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4. Conhecendo o guarda costas

Cássia soltou um suspiro aliviado. 

— Bom, ao menos isso.

Henrique olhou fixo para ela.

— Agora é só esperar que eles resolvam. Devido às ameaças, tomei uma decisão importante. 

Ela estreitou os olhos. 

— Que tipo de decisão? 

Henrique fez um gesto discreto com a cabeça, apontando para alguém atrás dela. 

Cássia virou-se e, pela primeira vez, seus olhos pousaram em um homem alto, elegantemente vestido, parado na sala de estar. 

Ele não estava ali apenas presente, ele dominava o ambiente. 

Corpo atlético, terno perfeitamente ajustado, postura firme, olhar intenso e um certo ar de mistério que fazia qualquer protagonista de filme de ação parecer um amador. 

Cássia piscou algumas vezes, tentando assimilar a situação. 

— O que significa isso? — perguntou, voltando-se para Henrique. 

Ele colocou uma mão em seu ombro e murmurou: 

— Contratei um guarda-costas para você. Você precisa sair de casa ainda hoje. 

Cássia sentiu o estômago revirar. 

— Espera… o quê?! 

— É por segurança. Assim que eu resolver isso, você pode voltar. 

Ela cruzou os braços, desconfiada. 

— Ah, claro. E quem é esse sujeito? 

Henrique fez um gesto na direção do homem misterioso. 

— Este é Charles Lamartine. Seu novo guarda-costas. 

E foi ali, naquele instante, que Cássia percebeu algo muito importante: 

Charles Lamartine não era apenas um guarda-costas.  Ele era perigosamente sexy. 

Cássia nunca teve um guarda-costas antes, mas se soubesse que eles poderiam ser assim… bem, talvez tivesse contratado um só pela estética. 

O destino, pelo visto, ainda sabia brincar com suas expectativas.

Após aquela apresentação formal — e ligeiramente constrangedora — Henrique decidiu que Cássia deveria arrumar suas coisas e passar alguns dias em um lugar seguro até que as eleições terminassem. 

Ela ainda estava tentando digerir tudo. Ameaças, invasões, pichações de gosto duvidoso… E agora? Exílio forçado? 

Mas o detalhe mais inesperado de toda essa confusão era, sem dúvidas, Charles Lamartine, seu novo guarda-costas. 

Assim que os policiais deixaram a casa, Henrique e seu advogado foram para a delegacia, deixando-a sozinha com aquele monumento esculpido pelos deuses. E que monumento. 

Cássia fingiu coçar a nuca enquanto olhava de canto de olho para ele. 

Afinal, era impossível não olhar. 

O cara era um daqueles espécimes raros de masculinidade perfeita. Os músculos bem torneados pareciam moldados sob medida dentro do terno impecável. O cabelo, curto no estilo militar, realçava ainda mais suas feições perfeitamente esculpidas. Ele tinha aquele ar austero, sério, de quem poderia ser um soldado da Rainha Elizabeth… 

Aliás… aquela cara fechada dele… 

Cássia cobriu a boca e riu baixinho ao imaginar Charles parado em frente ao Palácio de Buckingham, sem piscar, enquanto turistas tentavam arrancar alguma reação dele. 

Mas sua diversão foi cortada quando notou que ele a encarava seriamente. 

— Opa. 

Melhor não rir na cara do segurança que deveria mantê-la viva. Com um suspiro discreto, decidiu quebrar o gelo: 

— Qual é mesmo seu nome?

Afinal, nada mais justo do que saber o nome do homem com quem ficaria confinada pelos próximos dias. 

Charles se endireitou ainda mais — se é que era possível — e respondeu num tom firme: 

— Charles Lamartine, senhora. 

— Senhora?! Cássia fez uma careta. — Não precisa desse "senhora", parece que eu tenho 50 anos e crio gatos sozinha. 

Charles não esboçou reação. 

— Certo… Cássia. 

Ela abriu um meio sorriso, satisfeita. 

Mas antes que pudesse continuar a conversa, ele completou: 

— Precisamos nos apressar. Acho prudente que a senhora — digo, você — arrume suas coisas. Esta casa já foi alvo uma vez hoje. Não podemos correr riscos. 

Cássia riu, como se ele tivesse acabado de contar uma piada. 

— Nossa, você leva esse negócio de segurança bem a sério, hein? 

Mas Charles não riu.  Na verdade, o semblante dele ficou ainda mais fechado. 

— Eu espero que você colabore para sua própria segurança. Seu marido já dispensou todos os empregados da casa. Estamos completamente sozinhos aqui. 

Aquele detalhe passou como um choque pelo corpo de Cássia. 

“Sozinhos. “

A mansão, antes movimentada, agora parecia grande demais.  O coração dela disparou, e não era só pelo perigo iminente. Sem hesitar, girou nos calcanhares e correu para o quarto.  Se era para fugir, então que fosse logo. Mas uma coisa era certa… Passar um tempo ao lado de Charles Lamartine prometia ser interessante. 

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