Fujo correndo da sala de aula e acabo esbarrando em várias pessoas no caminho, eles olham para mim como se estivessem assistindo o demônio fugindo da cruz, os alunos dessa escola já não tinham uma boa impressão sobre mim devido a m*****a aposta e neste momento com toda a certeza piorou.
Ainda não consigo acreditar que o homem que conheci em uma praça é o meu professor, quando o vi pensei que ele poderia ser dono de seu próprio negócio ou algo do gênero, mas ele leciona, e para completar minha frustração, tenho uma dificuldade imensa em sua matéria. Agora tenho o número do homem que eu conheci na praça que acaba por ser meu professor. Ao chegar no meu armário a escola está quase deserta, abro-o e coloco meus materiais usados no dia de hoje, fecho-o e alguém esbarra em mim levando-me ao chão. Esse só pode ser meu dia! Olho para ver quem me derrubou e vejo o maldito Brandon! O babaca nem ao menos parou seu caminho para me ajudar. — Desculpe Eve — Eu pensava que ele não se lembrava de mim, porém, parece que ele não irá esquecer meu nome facilmente. Vejo uma mão estendida quando estou preste a me levantar, olho para cima e encontro Joshua, essa é a segunda vez que ele estende a mão para mim e eu a agarro, e como da primeira vez, sinto o estranho arrepio passar pelo meu corpo deixando meus pelos eriçados. — Alguns alunos dessa escola estão perdidos — Joshua faz seu ponto olhando por onde Brandon se foi — Pensei que estivesse na faculdade — fico momentaneamente atordoada com a forma com a qual ele foi direto. — Bem, eu pretendo no próximo ano — fico feliz por minha voz não travar como da primeira vez — Eu preciso ir para casa. — Sim, casa — ele assente. Viro-me, mas Joshua coloca as mãos em meus ombros fazendo-me sentir arrepios por todo o local e estende uma folha para mim. — Essa é matéria que aplique hoje — devo estar ficando ruborizada, profundamente vermelha e abaixo a cabeça olhando para o chão tentando de alguma maneira esconder o meu defeito. — Você parece uma menininha quando cora desse jeito. Uma menininha? Que ótimo! — Obrigado professor — pego a folha de suas mãos e talvez tenha sonhado por alguns segundos, entretanto, tenho certeza de que seus olhos brilharam de um jeito diferente. Não precisa agradecer, apenas preciso dessa folha em minhas mãos amanhã — assinto e sigo meu caminho para os portões da escola. [...] Joshua No meu último ano lecionando, fui informando que estaria ministrando aulas para o último ano, fiquei aliviado pela direção da escola não me colocar com crianças, falta-me paciência para lidar com elas. Ao entrar na classe sou direto e claro, explico meu método de ensino e começar a ministrar a matéria do semestre. Tiro dúvidas de metade da sala, todavia, meus pensamentos estão na menina-mulher de ontem, sei que ela não ligaria, mas e seu eu ligasse? Esse pensamento está me rondando até em meus sonhos. Fiquei intrigado com a sua inocência, como se ela nunca tivesse recebido um elogio, Everly corou praticamente para qualquer palavra disse, isso me fez ficar pensado em como seria seu corpo ruborizado por inteiro. Respiro profundamente e sigo até a aluna que se encontra na última carteira de sua fileira, ela veste uma touca e sua cabeça está abaixada, sua estatura me lembra alguém, quando ela olha para cima sinto que devo ter ficado sem ar. É ela! A minha desenhista! Meu primeiro pensamento é de que ela deveria estar faculdade, eu tinha planos para ela e todos estão indo por água abaixo agora. Antes que eu possa exigir uma explicação, o sinal soa e ela sai praticamente correndo, vejo os alunos zombando de sua saída repentina e me pergunto se Everly é o motivo de risadas. Assim que a sala se encontra vazia, observo pelos corredores procurando por Everly, e ao não a encontrar, tranco minha sala e sigo pelo corredor a frente. Eu queria tanto Everly para mim, apenas por uma noite. Ela não deve ter nem 18 anos e é minha aluna. Everly é apenas uma menina-mulher que me atraiu, e como não posso tê-la, apenas posso agradecer a Deus por criar a procriação desde Adão e Eva, assim nunca faltariam mulheres neste mundo. [...] Dirijo-me a saída da escola e um aluno passa correndo rapidamente por mim, de longe observo Everly fechando seu armário e ser derrubada pelo mesmo aluno fazendo-me ficar furioso Corro até ela e estendo a mão, ela agarra-a e puxo-a