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Todos os capítulos do A Segunda Chance do CEO: Capítulo 1 - Capítulo 10
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Grace
Ansiosamente, observei o relógio em meu quarto. Eram quase uma da manhã, e eu aguardava com expectativa a mensagem da minha amiga, Camille, ou melhor, Cam. Essa noite prometia ser diferente de todas as outras. Desde que voltei a Santa Barbara, tenho me arrastado pelos compromissos sociais e jantares oferecidos por sócios e velhos amigos da família. Estou sufocando sob as expectativas impostas aos Sinclair. No entanto, a mensagem tentadora de Cam no meio da noite desencadeou seu plano de me libertar deste lugar, tarde da noite, sem que ninguém perceba.Estar de volta após tantos anos têm sido uma experiência intensa, mas estou descobrindo que, mesmo que eu tenha que participar desses eventos, sinto um estranho contentamento por estar novamente em casa. Foram quase seis anos no exterior, vivendo e estudando na Europa após a morte de minha mãe. Por muito tempo, nem mesmo considerei voltar para casa. No entanto, o tempo, que semeia dúvidas, também nos mostra o caminho e as respostas corre
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O diabo me chamou para dançar. (Para Ele!)
A advertência de Cam desperta minha curiosidade, mas também me deixa cautelosa. Eu já havia ouvido em algum lugar que não se deve se fazer notar pelo diabo, e o que fazer quando seu olhar cruza com o dele? Ignore-o. O quanto você puder. Eu me afastei, seguindo com Camille para uma mesa onde estavam alguns conhecidos dela, mas a sensação de ser observada não me deixava. Das sombras, coberto de tatuagens, envolto em fumaça, ele permanece lá, e talvez possa me ver, mais do que eu gostaria.Decidi ir para o ambiente do piso inferior da boate, juntando-me a Cam na pista de dança. Enquanto me movia ao ritmo da música, sentia os olhares famintos de outros homens voltados para mim. Uma sensação arrepiante percorria minha pele, misturando-se com a embriaguez da bebida e a batida pulsante da música. Eu adoro música, adoro dança, então tratei de ignorar a timidez inicial pensando que ninguém poderia ficar entre mim e algo que eu goste tanto. Dançar era uma forma de escape, uma maneira de esquece
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O Acidente
Eu estava dançando quando Camille se aproximou de mim, com um sorriso travesso nos lábios. Seus olhos brilhavam com uma ideia em mente, e eu sabia que estava prestes a ser arrastada para outra aventura.— Grace, tenho uma proposta para você — ela disse, inclinando-se para que eu pudesse ouvir acima da música alta. — Um dos meus amigos tem uma propriedade incrível nos arredores da cidade. Ele convidou um grupo de amigos para ir até lá esta noite. Seria uma experiência diferente, longe da agitação da boate. O que você acha?Senti-me dividida. Por um lado, adorava o ambiente vibrante da boate, a música pulsante e a sensação de liberdade que enchia o ar. Mas, por outro lado, a ideia era aproveitarmos a noite juntas, e seria no mínimo indelicado me recusar depois do plano bem-sucedido de fuga que Cam orquestrou.— Não tenho certeza, Cam. Estou me divertindo bastante aqui — respondi, balançando a cabeça em direção à multidão que ainda se agitava na pista de dança.Camille franziu o cenho, c
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No Hospital
Estou deitada na cama do hospital, observando os médicos e enfermeiros correndo de um lado para o outro. Ainda sinto a tensão do acidente percorrendo meu corpo, mas agradeço por não ter sofrido ferimentos graves. Ao meu lado, Cam também estava deitada em uma cama próxima, e nossa conversa é interrompida pelo barulho constante dos monitores e pelos murmúrios das pessoas ao nosso redor, aos quais tentamos ficar atentas para saber como estão os amigos de Camille.Enquanto escuto meu pai conversando com o médico, pude perceber sua preocupação e determinação em garantir que todos recebessem o melhor tratamento possível. Ele é um homem de negócios sério e comprometido, além de muito conhecido na cidade. O pai de Camille e sua mãe também estão aqui, e agora ela parece estar menos agitada do que antes. Sinto-me aliviada ao saber que seríamos liberadas no dia seguinte após alguns exames e observação.No entanto, não posso deixar de notar as outras conversas que meu pai tem ao celular. Ele esta
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Um favor que não tenho como recusar
Sinto-me subitamente desperto quando ouço batidas a porta do meu quarto, alerta, depois de uma noite longa. Fecho os olhos novamente, cheiro de perfume doce nos cabelos vermelhos, da garota deitada ao meu lado, que ainda dorme profundamente. A outra se vira sonolenta, os olhos parecem não ter nenhum foco distinto, então ela volta a dormir. Mais uma batidinha discreta, e faço um esforço para me levantar, George não iria insistir se não fosse sério, ou pelo menos incomum. Saio da cama, encontrando minhas roupas pelo caminho, me visto o mais rápido que posso, um jeans e uma camiseta devem ser o suficiente, e enquanto passo a mão pelo cabelo na tentativa de ficar mais apresentável, abro a porta.— Senhor Carter — George diz, com a mesma postura discreta e solícita de quando ainda trabalhava para meu pai — o senhor tem uma visita inesperada.— É um inesperado bom ou ruim, George? — pergunto, fechando a porta atrás de mim.— É a Srta. Evans, ela foi bastante insistente se me permite dizer —
