Blair Collins era uma mulher exuberante. Os longos fios ruivos em contraste com a pele clara lhe deixavam afrodisíaca, diferente de qualquer outra mulher. Os olhos azuis como o mar das Maldivas eram um atrativo, chamavam e clamavam por atenção. As pessoas se perguntavam se ela podia ser tão bonita e, sim, podia. Era impossível olhar uma única vez para ela, pois seus detalhes convidavam para uma avaliação.
Ao chegar no luxuoso hotel Bellagio, localizado na Strip, a limusine parou em frente ao carpete vermelho estendido diante da construção que mais parecia ser um palácio. O hotel inspirado na Itália seria sede do evento organizado para prestigiar Jean Keanu Collins pela direção de seu último filme, sucesso de bilheteria.
As luzes embaçaram a vista de Blair. Os holofotes voltados para a frente do prédio lhe davam o ar que somente uma construção em Las Vegas teria. Também haviam dezenas de fotógrafos para prestigiar o mais novo querido da América, Jean. Contudo, os seguranças do local garantiram que todos entrassem a salvo do aglomerado de pessoas sedentas por uma dúzia de palavras.
A mulher usava um vestido vermelho. Sem dúvidas, aquela era sua cor. O tecido fino abraçava seu corpo curvilíneo até a cintura, depois se desprendia e caia aos pés como uma nuvem sanguinária. As alças do vestido eram feitas de cristais e chamavam atenção por si só. No entanto, o que cativou os homens do local assim que a viram foi o decote ousado.
Ao seu lado, nada menos do que perfeito, seu amigo Drake vestia um smoking e parecia o parceiro ideal. Seu pai estava bonito, como todos o conheciam; impecável.
Blair acompanhara seu pai no evento que parou Las Vegas por muitos motivos, o principal deles era para conhecer a elite local, se misturar e fazer laços. Como seu chefe havia dito, a melhor maneira de alcançar aquelas pessoas seria sendo como elas. Aquela era a primeira parte do plano de Spencer; conhecer o território.
O trio, assim que passou pelas grandes portas do Bellagio, tornou-se o centro das atenções. Aquele era um baile de máscaras, mas isso não impediu as pessoas de desviarem seus olhos para a Srta. Collins quando ela passou. Seus passos eram lentos e acompanhavam a música clássica ao redor do salão. Havia um enorme lustre acima de suas cabeças e, ainda assim, ela se tornara o brilho da noite.
A maioria das pessoas usava uma máscara preta em seus rostos. Porém, assim como o vestido, a máscara de Blair era vermelha, e isso era capaz de deixar a mulher ainda mais atraente.
O local exalava dinheiro, muito dinheiro. Todas as pessoas ali pareciam douradas, uma mais poderosa do que a outra. As taças nas mãos graciosas, os saltos milionários, os ternos sob medida, as joias expostas; a forma como a fortuna parecia algo comum era gritante.
- "Jean" uma voz feminina chamou, e os três se viraram para encarar Deana Reys, a protagonista do filme de Jean.
Ela era uma loira alta, alguns diziam que seria a substituta perfeita de Cameron Diaz. Deana parecia ainda mais elegante em seu vestido, um Prada na cor azul.
- "Deana, querida. Esta é minha filha, Blair" Jean as apresentou.
O olhar da loira não pôde ser notado, contudo, seu sorriso indiferente a denunciou; Deana não gostou da ruiva. Blair olhou para Drake, seu amigo, de uma forma que ele entendia bem. Ela odiava a ideia de fingir adorar tudo aquilo, mas o fazia por um bem maior.
- "É um prazer"
- "Igualmente"
- "Jean, vamos deixar você ter seu momento. Voltamos em cinco minutos" Drake disse, já segurando a mão de Blair e a guiando para um canto menos ovacionado do salão.
Ele sabia, melhor do que qualquer outra pessoa, que tudo aquilo era um gatilho emocional para Blair. Ver seu pai ser tratado com tanta ternura, sendo que apenas ela conhecera seu passado, era desgastante. Como se ambos estivessem usando máscaras, e não apenas como apetrechos.
