" Não!!!! "Não podia ter deixado vampiros entrar na minha própria casa. Preparada para correr dali, os encaro com receio, eles não se moviam, suas expressões suaves não me deixavam com a ideia de que iriam me atacar de alguma forma, mas como poderia confiar?
__ Não corres qualquer perigo ... - Alexandre rapidamente declara olhando Vasco que estranhamente se mantinha calado e muito tenso. __Pelo contrário estamos aqui para te proteger!
__ Bom saber…- Encarando Alexandre fico um pouco incerta se deveria ficar tranquila com suas palavras , até parecia que tinha lido meus pensamentos. __ Isso... significa que vocês também são....– Esse pensamento me faz levantar de imediato, soltando um palavrão
enquanto coloco a mão na coxa.__ Não...não respondam…- Mordendo o lábio eu os encaro atrapalhada.__Preciso beber algo forte primeiro.__ Vou matar aquele fdp. -Vasco murmura entre dentes ao ver que o maldito tinha mesmo machucado aquela fêmea.
__Estás bem?– Eu perguntei preocupada. Vasco estava com uma expressão furiosa e me olhava como se me estivesse a ver pela primeira vez. Inalando na minha direção, rosna baixinho, fazendo o meu corpo estremecer.
__ Está ...- Vasco declara tenso ,encarando Alexandre ele balança a cabeça, acrescentando. __ Eu estou bem.
__De certeza?- Clareando a garganta eu questiono ao ver surgir a palidez no rosto de Vasco. __
Queres algo para beber?De repente me dei conta que provavelmente me tinha oferecido para saciar a sede de um vampiro o que me deixou completamente estarrecida, mas também excitada.
__ Realmente sou um Vampiro. - Alexandre declara sem hesitação. __ Mas o Vasco não é.
__ Sério…- Mordo o lábio um pouco constrangida por meus pensamentos. Pelo menos não era a única humana lá em casa, assim o desconforto não era tão grande .
__ Nunca te faríamos mal. _Vasco de imediato declara confiante, seus olhos se fixando intensamente naquela fêmea.
__ Estamos aqui para te proteger. -Alexandre sente a tensão de seu irmão e fica tenso ao ler seus pensamentos. Respirando fundo encara a moça na sua frente. __ Nós chefiamos uma organização para apanhar estes vampiros que atacam humanos sem pensarem nas consequências.- Analisando o rosto da humana ele continua. __ Queremos preservar o nosso anonimato. Tanto os lobisomens como os vampiros estão unidos nesse sentido.
__ Entendo…– Solto uma exaltação profunda mas logo arregalo os olhos ,encarando os homens de novo
.—Lobo …quê?__ Lobisomens ou homens lobos. –
Alexandre olha para o lado. __ Como o meu irmão …Vasco.__Vampiros!!-
Eu voltei a me deixar cair no sofá novamente, já estava anestesiada pelo choque, que nem sentia mais dor nenhuma.__ Lobisomens!!!- Que mais existiria lá fora. Por um grande momento ficámos em silêncio. Eu só os olhava fixamente, tudo aquilo que conhecia da minha realidade se esfumou, uma nova formou se imediatamente diante dos meus olhos.__ Por isso ele pode voltar. – Alexandre percebeu que Vasco comecava a rosnar e ia para falar algo, por isso segurou seu braço o impedindo ao acrescentar ,olhando fixamente a humana.__ Enquanto não o apanhamos queremos que venhas connosco ,só assim estarás protegida.
__ Acham mesmo que estou em perigo? – Estava a ficar assustada com essa hipótese. __ Mesmo assim.... não posso ir convosco, trabalho amanha e nem vos conheço para sair assim naturalmente de minha casa com dois homens.-"Vampiro...lobisomem, não homens normais", pensei rapidamente.
__ Ou vens connosco. -Alexandre fala com uma naturalidade anormal em seu semblante inexpressivo. __Ou teremos que acampar por aqui mesmo na tua sala.
__ Não eram capazes? – Passando rapidamente de chocada para furiosa,eu os ameaça confiante. __ Chamo a polícia se for preciso.
__ Ótimo! Assim será mais fácil me alimentar em vez de procurar por aí. -Alexandre sorri de lado se recostando no sofá. __ Estou esfomeado.
__ Céus!!!-Olhei-o completamente estupefacta, o rubor se espalhando em meu rosto, enquanto apreciava aquele sorriso tão sensual. Meu corpo se arrepia deliciosamente ao ouvir aquela ameaça e começo a ficar perturbada . Vasco estava em silencio, mas inquieto, bastante ansioso me olhando de uma forma que fazia meu corpo esquentar também. __Preciso mesmo de beber alguma coisa forte. – Me afastando daqueles homens atraentes e fora do normal, sigo para a cozinha atordoada.
__Temos um problema. - Vasco murmura perto de seu irmão, no momento
que Ângela se afasta deles.__ Achas mesmo ??? – Alexandre questiona sem tirar os olhos dela também.
__ Não sejas irónico... –
Bufando Vasco alisa seu cabelo em frustração. __Eu quase tenho a certeza que ela...- Ele olha para a cozinha. __ É a minha companheira.__ Não estou a ser irónico…-
Alexandre o encara com seus olhos negros brilhando com uma intensidade sobrenatural, suas gengivas formigam e suas presas surgem sem aviso. __Penso que ela... - suspirou com um constrangimento latente ao olhar seu irmão. __ Também pode ser a minha.__Como pode ser?- Vasco fica de boca aberta. Ambos surpreendentemente chocados, sem saber o que pensar ou fazer.
__ Não sei! - Alexandre fala em tom baixo olhando para a cozinha novamente.__Talvez tenha a ver com os laços de sangue que nos une.