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Ceifa
Os dias após o acidente pareciam ter uma aura de cautela pairando no ar. Matt Sinclair finalmente concordou com meu pedido de ir à boate novamente, mas sob suas condições restritas. Aceitei seu acordo, ciente de que era melhor tê-lo ao meu lado do que arriscar a fuga novamente, e não tenho dúvida alguma que isso aconteceria.Hoje à noite, Camille vai passar em minha casa como nos velhos tempos. Nossa rotina de maquiagem, escolha de vestidos e risadas parecia uma escapada para uma realidade mais jovem e despreocupada. Estávamos animadas com a perspectiva de uma noite divertida, mas algo me incomodava profundamente: a presença de Bianca. A "namorada" de meu pai. E o problema nem é tanto o fato de que ela é apenas alguns anos mais velha do que eu, mas porque apesar de que ambas somos adultas agora, ela não me parece muito mais madura do que a garota insuportável do tempo da escola, por trás da postura digna e bons modos que cá entre nós, qualquer um com um pouco de prática faria até melh
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Carona Para Casa
Uma mulher elegante em um terninho permite nossa entrada. Passamos por um pequeno corredor com iluminação suave antes de entramos, em um outro ambiente. Há mesas aqui, um bar, o local é sofisticado sem parecer pretensioso. Nos acomodamos enquanto uma garçonete se aproxima, sorrindo discretamente e se coloca a nossa disposição. Cam pede cervejas para nós, e quando a moça se afasta ela respira fundo e tenta relaxar.— O que foi aquilo?— Eu tinha esquecido completamente essa palhaçada—ela diz—tem um pessoal que celebra a colheita. São ligados aos principais vinhedos da Califórnia. E todo ano é essa palhaçada.— O que é a ceifa, Cam?— É só uma bobagem mística que alguns fanáticos insistem em encenar todo ano —ouço a voz de Ben próximo a nós, me surpreendendo, e logo depois olho para ele —você está bem? Aquele idiota te machucou?— Estou bem — falo, ainda surpresa com a presença dele aqui — quem era aquele cara?— Ninguém que vale o seu tempo — ele parece querer encerrar o assunto - você
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No Píer
O sol estava começando a se pôr quando meu pai, Matt Sinclair, me chamou em seu escritório. Ainda era difícil para mim não me sentir como uma adolescente prestes a ser repreendida, mesmo sendo uma mulher adulta. Mas algo me dizia que não seria uma conversa casual.Respirei fundo e bati na porta antes de entrar. Meu pai estava sentado atrás de sua grande escrivaninha de mogno, com uma expressão séria no rosto. Ele era um homem alto e imponente, com cabelos começando a ficar grisalhos bem cuidados e olhos azuis penetrantes que eram um reflexo dos meus.— Grace, por favor, sente-se — ele diz, apontando para a cadeira em frente à sua mesa.Tento disfarçar meu nervosismo ao me acomodar. Sei que ele está preocupado comigo, especialmente depois de saber que voltei para casa com Ben, alguém que eu soube que ele claramente não aprova desde a noite que passei no hospital, por algum motivo, havia um clima estranho entre os dois. — O que houve, pai? — pergunto, tentando parecer calma.— Eu vi vo
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Aquele favor... de novo.
O final da tarde ilumina o meu luxuoso escritório no alto de um prédio em Santa Barbara. A vista panorâmica da cidade era de tirar o fôlego, mas meus olhos estavam fixos nos relatórios financeiros que eu analisava, até o momento. Como investidor e empresário, esse é o meu mundo, o lugar onde eu me sinto verdadeiramente realizado, e pelo qual comecei a lutar ainda muito jovem.Atrás da minha imponente mesa de madeira escura, eu me inclino sobre os gráficos e números, buscando identificar as melhores oportunidades para meus clientes e para os meus próprios investimentos. Os números mostravam que tudo está indo bem, que os negócios estão prosperando, e isso me traz uma sensação de satisfação, tenho orgulho do meu trabalho.O telefone toca, interrompendo minha imersão no trabalho. Atendo com um tom profissional, mas também com a simpatia que sempre cultivava em minhas relações de negócios.— Ben Carter falando.— Sr. Carter, aqui é David da equipe de análise. Temos os relatórios finais do
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Vou buscá-la mais tarde.
Montando na moto, acelero pelas ruas de Santa Barbara em direção ao "Maré Alta". O restaurante é um dos empreendimentos mais bem-sucedidos que tenho, e Bianca sabia disso quando escolheu esse local para seus planos.Ao chegar, estaciono a moto e caminho em direção ao restaurante. Passo pelos clientes, que olham curiosos para mim. Muitos deles sabem que eu sou o dono, mas para outros, sou apenas mais um cliente como tantos outros.Ao entrar, vejo Grace conversando com Matt, os três poderiam fazer as vezes de família feliz, se não fosse a ambição de Bianca. Grace me nota e seus olhos brilham com um toque de surpresa e alegria. Ela não disfarça o quanto está feliz em me ver, enquanto Matt enxerga apenas o playboy que em algum momento vai partir o coração de sua garotinha em pedaços, e eu não me importo de manter esse papel se isso a mantiver distante.— Grace — chamo, cumprimentando-a com um sorriso malicioso.— Ben — ela responde, um pouco desconcertada.— Bem-vindos ao Maré Alta, estão
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