Todos os capítulos do Grávida por acidente-Um chefe tirano: Capítulo 1 - Capítulo 10
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Quando eu perdi o chão
Feia! Era exatamente como eu me sentia em um vestido de baile bastante apertado. Olhando para os casais que dançavam, eu invejava a minha própria sorte. Sempre fui uma mulher desafortunada, sem dinheiro, sem status, e sem beleza. Ser obrigada a me casar com o filho preferido e herdeiro da indústria Holloway parecia uma dádiva, mas havia se tornado, para mim, um grande pesadelo. Meus olhos percorreram por toda a festa, a procura do homem que eu amava e tanto venerava. Era como estar sozinha, embora tivesse um grande anel no meu dedo, delatando o status de casada. Enquanto caminhava, exibindo a grande barriga logo a frente, mulheres teimavam em cochichar e murmurar sobre mim. Eu vi o momento em que uma delas riu. – Como ele teve coragem? – O Daren é realmente um homem peculiar. Mas gostar disso aí... Difícil acreditar! – A mulher afirmou. Meus quase seis meses de gestação e um nervoso absurdo não permitiram que eu as confrontasse. – Livy Holloway! – A mulher gritou pelo meu
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É claro que eu sei quem é o pai!
Uma multidão estava ao meu redor. A minha visão ainda não havia se restaurado completamente, mas os olhos do Daren me encontraram. Eu toquei no rosto macio, e o encarei com firmeza e uma sincera preocupação. – Eu tive um pesadelo terrível! – Revelei. Daren sorriu. – Você está bem agora! – Nem mesmo o melhor dos atores poderia fingir como ele. – Acho que sim. O que aconteceu? – Enquanto olhava ao redor, as pessoas começavam a se afastar de mim, mas ainda podia escutar cada murmúrio. “fraca, e feia... Ninguém merece”, “ Ela era mesmo um estorvo.”– Você desmaiou! – Daren segurou a minha mão, ajudando a me levantar, e então quando finalmente estava de pé, me tocou nas costas. – Vamos subir. Nós temos que ver isso. – Não acha que os seus convidados ficarão chateados? – Perguntei. Havia uma sincera preocupação da minha parte. – Não se preocupe com isso. Temos que resolver isso aqui primeiro. Meu coração aqueceu. Um alívio estava a todo momento percorrendo o meu corpo, e devolv
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Você quer mesmo começar isso?
Aperta, solta, aperta, solta. Segurando uma bola de ansiedade, escuto o meu amigo falando sobre mulheres. Esse maldita conversa já chegou ao limite. Bato contra a mesa, e ele pula subitamente. – Chega! – Grito. Voltando a minha paz interior instantaneamente. Eliot me encara, tentando decifrar a minha expressão facial. Mas eu não tenho emoções no momento. – Você sabe que precisa disso. – Não quero outra maldita secretária! – Não pode continuar desse jeito. Tudo está desorganizado, e sabe que temos um prazo para entregar o projeto da operação Fire. Continuo pensativo. Eliot tinha razão, era evidente, mas desde que me envolvi com a última secretária, a RageTech esteve a beira da falência por quase cinco meses. Maila havia sido uma maldita traidora que roubou segredos da minha empresa, e compartilhou com os rivais por quase um mês, até que eu a desmascarasse. Agora, não confio em mais ninguém. – Eu sei. – Massageei a cabeça. Me levantei da poltrona e andei calmamente até o lado de f
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Pensei que podia voar
Me levantei da cama improvisada no chão. Minhas costas doíam, e o meu rosto estava marcado pelo óculos que eu esqueci de tirar antes de dormir. Os livros que havia estudado ainda estavam abertos quando sai do quarto, usando a primeira roupa que encontrei. Deveria ter saído de casa a meia hora. É isso, vou perder o emprego que acabei de conseguir. Corri o mais rápido que podia. Ser feia te impede de coisas fáceis, como conseguir que um táxi pare. Quase precisei ser atropelada para conseguir um. Meu cabelo estava um caos, e eu só vi quando olhei pelo retrovisor. O motorista me encarava, carrancudo, como se eu fosse uma visão ingrata às seis e cinquenta da manhã. – Para onde vai? – RageTech! – Trabalha limpando? – Sou a secretária do senhor Hardin! – Respondi. Estava orgulhosa, mas as minhas mãos suavam de medo. O motorista riu. Parecia incrédulo. – Entendi! – Disse algo de errado? O homem me encarou pelo retrovisor, enquanto finalmente partia. – Nada. É que você tem cara
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O que Daren quer agora?
Hardin Gargalhadas do lado de fora chamavam a minha atenção. Eu odiava toda essa merda. Bagunça não era o tipo de atitude esperada em uma empresa como a RageTech. Sério, mudei as câmeras do meu computador aberto sobre a mesa. Os meus olhos estavam atentos, como se buscasse por qualquer deslize, mas as pessoas apenas pareciam conversar, animadas. – Eu estava dizendo que... – Eliot continuou. O meu foco ainda estava naquele maldito corredor, e eu não fazia idéia do motivo para estar tão curioso. Poderia chamar a segurança e pedir que calassem os malditos funcionários, ou poderia sair e adverti-los pessoalmente, mas precisava saber o que pretendiam. Os meus olhos se apertaram. – O que acha, Hardin? – Uma voz me alertou. – O que? – Eu parecia distraído, e odiava não ser atencioso com a empresa. – Está tudo bem? Precisa de uma pausa? – Eliot se levantou ao me perguntar. Espalmei a mão no ar. – Está tudo bem. Continuem! – Eu disse. Os meus olhos finalmente estavam voltados par
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Pare de ser bisbilhoteira!
