Numa tarde de verão ainda havia sol quente. Eram seis horas da tarde quando entrava na clínica psiquiatra uma linda mulher, elegante loira de olhos verdes. Ela usava um óculos de lentes claras com um vestido da cor cinza, cabelos presos sem batom em seus lábios carnudos, “era uma mulher de classe”.
Os funcionários que trabalhavam na clínica ficaram espantados com a beleza clássica da misteriosa mulher que passava pelo saguão da clínica dirigindo-se até um balcão da recepção com um olhar de pânico pedindo ajuda urgentemente.
— Por favor, eu preciso me consultar com psiquiatra Cristóvão Cruz!
— A secretaria ficou olhando e admirando a beleza e a classe, e elegância.
— A senhora tem sessão marcada!
— Não, vim pessoalmente, porque por telefone não consegui!
— Quando surgiu Cristóvão Cruz vendo aquela mulher de pernas longas, e lindas com um corpo escultural pedindo socorro, quase implorando. E perguntou:
— O que está acontecendo aqui?
— A secretária se apressou a informá-lo.
— Senhor, esta senhora está querendo marcar uma sessão urgente! Ele pensativo falou.
— Alguma cliente tem hora marcada?
— Neste momento não. Uma cliente desmarcou a pouco por telefone informou-me que, não poderá vir por problemas pessoais!
— Então peça a esta senhora esperar uns dois minutos que vou atendê - lo. — Dissera o psiquiatra.
— A senhora está com sorte. Porque a cliente desmarcou uma sessão. E por gentileza, pode me dar uns minutos, e tem seus documentos para fazer a sua inscrição?
— A mulher tirou da sua bolsa todos os seus documentos necessários, e os apresentou para a secretária. Em seguida a mulher entrou na sala de sessão onde Cristóvão Cruz tratava seus clientes. O consultório ficava de vista pro mar. A parede da sala era da cor cinza marinho com uma mistura de azul escuro, com vários quadros de grandes pintores. Um com a ceia de cristo e os apóstolos, e duas janelas de vidros coberto por persianas da cor cinza, mais acima uma cortina branca amarrada em baixo para que o sol entrasse.
O prédio tinha dois pisos que pertencia a Cristóvão Cruz. Com dez salas. Nove salas eram alugadas para outras funções da medicina, assim como consultório odontológico cardiologia, e pediatria, e entre outras..
A psiquiatria uma das salas mais sucedida de muito sucesso. Agenda de Cristóvão Cruz estava sempre cheia, na sala psiquiátrica havia uma poltrona em que o paciente deitava-se e ficava à vontade para relaxar, e relatar seus dramas.
Um dos segredos do sucesso era que o psiquiatra Cristóvão Cruz usava uma pedra de cristal sobre a cabeça do paciente. Não era hipnose ou regressão a vidas passadas. E sim para relaxar o cérebro que continha um sistema nervoso.
E agia com este tratamento antes dele fazer perguntas deixando os pacientes mais calmos e confiantes, e relaxados para contar seus problemas psicológicos. Para o psiquiatra Cristóvão Cruz vendo aquela bela mulher em pânico em silêncio se perguntava. “O que uma linda mulher como essa pode estar em pânico?”.
Depois que ela deitou-se na poltrona cama especializada para os cliente. Ela mais calma ele começou analisar a sua nova paciente
— Então, senhora, o que está acontecendo por estar em pânico?
— Ela respirou fundo, ainda tímida, nunca havia ido a um consultório psiquiátrico. Estava confusa sem saber como começar a relatar seu drama.
— Antes de tudo doutor, pago o que for preciso adiantado se for o caso. Mas me ajude a sair desta enrascada em que me encontro! — Cristóvão Cruz ficou olhando espantado para ela, com uma expressão séria.
— Bom, em primeiro lugar me conte o que está acontecendo. Se for o caso complicado, a cobrança será por um tratamento e não por consulta, vai depender do que me disser, está bem?
