Capítulo 51Aslan corria pelo gramado com Felipe, chutando a bola de um lado para o outro, em um jogo de futebol improvisado. A energia do garoto parecia inesgotável, e Aslan, mesmo suado e ofegante, não podia deixar de sorrir ao ver Felipe tão feliz e livre.— Vai, Felipe! — Aslan gritou, encorajando o garoto enquanto ele corria em direção ao gol improvisado. — Você consegue!Felipe, com o rosto iluminado por um sorriso enorme, chutou a bola com força, mandando-a direto para dentro do gol. Ele ergueu os braços em comemoração, pulando de alegria.— GOOOOOOL! — ele gritou, imitando os narradores de futebol que tanto gostava de ouvir. — Eu ganhei, pai!Aslan riu, fingindo cair de cansaço no chão, exausto depois de tentar acompanhar a energia de Felipe.— Ah, não! — brincou ele. — Você é muito rápido para mim, campeão!Valentina assistia à cena da varanda, rindo e aplaudindo o desempenho de Felipe. Havia algo incrivelmente mágico em ver os dois juntos, em um momento tão puro e despreocup
Capítulo 52Tomás estava parado em frente à porta da casa de Alana, o coração batendo em um ritmo acelerado que ele raramente sentia. Embora ele fosse geralmente seguro de si, havia algo naquela noite que o deixava nervoso. Talvez fosse a expectativa de surpreendê-la, ou talvez a crescente conexão entre eles que tornava cada encontro ainda mais intenso. Ele ajustou a gola da camisa pela terceira vez, respirando fundo. "Calma, é só um jantar", pensou. Mas ele sabia que aquela noite prometia ser mais do que isso.O som da fechadura girando fez o estômago dele revirar de ansiedade. Quando a porta se abriu, lá estava ela — deslumbrante. Alana vestia um vestido simples, mas que caía perfeitamente em seu corpo. Seus cabelos soltos brilhavam sob a luz suave da varanda, e o sorriso que ela deu ao vê-lo quase fez Tomás perder o fôlego.— Você está linda. — As palavras escaparam dele antes que pudesse contê-las, sua voz mais suave do que ele planejava.Alana riu, um som que sempre o deixava rel
Capítulo 53Seis meses haviam se passado desde a captura de Agnes, e a vida de Aslan, Valentina e Felipe tinha lentamente encontrado um novo ritmo, marcado pela normalidade que tanto desejavam. Porém, hoje seria diferente. O peso do passado pairava sobre eles enquanto caminhavam até o fórum. Aquele era o dia do julgamento de Agnes — o último passo para fechar, de vez, o capítulo doloroso de suas vidas.Felipe apertava a mão de Aslan com força, o semblante sério e as feições jovens endurecidas por uma determinação rara para sua idade. Valentina, caminhando ao lado, oferecia-lhe um sorriso suave, tentando transmitir a ele a calma e a confiança que ela mesma lutava para manter. Sabiam que aquele seria um dia difícil, mas também sabiam que Felipe estava pronto para enfrentá-lo.— Vai dar tudo certo, Felipe — disse Valentina, apertando-lhe a outra mão com delicadeza. — Estamos aqui com você, o tempo todo.Ele assentiu, mas manteve os olhos fixos no chão, como se reunisse todas as suas forç
Capítulo 54De mãos dadas, Aslan e Valentina caminhavam em silêncio, aproveitando a tranquilidade do momento. Havia uma cumplicidade entre eles, uma sintonia tão profunda que as palavras se tornavam desnecessárias. Eles estavam a caminho de um parque ecológico. Um lugar onde podiam se desconectar do mundo, deixar para trás as preocupações, e simplesmente viver o presente, rodeados pela natureza.Valentina observava a paisagem passando pela janela do carro, os campos abertos se alternando com árvores imponentes, enquanto a brisa suave tocava seu rosto através da fresta da janela aberta. Ela fechou os olhos por um instante, absorvendo a sensação de liberdade que aquele passeio lhe trazia.— Eu adoro esse lugar — Ela disse, abrindo os olhos novamente, e sorrindo para Aslan.— Parece que o tempo desacelera aqui, não é?Aslan sorriu de volta, seu olhar carregado de carinho e admiração.— É exatamente o que eu estava pensando — respondeu ele, desviando brevemente o olhar da estrada para enc