Blair e Drake moravam juntos há vários anos, desde que se conheceram em Filadélfia. Desde então, moraram em vários Estados, sempre fugindo de problemas antigos ou arranjando novos. De uma maneira ou de outra, estavam sempre juntos.
- "Você vai ficar bem?" Drake perguntou.
Ele queria ter um momento de privacidade, mas sabia que seria quase impossível. Muitas pessoas os olhavam, discretamente, admirando a beleza inacreditável do casal. Se todos não soubessem que Deana era a protagonista do filme, certamente diriam que Blair era.
- "Sim, eu apenas... não acredito que concordei em vir" ela respondeu, olhando ao redor do salão.
O dinheiro de seu pai falava mais alto, comprava o amor daquelas pessoas e, no fundo, se soubessem quem ele realmente era, não ligariam. Uma coisa a se aprender sobre Vegas era que o poder estava acima de tudo.
- "Mas estamos aqui agora, e surtar não seria bom" o amigo alertou.
Drake carregava uma áurea tranquila que sempre fizera Blair buscar conforto nele. Sua beleza exterior era um colírio para a vista, contudo, não era apenas o olhar esverdeado ou o cabelo castanho dourado que encantavam ela. Eram seu amor e generosidade.
- "Eu odeio a..." ela começou, porém foi obrigada a interromper-se quando um homem se aproximou.
Ele usava um terno azulado e máscara da mesma cor, e isso combinava perfeitamente com seus olhos claros. Seus passos eram graciosos, mas não negavam o quão inflado o ego do homem poderia ser.
- "Olá" sua voz era melódica, lembrava um bom locutor de rádio.
- "Oi" Blair não se importou em parecer indelicada, ou pouco interessada.
Já era ruim suficiente ter que fingir ao lado de seu pai, só para não parecer uma filha rebelde, ou ter que manter a compostura quando, na verdade, estava naquele salão de festas luxuoso para fazer média com seu chefe.
- "Eu sou Justin, mas suponho que vocês saibam" o homem disse de maneira presunçosa, mas era o que a fama hollywoodiana fizera com Justin Clark. Afinal, ele estrelou o filme ao lado de Deana.
Aquela noite parecia ideal para se aproximar da ruiva mais cativante da festa e conseguir mais uma mulher para sua lista de conquistas. Em seu íntimo, Justin sabia que ela estaria no topo da lista.
- "Não, desculpe" ela não se importou em expressar o tédio por trás de sua fala.
- "Ele está no filme com Deana. Meus parabéns, inclusive" Drake estendeu a mão para Justin. Ao contrário da amiga, ele sempre queria mostrar o melhor de si para todos. Quanto mais pessoas gostassem de sua personalidade, melhor.
- "Obrigado, cara. Você gostou do filme?" Justin falara com Drake, mas seu rosto estava voltado para a mulher.
A forma como a seda abraçava seus seios era uma tentação, e o homem estava disposto a insistir até conseguir amanhecer com aquele vestido no chão de seu quarto.
Antes, Justin estava emprestando sua atenção a um grupo de moças no canto do salão. Enquanto bebia doses lentas de sua taça, ele pensava em qual das beldades iria levar para casa, no fim da noite. E quando finalmente se interessou por uma loira de lábios esculpidos, ele avistou Blair entrando no evento como se fosse dona do mundo inteiro. Então ele percebeu que nenhuma das mulheres ao seu redor seria comparável.
- "Dizem que vai ganhar o Oscar" foi o palpite de Drake.
- "Bem, eu não vi o filme. Não posso opinar. Agora, vou deixar os rapazes por um momento. Até breve" Blair olhou para seu amigo, depois para o par de olhos azuis que ela sabia decifrar bem. Bonito, alto, rico e egocêntrico como um deus.
- "Eu espero você, linda" Drake disse, propositalmente.
