Um mistério se acercava em volta de Vanessa. Os segredos que ela guardava a sete chaves poderiam comprometer sua liberdade. Havia uma bagagem que ela carregava e não sabia como livrar-se. Um peso que carregava parecia uma tonelada, e a responsabilidade de erros do passado que cometeu estava resultando em falta de memória.
Seria um distúrbio psicológico? Ou desvio de caráter? No decorrer da história vai levantar muitas suspeitas de que ela possa ser a principal suspeita de três assassinatos que o próprio marido dela como delegado estava investigando.
Até porque Júlio era um delegado bem conceituado e respeitado que estava sofrendo várias pressões que vinham de todos os lados.
Era dos pais das vítimas que estavam revoltados e inconformados com a perda dos entes queridos. Saudáveis de boa reputação na sociedade de Florianópolis. Eram jovens filhos de pais bem sucedidos que tinham uma boa reputação em que nenhum crime caía sobre eles. E isso despertou revolta na sociedade, nos vizinhos e parentes das vítimas.
E para complicar ainda mais a vida do delegado Júlio que a pressão vinha do alto escalão do governo do estado. Todos os dias era divulgada nas grandes mídias as manchetes, e era óbvio que caia sobre Júlio a responsabilidade de investigar esses casos que todos os dias estavam sendo noticiados no Brasil inteiro.
Por causa desses três assassinatos que aconteceram nas praias mais frequentadas do Brasil, e até gente famosa frequentavam. E nesse caso a imagem do governador estava sendo arranhada e queria que esses casos fossem solucionados o quanto antes, já que o turismo era a grande fonte de arrecadação de impostos no Estado.
E os mistérios dos assassinatos estavam em volta de Vanessa que a partir do momento em que ela começasse a fazer uma terapia com o seu psiquiatra Cristóvão Cruz a verdade viria à tona a respeito de sua outra face negra que se chamava Elisa como ela mesma costumava dizer.
Se não bastasse a pressão que seu marido sofria, ela também estava em maus lençóis quando a verdade começasse a ser desvendada, de que ela poderia ser a responsável por tudo de ruim que estava acontecendo.
A culpa que ela carregava de deixar sua mãe para trás e mais ter perdido a guarda de suas duas filhas pelo seus ex companheiro de quem ela teve relacionamentos conturbados, e nada foi bom. E ao deixar eles para trás eles juraram vingança contra a pessoa dela. Uma confusão atrás da outra estavam na sua bagagem.
E pra complicar ainda mais a sua vida. Seu psiquiatra que trataria de cuidar o caso dela, também perdeu seu filho único que foi vitima de assassinato por ter se envolvido com a mulher da capa preta famosa dançarina de Streep tease num famoso clube de Florianópolis.
E como seria quando ele descobrisse que a sua paciente foi a principal responsável pela morte violenta do seu único filho? Ele seria ético com a sua profissão? E entregaria ela para a polícia? Ou deixaria assim? Ele tinha seus princípios éticos da profissão de nunca revelar confissões de seus pacientes por mais comprometedores que fosse?
Ou ele desistiria da sua carreira para tomar essa atitude de entregar a polícia a suposta assassina do seu filho amado. Já tinha idade avançada e amava a profissão que exercia, e era bem sucedido e não sabia fazer outra coisa a não ser trabalhar como psiquiatra? E quando recebeu ela em seu consultório, alguma coisa mudou dentro dele. Já que estava desanimado, sua vida perdeu sentido desde que seu filho foi assassinado misteriosamente e cobrava por justiça.
Mas a polícia nem pista tinha do assassino. E em ato de desespero Júlio que era dono de uma agência de detetive usou para contratar um velho amigo que anos atrás trabalhavam juntos. E ele se chamava Dalton, detetive especialista em caçar psicopatas e bandidos perigosos que trabalhava nos Estados Unidos da América, cidade de Nova Iorque, mas que residia na cidade de Miami. E como estava de férias resolveu aceitar o desafio vindo para o Brasil ajudar seu velho amigo.
E sendo assim pediu uma licença de seis meses. E com a chegada dele as coisas começaram a ser mudadas, e ele seria um pesadelo na vida de Vanessa que queria esconder seus segredos a qualquer custo. Caso as suspeitas caíssem sobre ela, corria o risco de ser desmascarada da pior forma, e até apedrejada pela opinião pública, e sua carreira de grande advogada iria para o lixo. sem contar o risco de ser presa, talvez sendo inocente, até porque ela era apenas suspeitas e não havia provas de que ela era realmente uma assassina.