de encontro a mim. Toda vez que a toco uma sensação eletrizante passa pelo meu corpo deixando-me extasiado, é como se fosse uma droga que cada vez quero mais. O que essa menina tem de diferente? Então faço uma coisa que não deveria fazer, mesmo que saiba que posso ser despedido em questão de segundos, empresto as notas da aula, porém, peço para me devolver no dia seguinte. Eu não posso ter minha aluna, mas há outras mulheres nesse mundo. [...] Passo no apartamento para tomar banho e colocar uma roupa despojada para uma breve saída em um bar qualquer de Montesano. Ao chegar peço um whisky e sento-me para escolher quem será minha presa. Uma loira se senta ao meu lado e sorri para mim se apresentando logo em seguida. — Sou Rebecca. — Joshua. Ela perece ser do tipo de mulher fácil e de certa forma é disso que estou precisando Nós seguimos para o seu apartamento com Rebecca agarrada a mim e deixando beijos molhados que de certa forma não me atraiam. — Meu quarto é ali — Ela me puxa e eu sigo. Me surpreendo quando ela tira seu vestido e por baixo não há nenhuma peça de roupa intima. Não posso deixar de perceber que seu corpo é muito bonito e tonificado, provavelmente passa seus dias em uma academia. Tiro minha camisa e jogo-a na cama ficando por cima dela. Mesmo de calça fricciono na sua vagina diversas vezes, porém meu pênis não se enrijece deixando-me mortificado Saio de cima Rebecca e ela olha-me com seu semblante confuso. — O que aconteceu? — Tenho que ir. — Tipo agora? — Ela pergunta alarmada. — Sim — Nunca tive um problema com ereções e não estou prestes a passar vergonha porque meu maldito pênis não está colaborando. — Por quê? — Você é bonita, mas não posso fazer isso. Por Deus, eu nunca neguei uma mulher em minha vida! Pego minha blusa no chão e saio de seu apartamento Chego em casa mais que frustrado, vou para o banheiro e ligo o chuveiro deixando a água gelada cair em meu corpo. Fecho meus olhos e minha mente começa a viajar sozinha, imaginando Everly nua e seu corpo completamente ruborizado de prazer, ao abrir meus olhos fico assustado com o que vejo. Meu pênis está mais duro que a própria pedra. Dou continuidade a imaginação vendo Everly toda aberta e me esperando penetrá-la, começo a tocar meu pau e esfregar cada vez mais rápido. Everly geme, seu corpo fica escarlate de tão corado e começo a investir forte nela. Fecho meus olhos e deixo o maior prazer que eu tive jorrar no chão do banheiro. Merda, isso foi mais que intenso, parece que meu pênis se levantou para vida apenas imaginando Everly. Eu sempre soube que tinha um problema conforme crescia, quando queria algo, eu precisava ter aquilo de uma forma ou de outra e parece que Everly é meu foco agora. [...] Everly — Dylan, não acredito que você voltou! — Literalmente enforco meu melhor amigo pelo pescoço. — Estava saindo da escola e vê-lo foi como um presente para mim. — Eve, estava esperando que você saísse desse tormento chamado escola. Dylan me acompanha até em casa e almoçamos juntos, conversamos sobre tudo, e pelo que vejo, ele voltou para acabar seu último ano aqui em Montesano. — E como vai a pintura e os desenhos? — pergunto animada, foi Dylan que me ensinou a desenhar ele é um pintor nato e ouso dizer que daqui há alguns anos estará famoso. — Apenas pintando as pessoas e as paisagens. — Posso te pedir algo? — Não fico nervosa com o que tenho em mente, Dylan é e sempre foi meu fiel amigo. — Qualquer coisa. — Quero que faça um desenho onde eu esteja totalmente nua — Dylan inspira profundamente, ele parece atordoado. — O que? Por que você quer isso? — Eu não sei — respondo a verdade. Eu me vejo no espelho todos os dias e não gosto do que vejo, sempre quis me observar pelos olhos de outra pessoa, e eu jamais pediria isso a Dylan se ele não fosse 100% gay. — Eve, eu nunca fiz algo assim. — Por favor! — faço a melhor expressão de abandono que consigo. — Tudo bem, mas não prometo um bom resultado, nunca fiz um retrato nu — dou um grande abraço em Dylan agradecendo-o. — Vou em casa pegar o material. Assinto e Dylan se vai e penso na minha sorte, minha mãe voltará daqui há dois dias, ela teria um infarto se visse Dylan me desenhando. Dylan volta meia hora depois com suas paletas e o quadro branco. — Já decidiu a posição? — Sim — Não irei estar completamente nua, até porque acho que não consigo e por isto peguei um lençol para colocar estrategicamente em algumas partes do meu corpo. — Onde você acha melhor? — Naquele sofá branco da sua mãe — Ele aponta para a parede onde o sofá branquíssimo da minha mãe está posicionado. — Sento-me com o lençol ao redor do corpo e inesperadamente começo a me sentir nervosa, sinto que estou fazendo algo proibido. Deito-me de lado e Dylan vem até mim. — O que você vai querer deixar a mostra? — pergunta. — Meus seios. — Abaixe o lençol até a cintura e deixe uma perna caindo para fora do sofá. Faço o que Dylan pediu e respiro profundamente tentando acalmar as batidas do meu coração. — Eve, deite sua cabeça e olhe para cima, faça uma expressão de quem está sonhando com algo maravilhoso. E instantaneamente penso em Joshua. [...] Joshua Chego à sala de aula antes dos alunos e assim que o sinal soa todos entram. Menos Everly.Desperto na mesma posição em que fiquei ontem, mas agora estou completamente coberta pelo lençol e Dylan nem ao menos me chamou para ir para a cama. Me sento, entretanto, meus músculos do pescoço protestam, tento virar minha cabeça para o lado, o que só acaba por piorar a dor. Me levanto e vou para a cozinha onde pego a caixa de remédios, tomo um Advil e subo para o quarto, meus olhos se arregalam ao constatar a hora pelo relógio na cabeceira. Já são quase nove horas! Não há mais chances de ir para a escola. Vou para o banheiro e tiro o lençol jogando-o no canto do chão e ligo a água. Ao entrar, meus músculos do pescoço relaxam na água quente e acabando com a tensão. Saio do banheiro e coloco minha casual calça jeans e uma blusa branca, penteio meus cabelos e deixo-os secar naturalmente. Desço para a cozinha e encontro Dylan olhando pensativamente para a geladeira e por um momento fico confusa. Onde ele dormiu? — Bom dia, Eve — Ele diz quase cantando e sorri — Como você
Quando o intervalo chega já me sinto melhor devido ao analgésico. Não voltei mais para a sala de aula, fiquei em “observação”, o que foi completamente desnecessário, e assim que o sinal soou, a enfermeira insistiu para que eu comesse algo e me deu um discurso sobre bebidas alcoólicas, completamente desnecessário também, pois eu NUNCA MAIS ficarei bêbada novamente na minha vida! Fui em direção ao refeitório, peguei uma bandeja e coloquei o hambúrguer mais “saudável” que a escola insiste em dar, peguei um mini bolinho e uma caixinha de suco. Busco por Dylan no refeitório e encontro-o sentado no fundo acenando para mim igual uma bicha louca, tento não começar a rir e ando até a mesa. — Eve! Você definitivamente parece melhor! — Agora estou melhor já que vomitei todas as minhas tripas para fora — digo sarcástica. — Você vomitou na sala? — Dylan faz uma expressão de “Oh meus Deus!” como se fosse uma grande coisa. — Na verdade, eu saí correndo e meu “professor” veio atr
Muitas vezes dizem que o destino brinca com você, sempre achei isso uma puta idiotice, quem acredita em destino? Sinceramente? Eu não. Mas fico me perguntando repetidamente qual foi a intervenção maldita que colocou um homem correndo no parque, o homem que eu desenhei, o homem que é a droga do meu professor! Ok, não é para tanto assim, eu acho. O pior é que desde então eu não paro de pensar nele, o que é totalmente errado. Errado também é eu ter escondido em meu quarto um retrato nu, acho que a minha mãe teria um enfarto assim que olhasse, ainda mais por saber que foi um homem, mesmo que ‘gay’, me retratou. — Everly, onde você está? Preciso da sua atenção aqui — A conselheira começa a estalar os dedos na minha frente e saio dos meus pensamentos. — Me desculpe — murmuro — Sobre o que a senhora estava falando? A conselheira é uma mulher já em seus sessenta anos, cabelos pretos pintados na altura do pescoço e acima do peso, ela suspira profundamente como se não qu
— Você está bem, Everly? Congelo em minha risada, na verdade eu e Dylan congelamos, ele olha para trás de mim e arregala os olhos. Eu definitivamente conheço essa voz. Viro-me para trás e deparo-me com um Joshua, sua preocupação está estampada na sua face. — Você está bem, Everly? — pergunta novamente, olho-o de cima abaixo, ele está vestindo roupas casuais, uma calça jeans surrada que já viu dias melhores, uma blusa de linho branca e tênis. Joshua arqueia a sobrancelha esperando por uma resposta. — Nós estamos bem, senhor Joshua — Dylan intercepta vendo que eu estou no mundo da lua, ele se coloca ao meu lado praticamente se colando em mim, vejo Joshua tencionar, mas seus olhos não demonstram nada — Na verdade, eu e Eve vamos a sorveteria. — Vamos? Acordo e olho para Dylan. Nós vamos? Olho para a sorveteria. Bem pensado Dylan! — Você gostaria de tomar sorvete com a gente? — arregalo meus olhos para Dylan. Que porra de ideia é essa? Olho para Joshua esp
Everly 1 semana depois. A prova é colocada na minha mesa, espero o professor Joshua se virar e entregar as provas dos outros alunos e finalmente encaro o papel na minha frente. 2. Eu tirei 2. Meus ombros desmoronam para baixo como se o mundo tivesse caído sobre eles. Como vou para a faculdade? O que vou fazer para me formar? Esfrego as mãos em meu rosto tentando aliviar a frustração que sinto dentro de mim, está mais para um vulcão prestes a entrar em erupção. O sinal soa, parece que Deus ouviu meus pensamentos, porque o que eu mais quero é sair daqui, chegar em casa e enterrar meu rosto no travesseiro. — Everly, espere um minuto, por favor? — paro minha quase corrida para a saída, outras alunas que estão saindo olham para mim com óbvia inveja. Danem-se elas. Danem-se todos. Volto-me para Joshua, ele espera os outros alunos saírem para então ficarmos sozinhos. — Everly, sua nota não foi... — Não o deixo terminar e explodo. — Não foi boa! Eu sei! Eu
Ele quer que eu o desenhe agora? Eu dormi no apartamento do meu professor, faltei a aula, e ainda continuo no apartamento dele. O quão maluca eu sou? Ao invés de ir embora, estou aqui, vestindo uma roupa sua, e olhando-o sem saber o que dizer. — Eu quero que você me desenhe. Assinto, foi essa a proposta. — Você pode se sentar no sofá — encontro minha voz. Ele assente, vai até o sofá e eu vou até sua pequena mesa onde está minha bolsa. Tiro meu caderno de artes e um lápis próprio para desenhos. Pego uma cadeira da mesa e coloco bem distante de Joshua. Decido não apenas pintar seu rosto, somente pegar metade do seu tórax e ir subindo. Não sei quanto tempo exatamente fico desenhando, minutos, horas, eu não sei, apenas me dou por satisfeita quando fica pronto e fico feliz com o resultado. — Acabei! — digo vitoriosa. Joshua, no mesmo instante sai do sofá e entrego-o a folha, ele olha por um bom tempo e sorri de um modo que deixou todo o meu corpo arrepiado
Por Everly Abro a porta de casa, vejo minha mãe na cozinha e praticamente vou correndo ao seu encontro. — Nossa filha, calma — Ela ri da minha alegria, mas está mais para alivio, alivio que minha mãe voltou viva para casa, odeio que ela trabalhe de aeromoça, infelizmente não temos muitas opções. — Estava com saudades, mãe — abraço-a apertadamente. — E o trabalho? — conversei com minha mãe sobre o trabalho e ela não agiu muito bem a princípio, mas aceitou, já que não passa muito tempo comigo, contudo, disse que iríamos conversar mais sobre isso. — E a escola? — fico tensa, pois hoje mesmo eu faltei, coloco um sorriso no rosto tentando disfarçar a mentira. — A mesma coisa de sempre — E eu não estou mentindo, a única coisa que mudou foi o professor gostoso de cálculo — O que você está fazendo de comida? — pergunto tentando mudar de assunto. — Carne ao molho madeira, sei que você ama — Realmente amo. — Vou tomar um banho e já desço para ficar com você, te amo e que
Por Joshua. — Então maninho, me diga o que tem de bom nesse fim de mundo? — arqueio a sobrancelha pelo modo de falar de Joss. Para mim esse fim de mundo está sendo até bom, pelo menos ninguém me conhece aqui, apenas sou o professor Joshua — Aqui é tranquilo Joss, não é como loucura da cidade grande — Joss sempre gostou de loucura, deve ser por isso que ela é meia doidinha. — Isso é chato! Mas me diga como vai o emprego? Melhor do que eu podia esperar... — Como se não soubesse, Joss. Dei aula até para você — reviro os olhos — Dou aula para uma classe cheia de adolescentes que não sabem o que querem da vida e que não tem a decência de ao menos tirar uma nota razoável — Não é como se eu fosse um modelo de aluno quando era adolescente, mas consegui passar na prova de seleção da faculdade, uma das provas mais difíceis que já fiz na vida e consegui a bolsa de estudos. Meus pais poderiam pagar pela faculdade, porém quis provar para mim mesmo que depois do tempo difícil que tive, que