As pessoas sempre pensavam que ele e Blair tinham um caso, ou teriam no futuro. Mas, para ambos, aquela era apenas uma amizade de valor inestimável. Ele seria o que ela precisasse e, naquele momento, ela precisava de alguém para dispersar Justin.
No momento em que se afastou, sentindo o peito comprimido de uma dor que ela não podia explicar, um grupo de mulheres se aproximou de Drake e Justin. Afinal, um par solitário de homens elegantes era um prêmio bom demais para se ignorar.
A dor de Blair vinha do fato de que ela conhecia as pessoas. Ela sabia que todos iriam lhe amar por sua beleza, sua fortuna ou posição social. E aquilo era suficiente para seu pai, que aproveitava o melhor de sua nova vida. Mas, para ela, o dinheiro não cobriria metade de seus problemas. Ela precisava ser coisas demais, para pessoas demais.
Ela andou pelo salão em busca de uma rota de escape. As mesas eram cobertas por toalhas brancas e jarros de lírios, tornando o ambiente mais límpido possível. Era quase como uma piada interna, pois ela sabia que seu pai jamais seria límpido.
Quando encontrou o conjunto de elevadores, cada um direcionado para uma parte diferente do prédio, Blair não hesitou em entrar. Ela olhou para trás, notando que algumas pessoas ainda lhe observavam. Internamente, amaldiçoou e culpou o vestido vermelho. Todavia, o que ela não sabia era que o vestido não era o único culpado pela atenção que recebia.
A ruiva subiu até o penúltimo andar do Bellagio. O hotel estava livre de hospedes, pois sua única função seria receber Jean Collins, como se fosse a pessoa mais importante do mundo. E, em partes, no mundo cinematográfico, ele era.
Ela andou pelo corredor largo e elegante, procurando por um lugar onde poderia desabar. Blair notou que aquele andar tinha apenas quatro suítes, apesar do tamanho fascinante. Assim era aquela construção, como muitas outras em Las Vegas. Grande, imponente, luxuosa e, acima de tudo, confortável. Vegas foi feita para agradar.
A ruiva escolheu a segunda suíte do corredor e girou a maçaneta dourada, torcendo para que estivesse aberta. E estava.
Mas, para sua surpresa e desconforto, não estava vazia. Uma loira estava encostada na parede, segurando uma taça com líquido borbulhante. Ela estava livre de seu vestido, usando apenas uma lingerie proporcional para o corpo magro, uma máscara escura e saltos agulha. Do outro lado do quarto, desatando o nó da gravata borboleta, um homem se aproximava da loira.
Blair entendeu o que estava pestes a acontecer e se apressou para fechar a porta e abandonar o andar.
Ela torceu para que não tivessem notado sua presença, mas decidiu não permanecer para tirar a prova real. Blair correu para o elevador tão rápido quanto seus saltos permitiam e teclou o painel de maneira nervosa, dando-se por vencida. Aquele não seria o momento ideal para fazer um intervalo antes de encarar a perfeita vida de Jean Collins.
Blair retirou a máscara de seu rosto ao terminar de teclar o painel. Era sua maneira simplista de demonstrar para si mesma que não precisava fingir, não naquele instante.
Contudo, por uma obra travessa do destino, ela viu quando o homem saiu do quarto e caminhou em passos longos até o elevador. Era um homem muito alto, com o porte físico forte e ombros largos. Seu smoking parecia perfeitamente alinhado, exceto pelos três botões abertos.