— Está bem Doutor, eu preciso desabafar antes que eu enlouqueça! Eu me chamo Vanessa. E sou casada há dez anos com um delegado de polícia que se chama Júlio, sou advogada dona de um respeitado escritório de advocacia, com importantes clientes. A minha especialidade, é criminalista, e quando posso, eu trabalho para defensoria pública. E faço trabalho grátis às pessoas que não tem condições de pagar advogado!
— Desculpe interromper, mas tenha calma, fale mais devagar está bem!
— Desculpe-me, é que estou muito nervosa.
— Estou vendo, respire fundo, não tenha pressa. Tempo o que mais você vai ter, e continue?
— E quando posso faço estes trabalhos nas horas vagas.
— Sim, mas afinal de contas qual é o seu problema? Perguntou Cristóvão Cruz.
— O problema, Dr. Que eu sofro de dupla
personalidade!
— Como assim? Dupla personalidade!
— Vanessa olhou para o teto azulado do consultório, virando-se na poltrona cama em que estava deitada buscando lá bem do fundo da sua alma tentando encontrar forças e coragem de colocar pra fora algo que estava incomodando há muito tempo.
— Bom, vou contar o que está acontecendo comigo. Durante o dia eu sou uma mulher normal. Digamos conservadora como pessoa. E como mulher sou fiel e leal ao meu marido. Profissionalmente sou advogada de grande desempenho nos tribunais, mas tímida como mulher, assim como o senhor está vendo.
Mas durante as noites quando meu marido trabalha a noite fico sozinha em casa. Ele trabalha das onze horas da noite até às seis da manhã. E trabalhando, eu não consigo saber o porquê me transformo em outra mulher!
— Como assim? Perguntou Cristóvão Cruz.
— Quando o meu marido está trabalhando nestas noites, é que me transformo outra mulher. Completamente diferente dessa que está diante do senhor falando dos meus problemas.
E quando a transformação acontece, sou oposto do que sou. O nome da minha outra é Elisa, que trabalha num Clube de Streep tease.
— E como é essa tal de Elisa? Perguntou.
Cristóvão Cruz.
— Doutor. Depois de me transformar em Elisa sou uma mulher sedutora selvagem que usa e abusa da sensualidade para seduzir os homens, e quando faço show de Streep tease, levo os homens à loucura!
Dominada por esta tal Elisa,começo tirar peça por peças das minhas roupasintimas. Assim como sutiã e calcinha, entre outrasdeixando uma capa preta sobre o meu corpo. Oproblema é, que quando me transformo em Elisanão lembro quem eu sou, esqueço que sou uma advogadarenomada, e esposa de um respeitado delegado de polícia. E quesou uma dama da alta sociedade respeitada. Só não sei como consigo me transformar nessa mulherdiabolicamente sedutora, e sensual. E eu comoVanessa sou conservadora e religiosa que vou àsmissas todos os domingos. Sou respeitada portodos os vizinhos. — E como foi, e quando começou? — Tudo começou quando
Um mistério se acercava em volta de Vanessa. Os segredos que ela guardava a sete chaves poderiam comprometer sua liberdade. Havia uma bagagem que ela carregava e não sabia como livrar-se. Um peso que carregava parecia uma tonelada, e a responsabilidade de erros do passado que cometeu estava resultando em falta de memória. Seria um distúrbio psicológico? Ou desvio de caráter? No decorrer da história vai levantar muitas suspeitas de que ela possa ser a principal suspeita de três assassinatos que o próprio marido dela como delegado estava investigando. Até porque Júlio era um delegado bem conceituado e respeitado que estava sofrendo várias pressões que vinham de todos os lados. Era dos pais das vítimas que estavam revoltados e inconformados com a perda dos entes queridos. Saudáveis de boa reputação na sociedade de Florianópolis. Eram jovens
