Amber Brown Saber que Mia não me contou que Dylan morava no mesmo prédio me deixou um pouco ciumenta, mas me surpreendeu como eu não senti raiva de Dylan por ter escondido essa informação. Não era como se ele usasse isso ao seu favor, mas de algum modo estranho eu me senti cuidada pelo fato de ele estar esse tempo todo sempre tão perto de nós duas. De imediato me veio a lembrança do dia anterior, quando uma barata gigantesca surgiu no apartamento e de como ele imediatamente apareceu ali para me salvar, mesmo sem eu ter aberto a porta para ele. Ele estava perto, e tinha a chave de lá, mas ainda assim, nunca tinha a aberto, apenas o fez por uma emergência. Dylan continuava o mesmo que eu conheci há mais de dez anos atrás, gentil, cuidadoso, protetor e carinhoso. Mia me contava que sempre que ela dormia no apartamento dele, ele levava café da manhã na cama para ela, ela me contou também que ele montou um jardim cheio de insetos para ela. Soaria estranho para qualquer pessoa que não apre
Dylan Cooper Eu não esperava. Definitivamente, eu não esperava que Amber tomasse a atitude de me beijar. Foram milésimos de segundos para entender o que estava acontecendo, mas a compreensão veio e eu fiz aquilo que desejei fazer desde o momento que a vi quando fui até a Pensilvânia atrás dela e de Mia. Ergui seu corpo e a levei diretamente para o meu quarto. O beijo era intenso, saudoso, nossas línguas dançavam com uma sintonia nova e perfeita. O beijo molhado e doce. Delicioso. Eu tinha memórias sobre como era gostoso beijá-la, mas nada se comparava a isso, tudo parecia um sonho distante comparado com a realidade que eu estava vivendo agora. Deitei seu corpo na cama e nesse momento nosso beijo se quebrou, fazendo com que nossos olhos se cruzassem. Pude ver em seu olhar toda a determinação e confiança exalando dela, uma das características que sempre me atraíram nela era exatamente essa. Um sorriso malicioso surge em seus lábios avermelhados e faz um sorriso de resposta surgir no m
Amber Brown Uma preguiça gostosa toma todo o meu corpo, a única vontade que tenho é de ficar por horas e horas deitada nessa cama macia com a mão quente de Dylan sobre as minhas costas. Antes mesmo de abrir os olhos me dou conta de que estou sorrindo. Todas as lembranças da noite mágica que tivemos me traz uma sensação de alegria tão novos que penso que quero acordar me sentindo assim todas as manhãs. Abro os olhos devagar, me despedindo desse momento após acordar e a primeira coisa que vejo são cachos castanhos bagunçados. Meu sorriso aumenta ainda mais, então tomo meu tempo para observá-lo dormindo. Seus traços marcantes, sua expressão suave, ele parece flutuar em algum lugar muito bom. Quando me dou conta toco de leve a ponta do seu cabelo, afastando a mecha da testa para poder contemplá-lo melhor. Ele é lindo. Mia é igualzinha a ele. O nariz afilado, os lábios cheios, o formato do rosto, os cabelos, os olhos. Ela é todinha ele. Fico por algum tempo apenas observando, até que mi
Amber Brown— Mamãe! Papai! — A voz de Mia é estridente, e ela corre animada até mim. Atrás dela Jackson e Carter vem correndo para nos abraçar. Conheci os meninos pouco depois de ter me entendido com Sophie. Faz mais ou menos um ano isso, mas ainda era difícil para mim chamá-la de mãe, eu não sabia se conseguiria algum dia, mas ela não me cobrava nada, Sophie parecia contente o suficiente de me ter por perto. Eu desejava fazer algum dia isso, lhe dar essa alegria, mas ainda não me sentia pronta, contudo, uma coisa que eu tenho feito, era vê-la e ver os meninos toda a semana.Ela havia me contado que a mansão foi comprada por Dylan durante o leilão após perdermos tudo anos atrás. Tanto ela como Dylan e o Bob concordaram em passar a mansão para o meu nome novamente, e eles se mudariam dali para que eu pudesse retornar a minha casa. Por muito tempo eu pensei que seria quase um sonho voltar a ter essa mansão como lar, mas um lugar menor, onde Mia estava sempre por perto, me parecia mais