__ Tínhamos a mania de partilhar namoradas, mas uma companheira? Nunca imaginei algo assim. – Vasco olha seu irmão cautelosamente. __ O que pensas sobre isso?
__ Para falar a verdade…não sei…-
Alexandre suspira .__ Sinto me possessivo em relação a ela neste momento, só isso.__ Será por a nossa mãe ser Loba?- Vasco fica pensativo por momentos.__ O sangue que nos une pode
fazer com que a nossa companheira seja a mesma mulher.__ Provavelmente.- Alexandre declara.
__ Não há maneira nenhuma de ela ficar longe de mim a partir de agora.- Vasco rosna. __ Ainda mais com aquela besta á solta.
__ Nem eu permitiria isso. - Alexandre encara seu irmão . __ Mas temos que ir com calma, só agora ela descobriu que existem vampiros...lobisomens. Não vamos assusta-la dizendo que ela pode ser tua companheira ... ou dos dois….
__ Não sou muito paciente em relação a esse assunto, se ela é Minha, tem que estar ao meu lado. - Vasco suspira frustrado.
__ Vamos deixa-la tomar a decisão de nos acompanhar . – Alexandre fala calmamente.
__ E se ela não aceitar? – Vasco rosna apreensivo.
__ Então... – Alexandre declara autoritário ao
observar Ângela nervosa, andando de um lado para o outro , na cozinha. __ Tomamos a decisão por ela.
Eu dirigi-me ao frigorífico e peguei na garrafa de vinho verde que só usava para cozinhar. Olhei-a fixamente, não era forte o suficiente, mas teria que servir. Até porque não precisava de muito para ficar logo ébria. Nunca tinha reagido bem a bebidas alcoólicas e bastava pouco para ficar relaxada."O que eu não daria hoje por um copo de vodka!!! Não teria que pensar tanto nas próximas horas."Enchi um copo de vinho, o copo m
No momento em que tranquei a porta e nos dirigimos ao elevador, o meu estômago se apertou. Os meus sentidos já não estavam a cem por cento. Tinha sido má ideia beber aquele copo de vinho afinal. Quando as portas se fecharam comecei a ficar quente, olhei para os dois homens ao meu redor. Desta vez estavam inexpressivos, nenhum me olhava, mas notava a tensão que invadia aquele espaço fechado. Chegamos a porta de saída do prédio sem uma palavra. O silêncio era enervante, mas também era compreensível, não poderíamos falar do assunto que invadia a minha mente nestas últimas horas assim em qualquer lugar. Quando eu me ia a dirigir para a direita, Alexandre agarrou me o braço e congelou com uma expressão que nunca antes tinha visto. Imediatamente fechou os olhos respirou fundo me largando. Acordei com o som do telemóvel. Estava cansada e num quarto desconhecido. Coloquei a mão na testa e esfreguei um pouco ,a cabeça latejava provocando dor. Era normal, sempre que bebia. Olhei para a tela e sorri.__ Olá Fátima.__Olá Ângela. Queria saber como estáCapitulo 8
Eu amaldiçoei por não me ter contido, eu não queria que ele parasse, devia , mas não era isso que desejava. Mas logo senti vontade de desaparecer dali quando vi Alexandre encostado à porta da cozinha nos observando. Ruborizei quando o vi aproximar-se de nós, imediatamente me levantei do colo de Vasco. Ele me segurou pela cintura e me virou de costas deslizando a calça de algodão que usava.__VASCO... - Gritei , tentando me recompor tanto da excitação como da vergonha de ser despida ali na frente dos dois. Eu ainda estava ofegante quando Alexandre parou o beijo. Ele me encarou enigmaticamente , com um sorriso satisfeito, seus olhos ainda negros e suas presas completamente ameaçadoras. O analisei com calma, tão diferente de Vasco, no entanto, tão sensual e quente como seu irmão. Se continuasse ali cairia na tentação, não havia hipótese de resistir. Um sorriso carinhoso surge no momento em que sua mão desliza por meu rosto. "Meu Deus... carinho? Sempre pensara que podia perder o meu corpo em luxúria, mas nunca o meu coração."Ofeguei com este pensamento, acabaria me machucando, mais uma vez , seria a &uaCapitulo 10
Alexandre não conseguiu segurar o gemido que lhe saiu da boca. Esfregou a testa suspirando.__ O que foi? – Vasco disse preocupado enquanto se sentava na frente dele.__ Tenho que a bloquear senão vou explodir.__ Como tenho inveja do teu pode
Estava a tempo demais na banheira. A minha pele já estava a enrugar. Era impossível esconder-me naquele quarto o fim-de-semana todo. Mais cedo ou mais tarde tinha que enfrentar o que estava a sentir por eles. Talvez a Fátima tivesse razão. Porque não ser impulsiva uma vez na vida e pensar nas consequências depois. Eu tinha a mania de pensar em tudo antes e sofria sempre por antecipação. Devido a isso tinha deixado passar ao lado algumas coisas na minha vida. Mas tão irreal que era toda aquela situação, eu devia aproveitar, não era todos os dias que um vampiro e um lobisomem me desejavam.Suspirei, peguei na toalha e enxaguei-me devagar.
Era impossível não gemer nas mãos deles. Alexandre afastou o meu cabelo e mordiscou ao longo da minha coluna. Senti as presas rasparem na pele e gemi na boca de Vasco arqueando as costas. Estava tão húmida, tão quente. Eu desejava-os tanto.Pararam ao mesmotempo,quandomeu corpo congelou. Engolindo em seco os encaro aos dois, quente e chocada por o que estava prestes acontecer.Último capítulo