Valentina parou em frente ao prédio onde ficava a sede da Aslan S.A., olhou ao redor, era imenso, podia muito bem caber 5 prédios do que ela morava dentro daquele. Enquanto olhava para cima embasbacada de como era alto o prédio que estava prestes a entrar, quase bateu nas portas de vidro. Assustada, ela olhou para o lado vendo de relance uma moça rindo e apontando para uma colega que também começou a rir dela.
Ela engole seu orgulho, se ajeitando, entra no prédio seguindo para a recepção. Assim que fica em frente a recepção da empresa, finalmente a recepcionista a olha como se questionasse o que uma jovem estava fazendo ali.
— Eu vim para uma entrevista com o senhor Aslan. —- Assim que as palavras saem de sua boca, Valentina presencia a expressão da mulher passar de hmm desembucha logo que quero ficar livre de você para O que foi mesmo o que você disse?
A recepcionista mesmo estranhando telefona para a secretária do CEO com a testa franzida, que para sua incredulidade confirma que o CEO estava esperando uma mulher para a entrevista, elas passaram alguns minutos conversando amenidades como se Valentina não estivesse ali. Impaciente com a falta de respeito, Valentina pigarreia. Com cara de poucos amigos, a recepcionista desligou o telefone, contrariada pega um crachá de liberação e entrega para Valentina dizendo:
— Aqui está sua liberação. Os elevadores ficam no fim do corredor. A sala do CEO é no andar 45.
Com indiferença, voltando aos seus afazeres como se Valentina não estivesse mais a sua frente.
Ela segue as instruções da metida e esnobe recepcionista que continuava pregada no telefone, mesmo um pouco atrapalhada, chama o elevador que não demora nem um minuto.
“Eu tenho que conseguir esse emprego!” Pensou consigo mesma à medida que o elevador subia os andares. Valentina nunca tinha ido tão alto em um prédio em toda a sua vida, aquela seria sua primeira vez. “Que Deus me ajude!” Pensou enquanto isso olhava pelas vidraças do elevador panorâmico ele se afastar cada vez mais do chão
O elevador para abrindo direto na recepção do CEO, Valentina ainda sem saber como agir, observava tudo ao seu redor, os móveis, as paredes, tudo era lindo e maravilhoso, até mesmo parecia que ela tinha entrado em um filme de tão perfeito que era tudo naquela sala. Arrumando toda coragem que tinha, ela sai do elevador indo vacilante até a secretaria.
“Será que ela é mesmo a secretária do todo poderoso CEO? Está mais parecendo uma modelo em roupas de grife!” Se perguntou ao chegar mais perto e perceber o quanto a mulher era elegante e bonita.
— Bom dia.
— Bom dia, senhorita Valentina. Seja bem-vinda. O CEO já vai recebê-la — disse educadamente. Valentina pisca atônita com tamanha educação, muito diferente da enjoada da recepcionista. Ela se sentou na poltrona que havia em frente a mesa da secretária, aguardando o dito cujo do CEO da empresa, enquanto esperava voltou a observar o andar em que estava, era tudo muito assimétrico e minimalista, tendo pouca decoração, realmente havia ali um toque masculino.
A secretária telefonou para algum lugar enquanto não era atendida, dedilhava com delicadeza os dedos de sua mão esquerda em cima da mesa, demonstrando estar ansiosa. Valentina sem saber direito o que fazer voltou sua atenção à decoração.
— Senhor Aslan, a senhorita Valentina está à sua espera. — Anne disse assim que a ligação foi atendida, permaneceu em silêncio, por um minuto enquanto escutava o retorno do CEO. — Sim, senhor. Eu a informarei.
A recepcionista desligou o telefone, olhou para Valentina que a encarava com um misto de curiosidade e medo.
— Você pode entrar na primeira sala à esquerda, espero que consiga o emprego. — A secretária disse com um sorriso pequeno nos lábios.
Valentina se levantou da poltrona com as pernas bambas, ela nunca tinha feito uma entrevista de emprego na vida. O nervosismo a corroía de dentro para fora, contudo, ela tinha que aguentar firme para o seu próprio bem.
— Obrigada! — Valentina murmurou à medida que dava passos vacilantes na direção indicada pela secretária.
Assim que Valentina entra na sala, que estava com a porta aberta, o CEO a estava esperando, ela pôde sentir seu olhar crítico sobre ela, sentia como se fosse uma presa prestes a ser abatida, seu coração acelerou em antecipação.