Eram dez horas da manhã num verão, e um sol escaldante raiando sobre as praias de Florianópolis. E mais um corpo foi encontradosobre as areias das praias Catarinense, sendo a terceira vítima assassinada de forma misteriosadentro do seu próprio carro. A vítima era do sexo masculino degolado por uma navalha no pescoço, assim comoaconteceu com as outras vítimas no mesmo ritual, e comas mesmas características. Para a polícia era um mistério.No local do crime não havia vestígios de que fosse assalto, ou crime passional. Porque eramencontrados os documentos, ecartão de crédito, despistando a hipótese de ser assalto, ou que fossem usuários de drogas. E sendo assimseriam vítimas dos traficantes por dívidas, mas ahipótese foi descartada segundo a polícia não havia substância química nos corp
Passando uma semana chegando à quinta feiraà tarde quando o sol estava indo embora,Vanessa começava seu tratamento psiquiátrico.Segredos mais íntimos seriam revelados. Elaprecisava tirar um peso dos seus ombros pelatensão que sofria, e a pressão psicológica eraenorme, pela necessidade em poder desabafar comalguém. Era muito amiga de sua vizinha, e sóciaGisele. Mas não confiava segredos comoaqueles que só ela guardava. A partir do momentoem que ela colocasse pra fora algo que estava atormentando a sua vida, certamente não seriamais a mesma. Após de ter descido para estacionamentoentrando em seu carro indo para a clínicapsiquiátrica de Cristóvão Cruz com quem ela fariasuas sessões todas as quinta-feira à tardinha sendosempre às seis horas da tarde. Olhou pa
Eu queestudava, e gostava de jogar vôlei com as minhascolegas de aula, e suava muito. E quando chegava em casa ia direto para o chuveiro. Me sentia livresozinha em casa, porque a minha mãe estavasempre trabalhando. Ou estava lavando roupas no tanque porque naquela época não havia máquinade lavar, e meu irmão quase todo dia na casa dos amiguinhos jogando futebol.Vanessa tossiu... E um dia destes fui surpreendida! — Como assim? Perguntou Cristóvão Cruz. — Eu nua achando que estava sozinha em casa, equando fui abrir a cortina do chuveiro estava lá o meu padrasto tomando banho, imagina a cena? — O que foi que aconteceu? — Ele
Eu era disputada por todos os rapazes do colégio, não só do colégio, mas também na vizinhança. Eles me achavam a mais bonita do bairro, todosqueriam me namorar, mas nenhum deles fazia meu tipo. E quando eu tentava me interessar por um deles vinha aquele corpo moreno do meu padrasto naminha mente, bati no rosto e dizendo: pra mim mesma. “Crie vergonha nessa cara, esquece esse homem,ele não te pertence". — Mas não adiantava, então pensei, se eu passasse uma noite com ele, quem sabe esqueceriae que tudo não passava de um capricho meu, entãofui à luta! — E o que você fez? Perguntou Cristóvão Cruz. — Bom, comecei a estudar, e mergulhei a minha cabeça nosestudos e
— O que? Por exemplo, — perguntou Cristóvão Cruz. — Ela fazia todas as vontades dele, assim comodeixar o chimarrão pronto antes do jantar e o drinque depois, isso ela fazia, mas não alcançar atoalha depois dele sair do banho, e isso eu fiz. Bom, quando ele saiu do banho, eu gentilmente alcancei a toalha, ele me agradeceu, depois do banho tomado sentou sobre o sofá da sala pra tomar seu chimarrão. Eu me sentei de frente deleem outro sofá. E toda vez que eu enchia a cuia dechimarrão, eu tinha que me abaixar para pegar achaleira, que no interior naquela época ainda não havia garrafa térmica, e neste caso fazia aparecer meus seios, e de vez em quando, eu cruzava as minhaspernas. E os olhos dele percorriam os meusmovimentos, e co
— E depois que vocês viajaram, o que aconteceu? — Quando estávamos dentro da picape seguimosdestino a Uruguaiana. Sentei perto dele de minisaia colegial e ficava levantando as pernas pra cimatoda hora, e abaixava seguidamente deixando ele nervoso, que quase bateu o carro numa árvore porficar olhando as minhas pernas! Vanessa olhou para ao lado colocando a mão sobrea boca rindo ao lembrar-se da cena. — Porque está rindo? Perguntou Cristóvão Cruz. — É que, era engraçado ver a cara dele, um homem sério e conservador ficar vermelho quandoeu levantava e abaixava as pernas, é claro que hoje penso diferente, mas como estava dizendo: ao chegarmos a cidade de Uruguaiana fomos para uma casa que&nbs