CAPÍTULO: A NOITE QUE NÃO ERA MINHAO dia amanheceu arrastado, e cada parte do meu corpo protestava contra os movimentos forçados da noite anterior.A dança, os saltos, os olhares sujos... tudo pesava como se eu carregasse o mundo nas costas.Estiquei o corpo devagar, sentindo dores que não deveriam existir em alguém da minha idade.Suspirei, olhando para o teto e pensando: "Espero que aquele arrogante não apareça hoje."Hoje era sábado. A boate Little Club nunca fechava, nem em feriado, muito menos em fim de semana.Mas para mim, isso era uma dádiva amarga: mais movimento, mais gorjetas, mais dinheiro para pagar o tratamento da minha mãe.**Depois de uma ducha rápida, arrumei-me com pressa e fui para a cozinha.Minha mãe, Dona Flávia, já estava sentada à mesa, com um sorriso que não disfarçava o cansaço.— Bom dia, meu amor. — ela disse, com a voz suave. — Achei que você fosse dormir até mais tarde hoje.— Hoje eu quero ficar com vocês. — falei, servindo café para nós duas. — E o Jo
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