— Pode se sentar. — Aslan afirmou com um tom sério, apontou para uma cadeira em frente a sua mesa. Valentina um tanto nervosa, com as mãos suando coladas em seu corpo, pois não sabia onde colocá-las, se sentou na cadeira olhando diretamente para o CEO que graças aos céus não a olhava naquele instante.
Aslan abriu sua gaveta, já impaciente, pegando a pasta em que estava o currículo da candidata a babá de seu filho. Colocou-a em cima da mesa, abrindo como se não importasse com Valentina na sua frente. Ele passou os olhos pelo currículo fazendo uma leitura dinâmica, parou na idade da mulher que estava na sua frente, olhou para o papel e para Valentina uma e outra vez, ele tentava entender o motivo de a mulher a sua frente aparentar ser mais jovem do que estava escrito no papel.
— Valentina… pelo que olhei em seu currículo você é formada em primeiros socorros — Aslan começa se amaldiçoando por hesitar no começo. Ele estava acostumado com entrevistas de babás, seu filho era um pestinha que não conseguia parar com nenhuma babá, então acabará se acostumando às entrevistas, mas foi pego de surpresa com aquela beldade entrando em seu escritório. Anne havia lhe informado que uma candidata a babá viria no próximo dia. Aslan nem se deu ao trabalho de perguntar qual era a idade de Valentina, somente pegara o currículo enfiando na gaveta.
— Sim, eu sou formada em primeiros socorros além de estar cursando pedagogia e amar crianças. — Valentina afirma enquanto estufa o peito orgulhosa de seus feitos, também não perderia a oportunidade de demonstrar que não era qualquer uma na fila do pão. Ela tinha percebido os olhares julgadores do CEO. Valentina podia ser nova mas não era boba.
“O que uma jovem que tem uma vida pela frente quer cuidar de crianças melequentas?” Aslan pensou à medida que analisava criticamente a vestimenta da candidata. Valentina vestia uma camisa de malha branca de manga, anteriormente ele pode ver que usava uma calça jeans azul escuro e um sapato ALL STAR branco, ela não usava nenhuma joia, o que o fez questionar em pensamentos o porquê.
— Sim, eu pude perceber ao analisar seu currículo. — Aslan mentiu, ele não tinha analisado o currículo de Valentina, mas não podia deixar a peteca cair a essa altura do campeonato. Ele passou os olhos, mais uma vez, pelo currículo, concentrado, com a testa franzida, procurava algum empecilho que pudesse ir contra o que ele buscava em uma babá, contudo, não encontrou. — Pelo que pude ver está tudo ok com seu currículo, mas eu gostaria de saber de você o que não faz de forma nenhuma?
— Eu não faço comida e não arrumo casa. — Valentina afirmou impondo limites, ela sabia muito bem que teria que pôr limites logo de começo senão logo estaria fazendo o que não era da sua ossada. Aslan simplesmente concordou com um aceno de cabeça.
— Tem mais alguma coisa que não faça? — Ele perguntou para se certificar que era somente aquilo.
— Não, é só isso mesmo. — Valentina respondeu com um sorriso tímido.
— Até sexta-feira daremos um retorno se você passou. — Aslan disse finalizando a entrevista de emprego.
Valentina se levanta da cadeira tremendo pela adrenalina liberada em seu corpo durante a entrevista que foi rápida e desgastante para ela, graças aos céus ela achou que se saíra bem, apesar de o seu futuro chefe ter uma carranca, caminhou em direção a saída do escritório com seus pensamentos tumultuados.
“Que Deus me ajude e tenha conseguido esse emprego!” Valentina pensou enquanto o elevador se aproximava cada vez mais do chão. Ela teria uma semana para se preparar tanto para uma resposta negativa quanto para a que esperava que viesse, que ela teria sido escolhida no emprego, apesar de não ser o trabalho dos seus sonhos, era o que pagaria seu aluguel, assim impedindo que fosse despejada.
Aslan sentado em sua cadeira, ainda estava com o currículo de Valentina em mãos, ele não gostou nenhum pouco do que sentira assim que a viu, jogou com raiva o currículo um pouco amassado de volta na gaveta. Bufou estressado e gritou chamando a secretária. Ela até estranha a atitude dele, pois nunca a tinha tratado assim antes.