E, ao contrário do que ela esperava, ele teve tempo para esticar a mão e impedir que as portas de aço se fechassem. Então o nervosismo a abraçou novamente.A primeira coisa a ser sentida por ela foi o perfume do homem. Era como se seu olfato fosse desenvolvido apenas para aquele aroma. Forte, másculo e viciante. Não era só o perfume; aquela sensualidade não poderia ser encontrada em um frasco de vidro. Grande parte da atração que aquele cheiro espalhava era a persona do homem, em si.Ela não via seu rosto coberto pela máscara cinza, mas o sentia na pele como se emanasse fogo. O homem era alto e forte, cada parte de seu corpo preenchia o smoking negro de maneira estratégica.A máscara acima dos lábios desenhados, do nariz perfeitamente alinhado e da mandíbula marcada levava mistério ao homem, como um cavaleiro negro.E sob aquela névoa estavam olhos azuis esverdeados. A ruiva sabia que precisaria de muito tempo olhando para eles até decidir se eram verdes ou azuis, mas também sabia que
Era um sábado chuvoso em toda Las Vegas e, no banco traseiro do carro, Blair analisava a paisagem que se desenrolava através da janela. Seus pensamentos estavam dispersos, percorrendo um passado não muito recente.- "A noite foi uma loucura" Drake comentou.Ele estava usando óculos escuros para esconder as olheiras após passar grande parte da noite bebendo com sua amiga. Depois do evento, eles voltaram para o apartamento onde moravam e abriram algumas garrafas de um bom vinho.- "Com certeza" Blair concordou, imediatamente se lembrando do encontro com certo cavaleiro no elevador.Ela ainda não era capaz de acreditar que aquele homem havia lhe seduzido a ponto de avançar sobre ele. O que a confortava era a ideia de que não ver-se-iam novamente, pois a maioria das pessoas presentes no evento da noite anterior moravam em Los Angeles, não em Vegas.- "Nunca mais vou beber" Drake se aconchegou no banco traseiro do Bentley ao murmurar, feliz pelos mimos que o pai de Blair lhes oferecia. Na
Naquele momento, o mundo de Blair deixou de girar e saiu de órbita. Dentre todas as pessoas na festa, todos os homens, todos os rostos, ela havia encontrado Ethan Banks, o nome na lista negra de Spencer. Ela não sabia como reagir, e pareceu esquecer-se de respirar também. Não se tratava apenas de um possível criminoso sendo investigado, mas sim do homem mais atraente que seus olhos tiveram o prazer de ver.- "Bem, eu poderia começar pegando leve. Mas você conhece essas garotas, elas querem saber se você está disponível" o apresentador brincou, e a sombra de um sorriso pouco sincero cruzou o rosto de Ethan.- "Isso pode ser discutido" foi sua resposta.A voz do homem foi como um sopro de vida em Blair, mesmo não pessoalmente. Grave e rouca, aquela era a definição do som que mais parecia sair de um trovão do que de cordas vocais. E, mais uma vez, a plateia explodiu em gritos.- "Felizes, meninas?" Jimmy estendeu os braços como se tivesse acabado de entregar uma conquista para as moças.
- "Não acredito que vamos para o tapete vermelho novamente" Drake murmurou em um gritinho, mal escondendo a alegria que sentia naquele dia.Após receberem uma cesta de café da manhã enviada por Jean, ambos haviam feito uma confortável viagem até Los Angeles. O ponto crucial fora o jatinho fretado pelo Sr. Collins para que a filha dispusesse de todo conforto possível. A intenção era envolver Blair até que seus pensamentos pudessem girar em torno do homem que o pai era, e não do homem que foi.- "Você combina com essa vida" Blair respondeu enquanto deslizava os dedos pelo cetim do vestido que usaria na noite.Era uma peça imponente, em um tom de vermelho muito próximo dos fios acobreados em seu cabelo. Diferente do anterior, o vestido não era ousado. De mangas longas, comprimento recatado e frente fechada, o modelo Dolce&Gabbana parecia perfeito para a ocasião. Seu único detalhe relevante, para além da costura bordada, era a longa abertura nas costas.- "Concordo"Drake apreciou a vista
