Um assassinato envolvendo uma família milionária. Um detetive disposto a dar a vida para descobrir a verdade. Uma mulher fatalmente bonita e perigosa. Tudo que Blair Collins desejava era fugir de seu passado traumático. No entanto, quando ela se muda para Nevada, é convidada pela polícia de Las Vegas para investigar um homem, Ethan Banks. Ethan era um bilionário do ramo tecnológico, mas nem todo dinheiro do mundo poderia lhe salvar de cair nos encantos de Blair, a mulher mais bonita que ele, e qualquer outra pessoa, já viu. Uma mentira é semeada, a paixão floresce e a atração crescente impede que eles possam se separar. Blair era uma infiltrada. Ethan era um suspeito. Verdades ocultadas e mentiras contadas se misturam enquanto Blair precisa decidir entre ser fiel à investigação ou ao homem que incendeia sua alma.
Ler maisETHAN5 anos antes...Existem apenas cinco segundos entre a linha de chegada e a sensação de vitória. Você não se sente um vencedor até, de fato, ver a torcida eufórica gritar em comemoração quando o esportivo cruza a linha final. É como se seu nome fosse uma música que todos no autódromo soubessem.E assim que meu carro ultrapassa a marca quadriculada, sei que sou o melhor entre os melhores. Não porque eu penso assim, mas porque competi com pessoas muito boas no que fazem. E no fim, é à mim que eles vão parabenizar.Os homens que estavam no pit-stop correm de encontro ao meu carro. Não ouço, mas sei que estão gritando como loucos. E também sei que os caras que chegaram em segundo e terceiro lugar estão muito irritados. Nas pistas, estar atrás do melhor é como ser o pior. Acredite em mim, o único lugar relevante no pódio é o topo.O esportivo para metros à frente da linha de chegada e, neste momento, a euforia me atinge. Agora posso sentir a adrenalina nas veias. Eu posso garantir que
Dizer que aquela conversa não destruiu o sistema nervoso de Ethan seria mentira. Dentro de si, ele estava desolado como nunca antes. Todas as esperanças que Blair o dia lhe dera foram dilaceradas pelos dentes da traição. Tudo que o homem pôde fazer foi sentir seu peito arder com uma dor que ele sequer sabia explicar.Blair desmoronou até restar apenas pó. Ela não soube como, com que força, mas se obrigou a levar a mão trêmula até a maçaneta e abrir a porta. Seu olhar ainda estava em Ethan, vendo como aquela conversa mudou em nada seu estado físico ou mental. Blair empurrou a porta e lançou as pernas para fora do carro, no entanto, de repente, sentiu que ainda tinha algo entalado em sua garganta, e que precisava ser dito.- "Você está me dizendo tudo isso... você me acusou de ser uma traidora. Mas me diga, o que você esperava? Seja honesto. Você esperava que eu acobertasse um criminoso sem princípios, um mentiroso, um corrupto?" ela foi obrigada a se calar quando soluçou, mas não demor
- "Me pergunte se eu matei Benedict, e as agentes de Spencer depois dele"As pupilas de Blair dilataram instantaneamente. Ela não sabia o que dizer, ou não queria dizer o que tinha em mente. Todas as palavras pareciam ser insuficientes.No entanto, a mulher ousou continuar olhando nos olhos de Banks, vendo o tom turmalina escurecer com uma clara mistura de sentimentos ruins. A raiva estava presente entre o verde e azul. O desprezo, a quebra de confiança, o arrependimento.Ethan inclinou-se na direção de Blair. Naquela posição, ela pôde ver seus olhos refletindo uma fresta de luz que infiltrava o carro. O azul quase pareceu vermelho de tanta raiva que continha.- "Eu quero saber o que disseram sobre mim" o tom dele foi quase irônico, como se já soubesse a resposta e estivesse testando o quão disposta ela estava a dizer a verdade.- "Coisas horríveis" Blair se limitou a dizer.- "E você acreditou, eu suponho" apesar de seu tom grave, ele não parecia estar alterado, pois seu autocontrole
"Hoje eu não tenho uma declaração a fazer, apenas um agradecimento" ele começou.Todos ao redor do salão estavam em silêncio sepulcral. Não prestar atenção nas palavras de Banks seria como pecar contra Deus. Isso incluía Blair, que chegou a prender a respiração com medo de perder alguma parte do discurso.- "Eu gostaria de agradecer George Banks. Ele me ensinou que grandes coisas exigem grandes esforços. Este edifício não é o primeiro, ou o último, que eu vejo ser levantado através do meu trabalho. E quando eu faço grandes coisas, sei que estou atraindo grandes responsabilidades. Mas esta é a maldição de ser um gênio; eu sempre sei o que precisa ser feito" Ethan fez uma breve pausa, e as pessoas estavam em um silêncio tão agudo que podia-se ouvir a respiração totalmente compassada de Banks através do microfone.- "E quanto mais eu cresço, mais pessoas querem estar ao meu redor. E, acreditem, elas me amam. Essas pessoas me amam porque o amor realmente significa nada para elas. É apena