— Sim, senhor. — Anne disse entrando no escritório surpresa pela forma que Aslan a tratou.
— Traga-me algo para dor de cabeça. — Aslan rosna dando as costas para a secretária.
Capítulo 2Aslan escutou o toque irritante de seu telefone, o que contribuiu para sua cabeça doer mais.“Acho que minha secretária foi fazer o remédio, mas que demora dos infernos!” Ele pensou com raiva. Assim que pegou o celular percebeu que era seu amigo Tomás, aquele bobalhão não trabalhava e não o deixava trabalhar também.— Fala, peste! — Aslan disse ríspido, apertando as têmporas que doíam. — Qual foi o bicho que te mordeu hoje? — A voz de Tomás soou estridente pelo celular. — Se apronte para sair. Vamos a uma cafeteria aqui perto. Estou faminto!Tomás desligou a ligação antes que Aslan pudesse lhe dizer que não iria a lugar algum com seu amigo. Aquilo havia o deixado encucado. Ele escutou batidas na porta, sem nenhuma paciência mandou que a pessoa entrasse. — Aqui está o remédio que pediu, senhor. — Anne entrou já informando o motivo de estar ali. A testa de Aslan franzida, o cenho fechado causado pelo mal humor acentuado pela dor de cabeça. Ele tomou o remédio, fechou os olh
Capítulo 3Valentina andava ao lado de seu irmão, Nicolas, que tinha seu braço sobre seus ombros. Ela não conseguia parar de pensar na entrevista e em como seu futuro chefe era um arrogante e ranzinza.— Sabe de uma coisa, irmão, sinto que vou conseguir esse emprego. — Valentina disse com confiança, andando devagar a caminho do ponto de ônibus.— Você já conseguiu, maninha. — Nicolas afirmou bagunçando o cabelo de sua irmã. Valentina fechou o cenho com raiva de Nicolas por ter bagunçado seu cabelo.— Peste dos infernos! Já te falei pra não bagunçar meu cabelo. — Valentina disse enfezada com seu irmão. Nicolas sai correndo feito criança com medo de apanhar. — Volta aqui seu louco. Não vou te bater. — Humm sei! — Ele gritou, desconfiado, já quase no fim do quarteirão.— É sério! — Ela disse batendo o pé no chão, cruzando os braços.— Confia no santo e não reza! — Nicolas afirmou sabendo bem que Valentina estava mentindo somente para que ele se aproximasse para que ela lhe batesse. — E
Capítulo 4 Tomás, sentado em sua cadeira, pensava em como ajudaria seu amigo a resolver seu problema de estresse, ele trabalhava em alguns projetos de seu departamento, o computador estava a sua frente com gráficos que não acabavam mais, entretanto, sua mente estava longe, seus pensamentos fervilhavam em vários situações hipotéticas. “E se eu levá-lo a um bar?” Tomás pensou animado por ter conseguido pensar em uma saída para o problema de seu amigo. Ele pegou o celular de cima da mesa e mandou uma mensagem para Aslan. Tómas Vamos sair hoje depois do trabalho! 14:30 Aslan Vá trabalhar! E não vamos sair! 14:40 Tomás E eu te perguntei alguma coisa? Estava te avisando. 14:41 Aslan E quem te disse que quero sair? Sai do celular e vai trabalhar. Isso é uma ordem. 14:45 Tomás Eu que disse! Ok! 14:46 Tomás voltou a se concentrar em seu trabalho com um sorriso nos lábios, enquanto analisava os gráficos escutava uma música de concentração. *** Aslan se encontrava em
Capítulo 5— Maninhaaaaaa!!! — Tomás disse assim que abriu a porta — Aslan, Felícia chegou é hora de irmos. Tomás concluiu, saindo da frente da porta para que sua irmã pudesse entrar na casa, ele se encontrava muito animado para ter uma noite de bebedeira com Aslan, já fazia muito tempo que não tinham uma noite de amigos, era o que seu amigo praticamente irmão precisava. — É muito bom te ver Aslan. — Felicia disse dando um abraço no CEO, os três foram criados juntos desde a infância, não eram irmãos de sangue, mas irmãos que a vida tratou de unir. Tomás andou em direção a sala, se aproximou do sofá onde Felipe estava sentado vendo tv.— E ai, campeão? — Tomás disse se agachando para ficar da mesma altura de Felipe. — Eu e seu pai vamos sair hoje. Felipe se encolheu no sofá, um tanto triste de não poder passar a noite com seu pai.— Você vai ficar com a Tia Felícia. — Tomás disse ao perceber que o garoto ficara triste com a notícia que o pai não ficaria com ele naquela noite. Ele s
