LOREO loiro assentiu e beijou a minha boca. Beijo molhado e demorado. Gostoso e lento. O qual me deixava louca e fervendo por ele. Isso foi um gatilho para desejar rapidamente o seu corpo no meu.— Quero tirá-la daqui, mas sei que você precisa passar mais tempo com elas enquanto ainda tem chance. — sua voz era baixa e calma.— Eu quero poder aproveitar cada segundo que ainda tenho, mas parece que fica mais difícil para me despedir. — suspirei. — Não queria ter que vê-las pela última vez.— Mas é necessário, linda. — ele disse. — Temos que deixá-los seguros, e isso só vai acontecer se estivermos longe.— Eu sei.— Quando pegaram o Shawn, eu fiquei desesperado. — admitiu.— Eu vou sentir tanta falta delas. — admiti. — Queria poder explicar o porquê do meu sumiço repentino.Carla explicou que não poderíamos ligar para nenhum dos nossos amigos. E que, inclusive, ela terá que se comunicar de um jeito moderado. Teremos telefones descartáveis.— Vamos ficar até a festa de verdade começar. —
Primeiramente, queria agradecer aos meus leitores que acompanharam essa linda história sobre dois adolescentes que mesmo com desavenças e diferenças, lutaram e fizeram de tudo pelo amor. Sou bastante grata a cada um de vocês.Quero agradecer também as minhas amigas que me apoiaram e caminharam comigo durante a criação da capa, enredo e a personalidade dos personagens. Sou uma pessoa felizarda por sempre contar com o apoio delas.Não peço desculpas pelos gatilhos que contém nos capítulos, pois como a história é sobre máfia, presumo que já sabiam ou esperavam como ela iria ser. Apenas peço perdão por não ter deixado explícitos quais temas problemáticos iriam ser abordados em cada um deles.Espero que tenham gostado desse livro. Dos personagens principais. Do desenvolvimento de cada um deles. De como eles superaram tudo que passaram com a ajuda um do outro. Eles eram distintos, mas, ao mesmo tempo, os dois se pareciam. Como Lore começou a passar muito tempo com Vincent, ela acabou pegand
LoreCinco anos atrás...Madrid, Espanha, 05h10m.Tudo estava diferente agora...Desde que viemos para Madrid, era como se ainda estivéssemos em perigo, mesmo não estando. A desconfiança e o medo ainda morava no meu corpo, assim como as sensações ruins. Mas, por um lado, agora eu sabia me defender. Eu não era mais a mesma garota ingênua e fraca do ano passado. Treino todas as noite antes de dormir para aprimorar minhas habilidades.O tempo aqui era mais calmo e leve.Eu já estava me acostumando a morar na Espanha. Era tranquilo e sossegado. Devido ao sobrenome do Noah, o meu pai biológico, ninguém nos conhecia. Meses se passavam e começamos a achar que era melhor assim, sermos pessoas desconhecidas e diferentes. Família nova tentando se acomodar em outra cidade.A casa era enorme. Parecia um castelo dos tempos antigos. As paredes eram das cores cinzas e pretas, e também eram altas, muito inclusive. Na verdade, a maioria das casas de Madrid, tinha esse aspecto e estilo. A mansão era rod
LOREHoje meu dia foi como todos os outros. A única diferença é que a noite irei para o evento da empresa com os meus pais. Aqueles que todos os empresários e sócios passam horas dando palestras. Confesso que odeio ter que comparecer, pois não suporto ficar sentada apenas ouvindo eles tagarelarem. Costumo fugir toda vez, dizendo que preciso ir ao banheiro, mas, na verdade, corro para o jardim. O cheiro das flores é de acalmar qualquer pessoa, e por isso, prefiro ficar por ali, porque o cheiro me acalma.Costumo chamar minhas amigas, na esperança que elas não me deixem passar por essa tortura sozinha, mas elas recusam todas às vezes. A Ariel costuma ir devido à família. O seu pai é um dos sócios da empresa. A Loren e a Sydney não gostam, pelo simples fato de não terem paciência. De tanto me ouvirem reclamar do quanto esses eventos são irritantes, as duas não têm nenhum interesse ou vontade. A Anne me prometeu que iria um dia, e desde então, ando cobrando isso dela, mas a morena sempre