Eram dez horas da manhã num verão, e um sol escaldante raiando sobre as praias de Florianópolis. E mais um corpo foi encontradosobre as areias das praias Catarinense, sendo a terceira vítima assassinada de forma misteriosadentro do seu próprio carro. A vítima era do sexo masculino degolado por uma navalha no pescoço, assim comoaconteceu com as outras vítimas no mesmo ritual, e comas mesmas características. Para a polícia era um mistério.No local do crime não havia vestígios de que fosse assalto, ou crime passional. Porque eramencontrados os documentos, ecartão de crédito, despistando a hipótese de ser assalto, ou que fossem usuários de drogas. E sendo assimseriam vítimas dos traficantes por dívidas, mas ahipótese foi descartada segundo a polícia não havia substância química nos corp
Passando uma semana chegando à quinta feiraà tarde quando o sol estava indo embora,Vanessa começava seu tratamento psiquiátrico.Segredos mais íntimos seriam revelados. Elaprecisava tirar um peso dos seus ombros pelatensão que sofria, e a pressão psicológica eraenorme, pela necessidade em poder desabafar comalguém. Era muito amiga de sua vizinha, e sóciaGisele. Mas não confiava segredos comoaqueles que só ela guardava. A partir do momentoem que ela colocasse pra fora algo que estava atormentando a sua vida, certamente não seriamais a mesma. Após de ter descido para estacionamentoentrando em seu carro indo para a clínicapsiquiátrica de Cristóvão Cruz com quem ela fariasuas sessões todas as quinta-feira à tardinha sendosempre às seis horas da tarde. Olhou pa
Eu queestudava, e gostava de jogar vôlei com as minhascolegas de aula, e suava muito. E quando chegava em casa ia direto para o chuveiro. Me sentia livresozinha em casa, porque a minha mãe estavasempre trabalhando. Ou estava lavando roupas no tanque porque naquela época não havia máquinade lavar, e meu irmão quase todo dia na casa dos amiguinhos jogando futebol.Vanessa tossiu... E um dia destes fui surpreendida! — Como assim? Perguntou Cristóvão Cruz. — Eu nua achando que estava sozinha em casa, equando fui abrir a cortina do chuveiro estava lá o meu padrasto tomando banho, imagina a cena? — O que foi que aconteceu? — Ele
Eu era disputada por todos os rapazes do colégio, não só do colégio, mas também na vizinhança. Eles me achavam a mais bonita do bairro, todosqueriam me namorar, mas nenhum deles fazia meu tipo. E quando eu tentava me interessar por um deles vinha aquele corpo moreno do meu padrasto naminha mente, bati no rosto e dizendo: pra mim mesma. “Crie vergonha nessa cara, esquece esse homem,ele não te pertence". — Mas não adiantava, então pensei, se eu passasse uma noite com ele, quem sabe esqueceriae que tudo não passava de um capricho meu, entãofui à luta! — E o que você fez? Perguntou Cristóvão Cruz. — Bom, comecei a estudar, e mergulhei a minha cabeça nosestudos e
— O que? Por exemplo, — perguntou Cristóvão Cruz. — Ela fazia todas as vontades dele, assim comodeixar o chimarrão pronto antes do jantar e o drinque depois, isso ela fazia, mas não alcançar atoalha depois dele sair do banho, e isso eu fiz. Bom, quando ele saiu do banho, eu gentilmente alcancei a toalha, ele me agradeceu, depois do banho tomado sentou sobre o sofá da sala pra tomar seu chimarrão. Eu me sentei de frente deleem outro sofá. E toda vez que eu enchia a cuia dechimarrão, eu tinha que me abaixar para pegar achaleira, que no interior naquela época ainda não havia garrafa térmica, e neste caso fazia aparecer meus seios, e de vez em quando, eu cruzava as minhaspernas. E os olhos dele percorriam os meusmovimentos, e co
— E depois que vocês viajaram, o que aconteceu? — Quando estávamos dentro da picape seguimosdestino a Uruguaiana. Sentei perto dele de minisaia colegial e ficava levantando as pernas pra cimatoda hora, e abaixava seguidamente deixando ele nervoso, que quase bateu o carro numa árvore porficar olhando as minhas pernas! Vanessa olhou para ao lado colocando a mão sobrea boca rindo ao lembrar-se da cena. — Porque está rindo? Perguntou Cristóvão Cruz. — É que, era engraçado ver a cara dele, um homem sério e conservador ficar vermelho quandoeu levantava e abaixava as pernas, é claro que hoje penso diferente, mas como estava dizendo: ao chegarmos a cidade de Uruguaiana fomos para uma casa que&nbs
Os policiais torceram o nariz ao ouvir as durascríticas de Dalton, e Júlio viu a expressão de descontentamento, embora sendo seu amigo não quisesse que sua equipe fosse alvo de críticas, ele levantou e disse: — Então seu sabe tudo, não é porque trabalha numpaís de primeiro mundo, que acha tem o direito dechegar aqui criticando nosso trabalho!— Dalton balançou a cabeça olhando no rosto de todos, principalmente a de Júlio e disse: — Perdoe-me Júlio se está ofendido com as minhascríticas, mas se quiser ouvir elogios façam pormerecer, e depois eu não vim por oferecido, vimporque me chamou, mas se já que está insatisfeito com a minha presença, estou indo embora, quetenho mais o que fazer, tem bandidos perigosospra eu colocar atrás das grades. E não vou ficar aquiperdendo o meu tem
— E como vai fazer, vamos intimar que elasvenham até aqui na delegacia? Perguntou Júlio. — Não, eu mesmo vou até a casa dos familiares, providencie um computador pra eu analisar todasas informações que eu receber dos familiares e um carro, isso é possível? — É claro, que sim! Dissera Júlio: pode contarcom a nossa ajuda, desde que, este mistério seresolva o quanto antes! — Está bem, prometo empenho nesta investigação,vou estar no cangote deste psicopata, não voudeixar ele em paz! — Dalton foi até o hotel onde se hospedava, Júlio providenciou um computador e um binóculo e umcarro pra que ele fizesse suas investigaçõesparticulares com ajuda de Júlio.