Capítulo 55Aslan, concentrado, cortava fatias de pão crocante, enquanto Valentina, com sua leveza habitual, dispunha queijos, frutas e nozes em bandejas de madeira rústica. A sinergia entre eles era notável; não havia necessidade de muitas palavras, os gestos e olhares bastavam para que cada um soubesse o que o outro estava pensando.— Acho que está tudo pronto — disse Valentina, avaliando a mesa com uma expressão satisfeita. Ela deu um passo para trás, orgulhosa do resultado. — Nada muito extravagante, mas acho que vai agradar a todos.Aslan, que já tinha terminado sua parte, deu uma última olhada no que haviam preparado. Seu olhar se fixou por um instante em Valentina, admirando a maneira como ela orquestrava os detalhes, e um sorriso tranquilo surgiu em seus lábios. Ele se aproximou, repousando as mãos nos ombros dela e começando a fazer uma massagem leve.— Para uma reunião descontraída com a família, está mais do que perfeito. — Sua voz era um sussurro que trazia consigo um cari
EpílogoValentina estava em uma pequena cabana, a poucos metros do jardim, onde se preparava para o grande momento. A simplicidade de seu vestido contrastava com a complexidade de seus sentimentos. A renda delicada se moldava ao seu corpo, revelando sua silhueta com uma suavidade etérea. O véu, que caía como uma cascata de seda sobre seus ombros, era preso por uma coroa de flores brancas que Alana, sua madrinha e namorada de Tomás, cuidadosamente escolhera para ela.Enquanto Valentina olhava para o espelho, absorvia cada detalhe do reflexo à sua frente, tentando conter a mistura de nervosismo e antecipação que crescia em seu peito. Era um momento de paz antes da tempestade de emoções que sabia que a aguardava no altar. Seus olhos brilharam, e um sorriso suave surgiu em seus lábios, como se, de repente, tudo fizesse sentido.— Val... — Alana disse com um olhar emocionado. — Você está deslumbrante. Nunca te vi tão radiante.Valentina virou-se, rindo baixinho, e respondeu com um olhar af
Capítulo 1 Valentina parou em frente ao prédio onde ficava a sede da Aslan S.A., olhou ao redor, era imenso, podia muito bem caber 5 prédios do que ela morava dentro daquele. Enquanto olhava para cima embasbacada de como era alto o prédio que estava prestes a entrar, quase bateu nas portas de vidro. Assustada, ela olhou para o lado vendo de relance uma moça rindo e apontando para uma colega que também começou a rir dela. Ela engole seu orgulho, se ajeitando, entra no prédio seguindo para a recepção. Assim que fica em frente a recepção da empresa, finalmente a recepcionista a olha como se questionasse o que uma jovem estava fazendo ali. — Eu vim para uma entrevista com o senhor Aslan. —- Assim que as palavras saem de sua boca, Valentina presencia a expressão da mulher passar de hmm desembucha logo que quero ficar livre de você para O que foi mesmo o que você disse?A recepcionista mesmo estranhando telefona para a secretária do CEO com a testa franzida, que para sua incredulidade c
Capítulo 2Aslan escutou o toque irritante de seu telefone, o que contribuiu para sua cabeça doer mais.“Acho que minha secretária foi fazer o remédio, mas que demora dos infernos!” Ele pensou com raiva. Assim que pegou o celular percebeu que era seu amigo Tomás, aquele bobalhão não trabalhava e não o deixava trabalhar também.— Fala, peste! — Aslan disse ríspido, apertando as têmporas que doíam. — Qual foi o bicho que te mordeu hoje? — A voz de Tomás soou estridente pelo celular. — Se apronte para sair. Vamos a uma cafeteria aqui perto. Estou faminto!Tomás desligou a ligação antes que Aslan pudesse lhe dizer que não iria a lugar algum com seu amigo. Aquilo havia o deixado encucado. Ele escutou batidas na porta, sem nenhuma paciência mandou que a pessoa entrasse. — Aqui está o remédio que pediu, senhor. — Anne entrou já informando o motivo de estar ali. A testa de Aslan franzida, o cenho fechado causado pelo mal humor acentuado pela dor de cabeça. Ele tomou o remédio, fechou os olh