Sede dos filmes mais aclamados pelo mundo cinematográfico, a cidade dos anjos era mais um ambiente de fingimento e atuação do que de prazer. Os locais, por mais luxuosos e elegantes, não exalavam dinheiro como Vegas. E nem deveriam. Para Los Angeles, o legado de Hollywood era suficiente.Os eventos eram, também, um momento adequado para reafirmar laços de influência e mostrar ao mundo que, para além do dinheiro, os convidados tinham contatos. Era um acordo confidencial entre as estrelas americanas; estar no topo e ajudar quem estava no topo a permanecer.No banco de trás da limusine, Jean, Drake e Blair esperavam do lado de fora do Roosevelt. Um dos hotéis mais famosos entre as estrelas do tapete vermelho. A princípio, seria apenas um jantar entre o elenco que compunha o filme, mas acabara se tornando motivo para uma pequena aglomeração de fotógrafos.- "Você está bem famoso" Drake sorriu para Jean.- "Parece que sim" o homem mais velho olhou para fora, vendo todas aquelas pessoas ido
A máscara lhe dava a aparência sombria que exalava, porém apenas o terno preto era capaz de fazer a mesma coisa. O olhar da mulher desceu para as mãos do homem, torcendo para não parecer sentir falta do aperto ao redor de sua garganta. Mas ele percebeu, sempre percebia.E quando seus olhares se encontraram, de um tom de azul para o outro, foi como uma implosão. A mulher se perguntou como vivera vinte e três anos sem experimentar aquela sensação. Ela se sentia amarrada sem cordas, silenciada com palavras nos lábios, ressuscitada pela morte. Era como se o que houvesse de obscuro nele desse luz à ela.Custou muito esforço para Blair conseguir esconder as raízes do medo se infiltrando em seu corpo. Se aquele homem realmente fossem quem Spencer dizia, ela não devia se aproximar daquela forma, naquela intensidade.Para Ethan, o encontro de olhares valera mais do que qualquer encontro de corpos. Era como se ele fosse um livro aberto àqueles olhos, sendo lido parte por parte. O homem se aprox
Quando Ethan pegou o microfone, os ruídos ao redor do salão cessaram. As pessoas queriam o ouvir e esforçavam-se para tal. Sua voz trovoou, fazendo Blair prender a respiração e lembrar-se de momentos antes, quando aquele tom era usado para dizer que ele a queria. Ele começou a discursar com facilidade, como se tivesse passado a vida toda fazendo aquilo.As palavras do homem sobre o palco acabaram em poucos minutos. Ele não precisava ser prolixo para expressar tudo que desejava. A economia de gestos e ações era parte da névoa misteriosa que o envolvia. E quando a música clássica recomeçou, o prato principal foi servido pelos garçons ao longo do salão. Nada menos que exímio.- "Vamos falar com alguns conhecidos. Você nos acompanharia, Jean? Essas pessoas são fãs do seu trabalho" a mulher, Sra. Clark, convidou.- "Claro, seria um prazer" Jean se levantou e olhou para a filha. Buscou algum indício de que ela o queria ali, mas não encontrou.- "Blair, Drake" e com um aceno de cabeça, ele s
Blair acordara na manhã seguinte pensando em como amava o lugar, mas odiava a forma como tudo e todos acordavam tão cedo. Ela se preparava para voltar a Las Vegas quando a porta do seu quarto foi aberta. Apenas Drake tinha o cartão de acesso para destravar a porta, então ela não deu-se ao trabalho de olhar para ver quem entrara.- "Eu estou destruído" o homem se jogou sobre a cama desalinhada e soltou um suspiro de alívio.Blair estava no banheiro, arrumando seus pertences antes da viagem de volta. Ela apareceu na porta e olhou para seu amigo amarrotado, cheirando à bebida e mulher cara.- "Noite agitada?" ela perguntou enquanto escovava as longas madeixas de seu cabelo.- "Não me lembro da metade" Drake confessou.Após a conversa mais do que íntima com Ethan, Blair foi incapaz de continuar naquele ambiente. Ela sentia que perderia as faculdades mentais a qualquer minuto. Com uma desculpa qualquer, ela se retirou para seus aposentos e derivou em um merecido sono. O que ela não esperav