Geralmente quando levantava, às cinco da manhã, dona Judith já estava varrendo o terreiro. Ascendo o fogão de lenha, colocando água para ferver, para só então ir escovar os dentes. No horizonte, o sol nascia aos poucos, iluminando tudo a sua frente com sua cor forte. Prendo meu cabelo num coque, pegando a bacia com os pratos para lavar.– Bom dia, Judith – diz Valdirene, nossa vizinha, ao pé da cerca.– Bom dia.– Bom dia, Maria – diz me olhando. Paro de lavar os pratos, agachada em frente a bacia, para olhar para a mulher branca, bem vestida e de pele sedosa. A pouco
Ler mais