Dominada por esta tal Elisa, começo tirar peça por peças das minhas roupas intimas. Assim como sutiã e calcinha, entre outras deixando uma capa preta sobre o meu corpo.
O problema é, que quando me transformo em Elisa não lembro quem eu sou, esqueço que sou uma advogada renomada, e esposa de um respeitado delegado de polícia. E que sou uma dama da alta sociedade respeitada. Só não sei como consigo me transformar nessa mulher diabolicamente sedutora, e sensual.
E eu como Vanessa sou conservadora e religiosa que vou às missas todos os domingos. Sou respeitada por todos os vizinhos.
— E como foi, e quando começou?
— Tudo começou quando meu marido foi promovido a delegado pelos anos trabalhados como policial. Ele fez um curso, e lutou para ganhar a promoção merecida.
E por sugestão do meu marido, eu comecei sair à noite em academias para não ficar sozinha em casa. E nesta academia conheci um amigo, na verdade, era meu professor, éramos amigos porque eu amava meu marido, e não queria me envolver com ninguém por ser uma mulher bem casada. Entre aspas, digamos assim. E esse amigo, sempre soube disso, e um dia destes depois da aula ele me convidou para sair e conhecer a cidade.
Embora conhecendo, mas precisava sair um pouco da rotina. E então, ele me levou ao um Shopping Center em que havia uma loja de roupas femininas, e me encantei por um traje que me chamou atenção, e foi aí que a minha vida mudou!
— Como assim?
Perguntou Cristóvão Cruz!
— Era uma capa preta, e junto dela havia um par de luvas, e um vestido de seda da mesma cor brilhante curto até o joelho, um par de botas de couro cano longo. E pra completar vinha um chapéu de couro, também preto.
Eu sempre gostei dessa cor desde criança. Comprei tudo e coloquei numa sacola, paguei e saímos, e fomos dar mais algumas voltas, a noite estava linda, a temperatura estava agradável, um convite para passear na bela cidade de Florianópolis. E durante o passeio este jovem professor meu amigo me convidou para beber uns drinques. A princípio eu não bebia, mas aceitei o convite, fomos ao um bar de um clube que se chamava "Clube dos prazeres'. O mais rico, e sofisticado, e luxuoso da bela cidade de Florianópolis. Freqüentado por homens importantes, como empresários políticos! Ficava num prédio de três andares, com cobertura no último andar.
No primeiro andar havia uma boate com pistas de dança freqüentada por jovens em geral. No segundo andar era o que se faziam Shows de Streep tease, com belas mulheres. E no terceiro andar havia suítes presidenciais, e saunas, piscina, salas, de jogos, bares, e restaurantes. O dono do clube era um empresário respeitado, e um homem de negócios.
E, honesto, é claro. Tudo ali era legalizado, ele não permitia que os clientes usassem drogas. Ele não queria seu nome envolvido em escândalos! Como eu estava dizendo: eu não era mulher de beber. Mas aquela noite fazia muito calor. Então, eu resolvi acompanhar meu amigo para beber uns drinks, e fiquei tonta.
Mais tarde fui ao toalete, e lá encontrei uma das dançarinas que fazia Show de Streep tease.
Ela estava chorando, perguntei: o que estava acontecendo. Então, ela me contou que seu filho estava doente, e não podia fazer o show, e pediu, por favor, pra que eu ficasse no lugar dela.
A princípio eu disse que não podia porque era advogada, e uma mulher casada.
— Por favor, é a vida do meu filho que está em jogo! Faz isso por mim pelo menos esta noite!
— Como? Se eu nunca fiz Streep tease na minha vida?
— Faça de conta que vai fazer um show para o seu marido!
— Não posso, tenho um nome a zelar!
— Ninguém vai te reconhecer!
— Como assim? — Perguntei a ela.
— O que você tem nestas sacolas? — Perguntou ela.
— É umas roupas que eu comprei!
— Deixe-me ver!
— Ela olhou o que tinha dentro das sacolas, e encontrou os trajes e pediu para que eu vestisse, então, vesti um vestido preto de seda, e uma máscara que cobriam os meus olhos, e um chapéu.
Soltei o meu cabelo, e coloquei um batom vermelho em meus lábios, e um par de botas de canos longos. E por cima do meu corpo coloquei uma capa preta. Eu fiquei parecendo o zorro. Ela me perguntou:
— Como se chama? Vanessa!
— Bom Vanessa, que tal criar um nome?
— Que nome? Perguntei a ela!
— Que tal Elisa?
— É, gostei deste nome!