Capítulo 6 Valentina parou diante da mansão de Aslan, era imensa,para ela mais parecia um castelo do que uma casa, realmente digna do dono de um império de tecnologia. Com as pernas doendo de tanto que andou pelo condomínio, ela percorreu todo o passeio chegando à imponente e enorme porta de madeira maciça, tocou a campainha esperando que fosse atendida. A enorme porta foi aberta, uma mulher por volta de sessenta anos apareceu com um sorriso tímido no rosto, ela vestia seu uniforme de governanta. — Valentina, entre pelas portas dos fundos, os funcionários não entram por aqui. — A mulher sussurrou gentilmente fechando a porta logo em seguida antes que Valentina pudesse dizer alguma coisa. Ela percorre todo o quarteirão dando a volta na casa, pois a entrada de funcionários era nos fundos da casa, e não tinha passagem pela frente. Suada, cansada e esbaforida de tanto andar, Valentina finalmente tinha chegado à famigerada entrada dos funcionários, ela estava diante de uma porta d
Capítulo 7Felipe entrou em casa correndo como sempre fazia depois de voltar da escola, subiu as escadas na mesma velocidade em que entrou em casa, seguindo para o seu quarto, cuidou de sua higiene pessoal, saiu do banheiro com os cabelos molhados pingando água em sua blusa de um super herói muito famoso entre as crianças cujo Valentina não sabia o nome.Valentina que estava distraída esperando que o garoto saísse do banheiro para que se apresentasse ficou boquiaberta quando percebeu que o garoto era um xerox de Aslan. — Quem é você? — Felipe perguntou tentando entender o porque tinha uma mulher sentada em sua cama, o pequeno a observou, ela não usava uniforme de empregada, ele se preparou para sair correndo, pois estava com medo da mulher que o encarava como se estivesse vendo um fantasma.— Sou Valentina, sua nova babá! — Valentina disse em um tom doce antes que o menino saísse correndo do quarto. Emburrado, com raiva, e triste por seu pai não pensar nele um minuto sequer, além, é
Capítulo 8 Aslan caminhava no meio do campo de golfe, Tomás estava em seu encalço falando igual um gárrulo coisas que não eram nenhum pouco importantes. Cada um tinha seu caddie que carregava seus equipamentos com tacos e bolas de golfe. Ele decidiu ir ao clube de golfe que era associado pois não estava conseguindo se concentrar no trabalho, sua mente sempre desviava-se para Valentina. “Essa mulher é uma maldição!” Aslan pensou enquanto balançava a cabeça para os lados, precisava se distrair e não pensar mais na babá de seu filho. Uma leve dor de cabeça começara o afligir. Aslan fechou o cenho, se virou para trás. — Pare agora de falar! — Aslan rugiu assustando Tomás que estancou no lugar. — Sabe o que voc… — Tomás foi interrompido por um simples olhar que Aslan lhe lançou. — Preciso de silêncio. — Aslan vociferou voltando sua atenção ao campo calmo. — Por isso viemos aqui. Ele respirou fundo e abriu os braços os flexionando. Aslan sentia algo que nunca experimentara em toda a
Capítulo 9 Aslan levantou-se da beirada da cama, ele trajava somente um short de algodão azul escuro, exibindo seu torso musculoso, seguiu para as escadas, descendo-as com cuidado para não fazer muito barulho. Assim que entrou na sala de estar, ele pôde ver Valentina deitada no sofá dormindo em um sono profundo. “O que farei com você?” Aslan pensou parando de frente ao sofá em que a babá de seu filho dormia. Ele a pegou no colo com cuidado para que não acordasse. Como reflexo Valentina se aconchegou em seu torso quente, como consequência o coração dele acelerou. Sem saber como reagir a essa reação de seu corpo que julgou ser involuntária tratou de subir as escadas levando a babá de seu filho para um das dezenas de quartos de hóspedes. Seus pensamentos estavam tumultuados por sentimentos que nunca sentira antes e muito menos sabia nomear. O CEO pôde observar aquela mulher que tanto o perturbava mais de perto à medida em que a carregava. Sua pele delicada e tão lisa, seus olhos qu