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Todos os capítulos do MEU GOSTOSO GUARDA-COSTAS: Capítulo 1 - Capítulo 10
20 chapters
1. Desespero
Queridos leitores, Escrever Meu Gostoso Guarda-Costa foi uma experiência emocionante, desafiadora e incrivelmente gratificante. Essa história nasceu do desejo de explorar os extremos da natureza humana: desde a ambição desenfreada até o amor genuíno que floresce nas situações mais adversas. Cássia Moscovisk é uma personagem que carrega em si a força de quem enfrenta grandes perdas, mas ainda acredita no amor. Ela representa a luta para encontrar um sentido em meio ao caos, sem perder a essência de quem realmente é. Já Henrique Belmont é o reflexo da ambição, mentira e deslealdade, enquanto Charles Lamartine é a prova de que a bondade e a lealdade ainda têm um lugar no mundo. A trama mistura romance, suspense, humor e superação, com o objetivo de prender sua atenção e, ao mesmo tempo, trazer reflexões sobre confiança, coragem e a busca pela felicidade verdadeira.Espero que vocês se apaixonem por esses personagens e sintam cada emoção que quis transmitir. Para mim, cada linha foi es
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2. A vida de Cássia Moscovisk
Cássia Moscovisk era uma mulher de 32 anos, cheia de vida e dona de um bom humor contagiante. Seus cabelos loiros, naturalmente ondulados, pareciam sempre estar no enquadramento perfeito para uma cena de comercial de xampu, e seus olhos esverdeados tinham um brilho travesso que encantava e intrigava ao mesmo tempo. Ela não apenas esbanjava beleza, mas também possuía uma sensualidade natural, daquelas que pareciam acontecer sem que ela sequer tentasse.Filha de um casal que poderia facilmente protagonizar um romance daqueles bem clichês, cheios de declarações apaixonadas e momentos de tirar o fôlego, Cássia cresceu acreditando piamente que o amor verdadeiro existia. Seu pai sempre olhava para sua mãe como se ela fosse a única mulher no planeta, e sua mãe retribuía com um carinho que fazia qualquer um suspirar. Era o tipo de relação que faz qualquer pessoa sonhar com um "felizes para sempre". E Cássia sonhava. Sonhava com seu príncipe encantado, com uma vida digna de um conto de fadas m
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3. Ameaças
Cássia nem fazia ideia, mas a ambição de Henrique era um buraco muito mais fundo do que ela poderia imaginar. Para ela, ele era apenas um marido frio, indiferente e infiel. Mas, na verdade, ele era um estrategista calculista, movido por um único objetivo: poder. Depois de quase cinco anos de casamento — cinco longos anos de traições, frieza e sexo sem graça — Cássia finalmente tomou a decisão que deveria ter tomado no primeiro mês: procurou um advogado e deu entrada no divórcio. Mas Henrique? Ah, ele não era do tipo que aceitava derrotas. E, definitivamente, não ia deixar que sua esposa "inconveniente" atrapalhasse seus planos. Quando recebeu a notícia do pedido de divórcio, ele trincou os dentes, apertou os punhos e praguejou tão alto que o assistente dele pensou que um terremoto estava começando. — Mas que droga, Cássia! Logo agora?! Henrique estava prestes a realizar o sonho da sua vida: tornar-se prefeito. E, para isso, precisava manter a imagem perfeita de um marido dedicado
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4. Conhecendo o guarda costas
Cássia soltou um suspiro aliviado. — Bom, ao menos isso.Henrique olhou fixo para ela.— Agora é só esperar que eles resolvam. Devido às ameaças, tomei uma decisão importante. Ela estreitou os olhos. — Que tipo de decisão? Henrique fez um gesto discreto com a cabeça, apontando para alguém atrás dela. Cássia virou-se e, pela primeira vez, seus olhos pousaram em um homem alto, elegantemente vestido, parado na sala de estar. Ele não estava ali apenas presente, ele dominava o ambiente. Corpo atlético, terno perfeitamente ajustado, postura firme, olhar intenso e um certo ar de mistério que fazia qualquer protagonista de filme de ação parecer um amador. Cássia piscou algumas vezes, tentando assimilar a situação. — O que significa isso? — perguntou, voltando-se para Henrique. Ele colocou uma mão em seu ombro e murmurou: — Contratei um guarda-costas para você. Você precisa sair de casa ainda hoje. Cássia sentiu o estômago revirar. — Espera… o quê?! — É por segurança. Assim que e
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5. O esconderijo na floresta
DE VOLTA AO INÍCIO...A viagem foi longa. Tão longa que, em algum momento, entre o silêncio desconfortável e as árvores passando pela janela, Cássia simplesmente apagou. Encostada no vidro do carro, dormiu profundamente, alheia ao fato de que seu destino era uma casa isolada no meio do nada. Quando Charles finalmente estacionou atrás da casa, já era de madrugada. O lugar era cercado por árvores gigantescas, e a única iluminação vinha da lua filtrando-se entre as folhas. Ele suspirou ao olhar para o banco do passageiro. Cássia continuava desmaiada. — Ótimo!Com um pouco de relutância, saiu do carro e começou a retirar as malas. Mas, ao notar que ela sequer se mexia, decidiu que seria melhor acordá-la antes que precisasse carregá-la casa adentro. — Cássia — chamou, com sua voz firme. Nada. — Cássia, chegamos. Ela resmungou alguma coisa ininteligível e afundou ainda mais no banco. Charles revirou os olhos e se inclinou, tocando-lhe o ombro. — Se não acordar, vou ter que te carreg