— Depois de estar vestida, bebi mais um copo de uísque gelado para criar coragem, então... Ela me disse:
— Bom, agora vamos criar um Personagem
— Personagem? Perguntei a ela.
— Sim, temos que criar um personagem para que você não seja reconhecida, não era isso que você queria?
— E, não quero, só estou fazendo este sacrifício por causa do seu filho, mas me diz qual é o nome da personagem?
— Que tal a mulher da capa preta?
— Está bem, mas é só hoje.
— E assim que tudo começou. E quando eu entrei no palco com álcool na cabeça é claro, esqueci quem eu era. Então, surgiu outra mulher presa dentro de mim! Mulher essa que está prestes a arruinar a minha vida, e a minha reputação pessoal e a carreira de advogada, que me custou muito para conquistá-lo.
Sem contar o meu casamento, porque a partir daquele dia a minha vida virou um pesadelo, Doutor!— Porque pesadelo?
— Porque quando me transformo em Elisa, esqueço que eu sou uma dona de casa e casada com um delegado. Imagina se ele descobrir? Como será minha reputação, meu marido não me perdoará sem contar que a minha outra metade pode estar envolvida em três assassinatos!
— Como assim? Perguntou Cristóvão Cruz, que ficou mais surpreso.
— Acontece, que a minha outra face envolveu-se com três jovens que foram brutalmente assassinados. Além disso, meu marido é responsável pelas investigações destes
assassinatos.
— O que faz você pensar que a sua outra face pode estar envolvida nestes assassinatos?
— Bom, eu só descobri tempos depois quando fui juntando as peças deste quebra cabeça. Eu achava que sonhava, mas aí quando lia as manchetes nas páginas policiais que dizia!
“Jovem é assassinado misteriosamente de forma brutal”. E quando a minha memória reagia, vinha à tona do que a minha outra face fazia. E no dia seguinte, eu me dava conta ser a mulher da capa preta! Por isso que estou desesperada procurando ajuda com o senhor!
— É, faz sentido, bom o seu problema é crônico, e terá que fazer um tratamento!
— Quanto eu devo por esta consulta?
— Se aceitar fazer um tratamento vai pagar pelo tratamento, porque terá que vir diversas vezes, o que acha disso?
— É claro, que sim Dr. Só me diz o que tenho que fazer e quando devo vir?
— Que tal todas as quintas feiras neste mesmo horário?— Pra mim está ótimo!
— Semana que vem quando vier procure lembrar tudo o que aconteceu na sua infância, e adolescência, me conte todos os detalhes da sua vida
— É necessário?
— É sim, porque seu problema é crônico, está havendo um bloqueio na memória. E deve ter sofrido algo de muito grave na sua infância, tipo abuso sexual, ou uma rejeição de seus pais, por isso que é muito importante que me conte tudo pra que eu possa te ajudar, combinado
— Sim Doutor!
Um mistério se acercava em volta de Vanessa. Os segredos que ela guardava a sete chaves poderiam comprometer sua liberdade. Havia uma bagagem que ela carregava e não sabia como livrar-se. Um peso que carregava parecia uma tonelada, e a responsabilidade de erros do passado que cometeu estava resultando em falta de memória. Seria um distúrbio psicológico? Ou desvio de caráter? No decorrer da história vai levantar muitas suspeitas de que ela possa ser a principal suspeita de três assassinatos que o próprio marido dela como delegado estava investigando. Até porque Júlio era um delegado bem conceituado e respeitado que estava sofrendo várias pressões que vinham de todos os lados. Era dos pais das vítimas que estavam revoltados e inconformados com a perda dos entes queridos. Saudáveis de boa reputação na sociedade de Florianópolis. Eram jovens
Eram dez horas da manhã num verão, e um sol escaldante raiando sobre as praias de Florianópolis. E mais um corpo foi encontradosobre as areias das praias Catarinense, sendo a terceira vítima assassinada de forma misteriosadentro do seu próprio carro. A vítima era do sexo masculino degolado por uma navalha no pescoço, assim comoaconteceu com as outras vítimas no mesmo ritual, e comas mesmas características. Para a polícia era um mistério.No local do crime não havia vestígios de que fosse assalto, ou crime passional. Porque eramencontrados os documentos, ecartão de crédito, despistando a hipótese de ser assalto, ou que fossem usuários de drogas. E sendo assimseriam vítimas dos traficantes por dívidas, mas ahipótese foi descartada segundo a polícia não havia substância química nos corp
