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Todos os capítulos do MEU INSANO PROFESSOR: Capítulo 1 - Capítulo 10
55 chapters
1
— Filha, não demore para voltar! — grita minha mãe da cozinha. — Estarei aqui na hora do jantar! — aviso-a. Pego minha bolsa e vou para o ponto de ônibus em frente à minha casa, onde espero por aproximadamente dez minutos. Ao entrar, pago a passagem e fico em pé por causa da superlotação e assim que estou perto do meu destino, aperto o sinal para parar no próximo ponto, onde fica a praça em que normalmente vou nos meus dias e horários livres. Ao descer percebo as pessoas correndo, caminhando, fazendo exercícios, crianças de colo e no carrinho. Olho para uma árvore que oferece uma boa sombra e me encaminho até ela me sentando na grama. Tiro da minha mochila o meu caderno de desenhos, estojo e começo a olha ao redor à procura de uma paisagem ou pessoas para desenhar. Meu olhar recai em um homem muito bonito. Bonito não! Na verdade, um homem espetacular, sentado em um banco trajando roupas de ginastica enquanto fala no celular obviamente irritado com a pessoa do outr
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2
Chego em casa escorrendo suor devido ao calor escaldante, passo reto pela minha mãe apenas gritando um “eu cheguei!”, e subo direto para o meu quarto. Ao entrar, jogo minha bolsa na cama e vou para o banheiro. Ligo a água para ela ir mornando enquanto me dispo em frente ao espelho, ao estar completamente nua olho-me em frente ao espelho e fico desgostosa com o que vejo. Magra demais, pálida demais, estranha demais. Acho que é por isso que eu nunca consegui um namorado. Na verdade, já consegui um, Brandon Mayers, porém ele não conta, tudo foi uma completa mentira, era apenas uma aposta. Como que o capitão do tipo de futebol iria querer ficar comigo? E no final de tudo ele conseguiu a grande quantia de dinheiro, porque fui burra o suficiente para acreditar que um garoto lindo e popular como ele ficaria comigo. Me lembro de chorar por uma semana, não por ele e sim por ser burra o suficiente por ter acreditado, fui motivo de risos por semanas, mas não me importo mais, isso aco
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3
Fujo correndo da sala de aula e acabo esbarrando em várias pessoas no caminho, eles olham para mim como se estivessem assistindo o demônio fugindo da cruz, os alunos dessa escola já não tinham uma boa impressão sobre mim devido a maldita aposta e neste momento com toda a certeza piorou. Ainda não consigo acreditar que o homem que conheci em uma praça é o meu professor, quando o vi pensei que ele poderia ser dono de seu próprio negócio ou algo do gênero, mas ele leciona, e para completar minha frustração, tenho uma dificuldade imensa em sua matéria. Agora tenho o número do homem que eu conheci na praça que acaba por ser meu professor. Ao chegar no meu armário a escola está quase deserta, abro-o e coloco meus materiais usados no dia de hoje, fecho-o e alguém esbarra em mim levando-me ao chão. Esse só pode ser meu dia! Olho para ver quem me derrubou e vejo o maldito Brandon! O babaca nem ao menos parou seu caminho para me ajudar. — Desculpe Eve — Eu pensava que ele não
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4
Desperto na mesma posição em que fiquei ontem, mas agora estou completamente coberta pelo lençol e Dylan nem ao menos me chamou para ir para a cama. Me sento, entretanto, meus músculos do pescoço protestam, tento virar minha cabeça para o lado, o que só acaba por piorar a dor. Me levanto e vou para a cozinha onde pego a caixa de remédios, tomo um Advil e subo para o quarto, meus olhos se arregalam ao constatar a hora pelo relógio na cabeceira. Já são quase nove horas! Não há mais chances de ir para a escola. Vou para o banheiro e tiro o lençol jogando-o no canto do chão e ligo a água. Ao entrar, meus músculos do pescoço relaxam na água quente e acabando com a tensão. Saio do banheiro e coloco minha casual calça jeans e uma blusa branca, penteio meus cabelos e deixo-os secar naturalmente. Desço para a cozinha e encontro Dylan olhando pensativamente para a geladeira e por um momento fico confusa. Onde ele dormiu? — Bom dia, Eve — Ele diz quase cantando e sorri — Como você
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5
Quando o intervalo chega já me sinto melhor devido ao analgésico. Não voltei mais para a sala de aula, fiquei em “observação”, o que foi completamente desnecessário, e assim que o sinal soou, a enfermeira insistiu para que eu comesse algo e me deu um discurso sobre bebidas alcoólicas, completamente desnecessário também, pois eu NUNCA MAIS ficarei bêbada novamente na minha vida! Fui em direção ao refeitório, peguei uma bandeja e coloquei o hambúrguer mais “saudável” que a escola insiste em dar, peguei um mini bolinho e uma caixinha de suco. Busco por Dylan no refeitório e encontro-o sentado no fundo acenando para mim igual uma bicha louca, tento não começar a rir e ando até a mesa. — Eve! Você definitivamente parece melhor! — Agora estou melhor já que vomitei todas as minhas tripas para fora — digo sarcástica. — Você vomitou na sala? — Dylan faz uma expressão de “Oh meus Deus!” como se fosse uma grande coisa. — Na verdade, eu saí correndo e meu “professor” veio atr