Livy Clarke Meu corpo ainda ardia, coberto pelo café quente que começava a esfriar. Minha roupa encharcada estava grudada no meu corpo, e eu era incapaz de continuar de pé. A minha barriga doía tanto, e eu praguejei. Sentia tanto medo de perde-lo. – Oh meu bebê, por favor, não vá... Por favor... – Implorei, olhando para baixo. Em um ato instintivo, minhas mãos tocaram na barriga. – Por favor...Os meus olhos se voltaram para a devastação no rosto de uma mulher logo a frente. A forma como ela me encarava, com seus olhos grandes arregalados. Estava claro que ela não tinha a menor noção de que eu esperava um bebê, e para a minha sorte, espero que mais ninguém descubra. – Você... Você não é estranha. Você só está... – Os olhos dela ainda estavam em puro choque. – Você está gravida? – Ela praticamente cuspiu as palavras aos meus pés. – Por favor, fala baixo. – Implorei, olhando para os lados. As minhas mãos estavam no ar, pedindo que ela dissesse mais uma única palavra. O rosto ainda
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E se eu investigar a sua vida?
Abri os meus olhos no tempo que achei ser dois segundos após fecha-los. Um som irritante me tirou de um lindo sonho, onde nada disso precisava estar acontecendo. Meu semblante se tornou triste e desesperado, e o badalar ainda estava presente, irritante como na primeira vez que o escutei. Meus olhos se moveram em direção ao som, e então eu pulei da cadeira como um gato assustado. Me levantei e encarei o meu chefe, olhando para mim com toda sua expressão fria. Os dedos rápidos batiam fortes sobre a pilha de papéis e desenhos espalhados. – Chefe! – Os meus olhos estavam arregalados, e eu esperava que a franja pudesse esconde-los ao menos um pouco. – Gostou da minha sala? – O senhor Hardin perguntou. – Acho que deveríamos colocar uma cama, bem ali! – Ele se levantou e andou até a parede vazia. – O que acha, senhorita Clarke? Dessa forma você teria um descanso muito melhor. O que acha da ideia? Meu rosto queimava de vergonha. Eu sei que deveria explicar que o bebê me causava sono, e que
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Meu chefe pelado!
– Na minha vida? – Na sua vida, senhorita Clarke. O que há para saber? – Eu não sou interessante, senhor Hardin. Eu não tenho nada a dizer. – Tem certeza? Eu posso descobrir... – Ele segurou o telefone e o colocou no ouvido. O meu coração acelerou, mas eu tentei manter qualquer nervosismo afastado de mim. Se o Daren souber que eu estou trabalhando, vai garantir que a minha vida seja arruinada outra vez. Respirei fundo. – Espera! Ele me encarou. Parecia completamente vitorioso, e eu soube no mesmo instante que tudo não passava de um jogo de poder para ele. Meu arrependimento gritava, e eu deveria me demitir se pudesse, mas eu precisava responder as perguntas do meu chefe tirano. – Eu tenho um casamento falido com um homem rico que me traiu. Eu tenho uma mãe morta, sou imigrante, e só consegui estudar por que ajudei um homem no passado e ele acreditava que me devia algo. Eu não tenho nada no mundo, senhor Hardin, além desse emprego. E se o senhor me demitir, eu provavelmente não c
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Eu não sou fraco!
Hardin Vasculhei por todos os lugares, procurando pela maldita roupa. Maila provavelmente as jogou fora quando eu finalmente a demiti daqui. Dois anos em que eu não me relacionava seriamente com alguém, e quando finalmente abri o meu coração, aquela maldita o quebrou. Se eu ao menos tivesse raciocinado por um minuto... Se eu não tivesse assinado o maldito papel... Andei sem roupas pelo escritório, esperando que a minha assistente voltasse, mas já se passou quinze minutos desde que ela saiu, e eu ainda continua a esperar. Andei até os quadros agressivos presos nas minhas paredes e pensei no maldito erro do projeto. Maila me custou alguns milhões, e essa merda me custará ainda mais... Uma bebida seria o ideal agora. Andei até o armário e me servi. Só estava tentando afogar a maldita amargura que se instalou em mim.A porta se abriu. Os olhos dela eram incapazes de me olhar, e eu precisava admitir que achava, ao menos, adorável... O que havia da senhorita Clarke que me fazia acha-la ad
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Ela é feia e atrevida!
As pessoas me encaravam como se eu estivesse ao lado de uma aberração, e eu senti uma maldita vergonha por isso. Caminhei ao lado dela, e me sentei em uma mesa reservada para seis pessoas. A senhorita Clarke tentava manter a postura, embora estivesse sempre demonstrando um pouco de corcunda, ao ficar sempre com os ombros para baixo. Puxei a cadeira, mas ela se sentou em outra, totalmente alheia ao meu gesto. Eu odeio ser um homem cavalheiro com quem não presta atenção. Revirei os olhos, ainda segurando a maldita cadeira aberta, e então me sentei na cadeira que deveria ser dela. Uma garçonete andou até nós, levando com ela os cardápios. Encarei a senhorita Livy Clarke, e eu consegui notar cada traço de decepção nos olhos dela. Provavelmente pensava no quanto aquilo parecia absurdo, mas esqueça, não somos um casal e jamais vamos ser. – O que você quer comer? – Não sei. Não entendo muito do que está escrito aqui. – Não faz mal. É só me dizer do que gosta. Mas ela continuava encara
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