capítulo 8

CAPÍTULO — QUANDO A DOR TEM ROSTO

JADE

Demitida.

A palavra não parava de ecoar na minha cabeça.

Cada sílaba parecia um golpe de marreta.

**

Meu corpo tremia.

O chão debaixo dos meus pés parecia prestes a abrir, e eu, sem forças, só conseguia olhar para Diogo como se ele tivesse puxado o gatilho.

**

Ele me segurou pelos braços quando viu que eu ia cair.

— Jade, senta. — murmurou, tentando me arrastar para dentro da boate.

Eu não resisti.

Não porque queria.

Mas porque não tinha energia nem para lutar.

**

Sentei em uma cadeira qualquer.

Uma boneca vazia, quebrada, esquecida.

**

Minha mão tremia ao puxar a máscara do meu rosto.

Ela caiu no chão, insignificante.

Assim como eu me sentia.

**

— Você tá bem? — Diogo perguntou, hesitante.

**

A risada que saiu da minha boca foi horrível.

Um som quebrado, dolorido, que nem parecia humano.

**

— Bem? — repeti, sarcástica.

— Eu fui chutada como lixo!

Você realmente acha que alguém fica bem depois de ser tratada como um objeto descartável?

**

Diogo s
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