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Todos os capítulos do Um bebê de Natal para o CEO: Capítulo 1 - Capítulo 10
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Prólogo
Esperanza— Feliz Natal! Esse é o seu filho, seu presente — murmuro tão baixo que ele não escuta. O que agradeço. Ouvir isso certamente o deixaria mais puto.― Como isso aconteceu, Esperanza? — Noah pergunta.Ele encara o filho como se o bebê fosse uma bomba prestes a explodir. Ver os dois juntos na imensa cama é estranho, mas é bom. Meu pequeno continua brincando com o chocalho, porém vez ou outra seus olhinhos vão para o homem sentado perto dele.― A sua mãe queria um herdeiro, então ela roubou seu sêmen e colocou em mim ― debochei, sem nenhum interesse em dar detalhes daquele episódio, e tentando não fantasiar uma família de comercial de margarina onde não existe.― Isso não é brincadeira. — Suas palavras são duras.― E eu estou rindo? Se dependesse de mim você nunca chegaria perto do meu filho — minto. Como um animal acuado acabo sendo cruel com as palavras.― Então por que está aqui? Por que veio depois de tanto tempo sem nenhum contato?Respiro fundo e me sento. Apoio minhas cos
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Capítulo Um - Noah
Antes Dezenove anos. Essa foi a idade em que tive que abandonar a liberdade da juventude para encarar a responsabilidade de trabalhar a frente da Noah Corporation, a referência quando o assunto é tecnologia.O nome não fui eu quem escolhi, claro. Jamais usaria algo tão obvio. Eu sou apenas o Noah Pestalozzi Terceiro. Sim, tem o “terceiro” registrado. Poderia ser qualquer nome louco. Quem ousaria dizer não ao meu pai ou meu avô? Eu não conheço ninguém. Os Pestalozzi sempre foram referência em poder. Desde muito cedo acreditaram e investiram em inovação, o que vem enchendo nossas contas bancárias initerruptamente.A empresa da família foi herdada pelo meu pai logo que meu avô fez sessenta anos e decidiu se aposentar. Era para acontecer o mesmo comigo, mas a vida é traiçoeira. Uma fatalidade levou meu pai jovem demais.E lá fui eu, ser treinado pelo meu avô para continuar o legado. Mesmo com toda a dor que essa perda causou em nossa família, conseguimos manter o império. As custas de mu
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Capítulo Dois - Esperanza
Sempre acreditei que Deus tinha um propósito para mim. Acreditei piamente que minha infância era apenas um teste. Afinal, Ele não dava carga maior do que se pode carregar.Eu carreguei a carga de ter um pai agressivo e uma mãe submissa, carreguei até não poder mais. Não que meu pai agredisse fisicamente minha mãe, pelo menos nunca vi. Era os gritos constantes, era o carinho forçado diante das pessoas enquanto dentro de casa só se dirigia a sua mulher e sua filha para reclamar, para gritar. As mentiras com as quais convivia me tornava uma pessoa medrosa. Já sabia identificar cada olhar do meu pai. E já sabia como seria o meu dia por esses olhares.Apesar de já entender desde muito cedo que dias calmos eram raros como um eclipse solar, eu ainda os desejava ardentemente. Nunca achei isso normal. Mas vai saber. As pessoas que olham nossa família jamais diria que somos infelizes. Talvez eu é que espero uma felicidade que não existe. Talvez todas as famílias sejam assim: belas ao olhar e fe
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Capítulo Três - Esperanza
“Perfeita para que cargo?” Esse homem não parece estar batendo bem das ideias.Irritada pela presença inesperada, me virei para ele. E quase enfartei ao encarar seus hipnotizantes olhos azuis. Não havia possibilidade de existir algo tão perfeito quanto os olhos desse homem. E a boca vermelha? Deus, olhar sua boca despertou uma parte minha que não devia, um ponto bem específico entre minhas pernas. Malditos hormônios de virgem! Passaram alguns segundos antes que eu pudesse reagir. Tive que limpar a garganta e desviar o olhar desse rosto que exala pecado.― Posso ajudá-lo? — questionei.Isso, garota, mantenha a voz firme. Não é a primeira vez que encontra esses olhos. Mas é sempre a mesma reação de quem está diante de algo surreal. Encarar o filho de Ligia me deixa meio zonza. Minha sorte é raridade de o ver... e tão perto assim nunca aconteceu.― É Esperanza, certo? — ele devolve minha pergunta com outra.― Sim — respondo e balanço a cabeça.― Melhor amiga da minha mãe, mesmo tendo i
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Capítulo Quatro - Esperanza
Eu fui ao encontro de Noah. Conversamos durante horas. No começo eu achei absurdo a ideia de me passar por sua noiva, mas ele prometeu que assim eu teria liberdade. Como recusar isso?Acertamos que seria um namoro e noivado falso o mais sem toque possível. O religiosidade dos meus pais serviria como desculpa.Selamos o pacto com um aperto de mãos que despertou curiosas borboletas em meu estômago. Após isso passamos alguns dias combinando as histórias sobre o falso romance e finalmente contamos para nossas famílias. Foi um choque de ambos os lados, mas aceitaram. Meu pai é mais ganancioso que religioso. Me ter como noiva de Noah encheu seus olhos de brilho.Então, baseados nas nossas mentiras, nossos pais deram uma festa de noivado poucas semanas depois e passei a carregar uma aliança. Todos nos viam como um casal inusitado. Quando, na verdade, Noah e eu tínhamos um acordo de levarmos esse noivado até quando fosse necessário e depois terminar. Ele usava nossos encontros para sair com o