Ethan, vendo que aquela conversa havia chegado ao fim, deu as costas para o inspetor. Ele chegou a olhar de relance para Colton, decidindo que, deveras, não gostava do homem. Banks fez um sinal sutil com o dedo indicador e os seguranças voltaram para o carro.- "Mas, de qualquer forma, esconda melhor os rastros das suas agentes quando decidir colocar uma no meu encalço" ele murmurou antes de adentrar a porta que seu motorista mantinha aberta.O primeiro carro fez uma manobra sutil dentro do galpão e deslizou para fora, seguido pelo segundo. E então, só então, Colton se aproximou de Spencer. Os agentes observaram os carros se afastarem naquele dia mal humorado, sabendo que tinham feito algo grande. Fosse bom ou ruim, era algo grande.- "Você acha que ele ficou feliz com esta conversa?" Colton questionou.Spencer tomou uma longa respiração. Dentre todas as conversas com Banks, aquela era a única em que ele desejou que Banks não saísse insatisfeito.- "Eu não sei. Porque se Banks está fe
As luzes de Nova Iorque eram conhecidas pelo mundo todo. A cidade desperta, com pessoas agitadas e onde nunca, nunca paravam. Era um lugar famoso por tudo que mostrava, mas poucas pessoas sabiam o que Nova Iorque escondia. Poucos conheciam as sombras da cidade mais iluminada do mundo.As sombras estavam nos subúrbios, nas zonas isoladas que sequer o sol alcançava. Onde as ruas eram lamacentas, os prédios eram abandonados e as pessoas choravam sem esperança.Em uma região pouco movimentada, onde o asfalto terminava e as ruas de terra começavam, havia um galpão abandonado. Era uma construção não terminada, com tijolos à vista e pilares ruídos pela metade. O cheiro do galpão era de insalubridade. A poeira havia dominado os quatro cantos do ambiente, e tudo que estava ali era abandonado. Haviam caixotes nos extremos do galpão, cobertos por uma lona escura e suja.Spencer Davis estava no galpão, sentado em uma cadeira quase tão velha quanto a que tinha em seu escritório. Atrás do homem, o
Spencer, pela primeira vez desde o início da conversa, virou-se para Blair. Ela estava a poucos passos atrás de sua cadeira, minguada como se tivesse diminuído vários centímetros nos últimos minutos. Os olhos da mulher estavam marejados com lágrimas de raiva, os braços envoltos no próprio corpo, os lábios comprimidos e a postura ereta.- "Eu sabia que você se envolveria com ele. Eu sabia que ele confiaria em você. Eu sabia que você conquistaria ele. Eu simplesmente sabia"- "Você sabia ou contava com isso?" Colton argumentou.- "Eu sabia que Blair não teria o mesmo destino que as agentes. Na pior das hipóteses, Ethan pensaria que ela era uma oportunista"- "E todas as conversas que você teve com Banks?" Colton prosseguiu.- "Eu queria que ele permanecesse focado em mim, não em Blair" Spencer respondeu, ainda mantendo os olhos na ruiva.Blair estava surpresa demais para conseguir dizer algo. Tudo que sua mente conseguia reproduzir eram imagens de Ethan. O sorriso dele, as manias, o ros
Ainda naquele dia, o carro de luxo foi estacionado em frente ao departamento de polícia sem preâmbulos. Era final de dia, e o sol se punha atrás dos arranha-céus de Las Vegas com graciosidade.Blair desceu do carro, levando consigo sua bolsa, e adentrou o prédio. Ela passou pela recepção, deixando um sorriso educado para a recepcionista. E enquanto a ruiva caminhava pelo corredor, era reconhecida pelas pessoas que ali trabalhavam. Sua beleza era um atrativo, mas sua presença, por si só, causava interesse.A ruiva bateu duas vezes contra a porta do inspetor Spencer quando a alcançou.- "Entre" ela o ouviu autorizar, e então entrou.Blair caminhou para dentro da sala desorganizada. Haviam sempre alguns papéis sobre a mesa, outros jogados no chão, e muitos dentro dos armários. Spencer era bom no que fazia, mas a única bagunça que ele dava-se ao trabalho de organizar era a que os criminosos faziam pela cidade.- "Me diga que tem boas notícias" Spencer pediu, recostando-se em sua cadeira p
O encaixe entre as reações era perfeito, tanto que eles mal podiam entender o quanto se completavam. Mas não precisavam entender, pois o entendimento eram os gemidos de satisfação que faziam o cérebro parar de pensar.Ela fechou os dedos ao redor dos fios de cabelo dele quando Ethan desceu os lábios para sua garganta, lambendo e beijando toda a extensão de pele aquecida.- "Aqui?" O homem perguntou, e Blair foi capaz apenas de negar com a cabeça.Ethan continuou descendo por seu corpo com beijos molhados. Suas mãos também desceram em direção ao meio das pernas dela. O homem absorvia para si os gemidos baixos, todos combinados com a sinfonia que o oceano tocava.- "Aqui?" Ele voltou a questionar.A mulher gemeu com a proximidade dele onde ela realmente o queria. Sua reação foi proporcional ao momento em que Ethan deslizou os dedos em sua intimidade. O toque era extremamente cuidadoso, pouco parecido com as coisas que Banks fazia. O dedo médio estimulava o ponto sensível dela, circuland