Capitulo 11     

Alexandre não conseguiu segurar o gemido que lhe saiu da boca. Esfregou a testa suspirando.

__ O que foi? – Vasco disse preocupado enquanto se sentava na frente dele.

__ Tenho que a bloquear senão vou explodir.

__ Como tenho inveja  do teu poder. Gostaria de  ler os pensamentos dela, neste momento. 

__ Pois, não me parece. – Rosnou.

__ Porque?  É assim tão mau. – Disse perplexo.

__  Não neste momento , que não podemos nos enfiar na banheira.

__ Talvez devêssemos lhe dar o que ela deseja. – Vasco declarou com voz rouca, olhando seu irmão curioso por sua expressão. Nunca falaram sobre o assunto seriamente, não sabia como Alexndre se sentia com a perspetiva dos tres viverem juntos.

__ Ela ainda esta indecisa, ate nos podia aceitar no momento mas depois no final... fugiria de nós. Ela acha-se depravada por nos desejar aos dois.

__ O quê? – Bufou. Vasco sentia ciume ao  imaginar Angela nos braços de seu irmão, ele tinha que admitir, mas nao era a primeira vez que ambos partilhavam uma namorada, talvez por isso soubesse que poderia dar certo. Um lobo acasalava para toda a vida quando encontrava sua companheira , seu objetivo depois é somente ama-la, protege-la faze-la feliz. E se isso significava ter Alexandre com eles, Vasco aceitaria. Sua companheira seria amada plenamente por dois machos capazes de a cuidar e proteger  para sempre.

__ Vasco, ela é humana. Temos que ir com calma, ela não conhece bem o nosso mundo.- Alexandre respira fundo frustrado. __ Por isso não podemos assusta-la. Teremos que lhe mostrar que na nossa espécie, há mais casais assim. Os Gémeos Olson, por exemplo

__ Boa ideia, já estão  juntos há 10 anos com a mesma companheira e deu certo . - Vasco suspira se recostando na cadeira. __  Mas só de imaginar que ela está naquela banheira, nua, a esfregar aqueles seios e cada polegada de pele suave e húmida...

__ VASCO! – Gritou Alexandre.

__ QUÊ? – Vasco sobressaltou-se.

__ CALA_TE ! Não estas a ajudar. – Rosnou com os dentes cerrados e levantou-se. __ Vou tomar um duche frio.

__ Não és só tu que sofres irmão. - Vasco replicou enquanto esfregava a virilha dolorosa e olhava para o quarto de Ângela.

Alexandre suspirou enquanto se dirigia ao quarto dos fundos, seu quarto bem preparado para que não entrasse qualquer fio de luz solar. Ele estava quase a explodir, retirando a roupa logo que entrou no seu espaço pessoal, enfiou-se debaixo do chuveiro. A água não estava a diminuir o desejo, ele tinha que se aliviar. Ângela o tinha deixado tão duro. Os gemidos tinham sido música para os ouvidos dele, o sabor dela era como suave vinho tinto amadurecido, quando ele sentiu o sangue dela na língua o seu controlo se esfumou completamente.

Imediatamente segurou o seu membro e começou a acaricia-lo. Imaginou estar dentro de Ângela sem nada a impedi-lo de sentir o aperto de seu orgasmo . Imediatamente colocou a cabeça para trás com os olhos fechados, gemendo ao liberar sua semente , num climax intenso só com aquele pensamento.

Não sabia até que ponto Vasco aceitaria partilha-la depois de seu lobo a reclamar, werewolfs eram possessivos com sua companheira. Ele amava seu irmão, sempre se protegiam um ao outro, legado do sangue de sua mãe lupina , havia uma lealdade inequívoca  e rara entre eles. O único que seria de confiança até a morte. Faria tudo por ele, mesmo se afastar dos dois se fosse isso que ele desejasse. Mas seria muito difícil o fazer depois de a seduzir, talvez fosse hora de sair dali uns tempos? Ou esperar que Vasco avançasse primeiro para perceber o que realmente ele sentia em relação a isso? Esse pensamento rasgava seu peito, a dor de não  ter  Ângela o deixava louco. Mas perder seu irmão era algo que ele não conseguia imaginar...nunca.

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