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Capítulo Cinco - Noah
Finalmente eu consegui dar um jeito na insistência da minha mãe.― Cara, já faz quase um ano que está namorando essa garota. Por que não a dispensa de uma vez? ― A voz de Gael, meu melhor amigo, CEO da empresa de advocacia que representa minha empresa e meu braço direito no quesito farra, sobrepôs a música ambiente e me tirou de recordações sobre a noite em que encontrei Esperanza e a ideia maluca de fingir um noivado começou a fazer sentido. Estamos em um bar de um colega dele, curtindo o fim da tarde de sexta.― Não sei por que faria isso. Conhece a minha mãe. Ela só largou do meu pé depois que comecei a “namorar” ― fiz aspas com os dedos ― sua queridinha.— Ideia minha. Que ainda não agradeceu.— Se eu agradecer mais você vai ficar me devendo.Ele ri.― Não consigo é acreditar que nunca pegou aquela coisinha de jeito. ― A expressão de tarado de Gael foi impagável. Ele era um safado de carteirinha, nenhuma mulher escapava do seu charme.― Uma virgem sem sal. Não tenho motivos, com t
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Capítulo Seis - Esperanza
Naquele dia, ele me buscou no horário. Queria fazer uma festa em seu apartamento e a idiota aqui resolveu que queria ir. Seria à noite e eu não estava a fim de dormir em hotel para fingir que estava com ele. E era uma mentira dupla, porque para os meus pais eu estaria com Ligia. Minha falsa sogra de liberal não tinha nada, mas parece que estava desesperada por um neto e aceitava nos encobrir na esperança de conseguir seu prêmio. Ela nem mesmo desconfiou do rápido envolvimento do seu filho comigo... ou se desconfiou fingiu não ver.Passei a festa toda entre me trancar em um quarto que ele deixou a disposição exclusivamente de sua noiva e me irritar com o ambiente. Era minha primeira festa do tipo. E eu estava morrendo de raiva por ele não me dar atenção. Sem contar que achei que estava bem no meu vestido azul longo, mas isso foi até ver as mulheres em roupas praticamente indecentes. Sem contar os olhares delas em minha direção. Me sentia um animal em um zoológico. O Noah me apresentou
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Capítulo Sete - Esperanza
Quando senti que o sono ia me tomar nos braços dele, ainda no sofá, tentei chamar Noah. Ele não acordou. Apenas resmungou palavras desconexas e me apertou contra seu corpo musculoso.Então, com muito trabalho, me levantei e percebi a bagunça. Ele estava com o pênis fora da calça, e havia sangue nele e no sofá. O membro tão grande que o sangue só pode significar que me rasgou. Merda. Merda.Apressada, fechei a calça dele. Meu rosto queimava de vergonha. Ainda bem que o jeans dele era tingido em preto ou o caos seria maior se fosse claro e mostrasse toda bagunça.Mal acabei de limpar o Noah e conferir que meu vestido estava intacto, e vi um dos bêbados no chão se levantar e cutucar o outro chamando para cair na piscina. Rapidamente me sentei no lugar sujo de sangue, disfarçando. Um dos caras, Gael pelo que me lembrava, arrastou Noah dormindo em direção a piscina. Aproveitei a oportunidade e “limpei” o sangue com vinho. Só assim para disfarçar na droga do sofá branco. Se fosse aparece
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Capítulo Oito - Noah
Faz meses que Esperanza terminou comigo através dos seus pais. Aconteceu pouco após a festa. Aquela festa me deixou com duas questões abertas. Primeira: O que aconteceu com minha “noiva” para ela terminar comigo sem mais nem menos. Segunda: Quem era a dona da calcinha que ainda se encontra na minha gaveta?Às vezes me questiono se Esperanza me pegou no flagra com alguma garota e se sentiu ofendida. Porra! Não lembro de nada.E sinceramente... achei que seria o paraíso, que usaria o término como desculpa para viver na farra sem a minha mãe poder reclamar, mas não foi assim. Me incomodou muito como acabou. Acho que no mínimo ela teria que ter me dito que queria terminar. É a atitude que uma mulher adulta deveria ter.Desde a noite que passou em meu apartamento naquela festa que não mais a vi, nem a minha mãe ela visitou mais. Claro que a senhora Ligia me culpou. Segundo ela, eu devo ter feito algo muito grave para isso acontecer.Às vezes me pergunto se realmente o fiz. Ela estava muito
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Capítulo Nove - Esperanza
Um erro. Apenas um erro e toda minha vida foi destruída. Se eu achava que era ruim viver sob as regras absurdas dos meus pais, não sabia o que viria.Ingênua. Burra mesmo. Fugi de Noah. Disse aos meus pais que ainda não estava pronta para me casar, que queria passar alguns anos em uma escola só para mulheres, onde a minha mãe estudou. Claro que eles aceitaram. No fundo acho que não confiavam no meu relacionamento com Noah. Estavam mais que certos.Confirmei a gravidez quando já estava no terceiro mês. Eu não tinha muita informação sobre sexo e fui tola em acreditar que uma vez sem proteção não seria capaz de engravidar. Juntando com minha menstruação desregulada, fui iludida até a verdade bater na minha cara.As responsáveis por mim no colégio me mandaram de volta para casa quando descobriram minha situação.Minhas mãos tremem segurando a mala. Meu pai e minha mãe estão na sala em pé, me olhando com expressões de pura decepção.— Grávida, Esperanza? — a voz do meu pai, mesmo baixa, rev
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