Eu dirigi-me ao frigorífico e peguei na garrafa de vinho verde que só usava para cozinhar. Olhei-a fixamente, não era forte o suficiente, mas teria que servir. Até porque não precisava de muito para ficar logo ébria. Nunca tinha reagido bem a bebidas alcoólicas e bastava pouco para ficar relaxada.
"O que eu não daria hoje por um copo de vodka!!! Não teria que pensar tanto nas próximas horas."
Enchi um copo de vinho, o copo maior que tinha em casa. Enquanto o levei aos lábios olhei pela porta da cozinha e observei os dois homens sentados no meu pequeno sofá.
__ Homens, não! - Bufei, falando num murmúrio. __ Um vampiro e um lobisomem!
Levantei os olhos sobre o copo enquanto bebia e dei com o olhar deles fixo em mim. Quase me engasguei , eles não podiam ter ouvido, ou podiam?
Ainda estava na dúvida, quando reparei que Alexandre tinha um brilho hipnotizante nos olhos, ele realmente era magnífico. O tipo de homem por quem uma mulher babava, desviei um pouco para o homem ao seu lado. Vasco tinha um ar selvagem, extrovertido, seu olhar quente me deixava completamente sem ar, meu corpo esquentava sempre que nossos olhares se cruzavam.
Respirando fundo me viro de costas para ambos, bebendo o resto do conteúdo do copo de um só gole. Tinha que tomar uma decisão. Ou ia com eles e arriscava o meu corpo perdendo me em luxúria por um deles. Porque vê-los a toda a hora e a todo o instante , iria cair na tentação, com certeza. Abanei a cabeça ,que parvoíce, que raios de pensamentos numa situação tão caótica e irreal. Em alternativa ficava ali e seria o almoço de algum vampiro armado em garanhão que pensava que nunca tinha tido um homem na minha cama. Inferno !!!! Por esta perspetiva, não tinha qualquer dúvida. Suspirando resignada, levo o copo à pia, me dirigindo em passos lentos até a sala.
_ Bem... - Mordi o lábio. Vasco soltou um grunhido e Alexandre ficou tenso. Ambos me olhavam fixamente, a minha boca era alvo de sua apreciação . Senti me confusa pela reação de ambos, inquieta ando de um lado para outro na frente deles , tentando que o resto das palavras saissem da minha boca. __ Realmente quem melhor para me proteger senão quem conhece bem o atacante. A polícia não teria hipótese e eu... também não... se dependesse dela.
__ Ótimo. - Alexandre de imediato se levantou ao mesmo tempo que Vasco. Arregalei os olhos quando ambos se dirigiam à porta.
__ Esperem...quantos dias serão precisos?
__ Dias? - Vasco resmungou como se eu tivesse dito uma grande idiotice .
__Preciso saber quantos dias preciso de ficar fora para levar alguma roupa. Não vão dizer que irei estar convosco eternamente? -Falei num tom irónico.
__ Exactam.... - A frase do Vasco foi interrompida imediatamente pela voz de Alexandre.
__ Ficarás o fim-de-semana!! _ Alexandre dei um olhar sombrio e enigmático a Vasco, me deixando apreensiva de novo. __ Segunda-feira em principio tudo estará resolvido.
Eu olhava cautelosa para Vasco que rosnava baixo, me observando como um predador olha sua presa, seus olhos mudavam de cor, pupilas dilatavam. Tento não mostrar o quanto isso me afetava intimamente pela beleza de um olhar selvagem, anti-natural.
__ Espero..que assim seja... - gaguejo um pouco , clareando a garganta. __ Não posso me dar ao luxo de perder o emprego, desde que segunda-feira não falte eu arranjo uma desculpa para amanha.
Dirigi me para o meu quarto, passando por Vasco com uma postura tensa,sustentei a respiração quando um perfume delicioso me atingiu e meu corpo se arrepiou. Vasco me presenteou com um meio sorriso, me olhando desafiador , como se soubesse o que meu corpo se manifestava ao passar por ele. Seus dentes estavam diferentes , caninos pequenos mas sobressaídos me deixaram de novo perplexa. Lobisomem, ele era um homem -lobo, um predador, lembrei.
__ Não te preocupes, não te faltará nada enquanto estiver por perto.
Vasco soava mais dominante que o normal. Estranho ,ele era o que menos falava, agora parecia querer ter as rédeas de toda a situação , além das minhas vontades.
__ Vou só buscar umas roupas. Espero voltar à minha vida normal, o mais rápido que seja possível .
__ Vai acreditando nisso...
Vasco murmurou as palavras com um rosnado baixo, me olhando com os braços cruzados. Irritada , o encarei antes de os deixar sozinhos . Se meu olhar matasse, ele estaria estendido de imediato no chão felpudo da minha sala. Mas ele tinha razão, normal a minha vida nunca iria ser a partir de agora , jamais.
__ Ate segunda-feira? Mas piraste? - Vasco resmungou com o irmão, logo que Ângela saiu da sala.
__ Porquê? Seria melhor dizer lhe já. Sim ficas eternamente com um vampiro e um lobisomem a viver e a dormir ... talvez quem sabe , até na mesma cama. Duvido que ela não saísse porta fora no mesmo instante para os braços do idiotas que atacou.
