Após a partida dos familiares de Guilherme e se retirar para dormir, Tábata deitou-se, mas o sono não a envolveu com facilidade. A mão descansava sobre a barriga, acariciando o ventre num movimento lento e reconfortante, os olhos fixos no teto, revivendo em meio às sombras o curto trecho de conversa.Queria questionar Guilherme sobre o que ouviu, saber sobre o filho que ele perde, entender como ela e sua bebê se encaixava nessa história. Mas estava há somente um mês na casa dele e não se sentia no direito de cobrar explicações.Por mais que tentasse esquecer, o comentário daquela mulher, de que Guilherme usava a filha dela como substituta do que perderam, a incomodava. Mas, ao lembrar-se da forma como Guilherme sempre tratava ela e a bebê, o incômodo enfraquecia.Disse a si mesma que o importante era que ele cuidava delas, se importava, a fazia sentir-se especial e protegida. Sua filha, que nem havia nascido, já recebia dele mais carinho e atenção do que ela mesma jamais recebeu da pr
Ler mais