Amber Brown— Amber! Sou eu, abre a porta. Eu sei que você está em casa — A voz tão acolhedora de Sophie soou dentro da sala abafada pela porta fechada. Suspirei pensando se eu deveria mesmo abri-la, talvez o melhor fosse ignorá-la também, não que ela merecesse isso, mas talvez fosse melhor para ela ficar longe de mim — Por favor, querida, não se isole assim, eu estou preocupada com você, me deixa entrar — Havia um tom de urgência e de sofrimento em sua voz que eu fui incapaz de ignorar, então tomei minha decisão, me ergui e abri a porta para que ela pudesse entrar.A expressão de Sophie era de muita tristeza. Senti-me triste também por vê-la assim, não tinha qualquer intenção de afetá-la com os meus problemas, ainda mais que até
Amber Brown"— O que é que a minha pimentinha pretende fazer nesse fim de semana? — Ouvi a pergunta com a voz serena dele em meu ouvido depois de uma noite quente e tórrida de sexo. Dylan era gentil e sempre muito dedicado, de todos os caras com quem eu já tinha me envolvido, ele sem a menor sombra de dúvidas era o meu preferido.Porém existe um problema enorme sobre essa situação: Ele não serve para mim! Dylan pode ser doce, gentil e amável, ser uma amante espetacular e mais mil e uma qualidades que eu poderia citar sobre ele, mas ainda é pobre, e sempre vai ser. O máximo que ele vai conseguir ser é bem-sucedido na vida, e talvez alcançar o patamar de classe média alta. Isso se ele de fato retornar os estudos da faculdade que ele me revelou um tempo atrás ter largado para trabalhar.Não que eu duvide da inteligência dele ou algo assim, pelo contrário, eu acredito e muito nisso. Dylan é um rapaz muito mais inteligente do que eu achei que seria para um simples jardineiro, mas só isso n
Amber Brown "De fato, nós dois nunca tínhamos saído juntos, e bem, eu poderia experimentar uma vez isso. Dylan não tinha muito dinheiro, ele poderia me levar em algum lugar para gente pobre, eu poderia lidar com isso, não teria ninguém do meu círculo social por ali, então, não era exatamente um problema. Se eu fosse sincera comigo mesma, eu admitiria que sentia vontade de sair com ele também, então, por que não? — O que você tem em mente? — Perguntei e vi a expressão dele mudar de tristeza para dúvida e logo depois para animação. Uma alegria genuína iluminar todo o seu rosto, eu sorri involuntariamente, de algum modo eu me senti feliz também, era difícil para mim lidar com aquelas emoções, mas eu sabia que era bom. — Bom! — Ele começou devagar, ainda meio sem acreditar que eu finalmente tinha aceitado um de seus convites — Podemos, é... — Sorri ao vê-lo gaguejar, ele era tão lindo, estendi minha mão para que ele voltasse para a cama, ele a pegou e se sentou ao meu lado, logo me deu
Amber Brown "O sábado havia enfim chegado e com ele o meu tão esperado encontro com Dylan, eu digo esperado, por que eu realmente estava animada e ansiando por ele. Não imaginava que de fato eu ficaria tão empolgada com um encontro, e eu não me lembrava de em algum momento na vida ter ficado empolgada desse modo em qualquer encontro que tive, com qualquer outro cara. Sentei-me na cama e fiquei refletindo sobre isso. A verdade era que essa relação estava indo longe demais, a quem eu queria enganar, eu já estava totalmente envolvida. E isso era péssimo. O meu relacionamento com Dylan nunca iria para frente, era inconcebível para mim pensar em assumir publicamente um relacionamento com ele, todas as minhas amigas, a mídia, todos saberiam que eu namoro um pobre que não tem aonde cair morto. Impossível! Respirei fundo me sentindo triste, pois se eu fosse completamente honesta, eu admitiria em voz alta que era isso que eu desejava. Eu estava apaixonada! Depois de muito negar eu acabei ch
Amber Brown— Tenho a ligeira impressão de que agora as coisas começarão a ficar um pouco piores — Sophie falou após ouvir por quase uma hora o relato de um dos dias mais incríveis da minha vida — Suas palavras deixam claro para mim que vocês se amavam, a forma como ele te tratava, a forma como você se sentia. — Ela deu uma pausa e suspirou, a expressão de Sophie era de alguém que estava prestes a levar um banho de água fria — Estou sentindo medo de ouvir com todas as palavras o que aconteceu para que vocês passassem a se odiar tanto.— Eu não o odeio Sophie — Soltei um suspiro triste — Nunca odiei e acho que nunca vou odiar. Dylan foi um respiro diante da vida sufocante que eu tinha. Minha mãe nunca se importou muito comigo. Papai depois do passe
Amber Brown"— Mamãe! — Falei, estranhando o fato de ela estar no meu quarto. Raras foram às ocasiões em que ela entrou no meu quarto, raras vezes ela vinha até mim, mas a forma como estava sentada na poltrona deixava claro para mim que ela estava me esperando chegar. De algum modo louco meu coração tamborilou dentro do peito, era tão difícil imaginar ela naquela posição de mãe, porém conforme eu me aproximava dela a sua expressão me deixava claro que aquela não era uma espera amorosa ou preocupada.— Onde está o jardineiro? — Perguntou de imediato com a voz tão fria que me assustou.— Está na casa dele
Amber Brown"A fofoca havia sido generalizada, todos comentavam e me mandavam milhares de mensagens para saber o que estava acontecendo. Por alguma razão que eu não saberia explicar, Dylan desapareceu depois que nos vimos no domingo. Já fazia quase uma semana e as fofocas corriam soltas sobre o meu relacionamento com ele, eu tentei por diversas vezes falar com ele por telefone, mas nada, ele havia desaparecido, e eu não sabia o que fazer para falar com ele, esse sumiço me deixou sem chão.No dia que eu descobri a fofoca eu estava decidida a ir até Dylan para terminar tudo, e depois tentar descobrir algum jeito de desmentir ou mudar aquela informação. Mas eu não conseguia falar com ele e esse sumiço dele começou a me irritar. Em um
Amber BrownNesse momento eu comecei a chorar, Dylan acreditou que eu chorava por estarmos passando por aquilo, por eu ter sido obrigada a trai-lo quando eu fiz por conta própria. Minha mãe por pior que fosse não tinha nenhuma responsabilidade com aquilo. Chorei ao ponto de soluçar, pois eu me arrependia amargamente por ter criado toda aquela situação, quando bastava apenas eu terminar com ele para resolver tudo, ele só sairia magoado, mas não correria o risco de ser preso.As lágrimas caiam em abundância. Eu não conseguia me controlar. Tudo aquilo estava me consumindo e lacerando meu coração. A culpa me correndo como ácido. Eu era terrível. Eu era má, cruel, egoísta e covarde, eu era a pessoa mais covarde que eu conhecia. Só me importava comigo