Capítulo 8 Aslan caminhava no meio do campo de golfe, Tomás estava em seu encalço falando igual um gárrulo coisas que não eram nenhum pouco importantes. Cada um tinha seu caddie que carregava seus equipamentos com tacos e bolas de golfe. Ele decidiu ir ao clube de golfe que era associado pois não estava conseguindo se concentrar no trabalho, sua mente sempre desviava-se para Valentina. “Essa mulher é uma maldição!” Aslan pensou enquanto balançava a cabeça para os lados, precisava se distrair e não pensar mais na babá de seu filho. Uma leve dor de cabeça começara o afligir. Aslan fechou o cenho, se virou para trás. — Pare agora de falar! — Aslan rugiu assustando Tomás que estancou no lugar. — Sabe o que voc… — Tomás foi interrompido por um simples olhar que Aslan lhe lançou. — Preciso de silêncio. — Aslan vociferou voltando sua atenção ao campo calmo. — Por isso viemos aqui. Ele respirou fundo e abriu os braços os flexionando. Aslan sentia algo que nunca experimentara em toda a
Capítulo 9 Aslan levantou-se da beirada da cama, ele trajava somente um short de algodão azul escuro, exibindo seu torso musculoso, seguiu para as escadas, descendo-as com cuidado para não fazer muito barulho. Assim que entrou na sala de estar, ele pôde ver Valentina deitada no sofá dormindo em um sono profundo. “O que farei com você?” Aslan pensou parando de frente ao sofá em que a babá de seu filho dormia. Ele a pegou no colo com cuidado para que não acordasse. Como reflexo Valentina se aconchegou em seu torso quente, como consequência o coração dele acelerou. Sem saber como reagir a essa reação de seu corpo que julgou ser involuntária tratou de subir as escadas levando a babá de seu filho para um das dezenas de quartos de hóspedes. Seus pensamentos estavam tumultuados por sentimentos que nunca sentira antes e muito menos sabia nomear. O CEO pôde observar aquela mulher que tanto o perturbava mais de perto à medida em que a carregava. Sua pele delicada e tão lisa, seus olhos qu
Capítulo 10 Valentina ajudou Felipe a preparar sua mochila para que ele pudesse ir para a escola, ela não conseguia parar de pensar que dormiu no quarto de hóspedes da casa, e que aquilo teria consequências. “Com certeza que ele não me puniu por conta de Felipe.” Valentina pensou enquanto olhava para a estante de livros do menino, imersa em pensamentos ela se assustou com a mão de Felipe em seu braço. — Vamos? — Felipe disse em pé à sua frente, com a mochila nas suas costas, ansioso por causa que teria alguém para levá-lo à escola. Desde que se lembrava, seu pai nunca o levou ou sequer comparecia às reuniões, tudo era resolvido por terceiros. Às vezes ele se sentia triste e solitário, principalmente com as babás anteriores. Valentina anuiu em concordância, pegou em sua mão direita seguindo para a porta da frente da casa. — Você vai gostar do Edmont. — Felipe disse sorridente enquanto percorriam o corredor dos quartos. — Quem é Edmont? — Valentina perguntou sem entender quem era
Capítulo 11 — Ella, traga um copo de água com açúcar. — Aslan vociferou para que a governanta que se encontrava estática no hall de entrada, ele entrou na sala colocando Valentina com cuidado no sofá, ele a observava com atenção, ternura e carinho. A governanta, que os seguiu, estava sem acreditar no tratamento que a nova funcionária recebia de Aslan. — O que faz parada aqui? — Com licença. — Ella disse seguindo para a cozinha buscar o copo de água que seu chefe havia lhe ordenado. Valentina tremia de medo, nunca em toda a sua vida tinha passado por uma situação dessa. Ela não conseguia olhar nos olhos de Aslan, se sentia suja, culpada por aquilo ter quase acontecido. — Vai ficar tudo bem. Já passou. — Aslan afirmou enquanto se sentava ao lado de Valentina a aconchegando em um abraço. Ella apareceu com o copo de água com açúcar, Aslan pegou-o da bandeja que a governanta segurava entregando para Valentina que o olhou questionando o que era. — Água com açúcar. — Ele disse com ca