Alexandre mantinha a calma , apesar de compreender a ansiedade de seu irmão, ele também se sentia enervado com a perspectiva de Angela ser sua companheira também e sair de sua vida depois daquele fim de semana . Teriam que descobrir se realmente ela era destinada aos dois, e se assim fosse, seria ele é Vasco capaz de aceitar isso? Teria apenas três dias para descobrir isso é a convencer que o lugar dela ... era com eles... os dois...para sempre.
No momento em que tranquei a porta e nos dirigimos ao elevador, o meu estômago se apertou. Os meus sentidos já não estavam a cem por cento. Tinha sido má ideia beber aquele copo de vinho afinal. Quando as portas se fecharam comecei a ficar quente, olhei para os dois homens ao meu redor. Desta vez estavam inexpressivos, nenhum me olhava, mas notava a tensão que invadia aquele espaço fechado. Chegamos a porta de saída do prédio sem uma palavra. O silêncio era enervante, mas também era compreensível, não poderíamos falar do assunto que invadia a minha mente nestas últimas horas assim em qualquer lugar. Quando eu me ia a dirigir para a direita, Alexandre agarrou me o braço e congelou com uma expressão que nunca antes tinha visto. Imediatamente fechou os olhos respirou fundo me largando. Acordei com o som do telemóvel. Estava cansada e num quarto desconhecido. Coloquei a mão na testa e esfreguei um pouco ,a cabeça latejava provocando dor. Era normal, sempre que bebia. Olhei para a tela e sorri.__ Olá Fátima.__Olá Ângela. Queria saber como estáCapitulo 8
Eu amaldiçoei por não me ter contido, eu não queria que ele parasse, devia , mas não era isso que desejava. Mas logo senti vontade de desaparecer dali quando vi Alexandre encostado à porta da cozinha nos observando. Ruborizei quando o vi aproximar-se de nós, imediatamente me levantei do colo de Vasco. Ele me segurou pela cintura e me virou de costas deslizando a calça de algodão que usava.__VASCO... - Gritei , tentando me recompor tanto da excitação como da vergonha de ser despida ali na frente dos dois. Eu ainda estava ofegante quando Alexandre parou o beijo. Ele me encarou enigmaticamente , com um sorriso satisfeito, seus olhos ainda negros e suas presas completamente ameaçadoras. O analisei com calma, tão diferente de Vasco, no entanto, tão sensual e quente como seu irmão. Se continuasse ali cairia na tentação, não havia hipótese de resistir. Um sorriso carinhoso surge no momento em que sua mão desliza por meu rosto. "Meu Deus... carinho? Sempre pensara que podia perder o meu corpo em luxúria, mas nunca o meu coração."Ofeguei com este pensamento, acabaria me machucando, mais uma vez , seria a &uaCapitulo 10
Alexandre não conseguiu segurar o gemido que lhe saiu da boca. Esfregou a testa suspirando.__ O que foi? – Vasco disse preocupado enquanto se sentava na frente dele.__ Tenho que a bloquear senão vou explodir.__ Como tenho inveja do teu pode
Estava a tempo demais na banheira. A minha pele já estava a enrugar. Era impossível esconder-me naquele quarto o fim-de-semana todo. Mais cedo ou mais tarde tinha que enfrentar o que estava a sentir por eles. Talvez a Fátima tivesse razão. Porque não ser impulsiva uma vez na vida e pensar nas consequências depois. Eu tinha a mania de pensar em tudo antes e sofria sempre por antecipação. Devido a isso tinha deixado passar ao lado algumas coisas na minha vida. Mas tão irreal que era toda aquela situação, eu devia aproveitar, não era todos os dias que um vampiro e um lobisomem me desejavam.Suspirei, peguei na toalha e enxaguei-me devagar.
Era impossível não gemer nas mãos deles. Alexandre afastou o meu cabelo e mordiscou ao longo da minha coluna. Senti as presas rasparem na pele e gemi na boca de Vasco arqueando as costas. Estava tão húmida, tão quente. Eu desejava-os tanto.Pararam ao mesmotempo,quandomeu corpo congelou. Engolindo em seco os encaro aos dois, quente e chocada por o que estava prestes acontecer. Não foi preciso muito para Vasco começar a sentir uma inquietação dentro de sua mente e corpo. Alexandre o encarava apreensivo, se levantando de imediato, correndo para o quarto de Ângela. Algo não estava bem, apesar de sua mente estar em branco quando saiu dali, antes ele tinha percebido que ela desejava afastar-se deles.Alexandre estava perplexo quando sentiu Ângela longe de casa, ela realmente o tinha feito! Ela os tinha abandonado. Vasco surge logo após uns minutos. Olhando o quarto ele inspira profundamente, seguindo cauteloso o perfume de sua companheira até a saída das traseiras. Ele simplesmente rosna se preparando para a seguir, mas AlexandrCapitulo14