Amber BrownA manhã chegou e o meado da primavera trouxe com ela um dia ensolarado e florido. Fazia sete meses que eu e Dylan tínhamos noivado oficialmente. O pedido foi feito num café da manhã, junto da nossa filha, com uma caixinha de abelha escolhida por ela, depois Dylan me confessou que teve que ceder sobre a caixinha, pois ela queria que a pedra do anel fosse em formato de abelha, e nisso ele não estava disposto a ceder. Eu ri com a revelação e com ele contando como foi ir com ela escolher a aliança e toda a empolgação que ela demonstrava com a novidade.Ele se mexe ao meu lado e sinto sua mão subir lentamente até o topo da minha barriga, o calor era sempre bem vindo, acalmava o menino agitado que crescia dentro dela durante os seis meses de gestação. Não nos prevenimos desde que reatamos, apenas deixamos acontecer, e não demorou até que ele acontecesse.— Bom dia — sua voz soa rouca antes dele dar um beijo nos meus lábios e depois fazer o mesmo na minha barriga — como vai meu g
Amber Brown— Pensei que você não viria nunca mais — as palavras saiam saudosas e um tanto desesperadas — não acredito que você está grávida — fala, parecendo genuinamente feliz — eu vou ser avô.— Você já é papai — falo e ele parece surpreso — eu tive uma menina, ela vai completar seis anos daqui a dois meses, veja, trouxe fotos dela para que você a conheça — ele olha as fotos com cuidado, uma a uma, enquanto lágrimas escorrem dos seus olhos. Ficamos um longo tempo em silêncio, enquanto ele olha todo o álbum que fiz de Mia — ela queria vir te conhecer, mas...— Não! — Afirma categórico — aqui não é lugar para uma criança — concordo com a cabeça.— Foi o que Dylan e eu pensamos.— Então ele que é o pai dela — sua voz soa dolorida, e o vejo engolir em seco.— Sim! — Confirmo de cabeça baixa, sem saber o que esperar.— Desse bebê também? — Pergunta olhando para o lado.— Sim! — Um silêncio absoluto toma conta da nossa conversa, até que resolvo quebrá-lo — vamos nos casar mês que vem — a
Amber Brown O dia finalmente chegou e o vestido branco que adornava meu corpo me fazia admirar as rendas suaves bordadas a mão. Minha barriga havia crescido muito no último mês, o que obrigou a costureira a abrir as costuras e colocar mais renda no lugar. Faltava apenas dois meses para o nascimento, mas Dylan desejava estar oficialmente casado antes do bebê chegar, e eu não fui contra isso. Giro no lugar e admiro o vestido em meu corpo. Papai não poderia vir ao casamento, mas eu trouxe um pedaço dele, pego o broche que ele fez para mim e o coloco no topo do meu coque, satisfeita com o quanto ele se integrou em todo o meu visual. — Mamãe! A senhora é uma princesa — Mia fala com a boquinha aberta e os olhos arregalados pela visão — tão lindinha minha mamãe! — continua com o elogio e corre até mim, dando um beijo no irmãozinho — você também está lindinho, Oliver — fala e logo ele começa a se mexer dentro de mim, esse menino é tão agitado que já começo a me preocupar com como ele será qu
Dylan CooperOito anos depoisEu estava terminando de ler alguns relatórios para liberar alguns novos produtos quando o relógio despertou, me tirando completamente do foco com a atividade. Respirei fundo me sentindo um pouco cansado, o dia havia sido intenso na empresa, mas agora era hora de ir buscar as crianças na escola, hoje era o meu dia, ou seja, eu precisaria levar trabalho para casa para terminar depois que todos dormissem.— Certo! — Falo já me levantando e juntando as pastas que eu precisaria levar para casa. Minha secretária saia uma hora mais cedo, não apenas ela, mas depois que Oliver nasceu, reduzi uma hora da carga horária dos funcionários como um todo, a produção aumentou, e todos sem exceção podiam buscar seus filhos na escola sem precisarem correr desesperadamente. Foi uma decisão boa essa, meus funcionários passaram a trabalhar com mais satisfação ainda, o que só trouxe coisas boas para a Make Pro.Eu e Amber compramos uma casa nova, com as crianças, achamos melhor t