotina que eu tinha sentido antes havia voltado após assim que me calei, e o Shawn também percebeu no mesmo instante. Ele suspirou e olhou para algo atrás de mim, logo levantou sua sobrancelha e franziu a testa. — Tive que pegar outro esqueiro no carro... — uma voz masculina ecoou atrás de mim, me fazendo virar e encarar o garoto. Era o Ruel. Ele estava com um cigarro aceso nos dedos. Isso provava ser ele fumando. O loiro estava bem-vestido. Usava uma calça jeans escura, e uma camisa social preta. Sua gravata também era da mesma cor, e nos pés, ele tinha um tênis. Ele encarou
— Tudo bem, gatinha! — sorriu para mim. Gatinha? Sério? — Amiga da Anne, certo? — perguntou e assenti. — Tem bebida lá na cozinha. O Stone está lá, então se sinta em casa — piscou. — Obrigada! — forcei um sorriso. Esforcei para que passar no meio dos adolescentes que dançavam para ir até à cozinha. Apertei a mão irritada por alguém ter pisado no meu pé e respirei fundo. Com certeza, meus dedos ficariam cheios de calos. Se eu estivesse com tênis branco, estaria puta da vida. Entrei na cozinha, onde ainda tinha algumas pessoas acumuladas, mas logo se apressaram para sair. Stone não estava mais ali como o Murphy havia dito. Peguei dois copos e coloquei uma bebida da cor verde no meu, e também uma vodca que achei em cima da mesa. No copo da Ariel escolhi colocar enérgico e também um pouco de vodca. Dei um gole para experimentar só para conferir estar fraca, e para mim, parecia suco por falta de álcool. Já a minha estava um pouco forte, a quantidade de álcool estava na medida que gosto,
Ruel — Casa do Murphy hoje... — a voz alta do outro lado da linha fez com que a dor em minha cabeça piorasse. — Fala baixo, Carter... — pedi. — Filho da puta... — juntei as sobrancelhas. — Vá se foder! — disse, seu tom agora era baixo. — Se drogou de novo? Como você não cansa? Você vai acabar tendo uma overdose, porra... — me repreendeu. — Festa hoje de novo, Shawn!? — resmunguei após ignorar seu comentário. Eu havia acordado com o celular vibrando em baixo de mim. Depois de deixar Lore em casa, fui para a minha. Eu não estava a fim de festa. As coisas que venho fazendo com o Ralph estão me deixando maluco. — Sim. De novo! — respondeu meu velho amigo. Rolei os olhos e enquanto levantava da cama. Me esforcei para que o meu corpo me obedecesse. Minha cabeça estava girando, como consequência do exagerado nos comprimidos e na bebida que ingeri no quarto ontem a noite. Encarei o chão após meu pé doer devido a um dos meus isqueiros. Eu havia pisado. Peguei-o e joguei em cima do lenço
A tarde pesquisei mais sobre a Lore. Nas suas redes sociais tinham apenas três fotos suas. A primeira com suas amigas, outra em uma praia. Ela usava um jeans claro e um biquíni preto. E a última com o Connor. Lore tinha dezessete anos, atualmente solteira, mas ainda assim, sua amizade com o Connor Pierce, demonstrava algo a mais. A garota havia publicado uma foto com seus pais há segundos atrás, e decidi curtir e seguir. Orlando logo seguiu de volta. Questionei se ela sabia ou não sobre o pai ser chefe da máfia mais famosa e criminosa do país. Sua mãe era uma ótima advogada, a qual faria um disfarce perfeito para o Benjamin. Família perfeita. Não tinha como ninguém suspeitar ou achar que ele se envolveria em uma coisa assim. Ela e minha tia ficariam empatadas em questão de serem ótimas no que faziam. Meu pai foi procurado pelo Benjamin. Orlando alegou ter ouvido muitos comentários positivos sobre o trabalho do Ralph, e então ficou interessado. Entrou em contato e disse precisar ter
LOREO vento que entrava pela janela do carro, fazia meu corpo se arrepiar. Estava frio e a chuva começou a cair minutos atrás. Fraca, na verdade, mas com certeza já engrossaria em segundos. O motorista dirigia tranquilamente. Minha mãe estava ao meu lado, e meu pai no banco da frente. Estávamos indo para o funeral de Edgar. Um homem que trabalhava com meu pai na empresa. Ele sofreu um infarto.Quando acordei e desci para cozinha, onde pretendia comer alguma coisa. Vi Carla com um semblante triste. Eu estava arrumada, pois iria até a casa da Ariel para estudarmos, porém, desisti quando a mulher deu a notícia. Eu não conhecia Edgar, mas já o vi algumas vezes nos eventos e na empresa. Meu pai estava arrasado. O homem tinha uma muita consideração pelo Edgar. O falecido era praticamente como se fosse da família para ele.Quando o carro parou, descemos e entramos no cemitério. A chuva começou a engrossar, e por sorte, lembrei de pegar o guarda-chuva. Quando nos aproximamos da família Miles
LOREDepois de tanta insistência, Ruel aceitou jogar e assim que levantamos, um casal pediu para participar. Por mim, estava tudo bem, mas o loiro chato resmungou incomodado. O namorado acabou fazendo um strike na primeira arremessada, fazendo sua namorada de cabelo loiro aplaudir e sorrir.Era a vez do Vincent. Ele colocou cuidadosamente o dedo do meio e o anelar nos buracos da bola, e se preparou para arremessar, também fazendo um strike. Seus dedos se movimentavam em perfeita sincronia e engoli seco, sentindo meu rosto queimar. Ele me olhou, e um sorriso quase impercebível surgiu. Sorri de volta e me levantei.Era a vez da Fefe. Quando ela arremessou, quase todos os pinos caíram, exceto dois, fazendo-a arremessar de novo, e ter o mesmo resultado. A garota cresceu o bico irritada, e cruzou os braços. Esta estava decepcionada com si mesma. Seu namorado a acalmou, e disse que na próxima, a garota conseguiria.Era a minha vez. Ajeitei meus dedos na bola, e me posicionei, sem dobrar o c
Contém Gatilho. RUEL Eu estava sentado sozinho no sofá da casa da minha avó, enquanto Ralph e seu irmão conversavam sobre seus assuntos sérios na área externa da casa, fora do cômodo. Já Kate, minha mãe, estava no jardim com a esposa do meu tio e minha progenitora. Clary, mãe do meu pai, nos convidou para virmos almoçar em família hoje, alegando que nunca mais viemos nesses almoços, e ela estava certa. Como os trabalhos do Ralph aumentaram, ele acabou esquecendo muitas coisas, e inclusive, almoçar com a família Evans era uma delas. Isso está fazendo com que o velho fique mais estressado que o normal. Ontem, quando acabei de acordar, o Ralph já estava estressado. O capanga do Benjamin abriu a boca, e falou que ele fazia apenas o que o seu chefe mandava. E o seu último ato feito foi sequestrar uma garota para chantagear o pai, o qual estava devendo uma boa grama pro Orlando, e quem acabou sofrendo fui eu, como de costume. Como meu pai já estava furioso, decidi deixá-lo ainda mais. Q