Passando uma semana chegando à quinta feiraà tarde quando o sol estava indo embora,Vanessa começava seu tratamento psiquiátrico.Segredos mais íntimos seriam revelados. Elaprecisava tirar um peso dos seus ombros pelatensão que sofria, e a pressão psicológica eraenorme, pela necessidade em poder desabafar comalguém. Era muito amiga de sua vizinha, e sóciaGisele. Mas não confiava segredos comoaqueles que só ela guardava. A partir do momentoem que ela colocasse pra fora algo que estava atormentando a sua vida, certamente não seriamais a mesma. Após de ter descido para estacionamentoentrando em seu carro indo para a clínicapsiquiátrica de Cristóvão Cruz com quem ela fariasuas sessões todas as quinta-feira à tardinha sendosempre às seis horas da tarde. Olhou pa
Eu queestudava, e gostava de jogar vôlei com as minhascolegas de aula, e suava muito. E quando chegava em casa ia direto para o chuveiro. Me sentia livresozinha em casa, porque a minha mãe estavasempre trabalhando. Ou estava lavando roupas no tanque porque naquela época não havia máquinade lavar, e meu irmão quase todo dia na casa dos amiguinhos jogando futebol.Vanessa tossiu... E um dia destes fui surpreendida! — Como assim? Perguntou Cristóvão Cruz. — Eu nua achando que estava sozinha em casa, equando fui abrir a cortina do chuveiro estava lá o meu padrasto tomando banho, imagina a cena? — O que foi que aconteceu? — Ele
Eu era disputada por todos os rapazes do colégio, não só do colégio, mas também na vizinhança. Eles me achavam a mais bonita do bairro, todosqueriam me namorar, mas nenhum deles fazia meu tipo. E quando eu tentava me interessar por um deles vinha aquele corpo moreno do meu padrasto naminha mente, bati no rosto e dizendo: pra mim mesma. “Crie vergonha nessa cara, esquece esse homem,ele não te pertence". — Mas não adiantava, então pensei, se eu passasse uma noite com ele, quem sabe esqueceriae que tudo não passava de um capricho meu, entãofui à luta! — E o que você fez? Perguntou Cristóvão Cruz. — Bom, comecei a estudar, e mergulhei a minha cabeça nosestudos e
— O que? Por exemplo, — perguntou Cristóvão Cruz. — Ela fazia todas as vontades dele, assim comodeixar o chimarrão pronto antes do jantar e o drinque depois, isso ela fazia, mas não alcançar atoalha depois dele sair do banho, e isso eu fiz. Bom, quando ele saiu do banho, eu gentilmente alcancei a toalha, ele me agradeceu, depois do banho tomado sentou sobre o sofá da sala pra tomar seu chimarrão. Eu me sentei de frente deleem outro sofá. E toda vez que eu enchia a cuia dechimarrão, eu tinha que me abaixar para pegar achaleira, que no interior naquela época ainda não havia garrafa térmica, e neste caso fazia aparecer meus seios, e de vez em quando, eu cruzava as minhaspernas. E os olhos dele percorriam os meusmovimentos, e co
— E depois que vocês viajaram, o que aconteceu? — Quando estávamos dentro da picape seguimosdestino a Uruguaiana. Sentei perto dele de minisaia colegial e ficava levantando as pernas pra cimatoda hora, e abaixava seguidamente deixando ele nervoso, que quase bateu o carro numa árvore porficar olhando as minhas pernas! Vanessa olhou para ao lado colocando a mão sobrea boca rindo ao lembrar-se da cena. — Porque está rindo? Perguntou Cristóvão Cruz. — É que, era engraçado ver a cara dele, um homem sério e conservador ficar vermelho quandoeu levantava e abaixava as pernas, é claro que hoje penso diferente, mas como estava dizendo: ao chegarmos a cidade de Uruguaiana fomos para uma casa que&nbs
Os policiais torceram o nariz ao ouvir as durascríticas de Dalton, e Júlio viu a expressão de descontentamento, embora sendo seu amigo não quisesse que sua equipe fosse alvo de críticas, ele levantou e disse: — Então seu sabe tudo, não é porque trabalha numpaís de primeiro mundo, que acha tem o direito dechegar aqui criticando nosso trabalho!— Dalton balançou a cabeça olhando no rosto de todos, principalmente a de Júlio e disse: — Perdoe-me Júlio se está ofendido com as minhascríticas, mas se quiser ouvir elogios façam pormerecer, e depois eu não vim por oferecido, vimporque me chamou, mas se já que está insatisfeito com a minha presença, estou indo embora, quetenho mais o que fazer, tem bandidos perigosospra eu colocar atrás das grades. E não vou ficar aquiperdendo o meu tem