Capítulo 12 Ao chegarem na escola ainda estava em horário de aula. Valentina estando preocupada em como iria buscar Felipe acabou por ter se precipitado ao pedir que Aslan a levasse a escola, não estava com cabeça para raciocinar, e agora ali estavam os dois dentro do carro na frente da escola aguardando que desse o horário da saída. — Felipe sai da escola às 11:15 da manhã. Tinha me esquecido por completo — Valentina constatou o óbvio. — Agora são 10:30. Podemos esperar. — Aslan disse frio, mesmo assim ela sentiu tranquilidade por estar ao lado de seu chefe. Depois que ele a salvou Valentina sentia segurança ao seu lado. Um silêncio sepulcral tomou conta do ambiente, Aslan não sabia o que dizer, muito menos Valentina que olhava pela janela, vendo as pessoas passarem pela rua. Foram os minutos mais longos de toda a sua vida. Tomás Preciso que volte para a empresa com urgência. Aslan ao ver a mensagem de seu amigo bloqueou o celular não respondendo, ele estava feliz e contente
Capítulo 13 Aslan entrou em casa estranhando o silêncio que ela se encontrava, mesmo temeroso de Valentina ter ido embora para casa, o que era o normal, contudo, ele não queria que ela fosse embora. A sala de estar estava com as luzes apagadas, indicando que tanto Valentina quanto Felipe não se encontravam ali. “Então é aí que vocês estão!” Aslan pensou passando em silêncio pela sala escura com passos firmes em direção a sala de jantar, pois havia visto uma fraca luz por debaixo da porta. Ao colocar a mão na maçaneta da porta escutou Valentina conversando com Felipe, sem pensar duas vezes ele abriu a porta. — Boa noite, pai — Felipe disse abrindo um sorriso enorme assim que Aslan entrou no cômodo. Valentina estava em pé ao lado esquerdo de Felipe, o CEO não gostou nenhum pouco de vê-la em pé esperando que Felipe terminasse de comer. — Já não disse para se sentar à mesa? — Aslan vociferou com o maxilar trincado, ignorando os cumprimentos de seu filho. Ele estava com raiva de ela nã
Capítulo 14Ao fechar a porta atrás de si, Valentina escutou seu celular tocando. Ela procurou o aparelho em sua bolsa que tinha praticamente tudo, demorando alguns minutos enfim encontrou-o, vendo que se tratava de uma ligação de seu irmão.— Alô! — Valentina disse secamente ao atender a ligação, ela seguiu para a sala de estar ligando a luz.— É assim que atende seu irmão após ter sumido por dois dias? — Nicolas começou demonstrando sua preocupação por sua irmã mais nova ter sumido. — Eu te liguei inúmeras vezes e nada de você me retornar… Já estava prestes a ligar para a polícia.“Que exagero!” Valentina pensou se sentando no sofá que tinha uma pilha de roupas para serem dobradas enquanto ouvia seu irmão lhe repreendendo, sem parar, por não ter-lhe dado notícias. Ela olhou para as roupas que a olharam de volta, respirou fundo começando a dobrá-las.— Como foram os primeiros dois dias no emprego? — Nicolas finalizou seu sermão, perguntando finalmente como tinha sido seus dois prim
Capítulo 15Valentina saiu de seu apartamento atrasada para pegar o ônibus, ela andava rápido e firme enquanto descia um morro íngreme, não podia em hipótese alguma perder o ônibus, entretanto, caso isso acontecesse teria de ir para o trabalho de outro jeito.“Droga! Porque tive que acordar tarde hoje?!” Valentina pensou virando a esquina, viu o ônibus arrancar do ponto para o seu desprazer. Ela voltou para casa um tanto cabisbaixa, olhou para o alto vendo que começaria a chover para completar a tragédia do dia. Não passavam das 04:25 da manhã e o seu dia já se encontrava uma verdadeira merda. Ela pegou o celular digitando uma mensagem para Ella informando-a que iria se atrasar e que avisasse Aslan. Valentina sabia que ele ficaria irado por seu atraso, mas infelizmente não tinha nada que ela pudesse fazer.Esbaforida de andar pelo caminho de volta a seu apartamento, para pegar sua bicicleta, naquele dia ela teria que encarar pedalar por quase metade da cidade, isso se ela quisesse ch