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6. Despertando desejo
O sol mal havia começado a se levantar no horizonte quando Charles já estava de pé. Depois de se alongar rapidamente, ele saiu para correr pelos arredores da cabana, mantendo seu ritmo impecável, como um verdadeiro profissional. O ar fresco da manhã e o som das folhas farfalhando ao vento eram seus únicos companheiros, já que Cássia, sua protegida, dormia profundamente sem a menor preocupação no mundo. No caminho de volta, ele percebeu que a situação da despensa da cabana era crítica —praticamente um deserto alimentar. Sem pensar duas vezes, parou no pequeno mercadinho da cidade mais próxima e comprou algumas coisas essenciais: ovos, pão, leite e, claro, café, porque lidar com Cássia sem café poderia ser um risco à sua própria sanidade. Quando chegou, colocou as sacolas sobre a mesa e começou a guardar os mantimentos, mas logo ouviu um barulho vindo do corredor. — Bom dia! — A voz preguiçosa de Cássia ecoou pelo ambiente enquanto ela bocejava e alongava os braços. — Onde você estav
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7. O beijo do trovão
O entardecer trouxe consigo nuvens pesadas e carregadas. Charles, atento como sempre, percebeu que um temporal se aproximava e resolveu verificar se tudo estava em ordem do lado de fora. O vento começava a sacudir as árvores e um cheiro de terra molhada tomava conta do ar. Ele olhou para o céu escuro e decidiu que era melhor voltar para dentro antes que a tempestade começasse de vez. Assim que entrou, as primeiras gotas de chuva começaram a cair, seguidas de trovões distantes. O ambiente estava silencioso, apenas o som da chuva batendo no telhado preenchia o espaço. Charles pegou o celular e tentou ligar para Henrique, esperando receber novas instruções. Nada. Ele tentou novamente. Ainda nada. Com um suspiro frustrado, ele tentou o telefone do escritório. Nenhuma resposta. Cássia, que estava deitada no sofá folheando uma revista sem muito interesse, percebeu sua expressão preocupada e arqueou a sobrancelha. — O que houve? Não conseguiu falar com Henrique? Charles balançou a cabeç
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8. Desconforto
A chuva caía forte quando Henrique apareceu na porta da cabana. Seu terno estava impecável, mesmo com o temporal castigando lá fora. Ele parecia determinado, mas Charles não se impressionou. Cruzou os braços e, sem rodeios, perguntou com seriedade: — Por que está aqui?Henrique o ignorou por um momento e olhou diretamente para Cássia. — Eu vim ver minha mulher. Charles estreitou os olhos. — Mas, senhor... Henrique ergueu a mão, cortando qualquer protesto. — Se acalme, Charles. Eu só preciso conversar com minha esposa. Cássia ficou parada, olhando para ele como se estivesse diante de um alienígena. Eles estavam casados há cinco anos, mas, durante esse tempo, pareciam dois estranhos. Henrique nunca fora do tipo carinhoso, e agora estava ali, na chuva, agindo como um marido preocupado. Algo estava errado. E ficou ainda mais estranho quando Henrique se aproximou dela, deslizou a mão pelo seu rosto e perguntou com um tom de voz quase... suave: — Como você está, querida? Cássia arr
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9. Testando seus limites
Cássia sorriu de lado, cruzando os braços enquanto o observava. Ele estava ali, tão concentrado, tão sério, como se cozinhar fosse uma missão de vida ou morte.Ah, mas ela sabia que tinha mexido com ele. Sabia que aquele beijo mais cedo não tinha sido coisa só dela. E se Charles queria fingir que nada aconteceu… bem, ela não iria facilitar. Cássia sorriu maliciosamente. Ah, então ele queria bancar o indiferente? Pois bem, ela poderia jogar esse jogo. — O que temos para o jantar, chef Lamartine? — perguntou, deslizando as mãos pelo balcão e inclinando-se ligeiramente para espiar a panela, sem disfarçar a proximidade entre os dois. Charles, que já estava tenso, sentiu cada terminação nervosa do seu corpo acender como fogos de artifício. Mas ele era um profissional. Um homem disciplinado. E definitivamente não iria ceder tão fácil. Ele pigarreou, manteve os olhos fixos na comida e respondeu em um tom firme: — Sopa. Simples e eficiente. Agora, se puder dar um passo para trás… você pod
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10. Desconfianças
Cássia suspirou enquanto pegava os pratos e os colocava sobre a mesa. Talvez estivesse exagerando nas provocações. Charles não era um cara que entrava fácil no jogo, e claramente, ele não estava achando tanta graça assim. Ele virou-se para pegar a panela de sopa, sua expressão séria como sempre, e começou a servir os pratos sem sequer olhar para ela. Cássia mordeu o lábio, tentando pensar em uma forma de amenizar o clima. — Desculpa se te aborreci. — Ela quebrou o silêncio, apoiando o cotovelo na mesa e olhando para ele com um sorriso meio sem jeito. — Fiquei nervosa com a visita surpresa do Henrique e… bem, tentei descontrair. Acho que passei um pouquinho do limite. Charles continuou em silêncio por alguns segundos, pegou sua colher e começou a beber a sopa como se ela não tivesse falado nada. Cássia arqueou as sobrancelhas. — Uau. Tudo isso é ranço de mim ou você é sempre assim, feito um agente secreto sem emoções? Ele não respondeu. Só continuou comendo, como se estivesse em
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