— Não... Está tudo bem! Eu já estou indo. — respondi. — Admito que hoje está fazendo mais frio do que os outros dias. — fiz careta. Será que já estamos no inverno? — Mas, obrigada mesmo assim. — sorri. — Tenho que voltar, e por mais que aqui esteja muito melhor do que lá dentro, ainda preciso voltar e aguentar a tortura que é ouvir esses homens falando. — rolei os olhos, e o Shawn assentiu rindo. O cheiro de nicotina que eu tinha sentido antes havia voltado após assim que me calei, e o Shawn também percebeu no mesmo instante. Ele suspirou e olhou para algo atrás de mim, logo levantou sua sobrancelha e franziu a testa. — Tive que pegar outro esqueiro no carro... — uma voz masculina ecoou atrás de mim, me fazendo virar e encarar o garoto. Era o Ruel. Ele estava com um cigarro aceso nos dedos. Isso provava ser ele fumando. O loiro estava bem-vestido. Usava uma calça jeans escura, e uma camisa social preta. Sua gravata também era da mesma cor, e nos pés, ele tinha um tênis. Ele encarou
— Tudo bem, gatinha! — sorriu para mim. Gatinha? Sério? — Amiga da Anne, certo? — perguntou e assenti. — Tem bebida lá na cozinha. O Stone está lá, então se sinta em casa — piscou. — Obrigada! — forcei um sorriso. Esforcei para que passar no meio dos adolescentes que dançavam para ir até à cozinha. Apertei a mão irritada por alguém ter pisado no meu pé e respirei fundo. Com certeza, meus dedos ficariam cheios de calos. Se eu estivesse com tênis branco, estaria puta da vida. Entrei na cozinha, onde ainda tinha algumas pessoas acumuladas, mas logo se apressaram para sair. Stone não estava mais ali como o Murphy havia dito. Peguei dois copos e coloquei uma bebida da cor verde no meu, e também uma vodca que achei em cima da mesa. No copo da Ariel escolhi colocar enérgico e também um pouco de vodca. Dei um gole para experimentar só para conferir estar fraca, e para mim, parecia suco por falta de álcool. Já a minha estava um pouco forte, a quantidade de álcool estava na medida que gosto,
Ruel — Casa do Murphy hoje... — a voz alta do outro lado da linha fez com que a dor em minha cabeça piorasse. — Fala baixo, Carter... — pedi. — Filho da puta... — juntei as sobrancelhas. — Vá se foder! — disse, seu tom agora era baixo. — Se drogou de novo? Como você não cansa? Você vai acabar tendo uma overdose, porra... — me repreendeu. — Festa hoje de novo, Shawn!? — resmunguei após ignorar seu comentário. Eu havia acordado com o celular vibrando em baixo de mim. Depois de deixar Lore em casa, fui para a minha. Eu não estava a fim de festa. As coisas que venho fazendo com o Ralph estão me deixando maluco. — Sim. De novo! — respondeu meu velho amigo. Rolei os olhos e enquanto levantava da cama. Me esforcei para que o meu corpo me obedecesse. Minha cabeça estava girando, como consequência do exagerado nos comprimidos e na bebida que ingeri no quarto ontem a noite. Encarei o chão após meu pé doer devido a um dos meus isqueiros. Eu havia pisado. Peguei-o e joguei em cima do lenço
A tarde pesquisei mais sobre a Lore. Nas suas redes sociais tinham apenas três fotos suas. A primeira com suas amigas, outra em uma praia. Ela usava um jeans claro e um biquíni preto. E a última com o Connor. Lore tinha dezessete anos, atualmente solteira, mas ainda assim, sua amizade com o Connor Pierce, demonstrava algo a mais. A garota havia publicado uma foto com seus pais há segundos atrás, e decidi curtir e seguir. Orlando logo seguiu de volta. Questionei se ela sabia ou não sobre o pai ser chefe da máfia mais famosa e criminosa do país. Sua mãe era uma ótima advogada, a qual faria um disfarce perfeito para o Benjamin. Família perfeita. Não tinha como ninguém suspeitar ou achar que ele se envolveria em uma coisa assim. Ela e minha tia ficariam empatadas em questão de serem ótimas no que faziam. Meu pai foi procurado pelo Benjamin. Orlando alegou ter ouvido muitos comentários positivos sobre o trabalho do Ralph, e então ficou interessado. Entrou em contato e disse precisar ter