Capítulo 5

Capítulo 5

— Maninhaaaaaa!!! — Tomás disse assim que abriu a porta — Aslan, Felícia chegou é hora de irmos.

Tomás concluiu, saindo da frente da porta para que sua irmã pudesse entrar na casa, ele se encontrava muito animado para ter uma noite de bebedeira com Aslan, já fazia muito tempo que não tinham uma noite de amigos, era o que seu amigo praticamente irmão precisava.

— É muito bom te ver Aslan. — Felicia disse dando um abraço no CEO, os três foram criados juntos desde a infância, não eram irmãos de sangue, mas irmãos que a vida tratou de unir. Tomás andou em direção a sala, se aproximou do sofá onde Felipe estava sentado vendo tv.

— E ai, campeão? — Tomás disse se agachando para ficar da mesma altura de Felipe. — Eu e seu pai vamos sair hoje.

Felipe se encolheu no sofá, um tanto triste de não poder passar a noite com seu pai.

— Você vai ficar com a Tia Felícia. — Tomás disse ao perceber que o garoto ficara triste com a notícia que o pai não ficaria com ele naquela noite. Ele se alegrou ao escutar que a Tia Felícia ficaria com ele. Felipe adorava ficar com seus tios postiços o tempo que fosse. — Eu vou nessa, Campeão.

— E quando a Tia vai chegar? — Felipe perguntou preocupado em ter que ficar sozinho mais uma vez.

— Ela já chegou, Campeão, está conversando com seu pai no hall de entrada. — Tomás afirmou tranquilizando o garoto, se levantou com um sorriso nos lábios, indo atrás de sua irmã e de Aslan.

— Vamos, Aslan? — Tomás perguntou se aproximando de onde seu amigo e Felícia estavam, sabia que o amigo não fazia questão de se despedir do filho, e tinha a plena certeza que tal fato magoava Felipe.

— Podem ir tranquilos, eu vou cuidar de Felipe. — Felícia disse tranquilizando Aslan que estava paralizado no mesmo lugar sem mover um músculo sequer. Tomás o arrastou pelo braço para fora da casa o levando para seu carro.

— Eu já falei que não quero ir. — Aslan rosnou tentando se soltar do agarre do amigo. — Ahh, mas você vai. — Tomás disse enquanto abria a porta do carona do carro empurrando Aslan para dentro.

O caminho até o bar que sempre frequentavam foi tranquilo e em um silêncio, Aslan, com a face fechada ele olhava pela janela do carro vendo a paisagem urbana, as pessoas que passavam pelas ruas, famílias felizes e completas, algo que nunca poderia dar ao seu filho.

Agora, já dentro do bar, com sua dose de uísque puro, já sentindo os efeitos do álcool, Aslan observava as pessoas na pista de dança, alegres, curtindo a vida como se não houvesse amanhã. Ele se lembrava de quando era jovem, de quando tinha a idade das pessoas que estava cercado naquele momento, se recordava das burradas que cometeu e se arrependia amargamente por isso.

Ele voltou sua atenção para a porta assim que o sino que ficava em cima dela soou indicando que pessoas entrariam no recinto e para qual não foi a sua surpresa ao ver Valentina e o homem que estava com ela mais cedo na cafeteria passassem pela porta assim que a abrem. Aslan emitiu um rosnado involuntário, pegou o copo de Uísque, o tomando de uma vez só.

“O que uma babá está fazendo em um lugar como este?” Aslan pensou com raiva tomando cada pedaço de seu ser, franziu o cenho olhando a sua volta à procura de Tomás. “Onde esse infeliz se enfiou?” Pensou prestes a desistir quando finalmente o viu se agarrando com uma qualquer.

“Valentina não pode me ver aqui!” Aslan pensou preocupado, voltou sua atenção para Valentina e o homem que estava com ela, os dois sorriam um para o outro enquanto dançavam, ele sentia algo que não sabia nomear o que era, sua cabeça doía, a vontade de ir lá e questioná-la o motivo de estar ali crescia em seu peito.

— Me dê mais uma dose de uísque puro. — Disse para o barman ao lhe entregar o copo vazio. Aslan permaneceu em silêncio observando atentamente cada movimento do casal.

O barman colocou na mesa o copo cheio e Aslan não perdeu tempo tomando tudo em um grande gole.

— Dia difícil? — Uma mulher perguntou ao se sentar ao seu lado.

— Sim. — Aslan disse secamente voltando sua atenção a quem lhe intrigou desde o primeiro olhar que colocou nela.

— O que você procura, gostosão? — A mulher pergunta em um tom que ela acreditava ser sexy, acariciando o ombro dele.

— Não me toque! — Aslan rugiu irritado pela ousadia daquela oferecida.

— Eu gosto assim, bravo! — Ela afirmou fazendo-o revirar os olhos.

— Vou ser mais categórico, eu não estou afim.

Para a sua sorte a mulher fez um barulho de desgosto ao seguir o olhar do homem, saindo logo em seguida dali.

“O que você tem que tanto me atrai, Valentina?” Ele pensou ao vê-la sorridente. Aslan, cansado de beber e vigiar a futura babá de seu filho, se levantou do banco do bar indo embora antes que ela o visse.

Já do lado de fora do bar, parado e mexendo no celular, chama um motorista de aplicativo, seus pensamentos um tanto enevoados por conta da bebida não percebem o tempo passar, o carro já estava virando a esquina.

O caminho até sua casa foi tranquilo apesar de não parar de pensar em tudo que lhe acontecera naquele dia enorme.

— Aqui está seu pagamento. Pode ficar com o troco. — Aslan disse ao motorista que não disse nenhuma palavra, sabia que pagou a mais para ele, mas não estava com cabeça para pensar em contar. Ele só queria cair em sua cama e dormir.

Entrou em casa fazendo o mínimo de barulho possível. Felícia já estava dormindo a uma hora dessas em um quarto de hóspedes.

Aslan subiu as escadas andando em direção ao quarto de seu filho que dormia feito um anjo.

“Nem parece que o diabinho da Tasmânia que espanta todas as babás que contrato.” Aslan pensou enquanto observava seu filho que tinha um rosto sereno e tranquilo.

Ele seguiu para seu quarto, que ficava no fim do corredor. Ele não teve forças nem coragem de tirar a roupa, caiu na cama dormindo em um sono profundo.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo