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Todos os capítulos do Alugada para amar um Milionário : Capítulo 1 - Capítulo 10
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Capítulo 1: : Parede de músculos
Laura Martins:Cuidadosamente, fecho a porta de vidro fumê ao sair da sala do RH. A alegria, ansiedade e esperança percorrendo todo o meu corpo fazendo-me vibrar com as emoções borbulhantes dentro de mim.Me controlo ao máximo para não andar saltitando enquanto encaro esse pequenino livro azul em minhas mãos como se fosse o maior tesouro do mundo. Agora que está finalmente assinado, com certeza conseguirei alugar uma casa e sair das ruas perigosas dessa cidade; mostrarei aos meus pais, que me expulsaram de casa apenas com as roupas que estou no corpo – uma camisa de mangas curtas, calça surrada e sapatilhas com um pequeno furo na sala–, que de agora em diante sou uma pessoa independente, e não preciso mais contar com a piedade de estranhos para sobreviver.A assinatura na minha carteira de trabalho é o meu passaporte para uma vida melhor...— Aí!Gemo de dor ao cair de bunda no chão.— Merda! — exclamo frustrada, rapidamente me levanto e com as mãos abertas espalmo sobre minhas roupas
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Capítulo 2: Um ogro e Uma dragão
Laura Martins:— É feio encarar as pessoas comendo — falo incomodada, observando-o de soslaio. Não sei bem se ele realmente está me encarado, os olhos dele parecem vagos, mas o simples fato de estarem na minha direção já me perturba.— Não estava te encarando — ele diz, e se ajeita na cadeira. — Coma logo, quero ir embora — resmunga, cruzando os braços.— A porta da rua é serventia da casa — debocho, levando outra garfada de macarrão à boca, nossa! Que sabor divino, o macarrão está tão delicioso, poderia repetir o prato várias vezes.— Está me colocando para fora, de um restaurante que nem seu é? — O ogro pergunta, uma sobrancelha arqueada.— Você quer sair, eu apenas disse para que serve a porta, uai — retruco, achando divertidas as reações dele. — Você já pagou pelo macarrão, não precisa ficar aqui comigo, posso muito bem comer sozinha, não preciso que seja a minha babá.— Você é muito mal agradecida, garota — contra argumenta, dou de ombros.Foco em terminar a refeição. Mas, ao bebe
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Capítulo 3: Nos despedimos aqui
Laura Martins:— Ei! — Puxa-me para trás, fecho os olhos, sinto todo o meu corpo tremer. — Por que está me ignorando? — Reconhecer a voz do agro, respiro aliviada.— Por que ainda está aqui? — Ignoro a sua pergunta.— Vem — ele começa a me arrastar, mas não deixo, puxo a minha mão para longe da dele.— O que acha que está fazendo? — Pergunto, a chuva começa a ficar mais forte.— Vou te levar para um lugar seguro, vamos, a chuva já está piorando.— Eu não vou para a sua casa! — Exclamo, só Deus sabe o que esse ogro tem na mente.— Nunca te levaria para lá — ele responde olhando-me com... nojo? — Conheço uma pousada aqui perto.— Como pode ver, não tenho dinheiro para pagar...— Eu vou pagar, não posso te deixar na chuva.Paraliso, me surpreendendo pela terceira vez com esse cara. Eu estou cansada, andei o dia todo hoje, e as sapatilhas criando calos nos meus dedos e calcanhares não ajudam muito. Só quero conseguir dormir.— Vem logo! — Ele me tira do estopim da minha mente, entramos em
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Capítulo 4: Encontro às cegas
7 meses depois.Laura Martins:Batidas fortes na porta me despertam de um sono agitado, desencadeando uma dor latejante na minha têmpora, lembrando-me da queda que sofri anteontem na empresa quando desmaiei e bati a cabeça na privada, acordei só no dia seguinte. A luz do sol entrando pelas frestas das da janela de madeira faz meus olhos arderem.— Já vai! — Tento gritar, mas minha voz sai fraca, um mero sussurro.As batidas continuam, mais urgentes. Respiro fundo, tentando dissipar a dor, e me levanto cambaleando. O quarto gira por um momento, mas me estabilizo, apoiando-me na parede enquanto caminho até a porta. O eco das batidas se mistura com o zumbido na minha cabeça.— Quem é? — Minha voz sai rouca, quase inaudível, enquanto destranco a porta.— Senhorita Martins? — Uma voz feminina responde.Abro a porta lentamente, revelando uma mulher jovem e elegante. Ela é alta e magra, vestindo um terno perfeitamente ajustado. Seus olhos me observam com intensidade, e um leve sorriso curva s
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Capítulo 5: Sangue nas mãos
Fernando Duarte:No meu relógio marca 19 horas e 30 minutos, e a minha paciência diminui a cada segundo. Se essa mulher se atrasar um minuto sequer, estou fora. Eu nem queria está aqui para começo de conversar, só estou aqui porque a minha mãe ameaçou colocar fogo em sua própria casa.Impaciente, dedilho a mesa, viro o rosto para a janela e começo a observar os carros passando apressados pela frente do restaurante escolhido por minha mãe.Só mais trinta segundos...— Senhor Duarte? — Ouça a voz da recepcionista, se ela está aqui só pode significar uma coisa.Merda!Respiro fundo e controlo a raiva, só faltavam trinta segundos para que eu pudesse estar livre e usar a desculpa de que a tal mulher não apareceu me deixando no vácuo.Desvio minha atenção dos carros e olho para a moça que me chama. De baixo pra cima, observo a mulher que está ao lado da recepcionista.Dentro de um vestido tubinho de cor preta, os meus olhos percorrem o seu corpo, observando as curvas suaves e delicadas marca
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Capítulo 6: Lágrimas tem outro nome
Fernando Duarte:O momento presente se dissolve, e minha mente é abruptamente arrastada de volta àquela noite fatídica. o barulho ensurdecedor, repentino e violento de uma batida, seguido pelo estrondo assustador de uma explosão atrás do meu carro.O mundo ao meu redor transformou-se num caos vivo: os olhos verdes desesperados, os gritos dilacerantes por socorro perfurando a noite, misturados ao som das sirenes sendo abafadas pelo zumbido em meu ouvido. Lágrimas mesclam-se ao sangue que tingia toda a minha visão de um vermelho profundo e sombrio.O horror da imagem tingida de vermelho me dá náuseas — membros perdidos, um braço aqui, pernas ali, espalhado pelo interior do carro, o forte cheiro do sangue...Enquanto o passado me consome, uma gota de suor frio traça um caminho pela minha testa. O descompasso de meu coração martela contra meu peito, enquanto minhas vistas se embaçam com a iminência de mais um colapso emocional. Lágrimas, antes contidas, agora fluem livremente, embaçando mi
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Capítulo 7: É sua culpa
Fernando Duarte:Após deixar o restaurante, dirijo com pressa tendo o caminho iluminado pelas luzes amarelas dos portes. Seguro tão firme o volante do carro, sentindo o metal gelado contra a palma da minha mão, que sinto as falanges dos meus dedos doerem e as veias do dorso das minhas mãos saltarem.De onde a minha mãe conhece Laura? E por que diabos a minha mãe achou que seria uma boa ideia arranjar um encontro com essa pirralha irritante?A frustração e a raiva se acumulam dentro de mim. Com fúria, desfiro um golpe no volante.— Porra! Por que tinha que ser logo ela? Ela era a última pessoa que eu queria encontrar — grito exasperado dentro do carro.Os faróis dos outros carros se misturam em um borrão de luzes, espelhando meu estado de espírito tumultuado. Minha respiração está tensa, e os pensamentos sobre Laura, sobre o meu passado, giram furiosamente na minha mente.Ao estacionar em frente à casa da minha mãe, respiro fundo, saio do carro e aperto a campainha. Ana, o braço direto
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Capítulo 8: Quem som é esse
Laura Martins:Pago a passagem e me sento no banco mais alto. O ônibus começa a se mover, e apoio meu cotovelo na janela, repousando o queixo na palma da mão. Observo as luzes urbanas se desdobrarem à medida que o ônibus segue para a estação. Minha mente volta ao restaurante, lembrando os olhos do senhor Duarte, antes gélidos, agora cheios de terror e desespero. O que o teria deixado assim?Para! Já tenho problemas demais para me preocupar com os dos outros.Busco refúgio nos meus fones de ouvido e seleciono a música "Dias Melhores" do Jota Quest. Deixo-me levar pela melodia enquanto olho as ruas movimentadas."🎶 Vivemos esperando dias melhores.Dias de paz, dias a mais,dias que não deixaremos para trás.Oh oh, vivemos esperando o dia que seremos melhores,melhores no amor, melhores na dor, melhores em tudo... 🎶"Cantarolo baixinho, meus olhos se enchem de lágrimas, mas pisco para afastá-las. Sou egoísta demais, pensando em tudo o que ele já fez por mim. Ninguém nunca fez o que ele
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Capítulo 9: É burrice!
Laura Martins:"Ele sempre teve uma boca tão bonita assim?" —Me questiono internamente, mordo o meu lábio inferior. Será que são macios? Quentes? A língua... será que... de repente e bruscamente, como se tivesse uma doença altamente contagiosa, ele me solta e se afasta. Cambaleio um pouco antes de retornar ao equilíbrio. Uma pontada de vergonha toma conta de mim, me atingindo como um soco no estômago, a minha mente martela com a possibilidade de que ele percebeu que, por um breve momento, eu talvez quisesse beijá-lo. Rezo em silêncio para que ele não tenha notado as minhas intenções nesse pequeno instante que encarei a boca dele.O som de um pigarro seco escapa da minha garganta enquanto tento esconder o meu constrangimento.Sinto um calor subir pelas minhas bochechas, o conflito interno entre raiva e atração deixando-me confusa.— Eu... eu não preciso da sua ajuda — sussurro, minha voz traindo a determinação que tento manter.— Por que você sempre tem que complicar tudo? — ele questio
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Capítulo 10: Café ou água, senhor?
Laura Martins: — Laura, o que aconteceu no restaurante? O meu filho chegou aqui transtornado! — a mulher começa. Lá vamos nós, penso me preparando para receber o esporro. — O nosso acordo era para você deixá-lo feliz e não ainda mais infeliz! — A voz da mulher ressoar familiar por trás da linha. De onde a conheço... de onde... já sei! É ela! A senhora elegante e gentil de terninho. Cristiane, é esse o nome dela, por que eu não me lembrei assim que vi o ogro? Será que foi o choque por ter sido justo ele? — Está aí? — Cristiane, a mãe do ogro, chama impaciente. — Si-sim! Estou sim — respondo, tentando suar calma, mesmo com o coração disparado. — Então por que não me respondeu? — Questiona. — Eu estava tentando me lembrar de onde conhecia a sua voz — explico e mordo o lábio com vergonha da minha lerdeza. — Você não lembrava que era eu? — Consigo sentir a surpresa em sua voz. — Desculpe — peço envergonhada, provavelmente o nome dela estava no contrato, mas eu só li a parte dos bene
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