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6
Muitas vezes dizem que o destino brinca com você, sempre achei isso uma puta idiotice, quem acredita em destino? Sinceramente? Eu não. Mas fico me perguntando repetidamente qual foi a intervenção maldita que colocou um homem correndo no parque, o homem que eu desenhei, o homem que é a droga do meu professor! Ok, não é para tanto assim, eu acho. O pior é que desde então eu não paro de pensar nele, o que é totalmente errado. Errado também é eu ter escondido em meu quarto um retrato nu, acho que a minha mãe teria um enfarto assim que olhasse, ainda mais por saber que foi um homem, mesmo que ‘gay’, me retratou. — Everly, onde você está? Preciso da sua atenção aqui — A conselheira começa a estalar os dedos na minha frente e saio dos meus pensamentos. — Me desculpe — murmuro — Sobre o que a senhora estava falando? A conselheira é uma mulher já em seus sessenta anos, cabelos pretos pintados na altura do pescoço e acima do peso, ela suspira profundamente como se não qu
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7
— Você está bem, Everly? Congelo em minha risada, na verdade eu e Dylan congelamos, ele olha para trás de mim e arregala os olhos. Eu definitivamente conheço essa voz. Viro-me para trás e deparo-me com um Joshua, sua preocupação está estampada na sua face. — Você está bem, Everly? — pergunta novamente, olho-o de cima abaixo, ele está vestindo roupas casuais, uma calça jeans surrada que já viu dias melhores, uma blusa de linho branca e tênis. Joshua arqueia a sobrancelha esperando por uma resposta. — Nós estamos bem, senhor Joshua — Dylan intercepta vendo que eu estou no mundo da lua, ele se coloca ao meu lado praticamente se colando em mim, vejo Joshua tencionar, mas seus olhos não demonstram nada — Na verdade, eu e Eve vamos a sorveteria. — Vamos? Acordo e olho para Dylan. Nós vamos? Olho para a sorveteria. Bem pensado Dylan! — Você gostaria de tomar sorvete com a gente? — arregalo meus olhos para Dylan. Que porra de ideia é essa? Olho para Joshua esp
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8
Everly 1 semana depois. A prova é colocada na minha mesa, espero o professor Joshua se virar e entregar as provas dos outros alunos e finalmente encaro o papel na minha frente. 2. Eu tirei 2. Meus ombros desmoronam para baixo como se o mundo tivesse caído sobre eles. Como vou para a faculdade? O que vou fazer para me formar? Esfrego as mãos em meu rosto tentando aliviar a frustração que sinto dentro de mim, está mais para um vulcão prestes a entrar em erupção. O sinal soa, parece que Deus ouviu meus pensamentos, porque o que eu mais quero é sair daqui, chegar em casa e enterrar meu rosto no travesseiro. — Everly, espere um minuto, por favor? — paro minha quase corrida para a saída, outras alunas que estão saindo olham para mim com óbvia inveja. Danem-se elas. Danem-se todos. Volto-me para Joshua, ele espera os outros alunos saírem para então ficarmos sozinhos. — Everly, sua nota não foi... — Não o deixo terminar e explodo. — Não foi boa! Eu sei! Eu
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9
Ele quer que eu o desenhe agora? Eu dormi no apartamento do meu professor, faltei a aula, e ainda continuo no apartamento dele. O quão maluca eu sou? Ao invés de ir embora, estou aqui, vestindo uma roupa sua, e olhando-o sem saber o que dizer. — Eu quero que você me desenhe. Assinto, foi essa a proposta. — Você pode se sentar no sofá — encontro minha voz. Ele assente, vai até o sofá e eu vou até sua pequena mesa onde está minha bolsa. Tiro meu caderno de artes e um lápis próprio para desenhos. Pego uma cadeira da mesa e coloco bem distante de Joshua. Decido não apenas pintar seu rosto, somente pegar metade do seu tórax e ir subindo. Não sei quanto tempo exatamente fico desenhando, minutos, horas, eu não sei, apenas me dou por satisfeita quando fica pronto e fico feliz com o resultado. — Acabei! — digo vitoriosa. Joshua, no mesmo instante sai do sofá e entrego-o a folha, ele olha por um bom tempo e sorri de um modo que deixou todo o meu corpo arrepiado
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10
Por Everly Abro a porta de casa, vejo minha mãe na cozinha e praticamente vou correndo ao seu encontro. — Nossa filha, calma — Ela ri da minha alegria, mas está mais para alivio, alivio que minha mãe voltou viva para casa, odeio que ela trabalhe de aeromoça, infelizmente não temos muitas opções. — Estava com saudades, mãe — abraço-a apertadamente. — E o trabalho? — conversei com minha mãe sobre o trabalho e ela não agiu muito bem a princípio, mas aceitou, já que não passa muito tempo comigo, contudo, disse que iríamos conversar mais sobre isso. — E a escola? — fico tensa, pois hoje mesmo eu faltei, coloco um sorriso no rosto tentando disfarçar a mentira. — A mesma coisa de sempre — E eu não estou mentindo, a única coisa que mudou foi o professor gostoso de cálculo — O que você está fazendo de comida? — pergunto tentando mudar de assunto. — Carne ao molho madeira, sei que você ama — Realmente amo. — Vou tomar um banho e já desço para ficar com você, te amo e que
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